O Lollapalooza, do sofá de casa...
08/04/12 23:57
Já disse aqui e repito: festival grande é roubada. Só vou se precisar cobrir pra Folha.
Vi o Lollapalooza do melhor lugar: do sofá de casa, cercado de família, comida e bebida.
Confesso que ri muito quando um amigo postou no Instagram a foto da fila do bar do Lollapalooza. Tô fora.
Aqui vão minhas impressões do que vi pela TV…
SÁBADO
A cobertura do Multishow continua privilegiando fofoquinha de bastidores. É impressionante como ninguém consegue dar UMA informação sobre as bandas, suas origens, estilo e importância.
Tirando uma entrevista pré-gravada com Perry Farrell, não vi nada que sequer lembrasse jornalismo. O TV on the Radio foi chamado de “banda influente”, mas não disseram quem ou como eles influenciaram alguém. Dave Navarro virou membro do Foo Fighters.
De resto, foi uma sucessão de “o público está enlouquecido”, “a banda promete arrebentar” e “o show foi alucinante”.
Quanto aos shows, Marcelo Nova foi divertido como sempre. Gosto do cara desde os tempos do Camisa e ele sempre fez bons shows.
Depois veio um tal de Cage the Elephant, que eu nem sabia o que era. Me pareceu uma banda cover de Pixies e Pavement, com um vocalista que acha que ser intenso é pular na galera e voltar pra casa sem carteira. O som nem era ruim, mas tão genérico que me bodeou em cinco minutos.
Depois entrou O Rappa. Por sorte, foi na mesma hora de Fluminense x Madureira, que tava bem melhor.
O Band of Horses foi o caso clássico de artista no lugar errado. Todo festival grande tem isso, bandas que são prejudicadas por tocar fora de seu ambiente ideal. Num clube pequeno, certamente o show funcionaria melhor.
Era nítido que eles não sabiam nem se comportar num palco daqueles. E isso não tem nada a ver com o tipo de som que fazem. Basta compará-los ao Wilco, por exemplo, que habita a mesma seara musical e que se sente em casa em qualquer palco.
O TV on the Radio também não fez um bom show. Aliás, sempre preferi seus discos aos shows. Curioso foi ver a banda tocando “Waiting Room”, clássico do Fugazi, e perceber que quase ninguém na platéia sabia do que se tratava. Diz muito sobre nossa cena indie.
Daí foi a vez de Joan Jett and the Blackhearts.
Todo festival tem seu veterano que chega para “mostrar como é que se faz”. No Rock in Rio foi Stevie Wonder; no SWU, o Lynyrd Skynyrd. Jett cumpriu o papel, fazendo um show simples, divertido e cheio de hits.
Sem querer comparar as bandas, até porque tocam estilos muito diferentes, mas sugiro assistir ao Band of Horses seguido da Joan Jett, só para sentir a diferença na qualidade do som (não da música) tirado no palco. É impressionante.
Finalmente, o Foo Fighters.
Dave Grohl e cia. fizeram um show prolixo e que poderia muito bem ter durado 45 minutos a menos.
O Foo Fighters, pra mim, é quase uma grande banda. Faz ótimos shows, tem muitos hits, uma presença de palco bacana e um cantor carismático e adorado. Mas falta alguma coisa.
Acho que Dave Grohl aperfeiçoou um método de criar hits. O cara conhece rock como poucos, e parece montar suas músicas como Quentin Tarantino monta seus filmes: tirando pedaços de uma coisa ali, juntando uma pitada de outra ali, criando um Frankenstein que, no fim das contas, parece mais original do que é na verdade.
Grohl aprendeu com Cobain – que, por sua vez, aprendeu com os Pixies – a importância da dinâmica, da colocação de silêncios e pausas, da força que pode ter um refrão que parece surgir de repente.
Mas faltam a Grohl duas coisas que Cobain tinha de sobra: a capacidade de escrever letras viscerais e um senso de drama mais aguçado.
A música do Foo Fighters é boa, mas nunca se arrisca a ponto de ser transcendente.
DOMINGO
Diazinho difícil esse, não? Teve tanta banda chata que vou resumir ao máximo:
Gogol Bordello – Imagine o Karnak formado por mendigos e imitando o Pogues. Insuportável.
Thievery Corporation – Muzak pra publicitário. Soporífero.
