At the Drive-In, Faith No More, e os popstars sinceros
09/03/12 07:17
Três vivas à sinceridade.
Em uma entrevista recente, o guitarrista Omar Rodriguez-López, do Mars Volta, disse que a turnê de reunião de sua primeira banda, o At The Drive-In, só teve uma motivação: grana.
“Não estamos ficando mais jovens, e rolaram ofertas de muito dinheiro. Só um louco ou político fingiria que isso não é a razão.”
Quando o repórter perguntou se o ATDI pensava em gravar de novo, Rodriguez-López mandou na lata:
“De jeito nenhum. At the Drive-In é uma coisa nostálgica. São músicas que compusemos quando tínhamos vinte e poucos anos. Essa reunião vai ser estranha. É como voltar a morar com sua ex-esposa. Só que, no caso, são quatro ex-esposas.”
Quem bom que existem artistas dispostos a falar a verdade.
Tô cansado do papinho “estava em casa, quando bateu aquela saudade dos meus ex-companheiros de banda, e tive um sonho em que voltávamos para fazer um grande disco.”
A cena de rock, hoje, é nostálgica. Pergunte a alguém que foi ao show do Morrissey se queria ouvir alguma música nova dele.
Pegue a lista de turnês na Europa e Estados Unidos. Boa parte dos shows é de bandas tocando discos antigos na íntegra, ou de bandas comemorando aniversário de 20, 30, 40 anos.
Tudo bem. Não vejo problema na nostalgia. Me irrita mais a falsidade de querer transformar isso em novidade.
Por isso, fiquei muito feliz quando o Faith no More voltou. Não porque estava louco para ver a turnê, mas pelo fato de Mike Patton admitir que estava fazendo as turnês para ganhar muito dinheiro e investir em seus projetos-solo e em sua fabulosa gravadora, a Ipecac.
E o tal do Rodriguez-López periga mesmo ser o popstar mais sincero do mundo. Quem leu “Everyone Loves You When You’re Dead”, livro de entrevistas de Neil Strauss, da “Rolling Stone”, não esquece do trecho em que López comenta, casualmente, que foi vítima de incesto.
“Eu viajei muito sozinho e participei de muitos acampamentos com outros jovens, para tentar lidar com o fato de ter sobrevivido a incesto (…) passei um tempo desorientado, largando a escola, viajando de carona por um ano inteiro, comendo coisas em latas de lixo, injetando qualquer merda em meu braço só pra ver o que rolava… Ah, e automutilação também!”
Quando foi escrever o artigo, Strauss foi avisado pela “Rolling Stone” que a entrevista de López poderia render um processo. Ele ligou para o músico para confirmar a história:
Strauss: Você mencionou na entrevista que havia sobrevivido a um incesto, e quero te avisar que isso vai estar na matéria.
López: Sim, eu disse isso mesmo.
Strauss: Você está confortável com o fato de que isso estará na entrevista?
López: Não sei. Mas confio no seu bom senso.
Strauss: A revista quer saber se há chance de um processo da pessoa acusada…
López: De jeito nenhum.
Strauss: Por quê?
López: Por causa da carreira dessa pessoa. Ela não gostaria de ver seu nome envolvido nisso.
Strauss: Mais pessoas sabem disso, que podem corroborar a história?
López: Meus amigos sabem.
Os dois se despedem. Cinco horas depois, López liga para Strauss:
“Obrigado por me avisar. Tive uma longa conversa com meus amigos, e estou pronto para divulgar isso.”
eu como fã de FNM e bem antes dele virar DEUS do Mike Patton , ele podia fazer o que bem entendesse com dinheiro da turne , foi bom , foi legal e eles tocaram muito melhor que a 20 anos atras…não fizeram feio igual um de seus contemporâneos que (bem, ai ja é chutar cachorro morto )
abraços André
Acho que o The Clash também entra nessa categoria.
Falando em comeback…já ouviu o novo disco de estúdio com músicas inéditas do retorno do MAGAZINE – NO THYSELF ? Eles também fizeram uns shows com a formação original exceto pelo John McGeoch obviamente…O que acha da banda?
