Eu vi o futuro do cinema, e ele se chama 6D
02/04/12 07:15O 3D já era. Bateu as botas. E não vai deixar saudades.
Já está em experiência um sistema que promete ser a maior revolução do cinema desde o advento do som: o 6D.
Sim, isso mesmo, seis dimensões. Uma novidade que deixa no chinelo essa mixaria tridimensional de “Avatar” e “A Invenção de Hugo Cabret”.
Nesse fim-de-semana fui com minha filha a um cinema 6D, montado numa pracinha aqui perto de casa.
Na porta, perguntei ao bilheteiro – que também era dono, projecionista e faxineiro – como era possível um mundo em seis dimensões.
“O 3D você já tem só com os óculos. Os outros “Ds” são vento, água, e as cadeiras que mexem.”
O cinema oferecia a opção de seis filmes – “Mas dois estão com problema técnico, então só tem quatro”, disse o chefão.
Nossas opções eram “O Fundo do Mar”, “Parque dos Dinossauros”, “Guerra no Espaço” e “Fábrica de Chocolate”. Optamos pela batalha espacial.
A experiência foi incrível. Cinco minutos de pura magia. Usando os óculos azuis e vermelhos, fomos imediatamente transportados para um mundo em que naves espaciais zuniam pelo espaço, perseguindo inimigos e fugindo de asteróides.
O som era uma variação do Dolby Stereo, que batizei de Dolby Mistério, já que demorei metade do filme para descobrir em que idioma o filme era falado – em inglês.
Tudo corria bem, mas em 3D. Até que os outros “Ds” apareceram: primeiro, as cadeiras começaram a pular, como um touro mecânico. Depois, fomos surpreendidos por um forte jato de vento, que simulava uma perseguição por Alfa Centauro. E, por último, borrifadas em nossos rostos provaram que, sim, há água em Júpiter.
Foi tudo rápido e indolor. Nem sombra da dor de cabeça torturante que me atacou em “Avatar”. Minha filha deu o veredito: “Foi o melhor filme que eu já vi”.
Tudo isso por seis mangos. Um real por cada dimensão. O 3D já era.
FANTÁSTICO!!!!!!!
Aldous Huxley é o cara…
sensacional!!!!!
Lembrou muito o desprentencioso “Matiné – Uma Sessão Muito Louca” (que não se perca pelo nome) que mostra um produtor de cinema trash dos anos 60 propondo total interatividade do público com a tela…Mas no caso deu me(l)da, claro,
* despretencioso
Imagino Quem quer ser um milionário em 6D, bem naquela cena que o pivete pula na fossa e sai correndo pra encontrar o ídolo jogador de croquete.
Nem tudo dá para ser em 6D, 7D ou o que virá em um futuro próximo. E de forma alguma “o 3D já era”. Mesmo porque o 3D tecnologicamente falando, ainda falta muito para ser o nosso real 3D, principalmente quando se fala em fotografia. []
Deve ser o mesmo que ir ao circo com aquele fedor dos animais …