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André Barcinski

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Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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A morte que assombrou - e inspirou - Neil Young

Por Andre Barcinski
30/03/12 07:01


Mil novecentos e setenta e dois foi um ano de altos e baixos para Neil Young.

Começou muito bem, com o lançamento de “Harvest”, até hoje seu disco de maior sucesso.

E terminou tragicamente,com a morte, por overdose, de seu amigo e parceiro Danny Whitten, do Crazy Horse, grupo de apoio de Neil.

Whitten havia sido a inspiração principal da música “The Needle and the Damage Done” (em tradução literal, “A Agulha e o Dano Causado”), um dos hits de “Harvest”.

Guitarrista talentoso e excelente compositor (fez a linda “I Don’t Want to Talk About it”, gravada por Rod Stewart), Whitten ficou viciado em heroína e acabou expulso do Crazy Horse em 1971.

Para ajudar o amigo, Neil o convidou para tocar em sua turnê de 72. Mas Whitten estava tão anestesiado pela heroína que não conseguiu. Chegou a dormir em pé durante os ensaios.

No dia 18 de novembro de 1972, Young despediu Whitten. Horas depois, Whitten morreu de uma overdose de bebida e Valium. Young nunca se recuperou do baque.

Poucos meses depois, outro choque: seu “roadie”, Bruce Berry, morreu de overdose de heroína.

Os dois álbuns de inéditas que Young gravou imediatamente após as mortes de Whitten e Berry – “Tonight’s the Night” e “On the Beach” – são os mais pesados e depressivos de sua carreira. Para muitos fãs, são também os melhores.

Os discos têm um climão pesado que remete a Altamont, Manson e Vietnã. Falam de drogas, de guerra e de amigos perdidos.

É inacreditável que Young tenha gravado um disco tão doce quanto “Harvest” e, na sequência, uma barbaridade angustiada como “Tonight’s the Night”. Sua voz parece que vai despedaçar a qualquer momento. É a voz de alguém no limite da sanidade.

Young disse que teve a idéia de gravar o disco depois de um surto, quando resolveu abandonar o megagrupo CSNY, com Stills, Crosby e Nash, “aqueles popstars ridículos e mimados”.

Young chamou o produtor David Briggs, juntou os remanescentes do Crazy Horse – Ralph Molina (baixo) e Billy Talbot (bateria) – e convocou o guitarrista prodígio Nils Lofgren e Ben Keith, que havia tocado steel guitar em “Harvest”.

O grupo passava o dia todo chapando e a noite gravando, em sessões que Young chamaria de “velórios para Danny e Bruce”.

O resultado foi “Tonight’s the Night”, um dos discos mais “dark” já feitos, e completamente antagônico às melodias bonitas e assobiáveis de “Harvest”.

Ninguém sabe a razão, mas Neil adiou o lançamento de “Tonight’s the Night” por dois anos. O disco só saiu em 1975.

E “On the Beach” (1974), espécie de continuação de “Tonight’s the Night”, foi renegado por Neil, que só permitiu seu lançamento em CD quase 30 anos depois.

“Tonight’s the Night” é um daqueles discos raros que parece encapsular um período, sem nunca soar datado.

Achei esse clipe lindo de Neil e o Crazy Horse tocando a faixa-título do disco, que abre com uma citação ao amigo morto: “Bruce Berry era um trabalhador / Que carregava aquele Econoline (furgão de excursão)”. Bonito demais.

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Comentários

  1. Saulo comentou em 30/03/12 at 14:31

    No livro do Johnny Rogan ele fala que num dos shows desse disco o Neil Young mandou o repertório na íntegra, começando pela faixa-título; todo mundo estranhando aquelas baladas esquisitas, impaciente pelos hits, aí ele fala “Agora uma que vocês já conhecem” e solta a reprise de “Tonight’s the night”, pra desespero do povo.

  2. Felipe Saraiva comentou em 30/03/12 at 14:20

    **off topic
    Barça, já ouviu o disco novo do Lee Ranaldo: Between the Times and the Tides?

    Não paro de ouvir, acho até melhor que a carreira solo do Thurston

    • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 14:21

      Não, tava lendo hoje mesmo sobre o disco, vou ouvir com certeza.

