O melhor de John Belushi, para inspirar Rafinha Bastos
07/03/12 07:17Anteontem foi o 30º aniversário da morte de John Belushi.
Belushi, filho de albaneses, foi um dos humoristas mais adorados dos Estados Unidos. Morreu cedo e fez poucos filmes para cinema, mas seus anos no “Saturday Night Live” (1975-1979) foram muito influentes.
Belushi foi um rockstar: doidaço, cheirador, bêbado. Morreu aos 33, de overdose de cocaína, num bangalô do Chateau Marmont, hotel das estrelas de Hollywood, pouco depois de receber visitas dos amigos Robin Williams e Robert De Niro.
Teve muitos imitadores. O mais talentoso deles, Chris Farley, não só copiava o humor de Belushi, como, numa coincidência mórbida, também morreu aos 33, de overdose de cocaína.
Belushi era o tipo de ator que fazia qualquer coisa por uma risada. Seu forte era a comédia física, mas ele conseguia ser engraçado apenas levantando a sobrancelha (vejam o quadro do Beethoven, abaixo).
Agora, que o “Saturday Night Live” finalmente vai ganhar uma versão brasileira, comandada por Rafinha Bastos na Rede TV, quem sabe esses quadros de Belushi não inspiram o cômico brasileiro?
Belushi / Beethoven
Dois minutos de pura genialidade, nesse quadro quase sem diálogos. A atriz que dá um tapa em Beethoven é Gilda Radner (1946-1989), fantástica comediante americana, que foi casada com Gene Wilder.
Samurai Night Fever
Um dos personagens mais famosos de Belushi no “SNL” era o samurai Futaba, inspirado no guerreiro que Toshire Mifune interpretou no filme “Yojimbo”, de Akira Kurosawa. Futaba apareceu em vários episódios do programa, sempre numa situação diferente e ridícula – trabalhando numa delicatessen, num consultório psiquiátrico, etc. Aqui, ele encarna uma versão nipônica de Tony Manero, o personagem de John Travolta em “Os Embalos de Sábado à Noite”. O nível de talento nesse quadro é coisa louco: Bill Murray, Dan Aykroyd, Gilda Radner… E reparem em quem interpreta o irmão…
Joe Cocker
Não consigo ver cinco segundos disso sem passar mal de rir. Belushi imita a célebre apresentação de Joe Cocker em Woodstock, cantando “With a Little Help From My Friends”. Veja o original e, depois, o “tributo” de Belushi – que, por sinal, Joe Cocker adorou.
Conhece esse aqui Barcinski…
http://www.openculture.com/2012/03/john_belushis_improvised_screen_test_for_saturday_night_live_1975.html
Vi sim, muito bom.
Genial!
Um cara que o pessoal dá pouco valor é o Dan Aykroyd. O sujeito simplesmente inventou os “blues Brothers” e “caça-fantasmas”;
Excelente.
Alguma coisa a Folha tem de bom > André Barcinski.
André, caras como o John Belushi fazem muita falta. Acho que já assisti Os Irmãos Cara de Pau umas cinquenta vezes e em todas canto e pulo feito uma doida. Abs. Paula.
Não sei se alguém já comentou antes, mas a campeã foi quando o Joe Cocker cantava no SNL e apareceu o próprio Belushi, fazendo a imitação ao lado do próprio. É de se mijar de rir. Tá aqui nesse link:
http://www.videolog.tv/video.php?id=503192
Coincidência máxima: entrevistei o Cocker ontem pra Folha, deve sair em breve.
Ai… deu até pena do Rafael Bastos… nunca, nem em sonhos, ele chega sequer aos pés…
Confesso que a enorme resistência que eu tenho em relação ao CQC me faz ter os dois pés atrás com essa versão brasileira do SNL. Procuro evitar preconceitos, mas é que eu acho o CQC tão ruim, chato, pretensioso e conservador que nada nem ninguém originário dele vá fazer algo que preste. Pânico, Praça é Nossa e Zorra Total por mais apelativos e datados que sejam, tem um ou outro quadro ou imitação que se salva. O CQC não tem nada, só Tas e sua trupe fazendo pose de defensores da moral e do bom gosto. Poderiam mudar o nome para TFP, de tão careta e bunda-mole que o programa é.
* Um SNL nacional
Achei que um dos vídeos seria da apresentação do Cocker no SNL com o Belushi imitando ele ao mesmo tempo (não lembro a música, acho que é Feelin Alright). Aquele, sim, é de passar mal. Mas não sabia que querem fazer um SNL. Longa morte a essa ideia de merda.
Concordo com o Rubens. O humor estadunidense tem muito de exagero nos gestos, nas expressões e, acrescento, na gritaria. “It’s live from New York, IT’S SATURDAY NIGHT”.
Barcinski, o esquete do SNL com Chris Farley que mais gostei foi esse, com Patrick Swayze.
http://www.youtube.com/watch?v=rLA3cdUt5to
Sobre o Belushi, seria preciso ele baixar no Rafinha Bastos para ele ser engraçado. Talvez nem mesmo assim.
Com toda esta descrição sobre Jhon Belushi,de ele ser beberrâo, cheirador e tal… acho que vce esta descrevendo o personagem dele em clube dos cafajestes,seria a arte imitando a vida literalmente?
No Netflix tipo um apanhado dos melhores momentos do SLN, o do Cristopher Walken é impagável. Gosto muito do Will Farrell, o cara imitando o Bush é melhor do que o próprio. Também, tem um quadro no qual ele faz um chefe maluco que até urina num escriturário e aparece um outro funcionário que diz ter cheirado cocaína o dia inteiro para enfrenta-lo. Concordo com você, com os comediantes que estão na ativa e com os roteiristas que nós temos, não passaremos perto nem da pior da fase do SNL.
John Belushi é demais. Mas o Dan Aykroyd com sotaque de mafioso do Brooklyn foi foda. “This is life!”… to rindo até agora.