O Lollapalooza, do sofá de casa...
08/04/12 23:57
Já disse aqui e repito: festival grande é roubada. Só vou se precisar cobrir pra Folha.
Vi o Lollapalooza do melhor lugar: do sofá de casa, cercado de família, comida e bebida.
Confesso que ri muito quando um amigo postou no Instagram a foto da fila do bar do Lollapalooza. Tô fora.
Aqui vão minhas impressões do que vi pela TV…
SÁBADO
A cobertura do Multishow continua privilegiando fofoquinha de bastidores. É impressionante como ninguém consegue dar UMA informação sobre as bandas, suas origens, estilo e importância.
Tirando uma entrevista pré-gravada com Perry Farrell, não vi nada que sequer lembrasse jornalismo. O TV on the Radio foi chamado de “banda influente”, mas não disseram quem ou como eles influenciaram alguém. Dave Navarro virou membro do Foo Fighters.
De resto, foi uma sucessão de “o público está enlouquecido”, “a banda promete arrebentar” e “o show foi alucinante”.
Quanto aos shows, Marcelo Nova foi divertido como sempre. Gosto do cara desde os tempos do Camisa e ele sempre fez bons shows.
Depois veio um tal de Cage the Elephant, que eu nem sabia o que era. Me pareceu uma banda cover de Pixies e Pavement, com um vocalista que acha que ser intenso é pular na galera e voltar pra casa sem carteira. O som nem era ruim, mas tão genérico que me bodeou em cinco minutos.
Depois entrou O Rappa. Por sorte, foi na mesma hora de Fluminense x Madureira, que tava bem melhor.
O Band of Horses foi o caso clássico de artista no lugar errado. Todo festival grande tem isso, bandas que são prejudicadas por tocar fora de seu ambiente ideal. Num clube pequeno, certamente o show funcionaria melhor.
Era nítido que eles não sabiam nem se comportar num palco daqueles. E isso não tem nada a ver com o tipo de som que fazem. Basta compará-los ao Wilco, por exemplo, que habita a mesma seara musical e que se sente em casa em qualquer palco.
O TV on the Radio também não fez um bom show. Aliás, sempre preferi seus discos aos shows. Curioso foi ver a banda tocando “Waiting Room”, clássico do Fugazi, e perceber que quase ninguém na platéia sabia do que se tratava. Diz muito sobre nossa cena indie.
Daí foi a vez de Joan Jett and the Blackhearts.
Todo festival tem seu veterano que chega para “mostrar como é que se faz”. No Rock in Rio foi Stevie Wonder; no SWU, o Lynyrd Skynyrd. Jett cumpriu o papel, fazendo um show simples, divertido e cheio de hits.
Sem querer comparar as bandas, até porque tocam estilos muito diferentes, mas sugiro assistir ao Band of Horses seguido da Joan Jett, só para sentir a diferença na qualidade do som (não da música) tirado no palco. É impressionante.
Finalmente, o Foo Fighters.
Dave Grohl e cia. fizeram um show prolixo e que poderia muito bem ter durado 45 minutos a menos.
O Foo Fighters, pra mim, é quase uma grande banda. Faz ótimos shows, tem muitos hits, uma presença de palco bacana e um cantor carismático e adorado. Mas falta alguma coisa.
Acho que Dave Grohl aperfeiçoou um método de criar hits. O cara conhece rock como poucos, e parece montar suas músicas como Quentin Tarantino monta seus filmes: tirando pedaços de uma coisa ali, juntando uma pitada de outra ali, criando um Frankenstein que, no fim das contas, parece mais original do que é na verdade.
Grohl aprendeu com Cobain – que, por sua vez, aprendeu com os Pixies – a importância da dinâmica, da colocação de silêncios e pausas, da força que pode ter um refrão que parece surgir de repente.
Mas faltam a Grohl duas coisas que Cobain tinha de sobra: a capacidade de escrever letras viscerais e um senso de drama mais aguçado.
A música do Foo Fighters é boa, mas nunca se arrisca a ponto de ser transcendente.