    • daniel comentou em 30/03/12 at 14:56

      Eu já ouvi duas músicas do trabalho novo dele. As duas são ótimas. A dica do amigo deve ser boa com certeza.

      • Felipe Saraiva comentou em 30/03/12 at 15:47

        O album está disponível via streaming no site da Rolling Stone, não sei se posso mas aí vai o link:

        http://www1.rollingstone.com/hearitnow/player/leeranaldo.html

  3. andye iore comentou em 30/03/12 at 14:17

    mais um bom exemplo de como tragédias e momentos tristes geram grandes obras!!!

  4. West comentou em 30/03/12 at 14:11

    O primeiro disco que comprei do cara. Soturnaço, difícil e lindo. Comprei no Carrefour quando o Plano Real deixou o dólar 1 para 1 e os mercados importavam CDs…Speakin´out é uma fodaça de uma balada. Puta letra. E o disco tem “Come on Baby Let´s Go Downtown”, que é do Whitten e está no ao vivo do Fillmore que saiu recentemente. Pergunta: o Jack Nietzche tava nessa turma aí também do TTN, não tava?

  5. Rodrigo comentou em 30/03/12 at 13:53

    O melhor disco sem hits da história.

  6. Luiz comentou em 30/03/12 at 13:49

    E dessa escuridão toda surgiu, em 77, o ensolarado Comes a Time. Artista de verdade é assim: tem que variar sua paleta de cores, como diria o grande Paulo Francis.

  7. Marvin comentou em 30/03/12 at 13:20

    Da mesma época e bem menos lembrado é o fabuloso ao vivo Time Fades Away, de 73 e ainda miseravelmente inédito em cd.

  8. Chico comentou em 30/03/12 at 13:11

    Adoro o On The Beach (que descobri ainda nos anos 1990 graças a um vinil esquecido na coleção de um amigo) e ainda não dei ao Tonight’s The Night a atenção que ele merece. Mas para mim, o melhor de NY não é nem, nem outro. É o Zuma. Praticamente, meu disco de cabeceira. Quando um amigo morreu em 2004, colocamos (eu e outros chapas) o vinil debaixo do braço dele, dentro do caixão. Até onde sei, continua lá….

  9. Carlos comentou em 30/03/12 at 13:09

    Grande post. Me deu vontade de ouvir os discos imediatamente. Só tive contato com o Neil Young por meio de coletâneas (acho muito boa a “Greatest Hits”). O que me atrai na música dele é o clima de angústia e desespero de alguém que não vê muito sentido no mundo. Acredito que ao ouvir os álbuns inteiros isso fique mais evidente. De qualquer forma, ele é o artista que eu conheço que melhor traduz a alma do caipira americano pro resto do mundo, muito além da imagem convencional do “cowboy”, criada principalmente por Hollywood e atraente para o grande público.

  10. cleibsom carlos comentou em 30/03/12 at 12:49

    neil young e um dos meus artistas favoritos, mas ele e muito idealizado pela midia. o cara e uma incoerencia ambulante e por isso mesmo merece ser respeitado. como alguem pode falar em democracia e ser autoritario? como alguem pode ser a favor da paz e apoiar ronald reagan? a historia mostra que o deus neil young ja fez das suas tambem… e ele nao deve ser menos adorado por isso!

  11. caio fabio comentou em 30/03/12 at 12:49

    Belo texto, e adoro NY. Mas essa frase sobre os parceiros do CSN foi pura babaquice do cara. Tanto que desde então vez ou outra eles se juntam pra excursionar. E acho o CSN melhor sem o Young que com ele – que, sim, na carreira solo deu seu melhor recado.

  12. Mateus comentou em 30/03/12 at 12:48

    Outro álbum triste do Neil Young que lembro é o “Sleeps with Angels”, feito logo depois da morte de Kurt Cobain. “Train of Love”, inclusive, é das músicas mais tristes que já ouvi.

