Vai perder o Mark Lanegan?
13/04/12 07:10
Difícil imaginar um programa melhor para este sábado em São Paulo do que assistir ao show de Mark Lanegan no Cine Jóia.
Lanegan chega com a turnê do disco “Blues Funeral”, um dos melhores de sua carreira.
E que carreira teve esse sujeito. Foi líder dos heróis grunge Screaming Trees e melhor voz de sua geração, depois quase morreu de bebida e heroína, e agora ressurge como um dos cantores mais procurados para parcerias.
Lanegan já lançou sete discos solo, além de três com Isobel Campbell (ex-Belle and Sebastian) e uma penca de colaborações com Greg Dulli (Afghan Whigs), Queens of the Stone Age, Martina Topley-Bird e Soulsavers, entre vários outros artistas.
“Blues Funeral” é um disco bem diferente na carreira de Lanegan.
Conhecido por sua voz rouca de bluesman do inferno, Lanegan incorporou elementos eletrônicos a sua música.
Mas que ninguém pense que ele agora quer virar o Prodigy.
A praia, aqui, é o eletrônico anos 70 e o krautrock (rock alemão da virada dos 60/70) de Neu!, Kluster e Kraftwerk, que ele diz adorar.
Imagine o Roxy Music com Tom Waits cantando, e você terá uma boa idéia do que é “Blues Funeral”.
Lanegan conseguiu fazer um disco que mantém a atmosfera lenta e dark de seus blues, mas com uma roupagem diferente da habitual. O resultado é surpreendente.
Só fico na torcida para que ele tope, qualquer dia, uma reunião do Screaming Trees. Era uma grande banda ao vivo, que eu adoraria rever.
Oi André,
Sempre fui fã de Screaming Trees e agora da carreira solo do Lanegan. Uma coisa que eu sempre fiquei curioso é com a alcunha de “heróis grunge” do Trees. Eu leio isso em várias matérias sobre bandas de Seatle, Mark Lanegan, Grunge, etc.
Gostaria de saber o por quê, só por curiosidade mesmo.
abraço!
Por que eram das melhores bandas do período, e fizeram um clássico absoluto da época, “Nearly Lost You”.
Linda essa música. A impressão que tenho é que a voz de Mark Lanegan soa bem em qualquer formato, mais blues, mais eletrônico, ou uma guitar band como Screaming Trees. Banda cujos discos, aliás, envelheceram como bom vinho. Mark Lanegan e o vocalista do Bufallo Tom são meus cantores prediletos da década de 90.
André tá bom a Virada Cultural? Qual banda você vai assistir ao vivo, não é no sofá?
PALCO SÃO JOÃO (Avenida São João, Altura do Número 1100):
18h30 – Made In Brazil (Tocando o álbum Jack o Estripador de 1976)
21h00 – Tito y Tarantula
22h30 – Iron Butterfly
02h00 – Os Mutantes
04h30 – Members of Morphine & Jeremy Lyons
07h00 – White Denim
09h30 – Suicidal Tendencies
12h00 – Titãs (Tocando o álbum Cabeça Dinossauro de 1986)
14h30 – La Renga
17h00 – Black Oak Arkansas
Fonte: Virada Cultural 2012
Veria o White Denim e o Suicidal se estivesse em SP. Mas me responda: de que banda vc é fã e vai ficar magoadinha se alguém falar mal? Vai chorar se alguém não gostar do Iron Butterfly?
Barcinski, acho que se tá ficando meio maluco, te encheram tanto o saco que agora você já ataca antes mesmo de ser atacado?
não precisa dessa defensiva toda….. A maioria aqui gosta do que vc escreve, portanto …
Vou. Não suporto vocais roucos.
Nem deles, nem delas. Muito menos de Janis. “Summertime” me deixou com um zumbido até hoje.
Fui no show dele no dia 13 de Março e foi sensacional!
Afghan Whigs é um som legal, André? Já li sobre eles, numa reportagem falando do selo Sub Pop pós-Nirvana.
É sim, muito bom mesmo, vale a pena conhecer.
Certamente, estarei lá amanhã!!! Grande, Lanegan!!!