“some people have jobs…some people have career”
Chris Rock:
http://www.youtube.com/watch?v=HG9paM_3QRM
E quanto ao último álbum do Morrisey? Será que só eu achei do caralho? Para mim tão excelente quantos as músicas dos Smiths, boas letras como sempre, mas com uma pegada bem mais punk (logicamente pela ausência da guitarra fru-fru do J.Marr). Infelizmente não poderei r ao show, mas ia curtir se tocasse muita música solo do cara tanto quanto os clássicos dos smiths.
The Clash, em 1978 já dizia:
The new groups are not concerned
With what there is to be learned
They got burton suits, ha you think it’s funny
Turning rebellion into money
Quando o Los Hermanos decidiu fazer esse show de comemoração pelos quinze anos da banda, eu cantei a bola um pouco antes: “esses caras vão fazer uma turnê caça-níquel”. Muita gente me criticou, mas é a realidade. E eles vieram com a história de saudades, de amizade… dinheiro é importante, os fãs corroboram indo ao show… o que importa é ser sincero, mesmo…
teve tbm o Stephen Malkmus, que disse algo mais ou menos assim: “porra é claro que é pela grana, o que levaria um quarentao pai de familia como eu entrar numa van e sair fazendo shows por ai”
Acho que a maior prova de que pelo menos aqui no Brasil o rock perdeu relevância e se sustenta apenas em nostalgia é aqui na Grande São Paulo, com mais 20 milhões de habitantes só existe uma rádio de rock que sobrevive a base de clássicos de rock carne-de-vaca. Há algum tempo, mandei um e-mail reclamando da programação e da falta de programas segmentados e o próprio locutor da rádio respondeu muito educadamente dizendo que ouvinte de rock é muito conservador quer ouvir sempre as mesmas pela enésima vez. Infelizmente ele tem razão.
Boa Noite, André. Existe alguma banda que você gostaria de ter visto o show, mas que nunca conseguiu ver por algum motivo?
E o Gun’s, vc acha que volta na formação original?
Acho que sim.
O Duff disse que não. =(
Lembro de quando o Pixies voltou pela primeira vez , que o Joey Santiago disse que voltava porque precisava pagar a faculdade dos filhos, deve estar acontecendo a mesma coisa com os Stones Roses e o Happy Mondays
Black Sabbath,virou carne de vaca.É a banda que maiss toca,na Kiss Fm.Talvez,isso se deva ao fato,de seus locutores,serem viadinhos,como o Barcinski,que só gostam de rock soturno,e gótico.O Sabbath é cafona,prefiro o Kiss,ou o AC/DC.Mais uma vez,Black Sabbath,é cafonaa,brega,comercial
O médico disse pra não contrariar.
Pelo nível de analfabetismo desse jegue, será o mesmo débil-mental que assinou “SIEG HEIL” em outro post?
Sim, o próprio. Ele mora com 25 machos numa comunidade de skinheads.
E te chama de viadinho??? Fala sério…
Não dá pra esperar muito mais de quem tem sobrenome Reco Mendo Rego.
Esse é o tipo de idiota que fica escrevendo qualquer merda nos blogs sempre indo contra a opinião da maioria, só pra depois ficar se masturbando com os comentários.
Larga o computador e vai arrumar um(a) namorado(a) cara.
Corta esse chato Barcinski…
“Opinião da maioria”? Sobre o quê? E o que são “tipos de idiotas”?
Anthony Kiedis foi bastante sincero naquela autobiografia dele. Eu nem sou tão fã do RHCP, mas aquele cara admite as próprias pisadas na bola como poucos popstars o fariam.
Foi mesmo, bem lembrado.
quando o Concrete Blonde voltou a J. Napolitano também disse que era por dinheiro, mas fiquei feliz em vê-los, pois na época de sucesso da banda não vieram
barca, ja que estamos falando de shows, voce sabe como funcionario o pagamento de cache dos artistas que tocam nas unidades sesc? os caras ficam com o dinheiro da bilheteria ou recebem um pagamento superfaturado como aquele do show de ano novo dos amigos chico, caetano, maria bethania, gilberto gil, milton, etc?
Não sei dizer. Só sei que não dependem de bilheteria. É só fazer o cálculo do faturamento pra vc ver que a bilheteria não cobre. Tem ingresso a 5, 10 reais no SESC. O curioso é que, se vc tem uma casa de shows ou um clube, tem de pagar impostos que financiam o SESC, que por sua vez ferra seu clube, cobrando ingressos bem abaixo do mercado. Brasilzão é isso aí: você paga para alguém te ferrar. Eu acho que o SESC é fantástico e tem uma programação maravilhosa, mas é impossível ter uma cena musical independente forte com ele por perto. Nenhum clube sobrevive.