  13. Marcel Augusto Molinari comentou em 30/03/12 at 12:32

    Realmente o Tonight’s the Night é bem sombrio…. Mas é por isso que Neil Young é bom demais… eu curto muito artista que coloca sua vida nas músicas…. John Lennon era assim…. o Plastic Ono Band é fodástico por causa disso…

  14. Marcelo Almeida comentou em 30/03/12 at 12:03

    Sempre curto quando você escreve sobre o Neil Young.
    Além de ser um músico talentosíssimo (e que eu sou muito fã), a música dele me transporta imediatamente para minha cidade de nascença. Aquele clima bucólico é maravilhoso.
    Aí saio na janela do trampo e só vejo prédio e concreto…

  15. Marcel de Souza comentou em 30/03/12 at 11:53

    Existem essas histórias de caras que foram despedidos e logo depois se mataram, ou tiveram overdose, etc… realmente não deve ser nada fácil para os que despediram ver o que aconteceu depois. Mas por outro lado, até quando deve-se apoiar um cara que não consegue se recuperar? Nessa caso do Neil Young, ele até deu um chance pro Whitten. Deveria continuar amparando o cara mesmo fora da banda? E também me admiro ver que o Young sobreviveu à essa época. 1 abraço, bom final de semana!

    • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 12:20

      Muito difícil isso. Geralmente, bandas despedem músicos quando eles realmente estão atrapalhando.

  16. Pedro Santos comentou em 30/03/12 at 11:46

    Iai Andre, blz?

    Cara, o que voce espera do proximo cd do Neil Young com Crazy Horse?

    Piro muito quando voce escreve sobre o Neil.

    Abs

    • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 11:48

      Sempre esperamos o melhor quando eles se juntam. E tomara que role uma excursão tb…

      • Pedro Santos comentou em 30/03/12 at 11:49

        Por favor!

        Voce pretende ir no show do CSN? Ou compartilha da opiniao do Neil…haha

        • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 12:19

          Quando é?

          • Pedro Santos comentou em 30/03/12 at 12:40

            10 de maio!

        • neder comentou em 30/03/12 at 13:20

          Se você ler a frase citada no post fora de algum contexto que deve existir, dá a impressão de que o Neil Young não gosta dos caras. Não só gosta, como acha que Stephen Stills é gênio. Os quatro se falam, tocam juntos nos ranchos, às vezes gravam, fazem uns shows. No final de 2010 tocou com Ritchie Furay e Stills sob o nome de Buffalo Springfield (tem no youtube). Meu conselho é para não perderem o show do CNS. O repertório é de primeira e a interpretação dos caras nem se fala.

          • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 13:25

            O número de vezes que Neil Young já brigou e fez as pazes com os 3 é incontável.

          • Guilherme Braga comentou em 30/03/12 at 13:31

            Pegando o gancho do Neder, o que você acha do álbum Manassas, Barça? Eu acho um muito bom!

          • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 13:35

            Eu gosto de quase tudo que o Stills fez. Se estiver em SP no dia, vou ver o CSN com certeza.

          • pajé comentou em 30/03/12 at 13:41

            Stills foi o único cara a ter Hendrix e Clapton no mesmo disco (no seu album de estréia). Precisa dizer mais nada.

          • neder comentou em 30/03/12 at 14:01

            Eu concordo com o André: gosto de tudo que o Stills fez. E o “Manassas”, citado pelo Guilherme é simplesmente espetacular. Se você também gosta, Guilherme, aproveite que o youtube tem um belo show do disco, gravado em 1972 (euro TV). Aí vai um aperitivo (os demais números estão ao lado – sempre com o glorioso Chris Hillman, claro): http://www.youtube.com/watch?v=ESo0UvcRBY4

          • Guilherme Braga comentou em 30/03/12 at 15:08

            Opa, já vi esse vídeo sim, Neder, valeu! To ouvindo agora esse show de 2010 que eu não soube, da reunião do BS. Pena q o baterista morreu. Tem uma música que ele cantava que é da hora, “Good old time boy”.

          • Ivan B comentou em 30/03/12 at 16:04

            Mannassas. Taí um álbum que eu preciso voltar a ouvir. Valeu a lembrança Guilherme.

          • Neder comentou em 30/03/12 at 16:19

            Errata: o André disse “quase tudo” e o fã aqui leu “tudo” o que Stills fez… É isso, Guilherme, dia 10 estarei lá vendo os três velhinhos. Se você for, terá a oportunidade de constatar que ser um grande guitarrista não é tocar um milhão de notas por segundo, nem ficar punhetando improvisos sem fim. Resta saber se eles ainda conseguem fazer aquelas vocalizações, já que é o Crosby, o Keith Richards do country-rock, que comanda essa parte. Precisamos ver como está a garganta do gordo.