DOMINGO
Diazinho difícil esse, não? Teve tanta banda chata que vou resumir ao máximo:
Gogol Bordello – Imagine o Karnak formado por mendigos e imitando o Pogues. Insuportável.
Thievery Corporation – Muzak pra publicitário. Soporífero.
Friendly Fires – Indie-dance-hipster-mauricinho, misturava o funk branco do INXS com o groove do Simply Red. Abominável. Acho que foi a pior coisa que já vi em cima de um palco. Continuo em busca de uma banda desse time que não seja uma total enganação ao vivo, como Two Door Cinema Club, Clap Your Hands Say Yeah!, Rapture e tantas outras. A busca continua.
Manchester Orchestra – Grande surpresa da noite. Sem presepada, tocaram músicas que ninguém conhecia, mas que impressionaram pela qualidade. Me pareceu um metal puxado para um rock sulista americano. Muito bom mesmo.
Foster the People – Por uns cinco minutos, achei que era uma pegadinha. Um bando de mauriçolas que pareciam o elenco de “Malhação” tocando um pop xexelento. O crítico Regis Tadeu definiu essa belezinha como “Jonas Brothers tocando Franz Ferdinand”. É exatamente isso.
Jane’s Addiction – Nunca foi minha banda favorita, mas impressiona em cima do palco. Perry Farrell é um “frontman” difícil de ser batido, e a banda é coesa demais. Foi um show curto, 1h15, mas cheio de momentos épicos e muito bonitos. “Ocean Size”, que encerrou o show, foi o momento mais bonito que vi em todo o festival.
Arctic Monkeys – Banda típica da geração Myspace, fez sucesso tão rápido que nem teve tempo de aprender a se portar em cima de um palco. O show de ontem foi bem melhor que o de 2007, mas ainda assim foi frustrante, pela falta de carisma e empatia. A banda tem um ótimo repertório. Pena que acha que fazer show se limita a reproduzir as músicas no palco, iguaizinhas ao disco.
André , como foi dito nos comentarios , voce mesmo postou aqui uma sugestão de line-up para festivais (30/06/2011)e incluiu com fé o Arct monkeys! acho que voce pegou raiva da molecada (que realmente é fraca)e esta generalizando as criticas! qual é Barça? não sou fã de nenhuma bandinha nova dessas ai , e nen tenho a minima vontade de ouvir foster e o caramba…..gosto classic ROCK e é inagavel a qualidade dos Monkeys!!!
Ué, e qual o problema? Os caras têm fãs, fazem bons discos, e é claro que eu os poria num festival. O que não quer dizer que ache que eles fazem o melhor show do mundo, ora.
André, impressionante o quanto as pessoas não aceitam opiniões contrárias, quanta paciencia vc tem!…eu pessoalmente não concordei com sua opinião sobre o Band of Horses…acompanhei pelo seu twitter e minha reação foi “pô, o Barcinski entende de música, ele tem que ver o quanto isso é bom”! é mais aquele sentimento de…queria que ele gostasse do que eu gosto…rs 🙂
mas respeito sua opinião e vou continuar achando o BOH o melhor do festival…simples assim!
abraços
Olha, não li seu texto. Só ouvi comentários sobre ele. Do melhor lugar, numa mesa de bar, com meus amigos, comida e bebida. Sinto-me apto, portanto, a comentar seu texto.
Achei fraco e pretensioso. Como alguém analisa as performances de bandas de um festival através da transmissão pela TV? Oi? Que análise é essa?
Estou ansioso pra ver sua crítica sobre Woodstock (pega um documentário na locadora, deve ter um monte).
Repito: não li seu texto. Mas sinto-me apto a comentá-lo. Não é assim que funciona na Folha?
OK, Patricio, vamos lá: de que banda eu falei mal e vc gosta? Foi do Foster the People? Friendly Fires? Ficou magoadinho?