Barcinski, trabalhei no SESC entre 1992 e 1998. Os shows eram pagos em forma de cache pre-determinado, nao importa se o publico fosse de 5 ou 5 mil pessoas. O cache era pago aos empresarios enquanto o show rola no palco, jamais houve pagamento antecipado. Todos os impostos sao recolhidos.
A instituicao promove artistas que na sua maioria circulam fora da “grande midia”, exemplo de shows que vi: Ze Ketti, Luis Melodia, Sivuca, Drugstore (ex-banda da Isabel Monteiro) entre outros. Voce dificilmente vera’ Luan Santana ou “E’ o Tchan” e nem Mudhoney ou Sister of Mercy. Dai eu nao vejo muita “competicao”, pelo menos nos generos musicais, entre o SESC e as demais casas noturnas em SP.
So’ que o SESC cresceu bastante e devido ao seu longo alcance (numeros de unidades em todo o estado) e inegavel qualidade acabou ocupando um espaco de protagonista cultural na cidade e de uma forma ou de outra sufoca os clubes menores.
Alex, como eu disse, acho que o SESC faz um ótimo trabalho. Mas não dá pra negar que a presença do SESC dificulta a cena alternativa sim. Existem muitas bandas que só tocam no SESC, e tocam tanto lá que não conseguem atrair ninguém para shows onde o ingresso custe mais de 10 reais. Tive uma casa noturna e paramos de fazer shows de bandas independentes brasileiras porque as bandas não atraíam ninguém, só quando tocavam no SESC. E não são só grupos pequenos que tocam no SESC, vide Titãs, Nação Zumbi, etc.
Realmente, depende da perspectiva. Para nós, espectadores, o SESC é muito bom. Além do preço, os shows têm horário legal e acontecem antes de todo mundo estar bêbado ou muito louco. Nos clubes é muito difícil um show acontecer antes antes da meia-noite. É claro que é importante para o clube vender bebida, essas coisas. Mas precisa existir uma alternativa para quem não gosta de encarar o bafo quente de uma balada para poder ver um show às duas da matina. Mas tem muita gente que gosta de se esbaldar. Acho até que é a maioria. É melhor existirem as duas opções. Na maior parte do ano as atrações do SESC não têm o perfil do fã alternativo (muita música brasileira), e o horário permite sair do show e ir para a casa noturna.
Concordo com tudo que escreveu. Mas tb não dá para discordar que é absurda a situação dos clubes, que pagam impostos para sustentar o SESC, que os prejudica.
Eu acho que o Sesc prejudicou os clubes no período em que trouxe bandas e cantores internacionais que tinham o perfil das casas noturnas, como Jon Spencer, Teenage Fanclub, Television, John Cale etc Aí sim, mesmo sendo conveniente para nós consumidores dos serviços, a concorrência era muito desleal para os clubes que pagaram esses cachês indiretamente. Mas foi período que acabou. Hoje você olha a programação do Sesc e tem Alaíde Costa, Geraldo Azevedo, Kleiton e Kledir, Pepeu & Moraes Moreira (esse eu quero ver), Jair Rodrigues, Tulipa Ruiz, artistas que não tocariam nos casas noturnos, nem tiram público dos clubes alternativos. Por isso acho que dá para conviverem.
Tenta fazer show de alguma banda pernambucana em clube. Não vai ninguém. Só tocam no SESC ou em uma ou outra casa isolada.
Entendi. E pelo que você conta talvez os iniciantes prefiram esperar o “bolsa-show” do Sesc do que batalhar nos clubes. Já não é a primeira vez que ouço dizer que promover shows no Brasil é para meia dúzia de pessoas “bem relacionadas”. Muita gente desistiu. Jamais teríamos Bill Graham e o Fillmore aqui. Parece-me que, assim como a corrupção, o assistencialismo é endêmico no país.