          • Guilherme Braga comentou em 30/03/12 at 21:20

            Com certeza eu vou, Neder, porque também sou fã dos caras!!! E o David Crosby tem uma das vozes mais bonitas do rock. É certeza que eles devam cantar alguma música da carreira solos deles também!!

          • Renato comentou em 31/03/12 at 12:46

            Just for the record: o album “If I could only remember my name”, do David Crosby, é sensacional.

          • Andre Barcinski comentou em 31/03/12 at 14:17

            É sim, absolutamente fantástico.

          • Anônimo comentou em 31/03/12 at 17:56

            Agora vejam só a coincidência: como estava no clima, peguei meu “Manassas” para ouvir. Olhando a capinha enquanto escutava o cd (que nem “antigamente”… rsrs), levei um susto. O primeiro nome do “special thanks” dos créditos era Bruce Berry (isso é que é roadie querido). Aí dei uma espiada na wikipedia gringa e vejam só as informações que encontrei: ele era roadie do CSN&Y, “both as a group and individually”; era irmão de Jan Berry, da dupla Jan & Dean; Danny Whitten que o introduziu na heroína; e como todo junkie tem uma história daquelas: “One time, he was working for David Crosby when he told everyone that David’s car had been broken into and that his beloved Stratocaster had been stolen. However, everyone knew that he was now a junkie and that he had sold the guitar for drugs”. E aí está sua gloriosa econoline: http://www.flickriver.com/photos/williambuckley/3965055628/ e aqui também: http://www.flickr.com/photos/60090857@N03/5746414238/

  17. Vitor comentou em 30/03/12 at 11:41

    André, parece que o seu “processo de emburrecimento” já começou.Não sabia que ia ser tão rapido.

    • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 11:44

      Demais esse comentário. Só falta explicar a que vc se refere.

  18. neder comentou em 30/03/12 at 11:40

    Sério que Neil Young chamou seus amigos do CSN de “popstars ridículos e mimados”, André…? Mick Wall é o cara mesmo. Só desconhecendo a biografia dos quatro e tendo uma visão idealizada de São Neil Young para engolir um impropério deste. O perneta falando do maneta.

    • Chico comentou em 30/03/12 at 12:32

      Acho que não é pra tanto. Crosby e Nash participam do On the beach e com Stills ele gravou um album inteiro em 76.

  19. Carlos comentou em 30/03/12 at 11:16

    Não sabia que o On The Beach tinha sido renegado e engavetado por tanto tempo, é um dos meus preferidos.

  20. Sérgio comentou em 30/03/12 at 11:05

    Muito bom o “Tonight’s the Night”. É perceptível um clima de anestesia que acomete os músicos, tanto que há diversas partes que o Neil desafina, as notas tocadas pelos instrumentos fogem do tom…mas isso o torna, possivelmente, o album mais autêntico que já ouvi e, em se tratando de Neil Young, isso sempre vai ser bom.

    André, por falar em Neil Young, estou ouvindo muito nos últimos tempos o “Ragged Glory”. O que vc acha desse cd?

    Na minha opinião, é um dos melhores de sua carreira, principalmente com relação à sua guitarra. O que ele faz com ela em “Love and Only Love” e “Love to Burn” é desconcertante. Dá vontade de sentar, abrir uma cerveja e aproveitar a viagem.

    • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 11:46

      Acho o Ragged Glory o último grande álbum do Neil Young.

      • Renato comentou em 30/03/12 at 12:04

        O último, pra mim, foi o Silver and Gold. Só Razor love já vale o disco.

      • Fabricio comentou em 30/03/12 at 13:16

        Poxa, eu também amo o Ragged Glory. Inclusive, uma música dele me acertou em cheio hoje: http://dyingdays.net/posts/view/2012_03_30_mixtape_22. Sobre o último grande disco do Neil, bem, eu acho o último, o Le Noise, maravilhoso. E também confesso que gosto muito do Mirror Ball.

      • Neder comentou em 30/03/12 at 16:23

        Concordo plenamente. E, junto com “Harvest Moon”, é tão bom como os melhores da década de 70.

  21. Guilherme Braga comentou em 30/03/12 at 10:57

    Na minha humilde opinião, dois bons discos, mas muito abaixo de “Everybody knows…” e “After the gold rush”.