André, acho que você não leu o comentário do Patrício, mas ele NÃO LEU SEU TEXTO. Não foi nada da sua crítica que incomodou. Foi só a sua postura folgada de ganhar dinheiro comentando em evento sem estar presente ao evento. Faço coro: Estou ansioso pra ver sua crítica sobre Woodstock [2].
E quem disse que eu li o comentário dele? E vc, de que banda é fã e ficou magoadinho? Vibrou muito com o Foster? Chorou com o Arctic Monkeys?
Hahahaha, tá apelando Barcinski.
Realmente o Patrício tem um pouco de razão.
Essas suas respostas já foram mais inteligentes.
Lendo tantos comentários sobre o mesmo ponto, percebo que eu não teria saco para manter um blog. Pelo menos não um blog como o do André, que se abre às mais diversas opiniões e ainda procura interagir com elas.
Eu que não li todos os comentários sei que o André estava acompanhando para a Folha justamente a cobertura da TV do festival! Seria difícil fazê-lo longe do sofá, não?
Seja como for, parabéns pelo blog – e pela paciência! O seu post é excelente e a quantidade de comentários só o comprova. E, excetuando uma ou outra observação, as suas opiniões vão de encontro às minhas. Abraço!
Pois é, da próxima vez vou levar uma TV pro Lollapalooza, assim eu posso escrever sobre a cobertura de TV e ainda poder falar das bandas sem que os fãzocas fiquem magoadinhos.
Indo pela sua linha de raciocínio, a gente SÓ pode comentar um jogo de futebol se formos ao Estádio.
Lógico que se pode dar pitaco de algo estando sentado num sofá assistindo TV, principalmente se observarmos mais friamente e não formos fãs da banda, ou vai me dizer que o que emociona num show na maioria das vezes é a presença da banda do que propriamente o que ela faz? Isso tudo envolto por uma atmosfera fanática que cultua “a mesma religião”.
Realmente, é impressionante analfabetismo funcional da grande maioria dos comentaristas aqui. A Folha ofereceu aos leitores dois tipos de cobertura: a in loco, com repórteres que foram efetivamente ao local, e a visão do colunista que ficou em casa, acompanhando a cobertura pela TV. São duas visões diferentes, dois tipos de cobertura que enriquecem a visão do leitor. Aí eu pergunto: qual é o problema? Desde o título está explicitado que se trata de uma coluna opinativa sobre o que foi mostrado na TV. O blogueiro é conhecido pelas opiniões fortes e sem rodeios, além de ter grande experiência e conhecimento da área. E os retardados ainda ficam na choradeira de que “cobertura no sofá de casa não vale” e tal. Não foi cobertura. Cobertura pressupõe estar lá. Isso aqui é uma coluna opinativa, e para opinar, o sujeito pode estar em qualquer lugar. No fundo no fundo mesmo, esses malas não estão reclamando da “cobertura do sofá”. Estão reclamando é da opinião do blogueiro, que não é indie de butique como eles. A propósito: do que vi pela TV, Band of Horses e Joan Jett foram os melhores shows.
É isso mesmo, tem gente que ainda não aceita opiniões contrárias.
Eu queria só ver se você tivesse feito do sofá uma série de elogios rasgados às bandas dos magoadinhos, se eles teriam a mesma reação.
Gostei das criticas e da polemica , isso é otimo para nos desenvolvermos e o Andre sabe disso.
Sobre o festival , ele tinha seu publico alvo e o atingiu em cheio!
O problema é que as pessoas acham que tudu deve ser voltada a elas , assim como o Renato vida mansa la na terra onde se come e bebe oque quiser na hora que quiser e onde quiser. junta sua turma de cangurus descolados e vai fazer seu rolê …. tem pra todo mundo!