Friendly Fires – Indie-dance-hipster-mauricinho, misturava o funk branco do INXS com o groove do Simply Red. Abominável. Acho que foi a pior coisa que já vi em cima de um palco. Continuo em busca de uma banda desse time que não seja uma total enganação ao vivo, como Two Door Cinema Club, Clap Your Hands Say Yeah!, Rapture e tantas outras. A busca continua.
Manchester Orchestra – Grande surpresa da noite. Sem presepada, tocaram músicas que ninguém conhecia, mas que impressionaram pela qualidade. Me pareceu um metal puxado para um rock sulista americano. Muito bom mesmo.
Foster the People – Por uns cinco minutos, achei que era uma pegadinha. Um bando de mauriçolas que pareciam o elenco de “Malhação” tocando um pop xexelento. O crítico Regis Tadeu definiu essa belezinha como “Jonas Brothers tocando Franz Ferdinand”. É exatamente isso.
Jane’s Addiction – Nunca foi minha banda favorita, mas impressiona em cima do palco. Perry Farrell é um “frontman” difícil de ser batido, e a banda é coesa demais. Foi um show curto, 1h15, mas cheio de momentos épicos e muito bonitos. “Ocean Size”, que encerrou o show, foi o momento mais bonito que vi em todo o festival.
Arctic Monkeys – Banda típica da geração Myspace, fez sucesso tão rápido que nem teve tempo de aprender a se portar em cima de um palco. O show de ontem foi bem melhor que o de 2007, mas ainda assim foi frustrante, pela falta de carisma e empatia. A banda tem um ótimo repertório. Pena que acha que fazer show se limita a reproduzir as músicas no palco, iguaizinhas ao disco.
Cobain escrevia letras vicerais ou sem o menor sentido ? Uma porcaria como SOMETHING IN THE WAY tem o que pra dizer ao mundo ?
bela argumentação chamar uma música de “porcaria”. vc realmente sabe convocar um debate!
Pro SEU mundo, talvez não.
No meu mundo poetas se chamam Rimbaud , Dante , e Fernando Pessoa.
Drogados suicidas , ícones uma geração falida e sem valores , esses não têm vez..
Cara, numa boa, pare de falar asneira. Vc diz gostar de Rimbaud mas não de drogados? Ele era o quê, freira carmelita? Cada uma…
Ele deve ter lido um “Rimbaud para crianças” ou em alguma tradução do Padre Marcelo Rossi. Sem falar que o Pessoa era outra carmelita que não gostava de entornar o caneco e bem “animado”.
A demanda por festivais no Brasil cresce na razão proporcionalmente inversa do número de bandas interessantes para tocar nesses festivais. Bandas grandes para serem headliners? Cada vez menos também! Então eles tem que pegar bandas “maisoumenos” como o Foo Fighters e vender como se fosse a grande maravilha do rock.
Por outro lado, o público parecia bem feliz até nos shows fraquíssimos, como Foster the people e MGMT. Então qual será o futuro da indústria “festivaleira”? Promover bandas legais ou esperar o Foster ter 10 ou 15 anos de banda e torná-los banda headliner? A massa vai curtir e encher os festivais de qualquer forma.
eu acho que é pq quem vai nos festivais gosta da farra toda. quem gosta de música descobre novidades via internet. nos anos 90, os festivais lançavam bandas, mas hoje em dia há outras plataformas para isso.
Olá André , não aguentei e vim aqui comentar sobre…
Tudo muito chato , os bastidores , os comentários feitos por aquele time de comentáristas ,shows…a única coisa que não foi chata foi mais uma vez eu ficando em casa, tomando minha gelada a hora que eu quiser, na temperatura que mais gosto , comendo meu petisco e rindo de alguns absurdos.
Claro uma exceção ,Tv on the Radio..gosto muito dessa banda ( com direito a Fugazera ficou melhor ainda ).
Fica mais uma vez a certeza : festival é para quem gosta de festival( zona ) , e não pra quem gosta de ver uma banda tocando em um lugar que tenha um som bom e que tenha a ver com o tipo de música que ela faz …sem empurra empurra ,cerva quente , comida ruim ,caos na hora de ir embora , e por ai vai..
Acho que é isso..
Tenho certeza que quem viu de casa viu mais do que quem estava lá…
Eu tentei assistir o festival, obviamente do meu sofá, também. Fiquei muito feliz em estar em casa, não precisar de fila pra pegar cerveja na geladeira e ter a opção de mudar de canal. Pra ser econômico, o conceito pra mim foi: medonho! Só faltou uma banda cover do restart tocando michel teló.