  22. Alvaro comentou em 30/03/12 at 10:54

    Barcinski, confere a história que o Danny Whitten comprou a última dose com a grana que o Neil Young deu a ele para comprar a passagem de ônibus? Acho “Needle and damage done” a melhor música do Harvest (e olha que só tem múica boa neste disco…). Não tinha percebido esta relação deprê com as mortes que você falou no On The Beach . Agora vou ouvir “See the sky about to rain” com outros ouvidos…

    • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 10:58

      Mais uma lenda do rock. Ninguém sabe se é verdade ou não, mas que deve ter sido um baque danado pro Young despedir o cara e saber que ele morreu no mesmo dia, deve.

    • Rodrigo comentou em 30/03/12 at 16:07

      Mas essa canção, no caso, foi feita na época do Harvest e lançada depois. Ela pode ter relação com Danny, mas não com sua morte – que ainda não havia ocorrido. E não se esqueçam que na verdade o primeiro disco da trilogia “fundo do poço” é o Time Fades Away, que foi gravado ao vivo mas só contém músicas inéditas compostas nesse período (exceto por Journey Through The Past e Love in Mind).

      • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 16:15

        Eu não disse que a música foi feita depois da morte dele, mas que foi inspirada pelos problemas de Whitten, que já rolavam há um tempo.

        • Rodrigo comentou em 03/04/12 at 10:05

          To falando de “See the sky about to rain” do disco On The Beach. Esta não tem relação com a morte de Danny. Já Tonight’s… é obviamente inspirada na morte das duas pessoas que vc mencionou.

  23. a. spera comentou em 30/03/12 at 10:50

    high hopes para maio, quando sai o novo neil young de volta com o crazy horse!!! \m/

  24. Caio comentou em 30/03/12 at 10:30

    Ae, Barça, acabei de postar no teu twitter o hino do É Meleca. Bom divertimento.
    Seguinte, ontem passou À Prova de Morte no T. Cult. Acho que vc já viu e deve ter gostado (eu achei demais, pura diversão). Mas meu ponto é o seguinte: Existe alguma possibilidade de vc fazer um post sobre o Kurt Russel?

    Eu gosto demais dos filmes que ele atua, principalmente, The Thing, do John Carpenter. Juro, vi esse filme e fiquei com medo de pisar no chão depois.

    Ele tem filmes divertidissimos que valem a pena ser visto, ainda mais numa época tão chata de filmes. Fez aniversário recentemente, então pensa com carinho e anota ai na sua listinha de pautas sugeridas pelos leitores… Abraços

    • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 10:40

      Vale, claro, gosto muito do cara.

  25. joca lopez comentou em 30/03/12 at 9:31

    Bom dia,

    Realmente “Harvest” é o disco que, ao menos para mim, me apresentou o folk rock. “Heart of gold” é uma das músicas mais doces que já escutei. A melodia de “Old Man” é o arquetipo do caipira do noroeste americano. E vale lembrar que este álbum contou com a participação do criativo James Taylor nos vocais.

  26. Mário comentou em 30/03/12 at 9:11

    on the beach é desses discos que vc ouve uma vez, acha a coisa tão sensacional e ao mesmo tempo angustiada que nao quer mais brincar com ele… não é o tipo de disco pra vc por no carro e ir viajar com a familia no fim da semana, definitivamente..
    sugestão de lista pra vc , seu top 10 de discos mais desolados e sensacionais que vc lembrar

    • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 9:44

      Boa!

      • Reginaldo comentou em 30/03/12 at 13:23

        Sugestão para a futura lista: Third/Sister Lovers, do Big Star. Conhece? O que acha?

      • André P. comentou em 30/03/12 at 18:13

        Se rolar essa lista, o disco do Come tem que estar na cabeça. Nunca ouvi nada que chegasse perto em termos de desolamento/depressão.

    • Renato comentou em 30/03/12 at 10:38

      Consta que a voz grave do bardo nesse disco deve-se a uma rigorosa dieta à base de sopa de mel com flocos crocantes de marijuana.