André, sabe o que também me diz muito sobre nossa cena indie, fora os festivais que temos, o público que vai aos festivais, a cobertura que a TV faz, e o pior, as bandas que tocam nesses festivais? Os comentários aqui no blog. Sério… chega a ser surreal. Eu fico pensando o que anda acontecendo hoje em dia e não encontro resposta. Agora há pouco estava lendo o acervo da Folha sobre bandas que vinham ao país no passado e tal, muita coisa boa. Tinha o Garagem, ao vivo, toda segunda, que inclusive trazia alguma banda ou artista pro estúdio de vez em quando. Ian McCulloch, Man or Astro-man?, Cat Power, Mudhoney, Trail of Dead, e mais um monte de gente. Na MTV, ao menos a gente tinha Kid Vinil, Massari, Gastão. O Garagem, esses caras na TV, tudo isso era uma baita referência. O que mudou? O público? O jornalismo? Os jornalistas? As bandas? Tudo? Vim passar um tempo na Australia. Aqui as coisas nao sao perfeitas, acho que por conta de como as coisas acontecem no mundo. Mas vou ver o Mark Lanegan numa casa pequena espetacular e o Smudge num bar sem pagar nada. Vai ter um festival onde os Sonics, Redd Kross, Hard-Ons e The 5,6,7,8’s vao tocar. Apesar de ser um festival, o legal é que os shows vao acontecer em pequenas venues pela cidade, todas proximas umas das outras, onde voce pode entrar e sair a hora que quiser, comer e beber onde quiser. E parece que o Leonard Cohen vem la pro final do ano.
Clap,clap,clap!! Vc acaba de inventar o jornalismo bonzo onde o jornalista fica com a bunda no sofá fazendo piadinhas sem graça no Twiiter!!
O Lester Bangs da sala de estar!!!
basta falar “mal” dos gostos dos outros que todo mundo se morde… Paciencia… acho que não tem nada demais opinar, e muito menos tentar fazer com que os outros melhores, criticas servem pra isso, para fazerem os outros melhorarem, e acho que o André Ta correto em dizer o que disse, não vejo nada de ruim em querer que os musicos façam rock e que demonstrem a melhor qualidade possivel daquilo que lhes sustenta. Acho que todos deveriam tentar ser transcendental na musica. Hoje em a musica se perdeu , muita banda merda ganhando rios de dinheiro por cada porcaria que lança, no brasil então nem se fala, está demais complicado. enfim concordo com o sr! abraço.
Barça, gosto muito de seus textos e tambem acho que voce tem razao em relaçao as criticas aos grandes festivais, onde voce tem que se sujeitar a banheiros desumanos e longas filas para se desfrutar de uma cervejinha. Porem, acho que seu senso critico está muito agressivo, pois Arctic Monkeys é uma puta banda. E como vossa senhoria escreveu neste mesmo blog no dia 30/06/2011, recomendando os monkeys para um line up que voce pagaria para ver, dizendo ainda que era certeza de boas criticas. Entao parceiro… eu acho que voce está misturando o seu trauma com festivais (que meu caro Barça, reconheço que sao dificeis de ser superados) com a critica sobre o show, que no minimo foi muito bom. Guitarras debaixo da chuva, contagiando quem tem o minimo de rock’n roll pulsando em suas veias.
queria que você fizesse algum comentário sobre as apresentações de Peaches, MGMT e Skillex. Adorei seu post, parabéns!
Vejo que vc é um formador de opnião e crítico da musica. E como todo bom critico, so sabe criticar!
As bandas que estavam lá fizeram o papel delas! Vc espera o que?! Que foster the people toque igual Alice in chains?! Quer comparar Foo fighters com Nirvana?!
São propostas diferentes, publicos diferentes e obviamente o lolla nao tinha o seu perfil.
Classic rock é outra parada!
Não entendi NADA do que vc escreveu. Sério.
opa, se mata que a música tá uma merda igual sua paciência. Gogol Bordello é muito bacana. Acho que vc está velho e devia correr para onde os elefantes vão.
Coitado…
Gogol Bordello é uma enganação dos diabos.
quer execrar uma banda? coloque argumentos plaus[iveis ent’ao!
Eu adoro quase sempre seus comentários Barcinski, mas nesse texto acho que você deu uma daquela de tiozinhos que acham que o rock morreu sempre na década passada.