“O Foo Fighters, pra mim, é quase uma grande banda. Faz ótimos shows, tem muitos hits, uma presença de palco bacana e um cantor carismático e adorado. Mas falta alguma coisa.”
Concordo plenamente
André,
O que está acontecendo com a música pop/rock no quesito “performance ao vivo”?
Assisti o FF “in loco” e, como você disse, não senti a transcedência que faz um show memorável. Muito bom show, mas falta algo.
Domingo, estava com meus cunhados e com a minha esposa assistindo na TV o A.Monkeys tocar daquele jeito burocrático. Minha esposa, que não é uma fã ardorosa de música, falou: “Que bandinha, hein. Muita coragem ir a shows de rock para ver isso.”
Discordei e, assim que acabou o show, peguei um DVD do Iron Maiden e mostrei para ela. O Bruce se esgoelando e correndo o palco todo. Steve Harris tocando o baixo como se fosse uma metralhadora.
Minha cunhada ficou impressionada com a bateria do Nicko e todos ficaram com impressionados com a vibração da banda.
Talvez você não goste do Iron, mas para o meu comentário, a banda em si não é importante. O importante é tentar entender o porquê do declínio das proformances ao vivo. O porquê dos velhinhos JA, Stevie Wonder e Joan Jett serem sempre lembrados pelos shows memoráveis e as novas grandes atrações passarem de forma pálida pelos festivais afora. O que você acha? Abraços, José
Fiz um post exatamente sobre isso, publico quarta ou quinta. Abraço.
O problema é que hoje não temos performances, temos pose(r)s.
e na década de 80 não tínhamos posers, certo?
acho nostalgico pensar assim. sempre vai ter gente tocando e gente posando em cima de um palco. democracia é isso ai
Eu acho que tem dois tipos de poseur. Tem os que assumem e são divertidos, tipo Motley Crue, e tem os que fingem que não são poseurs e ficam ridículos, tipo Friendly Fires.
Exato Barça! Não teria definição melhor.
É tudo muito calculado. Tudo muito burocrático. E o público muitas vezes não ajuda. Tem gente que só vê o show depois pois ficou preocupado em filmar o tempo todo. Isso quando vê já que o mais importante é mostrar para todo mundo que estava lá. Artista pouser + público pouser = show burocrático.
O show mais “rock” foi Peaches, disparado!!
Fazendo um comentário fora do assunto, li um texto da Raquel Cozer (que não conhecia) sobre um tal Hector Abad (que também não conhecia) que diz que “Ir ao teatro é como comer fígado cru de cachorro”.
Já virei fã do cara, acho teatro (infelizmente só conheço teatro no Brasil) um reduto de ator B da Globo, que está travado no tempo por se achar a mais culta das artes. Acho Gerald Thomas tão ou mais chato que o Bombay Bicycle Club. Bom, o tal Hector foi bombardeado por fazer este comentário, você, tem alguma opnião sobre o teatro?
Gosto de ler algumas peças. Tchecov, Tenessee Williams, etc. Já ir ao teatro, confesso que também não está entre minhas preferências. Vou achar a tal entrevista, valeu pelo toque.
http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/
Um bom blog.
Valeu!
Marcio, tinha essa mesma ideia de teatro. Mas assisti duas peças de uma companhia chamada Razões Inversas e achei muito boas. Uma chamava Anatomia Frozen e a outra Agreste. Eu achei os textos muito bons. E o melhor e que foram de graça, pelo circuito do sesi e do sesc.
Mas tenho que admitir que a maioria que eu fui era furada.
Agora, no quesito chatão do teatro, acho que o zé celso ganha hein.
Abraços.
O teatro deve ter tido grandes momentos em algum lugar do passado, mas não é o caso agora. As pessoas vão para ver atores de perto. Conheço várias pessoas que nem gostaram da peça, mas acharam “não sei quem” maravilhoso (a) ao vivo.
Fui lá só pra ver o Foo Fighters. Vi e achei ótimo.
As pessoas não entendem que o texto é escrito por um crítico e representa, somente, a opinião dele. Leio sempre o André, tanto na Folha quanto no blog. Musicalmente não concordo com as suas opiniões, já na culinária temos idéias bem parecidas.
Achei bem coesa a crítica. Mas, só um ponto… Que o audio da transmissão do Multishow estava muito ruim, equivalente quando transmitiram o show de Paul McCartney. E ainda falando do canal de TV, bem que poderiam contratar um pessoal especializado pra cobertura desses eventos “importantes”… Pois, no fim das contas quem é prejudicado é o telespectador.