Entendi. E pelo que você conta, parece que as bandas iniciantes preferem esperar pelo “bolsa-show” do Sesc do que batalhar nos clubes. Não é a primeira vez que ouço dizer que promover shows no Brasil é coisa para meia dúzia de pessoas “bem relacionadas”. Bill Graham e o Fillmore jamais existiriam aqui. Assim como a corrupção, o assistencialismo é endêmico no país. É uma pena. Dá até medo de se arriscar profissionalmente, em qualquer área. Por isso que os concursos públicos parecem o Santo Graal.
Minha namorada me obrigou a ir ao show do Roger Waters. Tá, eu achava legal The Wall quando era adolescente. Nem vou discutir isso. O lance é que há quantos anos o cara canta sempre a mesma coisa?? Só por dinheiro o cara deve aguentar fazer sempre o mesmo show durante tantos anos.
Barça eu queria te perguntar isso há tempos…pra vc quais bandas dessas que voltaram ainda valem a pena? To perguntando por que vai ter pela primeira vez um show do Damned em sampa e queria saber se vale a pena? Pô…como pra pobres mortais como eu não foi possível ouvir essas bandas com formação original é o que nos resta…ver Dead Kennedys sem Jello…Buzzcocks apenas com o P. Shelley…X com a Susan Boyle…e por aí vai….
Eu acho que todos esses shows valem a pena ver, a não ser que sejam daquelas bandas sem nenhum dos integrantes originais. O Damned, por exemplo, vem, ao que parece, com Dave Vanian e Captain Sensible, então vale muito.
Lembro bem de que na copa de 94, o Luis Roberto Wrigth, após um jogo (desses Belize x Omã), ao comentar a arbitragem, afirmou que o jogo foi uma teta para o árbitro. No dia seguinte, após jogo do mesmo naipe, ele disse mais ou menos assim: “Ontem eu fiz um comentário que muita gente não gostou. Então, hoje vou dizer que esse foi um jogo fácil para o árbitro”.
ATDI é uma das poucas coisas que se salvam pós-Nirvana.
Por cá, Titãs, depois que os anos boom dos 80 minguou, eles tentaram o grunge naquele vergonhoso “Titanomaquia” com o Jack Endino. Partiram para os Acústicos da vida. Foram para a fase “música que o povo gosta” e agora estão com o show do Cabeça Dinossauro… tudo muito original e bem sincero né?
titãs não é pra se levar a sério, meu jovem…
Bem, o Omar Rodríguez não é exatamente um “popstar”, né? Mas, ao menos, sabemos que o At the Drive In não lançará mais discos (uma pena, porque a banda era muito boa).
Não sei se é, mas o cachê da banda dele é de popstar sim. E isso pq vc não viu o rider do Mars Volta…
Quanto à sinceridade e o “bom-pracismo”, eles são bons para lermos entrevistas. Tentei muito gostar de Foo Fighters só porque o Dave Grohl é bacana demais. Mas não consigo. A melhor performance que vi da banda foram duas músicas do Led Zeppelin, com participação de Jimmy Page e John Paul Jones. É uma pena; gostaria muito de gostar do Foo Fighters. A mesma coisa acontece com o Faith No More. Queria gostar da banda só porque o Mike Patton é legal. Mas não dá. Uma coletânea me bastou. Acabo ouvindo música que considero melhor, feita por “não-sinceros” e “não-legais”. Às vezes acontece do bacana fazer música boa. Aí dá pra ter biografia e discografia.
Concordo 100%. Ahauahauha tenho a mesma sensação em relação as duas bandas.
Foo Fighters é ruim. Faitho No More é boa! Vide a gama de tipos de sons que os caras fazem. Não é só a choradeira indie que a maioria dos que aqui postam gostam.
O rock foi a música da juventude dos anos 60, 70 e meados de 80. A partir daí tornou-se um gênero musical histórico, como o jazz, o blues, o twist etc. Claro que surgiram boas bandas de rock posteriormente (até hoje), assim como aparecem novas cantoras de jazz e novos cantores e guitarristas de blues. São jovens apaixonados por música antiga. No final dos anos 50 também se lamentava que o jazz estava morrendo, que bebop não era jazz, e que o blues não era o mesmo depois que os moleques brancos misturaram tudo (mais tarde bluseiros e roqueiros ficaram amigos). A pá de cal do sepultamento do rock foi a música eletrônica. Há algumas décadas a música que os jovens curtem é uma mistura de dance music eletrônica com hip-hop. E, velho que sou, continuo curtindo rock, assim como os garotos que gostam de música antiga.