Fui no segundo dia, é claro que não dá pra comparar um show do AC/DC ou Metallica (nos quais também fui) aos shows do Arctic Monkeys ou FF, mas tem seus méritos. Foi divertido, e os caras fazem o trabalho direito. Não é transcendente, mas também não é entediante.
Jessica, gozado vc chamar alguém de tiozinho e elogiar AC/DC e Metallica, achei demais.
Putz, cara, como você tem paciência! O mais impressionante é que a rapaziada dá uma volta tremenda quando pra grande maioria, no fundo, o problema é o mesmo de sempre: ego machucado do fãzinho.
Se o comentário foi publicado em um blog, quer dizer que é público e cada um comenta o que quiser, não? Se for pra não receber críticas, não divulgue seu texto. Mas, ok. Até onde eu sei, pra criticar alguma coisa – e criticar de verdade, com conteúdo, argumentos e embasamento – é necessário ESTAR no local do evento e SENTIR o que está acontecendo. Assistir a um festival de casa, e por um canal que já é conhecido por fazer péssimas coberturas de shows, é praticamente não tem embasamento pra falar qualquer coisa. A questão aqui não é a sua opinião, mas a maneira como ela foi formada. Qualquer estudante de jornalismo sabe que só se cobre um evento estando lá.
Carolina, vamos lá, pela última vez, porque esse tema já deu: quem disse que eu estava “cobrindo” algum evento? Eu disse, no título do post, que eram minhas impressões do que vi pela TV. Se vc não acha isso legal, deveria ter parado de ler já no título. E pela sua lógica ilógica, quem assistiu aos shows pela TV não pode ter opinião sobre eles. Tchau.
Na boa, não sabia que o Garoto Exaqueca tinha virado jornalista. Reclamou de tudo e sem sair de casa.
Os idiotas alienados que frequentam esse tipo de festival se acham o “símbolo da rebeldia”, embora sejam assíduos frequentadores de shopping centers; ouvem Que País é Esse do Legião Urbana para se mostrarem “revoltados” com a política, embora sejam uns completos alienados que não sabem nem diferenciar capitalismo de socialismo; dizem que odeiam política, embora sejam uns escravos consumistas da Nike e da Apple.
André, o que mais me impressiona na maioria dos comentários é que parece que muita gente não entende que o blog é seu, e você escreve o que quiser, de onde quiser… rs. Ninguém nem é obrigado a vir aqui, ler e concordar.
Outra coisa que me chama a atenção é que o Foo Fighters chegou naquela fase de que é proibido alguém falar mal da banda, como se devido ao Dave Grohl ser uma “pessoa querida” todos devessem gostar da banda. Logo ele assume o posto de novo messias no lugar do Bono e aí aguenta.
Pois bem, eu não gosto, acho eles ruins seja ao vivo, na TV, em cd, dvd ou blu-ray. Ok, eles fizeram uns dois clipes engraçados.
isso tb sempre me impressiona. Ninguém obriga alguém a ler um blog.
Você é simplesmente patético! Como fazer comentário de uma coisa que você ao menos teve coragem de presenciar.
Seus comentários foram todos infelizes. Principalmente em relação ao show do Foo Fighters. Não sou fã deles, mas você foi totalmente infeliz ao fazer o cometário sobre o show deles.
ae, ótima resenha! assisti e até gostei de assistir, no sábado. sobre os apresentadores, é exatamente o que venho pensando e repetindo pra quem esteja assistindo a meu lado: que claramente esses apresentadores, seja em qualquer emissora, cobrindo qualquer grande festival, desconhecem qualquer vestígio que seja de história da música dessas bandas nesses festivais… lamentável, uma porcaria…
sobre o foo fighters, também compartilho, sempre parece que ‘falta sei la o quê’, mesmo sendo ótimo e dave grohl compondo muito bem sim e tal …. mas…. outra coisa, que incomoda e não entendo, é que sempre nos shows do foo fighters o vocal se sobre sai muito, em volume, fica bem mais alto que os outros instrumentos… fica esquisito… e pior… sie la… mas é uma característica no som da banda ao vivo…
recentemente, vi uma entrevista da courtney love, quando esteve pro swu, ano passado, e entre outras coisas, que pode-se concordar e discordar, livremente, ela fala algo minimamente… “curioso”: que se você for olhar sob uma visão ‘freudiana’, pode se ligar que o baterista que dave escolhe tem características muito próximas das do vocalista (e destaque) em sua antiga banda…
enfim… deixo aqui essa ‘viagem’, a quem interessar… sem polêmicas, sem advogar, mas é interessante, pra constar…
muito boa resenha.