André, você está sabendo de um show The Horrors, de graça, junto com o Franz Ferdinand, no Ibirapuera?
Será no Parque da Independência, no Ipiranga, 27 de maio.
Praticamente não assisti o festival porque só tinha 3 bandas que possuem músicas que gosto (Manchester Orchestra, Band Of Horses e os “mauricinhos” Foster The People… rs).
Acho Foo Fighters muito mas muito chato.
Mas André, já que as vezes acho que você gosta (ou se diverte) com coisas trash, que tal uma resenha para o disco solo do Dinho Ouro Preto, “Black Heart”, só com covers geniais? rs
André, concordo com quase tudo que você escreveu, só discordo do FF pois aí já é preconceito meu pois pra mim é uma banda duca em qualquer situação. Acho que sim, dá pra comentar show pela TV, desde que no comentário esteja claro isso, como no seu caso. Agora, temos que concordar, você já foi mais bem humorado em relação as críticas, hoje você está um ranzinza de marca maior, sem aquelas ironias tão tradicionais da sua respostas. Por isso que hoje tá tão divertido ler os comentários hoje, parece o MMA. (desculpa a lenha na fogueira, mas não resisti).
Barça, só discordo de você com relação ao Foo Fighters, achei o show duca!
Também o vi pelo sofá da minha casa, breja trincando na mão, conforto total.
Não tenho idade (e nem saco) para “sofrer” num festival. E para os que dizem que a análise do show só pode ser feita por quem estava lá: perdoa, eles não sabem o que falam!
Abraço Barça!
ps: não tem nada a ver com o assunto, mas queria saber o que achou sobre o projeto de lei na Bahia chamado de antibaixaria, proibindo a contratação, com dinheiro público, de artistas que toquem músicas com conteúdo “ofensivo”?
E o Vampire Weekend se encaixa nessas banda mauricinhas?
Completamente. Sintetiza tudo.
André, você definiu muito bem o Foo Fighters: “é quase uma grande banda”. Tem um som bonzinho… um ou outro hit… mas fica aquela sensação de comer uma salada sem tempero.
…acho que so trouxa nao aprendeu ainda: Festival “grande” e so pra molecada que nao conhece as bandas, nao compra discos(?), mas uma grana braba pra se sentir parte de alguma coisa por um dia na vida…
André, não parece que depois que mudou o formato do blog, o nível dos comentários caiu?
Nesse formato novo, rola muito bate boca. Tá parecendo o Yahoo
Acho que é o tema, que dá pano pra muita discussão.
Onde você assistiu o show?
Joao – Eu vi na internet e achei super legal.
Maria – Eu vi na TV 42 polegadas com home tiather e me senti lá no meião! Foi lindo!
É brincadeira fazer avaliação de show pela TV.
Isso é o mesmo que assistir qualquer DVD de uma banda.
Vc gosta de Beatles, Jonas? Como pode, se vc só os viu na TV? Deixa de ser chato. Última resposta sobre esse tema.
Concordo que Perry Farrell não é mais o mesmo insano da década de 90 (eu amo esse show do chinelo em Ain’t no Right), mas ainda assim acho que isso não tira o mérito do show do Jane’s Addiction, lucmes. Até porque me parece que as bandas andam tão ruins nesta década que não sabem mais “causar” no palco, e eu me pergunto em que momento elas perderam essa energia.
No mais, também concordo com quase tudo que o Barcinski falou, fiquei feliz de ver que não sou a única a achar que falta alguma coisa a estes festivais… bandas bacanas no palco, sem empolgação fabricada ou afetação de butique, como o ser infeliz do Friendly Fires? Ou mauricinhos da firma no palco… Engraçado como tem jornalista que paga um pau eterno pra essas bandinhas descartáveis moderninhas… Particularmente, eu não aguento mais essa formulazinha “rock dançante” previsível pra tocar em balada do povo que lê estes caras. Nada contra, eu gosto de várias dessas músicas, mas não venham me dizer que são incríveis e revolucionários. Não são, não seguram festival, por exemplo.
E assim como performances bombásticas no palco, também estamos perdendo a capacidade de análise do que é rock de verdade, e a paixão que nasce com ele. Obrigada pelo texto, Barcinski!
Você esqueceu do MGMT. Mas sei lá, não precisa se incomodar.
Tão chato que esqueci. Sério.
Meu, você resenhou a sua TV e vai falar de jornalismo…
Disse tudo Welington, o cara fala do que viu na TV e se acha capaz de dar opinião sobre um festival do qual ele não foi.