Neder, sua explanação é lúcida e sintetiza também o meu pensamento a respeito de tudo o que tem rolado, em termos de música, nos últimos 40 anos. Ressalta-se, no entanto, talentos como Eric Clapton, por exemplo, que soube navegar, como poucos, através do blues, rock, jazz e outros gêneros, arrebatando pessoas de idades distintas. Avós, pais e netos empunhando suas guitarras de vento, balançando a cabeça em um mesmo ritmo. Abraços.
neder, seu comentário mais acima daria um bom post, coisas que sabemos que são boas, tentamos gostar e não conseguimos (sabemos que o Barcinski tem isso com Bob Dylan, por exemplo). Compartilho em relação a Foo Fighters e FNM, além de muitos outros. Com relação ao seu texto sobre o rock, concordo até “A pá de cal…”. Daí pra frente, não sei se foi bem assim. A discoteca também poderia ter feito esse papel da “pá de cal” que você atribui à música eletrônica e, como sabemos, não fez.
Nelson, será que a discoteca não conseguiu acabar com o rock porque ainda estava muito próxima do soul e do rythm ‘n’ blues, que também influenciaram o rock…? Não se esqueça de que os hits dançantes dos 70 tinham guitarras, baterias, baixo, e os caras tocavam (vide Chic, a título de exemplo). Já a música eletrônica é totalmente digital, o “músico” não precisa tocar nenhum instrumento e não há aquela formação de banda. E pegou. A batida passou a ser o ritmo da nova música pop. Os hits pops de massa dos 70 ainda eram baseados no rock (vide Bread, Frampton, Boston etc.). A partir da música eletrônica o rock ganhou um lugar na estante da biblioteca da história da música popular.
Perfeito, Neder. Mas continuo com ressalvas. Afinal, bandas como o Kraftwerk já não teriam feito esse papel (de liquidar com o rock)? Tenho impressão que as raízes da música eletrônica não são da década de 1990 nem mesmo de 1980, basta lembrar de coisas como “On the Run” do “Dark Side of the Moon”. Mas achei bem instigante e intrigante sua argumentação. Acho que precisaríamos ter um panorama dé toda a história da música eletrônica e também um panorama da juventude em todo o mundo, ontem e hoje, para tentar concluir algo em relação ao que você expôs.
Em entrevista à revista Maximum Ink, Ron ‘Bumblefoot’ Thal foi questionado sobre o que teria aprendido desde que se tornou guitarrista do Guns N’ Roses. A resposta foi curta, mas direta: “Aprendi que não há verdade, apenas entretenimento. Se uma mentira for mais divertida que a verdade, as pessoas ficarão com ela”.
Pô… eu me amarro em Faith No More e contribui com o objetivo do Mike Patton (fui ao show, divertidíssimo e mega nostálgico). Até hj acho uma banda subestimada. E o Patton tem uma voz abençoada.
Já pensou se essa sinceridade pegasse nos indies estatais?
Não rola. Um dos pré-requisitos pra ser indie estatal é a falta de sinceridade. Qualquer pessoa sincera veria que ser indie estatal é uma aberração.
O Valter o Ozzy disse isso? Na boa, o cara é o morto muito louco, funciona à base de bateria, tipo frankenstain, mas dana-se, se o câncer do Tony não for tão sério, eu vou no show, mesmo sabendo que o Bill Ward vai ter de tomar uns 40 comprimidos para não ter um AVC no palco e Ozzy vai ter de ler cada linha e vai ficar mais tempo com um balde não mão do que com um microfone.
É como um professor me dizia(a frase não é dele, é claro): Não existe almoço grátis.
Parabéns ao cara do Mars Volta.
A nostalgia não seria tamanha se o rock de uns quinze anos para cá não estivesse em uma crise tão séria.
Engraçado, eu tenho certeza que eu ouvi alguém dizer exatamente a mesma coisa há 15 anos atrás.
E há 30… e há 45…
Lembra aquele último filme do Woody Allen?
Já viu o longa dele? Um peculiar “Christine” psicodélico no deserto de El Paso com muito do que o cinema independente dos EUA têm para oferecer, onde se vê muito dessa personalidade recatada de adolescente dele. Vale a pena conferir.