  27. Gilberto comentou em 30/03/12 at 8:58

    É em clima de apocalipse que acontecerá em São Paulo o festival “O FIM DO MUNDO, ENFIM”, no Sesc Pompéia, com curadoria de Clemente Tadeu Nascimento (líder do Inocentes e nosso apresentador). O evento é uma edição comemorativa do aniversário de 30 anos do festival que marcou a cena punk em São Paulo e ficou conhecido mundialmente. Para “O Fim do Mundo, Enfim” , foram selecionadas bandas que representam a cena punk atual e muitos que tocaram na primeira edição, como Inocentes, Devotos, Garotos Podres, Invasores de Cérebros, Olho Seco, Restos de Nada e Condutores de Cadáver. Podemos esperar também clássicos como Pânico em SP (Inocentes), Quanto Vale a Liberdade (Cólera), Anarquia Oi (Garotos Podres), Beber até Morrer (Ratos de Porão), Sinto (Olho Seco), Punk Rock, Hard Core, Alto do Zé do Pinho (Devotos), Os Punks Também Amam (Lixomania) e Restos de Nada (Restos de Nada). O show será na choperia do SESC Pompéia nos dias 29, 30, 31 de março.

  28. Felipe de Interlagos comentou em 30/03/12 at 8:47

    Barça isto tudo é um “piece of crap”… “PIECE OF CRAP!” Abraços e ótimo final de samana a todos!

  29. Marcio Goes comentou em 30/03/12 at 8:19

    Gosto do N. Young e tal. Mas acho que ele e seus amigos doidões fazerem velorio por seus amigos falecidos por conta das drogas a mesma coisa que as torcidas organizadas quererem estender bandeiras nos caixões dos torcedores mortos em brigas por elas mesmas organizadas. Soa um pouco hipocrita, no fim.

    • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 8:29

      Que besteira, Marcio. Vc está comparando um cara que sai de casa pra matar alguém a pauladas com um sujeito que é viciado em heroína? É o mesmo pensamento dos higienistas que acham que crackeiros são todos vagabundos,e não pessoas doentes e que precisam de tratamento.

      • Armando comentou em 30/03/12 at 11:42

        Boa parte da violência que se instaurou em nossas cidades se deve a esses nóias, drogados e, na maioria dos casos, vagabundos, sim.

        • Andre Barcinski comentou em 30/03/12 at 11:44

          Tá bom, Armando. Os caras moram na rua porque gostam.

      • Márcio Polheim comentou em 30/03/12 at 15:19

        É isso aí, Barcinski. Há pessoas que acham que drogados sempre gostam das drogas. Tudo bem que no começo o cara usa droga porque quer, mas chega um ponto, se continuar usando, que já passa a usar por vício e não por gostar realmente. Não são todos, mas há muitos adictos na ativa (drogados) que honesta e sinceramente gostariam de parar de usar. O problema é que o cérebro deles pede a droga e não suporta a mínima dor e sofrimento… qualquer coisa ruim ou boa torna-se motivo para usar. Já ouvi vários drogados aconselhando pessoas a jamais experimentarem drogas. É óbvio que um sujeito desses se droga sem querer realmente.

    • Marvin comentou em 30/03/12 at 9:08

      Só podemos homenagear amigos mortos se dermos um “de acordo” pela causa mortis?

  30. Pedro Reis Lima comentou em 30/03/12 at 7:24

    E aquela desafinada lancinante no meio de “Mellow my mind” ? Lindo demais, me faz lembrar de algum modo a voz rouca da época da gravacao do “Elo Perdido” do Arnaldo Baptista e do desespero/decepcao do parente de título “Faremos uma noitada excelente”. Agora o pior de tudo nessa história é que o Simple Red regravou “Mellow my mind”. Nunca tive coragem de ouvi-la. Belo texto. Abracao.

    • Felipe de Interlagos comentou em 30/03/12 at 8:46

      Lembro que uma vez o Barça comentou “O cenourinha tem bom gosto, só não utiliza isto na música que faz”.

      • Pedro Reis Lima comentou em 30/03/12 at 11:38

        Muito bom. srsrsrsrsrsr

    • Luiz Young comentou em 30/03/12 at 13:09

      A desafinada na mellow my mind é uma das coisas que mais sinto falta no rock atual (que eu gosto), tão bem produzido.

      Kurt Cobain ainda fez algo parecido em where did you sleep last night.

      E o On the beach pra mim é um dos melhores discos do véio. Não consigo fazer um top 5 dele, mas no top 10 tenho certeza que tá.

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