Vídeo fresco esse aí, hein… Música boa pra caralho, mas quanta pose. Todo mundo vestidinho de pretinho, numa paródia over do modelito da “Bad Seeds” do Nick Cave, Lanegan com cara de nojinho do público (deixa eu cantar pra esses bostas aí…). Mas a música é boa, como todo o disco e vários outros que, graças a Deus, adquiri antes de ver este vídeo…rsrs. Mas o que importa é a música, e neste caso o rapaz tem um histórico impecável.
Não é nojo, nem pose. Justamente o contrário. Ele é muito tímido. Já vi vários shows dele, já conversei com ele. É o tipo de cara que abaixa a cabeça quando é aplaudido. Não por desconsideração, mas por humildade. Tanto não é asco que, nessa turnê, ele atende todos os fãs depois do show (acredito que hoje não será diferente). Senta em uma mesa e tem a pachorra de receber um por um, autografando o que vc quiser (ainda que não seja nenhum CD comprado na lojinha), posando pra fotos e fazendo questão de te agradecer pela presença. Ele pode ser arisco em entrevistas, caladão, mas é superatencioso com os fãs.
Acredito no que você está falando, Ana. Quase sempre os tímidos são vistos como antipáticos. E se você falou com conhecimento de causa, melhor ainda. Agora posso continuar apreciando sua bela música sem aquele sentimento de “apesar de ser um escroto”. Prefiro assim.
Legal que eu desfiz sua má impressão, rs. Definitivamente, o Lanegan não merece, rs. Depois do show de ontem, que foi lindo, uma amiga minha foi conversar com ele e começou a contar como a música dele a tinha tirado da depressão. Ele ouviu com atenção e, quando ela acabou de falar, pegou a mão dela e disse “muito, muito obrigado. Você não sabe o quanto isso significa para mim”. 🙂
Ana Luisa, perdão por entrar no seu diálogo com o Neder, mas que história linda. Obrigado a você pelo relato! Se isso não for o ponto maximo no trabalho de um artista, não imagino o que seja.
Rsrs.. Obrigado pelas informações, Ana. Eu continuaria seguindo sua carreira de qualquer modo, como faço desde que ouvi Screaming Trees pela primeira vez (só perco para você na condição de fã..rsrs). Ele tocou alguma dos discos com a Isobel? E como é o Cine Jóia? Dá pra ver legal? O som estava bom?
Oi, Celso. Imagina, não precisa pedir desculpas, rs. Foi bacana, mesmo. Minha amiga estava em estado de graça, rs. Neder, a única música que tocou que não é da carreira solo foi Crawlspace, desse último disco de demos do Screaming Trees, que foi recentemente lançado. O Joia é bonito, com pista, mezanino. A visão do palco parece boa de todos os pontos da casa. Eu fiquei bem na frente porque haviam me dito que no fundo o som é ruim. Como todos meus amigos estavam também na frente, não sei se é ruim mesmo. Do meu lugar, estava ok. De resto, o show foi bem impressionante. Já vi uns 15 shows dele (contando as colaborações), mas nunca tinha visto o homem cantar de um jeito tão apaixonado. Parecia que ele estava gostando muito de estar lá. Talvez por aqui dê pra ter uma ideia:
http://www.youtube.com/watch?v=aqg1Hd5GVlA
Se soubesse da atitude dele com o público teria me esforçado mais para comparecer… Perdi e perdi feio. Mas comprei o último disco dele (comprar mesmo, não baixar de graça) e é excelente. Quem sabe na próxima…
Thurston Moore ontem foi derretedor de cérebro…
Depois de ver o Jane’s Addiction, perdi a vontade de ver bandas antigas fazendo revival. Screaming Trees era uma banda fantástica, mas ruim de marketing e timing, eles demoraram demais a lançar o segundo álbum e quando o fizeram, o público americano não deu a devida atenção. Josh Homme quando saiu do Kyuss, tocou guitarra base pra eles, e depois convidou o Lanegan para o QOTSA, no que foi a melhor fase dos Queens. Pena que vou perder essa.