Para você sentir como faz toda diferença estar lá e ver com os próprios olhos, a foto que você viu da fila realmente devia ser enorme, porém em uma foto vc não vê a agilidade da fila, nem ficar parada a pessoa ficava de tão rápida que ela ia andando, isso para tudo, banheiros, comprar pillas e pegar bebida/comida.. deu de mil a zero no rock in rio..
O Blu-ray do Foo Fighters gravado em Wembley é deslumbrante no quesito de video, mas o som deixa um pouco a desejar!
Ah, os anos 70 …
Faço minhas as suas palavras.
Até tentei assistir alguma coisa nesses 2 dias pela tv, mas desisti e coloquei uns cds dos Stones, Sabbath e Led prá rolar.
e o racionais andré ! sei que não é sua praia mas o que voce achou dos caras atrasarem uma hora só pra dar uma lição na galera hipster pra quem eles iam ter que tocar.de resto esse lollapalooza se resumi a um nome pra mim : Joan Jett ! que mulher ! se todas as mulheres envelhecessem igual ela o mundo seria um lugar mais bonito e legal !
Não sei por que eles atrasaram, se foi questão técnica, sei lá. Mas eles têm uma tradição de atrasar shows, não é a primeira vez que rola isso.
Os Racionais atrasam normalmente, sim. Mas conforme li na Folha a organização disse que dessa vez foi pelo som alto do Janes Addiction que tava rolando em outro palco.
Enfim… só pra constar.
Ai André, jha ouviu Sixx A.M??grande projeto do Nikki Sixx a banda é muito boa e faz bastante sucesso na américa e nunca vejo nenhuma noticia sobre a mesma, olha q moro na Irlanda e ninguem conhece essa banda por aki..
Fala André,
Na boa, a melhor coisa desse Lollapalooza foi ver ao show pela TV (e no sofá) acompanhando seus comentários no Twitter.
Foi bem mais divertido!
Tenho 33 e já não aguento ir a festivais. Puta coisa cansativa.
Concordo inteiramente com suas impressões sobre o FF.
Abraço!
Quem viu pela TV viu bem mais do que quem estava lá, até porque ninguém conseguia correr de um palco pro outro, não?
Barcinski, eu estava deitado na grama, num estado semi-sonolência, esperando o show do FF começar, quando escuto a introdução de Waiting Room, despertei na hora, levantei e começei a cantar, mas parece que era só eu que conhecia essa música !!
Como pode, as pessoas não conhecem Fugazi, não conhecem a história… Parece que era um festival de aparências, onde todo mundo ia mostrar a tatuagem, a roupa bacana e o cabelo descolado, mesmo sem ter conteúdo nenhum.
A banda tocando FUGAZI, um clássico, e ninguém cantava, pogava, dançava, chorava. Nada. Nenhuma reação. Não da pra acreditar. é o tipo de público que MERECE sim esse tipo de Festival, como um headliner bom e milhões de bandas ruins antes.
Foi exatamente a mesma coisa que ouvi de várias pessoas que estavam no show.
Gui, isso é o que eu criticava ontem no meu Facebook, ´de uma perspectiva feminina: antes, as meninas que iam a estes festivais queriam ser mesmo “do rock”, se arrumavam de um jeito coerente, se jogavam e curtiam; agora só se preocupam em montar produções pra aparecer no lookbook de um site de moda supostamente descolado. Cheguei a ver foto de menina de salto e bolsa de mão, coisa mais absurda do mundo pra ir curtir um festival onde o fim maior é se jogar! Acho que essa paixão se perdeu, acho triste. E ninguém reagir a Waiting Room… putz!
Isso é verdade: Passei na Av. do Jockey Club no final do show e o que eu vi foi um bando de moleques que tavam mais preocupado com a aparência, esperando o SUV do papai.
AHahaha postei no me Facebook o seu post e recebi umas 3 mensagens até agora de gente indignada e revoltada ahaha. Concordei com quase tudo que você falou, mas o mais engraçado é ver a reação dos outros.
O show do Jane’s Addicition talvez tenha sido o melhor do festival, mas que o Perry Farrell perdeu a energia do rock perdeu. Basta ver como foi tocada Ain’t no right e comparar com a famosa versão ao vivo, que um cara atira uma sandalia no PF. Achei essa nova roupagem tanto das músicas como o teatro que a banda exibiu, um tanto pretensioso e afetado.