abraços
Barça, concordo com você em algumas coisas e achei brilhante a analogia do Dave Grohl com o Tarantino, mas na minha opinião acho o Foo Fighters a melhor banda da atualidade,e ao vivo os caras são matadores.
Melhor que Radiohead, Wilco e Flaming Lips?
Além dos três citados, há o Midlake, Get Well Soon, entre outras bandas muito melhores do que o FF (eu incluiria The National, The Tiger and Me, talvez até o QOTSA, etc.). Obviamente, em tempos de tão poucos bons e autênticos trabalhos, Foo Fighters quebra um galho, não é ruim, mas está longe de ser a melhor banda sob qualquer aspecto.
Moacir, o Kyuss é muito melhor que QOTSA, The National ( querem ser o novo Joy Division). The National curto bastante a batera que é bem legal.
Já o The Tiger and Me eu só ouví uma música deles que é “I Left The Wolves Behind That Night”, então não posso opinar.
Mas melhor que FF ? Não sei não heim ?
Concordo: Kyuss é mesmo melhor do que o QOTSA. Mas ambas são melhores do que FF. Embora já tenha lido sobre as semelhanças entre The National e Joy Division, particularmente não as percebo, a não ser, possivelmente, o timbre do vocal.
E, amigo, fico me perguntando como é possível considerar uma banda como sendo “a melhor banda hoje” tomando apenas o 2012 como referência (vide abaixo o seu próprio comentário)???
Tiger and Me tem apenas um cd gravado de forma independente, então realmente eu não poderia considerá-la melhor do que o FF, embora o som me agrade mais, deixando no ar a perspectiva de trabalhos menos limitados do que os perpetrados por Dave Grohl pós-Nirvana.
Moacir, 2012 foi apenas uma referência pra dizer que entre os últimos 2 anos nenhuma banda, fez a dobradinha álbum/show ao vivo melhor que o FF. O diferencial fica ao vivo os caras são muito bons, toda banda, e um show durando 3 horas. Te pergunto: Que outra banda que você assistiu lançou um trabalho nos últimos tempos e fez um show de quase 3 horas sem perder o pique?
Olhe o novo post do Barça ( http://andrebarcinski.blogfolha.uol.com.br/2012/04/12/por-que-toda-banda-nova-e-tao-ruim-de-palco/ ) pra meio que entender o que digo, pois é preciso um pouco de experiência pra se tornar uma grande banda. Concordo com o que o Barça falou em relação ao FF. Eles são “quase” uma grande banda, ou seja ainda tem estrada pra provar seu valor; daí a experiência.
Sobre o The National, estou escutando direto o High Violet, mas ainda não entendí, mas acho Boxer um dos melhores trabalhos lançados na primeira década do seculo XXI. Mas nunca tive oportunidade de vê-los ao vivo, por isso minha dúvida.
Quanto ao The Tiger and Me, depois que você comentou me senti curioso e baixei o trabalho deles, mas ainda não escutei por isso não posso opinar.
ps.: Já escutou Cloud Nothings ?
Valeu pela dica! Vou atrás para ouvir durante o fim de semana…
The National faz belas apresentações ao vivo, mas “funciona” melhor em palcos menores, longe de festivais.
Os shows do FF são bons, não há dúvidas, mas não tornam a banda a melhor atualmente. Recentemente Leonard Cohen e sua banda fizeram um show que durou alguns minutos mais do que 4 hs!!! Isso em Dublin… e o cara é um sujeito de idade! E o público manteve o entusiasmo do início ao fim… mas sei que é injusto fazer tal comparação.
Prefiro realmente me concentrar no Radiohead que, com shows que raramente duram mais do que 2 Hs, arrebatam o público de maneira ímpar. A própria duração da apresentação creio ser calculada para que o público mantenha o entusiasmo do início ao fim. E eles estão em turnê!, portanto, não dá pra falar que o FF é a melhor. Mas é a minha opinião, claro.
Desculpas antecipadas ao moderador por mais esse comentário, mas creio que vale a lembrança. NO citado show de Leonard Cohen em Dublin, o cantor e compositor começou a apresentação referindo-se à sua idade avançada. A seguir, disse algo do tipo: “… este deve ser o meu último show em Dublin. Vamos arrebentar!”. E se seguiram as 4 horas de shows com pouquíssimos intervalos… rsrsrsrs.
Vou ver em Madri, em outubro. Não posso esperar.
Moacir , ainda bem que você entendeu o que ei quis dizer sobre a injustiça das comparações e a Lei de Godwin (ou um paralelo bem próximo) do blog do Rubens.
Sobre Leonard Cohen não dá pra comentar, pois tenho esse DVD Pirata ( versão que possuo é editada tem 2:40h, e fiz questão de fazer uma cópia só pra usa-la, pois a original guardo a sete chaves. Sensacional é pouco pra descrever. Abraços
Barça, o Flaming Lips lançou seu “último” trabalho em 2002 com “Yoshimi Battles the Pink Robots” , na minha opinião, At War with the Mystics (2006) e Embryonic (2009) são álbuns como disse você, feito no piloto automático e não vou citar a regravação de “Dark Side” do Floyd, que fez o Rick Wright revirar na tumba e pedir cremação.
O Wilco até que tudo bem, achei o ultimo (The Whole Love) bem legal, mas o último show deles foi em 2005 aqui no Brasil então não dá pra dizer como estão ao vivo. E o lance que o Wilco ia tocar aqui em março furou completamente. Fica difícil falar que é uma grande banda na atualidade.
O Foo Fighters eu fui assistir e te digo que foi um showzaço junto com o Jane’s Addiction, e a Joan Jett no Loolapalloza .
O Radiohead eu concordo que é magnífico, mas tá cabeça a cabeça com o Foo Fighters ( em termos de show ao vivo, é claro).
At Wat with the Mystics, no piloto automático? Embryonic no piloto automático? Cara, numa boa, os discos do Foo Fighters são muito mais feitos de acordo com um padrão pré-estabelecido do que os do Flaming Lips.
Cara, não estou discordando de você , acho sim o Foo Fiighters tem padrão pré-estabelecido de composição, o vocal de Dave Grohl em estúdio é outra coisa , ao vivo deixa a desejar, mas ainda assim (de novo na minha opinião) é a melhor banda hoje (2012), e isso não é só opinião minha não, o rei dos indies Paul McCartney, quem disse isso(ironia!).
Quanto ao At Wat with the Mystics quando ouvi tive a mesma impressão, de que quando conferi o A Different Kind of Truth do Van Halen, ou o La Liberación do CSS,parecia sobra de gravações a tal ponto que eles fizeram uma versão cômica para Bohemian Rhapsody do Queem.
E se for pra ouvir regravações eu prefiro o The Force(2011) banda paraguaia irada, ou ainda o Worlds Torn Asunder, do Warbringer ou o Violator (não, não é o Depeche Mode) banda brasiliense que lançou ano passado o ótimo Annihilation Process.
Uma pergunta: O que acha da banda Frogg Café ? Abraços
Amigo Bruno nunca que o FF ‘tá cabeça a cabeça com as apresentações ao vivo do Radiohead. Só a entrega do Tom York no palco, em quase todas as apresentações do grupo, já vale os 300 reais que se pagou em entradas no tal Lollapalooza. É impagável. E olha que não sou fã e só de vez em quando Ok Computer roda por aqui. rsrsrsrs
Mas caro Moacir, falar de show Radiohead é mesma coisa de falar de Metállica, Maiden, os caras tem tempo e experiência e talento de sobra pra criar e sabem como ter a platéia na mão e sabem o caminho às cegas de como faze-lo. Acho meio injusto comparar com o FF que é uma banda mais nova apesar do vocalista ser experiente. É meio que comparar o Kings of Leon com o Led Zeppelin.
Gogol Bordello é uma puta banda. Seu olhar é meio superficial. Você já ouviu um disco deles?
Já sim, e vi dois shows.
falar assim do gogol de forma tao simplista, perdeu a moral totalmente…
o ultimo disco ta sensacional, as letras estao melhores, trazem alguma mensagem agora…
Ah, é que antes não traziam? Os atos falhos dos fãs são os melhores…
sim, acho que antes nao traziam, acho que a banda evolui neste aspecto. ato falho [ falar que o ultrapassado do perry farrel [e um grande frontman na atualidade.
eu não sei nada sobre a cobertura de TV pq eu estava no Lollapalooza… eu vi o show e eu tambem tinha comida, tinha meus amigos do meu lado e vi vários shows muito irádos…
vc falou mal do show do rappa, achou o show ruim, só que tinha MUITA gente assistindo o show e curtindo de verdade, foi fodaço…
falou mal do gogol bordello sendo que os caras também incendiaram a platéia…
e me desculpe, mas o show do foo fighters podia ter umas 3h a mais que a galera aguentava fácil!!!
que outra banda botaria aquele tanto de gente(muitos nao conheciam a banda) pra pular por 1 hora sob sol de 35 graus as duas da tarde?
sendo um baita mala-sem-al;a melhor ficar em casa mesmo…
Parangolé também põe muita gente pra dançar sob sol escaldante.
nao poe roqueiros que nao s’ao fas deles.
1- ( @comentários) Analisar musica requer conhecimento. Por isso ou vc ouviu muita coisa ou não opina. No caso, ou você conhece tanto quanto o colunista ou melhor ficar calado.
2- Andre, acho dificil comentar sem ir ao recinto. Sofá é mais confortavel mas nao oferece o momento do Show ( que certamente nao é o argentino )
3- E, podemos separar entre comentar performances ou se o banheiro era limpo…
Lamentável. Se prefere ficar no sofá de casa, como é q comenta sobre festivais?? Não me impressiona a rabugice… Parece vovó q acha computador e internet um absurdo!
André, até agora não acredito que o baterista do Artic Monkeys estava twitando pelo Iphone no meio do show. nhttp://oesquema.com.br/bracin/2012/04/10/the-view-from-matt-helders/
Diz muito sobre a banda e a sua entrega no palco!
Eu fui porque gosto muito de Foo Fighters e Arctic Monkeys, mas sempre achei festivais “um mal necessário”. Não são feitos para quem gosta de música, são feitos para quem gosta de bagunça, de beber, “zuar”. Como a maior parte do público não tem muito conhecimento mesmo tanto faz as condições em que o ele é realizado.
Olha ANDRÉ, na minha opinião vc é um grande preguiçoso, me desculpe o uso deste termo. Mais concordo que vc teve um excelente motivo, prefiro o sofá da minha casa e gastar esta grana com outra coisa mais interessante e útil.
Pra quem não sabe o que dizer resta aplaudir.”Aplausos”.
Sem Mais.
Bom, se alguém é escalado pra fazer a crítica da cobertura de TV, é de se esperar que ela veja o show pela TV, certo?
concordo com tudo. Achei incrível que vc não tenha falado que essas bandas novas não são a nova promessa do rock…como vejo por ai, mas como assim a cena indie não conhecia Waiting Room??? Só essa música é conhecida…
Não mudaria uma virgula, e olha que não assisti do sofá de casa, assisti ao vivo!
Me impressiona a tentativa de esconder as guitarras altas e potente do foo fighters. O foco não é qualidade de som, e sim agradar a geração fã do rock (teletubes) como diria lobão…..vendem mais imagem e menos som, lamentável…