Que tal Bob Wilson encenando Beckett no sesc belenzinho? As vezes essa cidade se supera…
Viva a nostalgia!
“Mark Lanegan” De onde esse cara tira um artista desses? Ou melhor como faz para descobrir gente que eu nem sequer sabia que existia?
É que vc deve esperar sentado as coisas virem até vc, tipo em uma badeja! Ou melhor, vc deve assistir o Faustão e se pautar pelos ‘artistas’ que lá tocam como sendo coisa boa porque todo mundo conhece. Igual a vc, infelizmente, tem milhões.
E isso que você fez, Cleber, se chama “pedagogia da humilhação”, algo de uma ignorância repugnante.
Ué Renato, e você fez o que então?
Caio, combater o preconceito também pode ser visto como uma forma de preconceito contra quem tem preconceito, o problema aqui não é de raciocínio lógico, é dessa babaquice de viver à sombra da criatividade alheia e se achar melhor que os outros por causa disso.
pô, TODO mundo conhece o Mark Lanegan, ele fez muito sucesso na década de 90 com a banda Screaming Tress…fica ouvindo emo e heavy metal não sabe o que é bom de verdade
pelamordedeus!!!!
André, pior que eu, mesmo morando aonde já cantaram que não existe amor (SP), não estarei na cidade para ver o show, mas um OT, show de bola, o seu artigo na Folha sobre o “morto-vivo” Nicholas Cage, acho que ele deveria vir pro Brasil se aventurar no cinema tupiniquim, seria no mínimo, engraçado, vc não acha?????
Amanhã estarei lá!
HAHAHA estou pasmo com essa entrevista da trip. RIDICULA!
Nesse fim de semana terá também Ian McCulloch sábado e domingo no Sesc Pinheiros. Provavelmente será um evento bacana.
Com certeza vale a pena conferir.
E o Man or Astroman na Virada? Perto da folha…
“I nearly lost you there” ,uma das melhores músicas do grunge. E viva o Emelec.
Screaming Trees é DEMAIS!
Acho que ano passado foi lançado um disco com material inédito do Screaming Trees que é muito bom também.
Não ouvi esse, de inéditas?
Parece que é um material inédito antigo que só lançaram ano passado
Sim. Eram demos gravadas em 1998 e 1999 e reunidas pelo baterista que lançou no ano passado.
Seguem links com mais informações: http://www.amazon.com/Last-Words-The-Final-Recordings/dp/B005LF86C8/ref=sr_1_sc_3?ie=UTF8&qid=1334340665&sr=8-3-spell e
http://www.allmusic.com/album/last-words-the-final-recordings-r2264192/review
Sim, é o “Last Words: The Final Recordings”. As gravações são de 1998 e 1999 e o batera
Barrett Martin lançou ano passado pelo selo dele.
Mais detalhes em: http://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2011/08/03/a-banda-acabou-screaming-trees-disponibiliza-album-de-ineditas/
Pelo que li são músicas gravadas na éopca dele como vocal, porém ficaram de fora dos discos lançados. Inéditas… certo?
No site do Barret Martin tem o Last Words disponível:
http://barrettmartin.com/index.php?page=sunyata-records
Sábado tem Juventus x Osasco as 15 da tarde… O show é depois das 17?
Tá a cara do Ron Perlman.
Sábado tem o Sebastian Bach também
Eu vou aos dois shows. O Sebastian Bach vai tocar no Carioca Club entre 19 e 21 hs. e o Mark Lanegan sobe ao palco do Cine Joia às 23 hs. Dois grandes vocalistas que marcaram época nos anos 90. Cada um no seu estilo, claro!
Eu ouvi uma vez e não me agradou muito. Mas vou dar outra ouvida…
Screaming Trees, era uma bela banda, Uncle Anesthesia e Dust são clássicos, ao contrario do seu post de ontem os Trees eram excelentes em cima do palco, das bandas ditas grunges acho eles muito subestimados, deveriam ser mais reconhecidos e populares do que o Pearl Jam, Alice in Chains ou até mesmo o Soundgarden, talves pelo fato dos irmãos serem gordos e o Mark não ser nenhum galã ou o tipo do som dos caras abarcava outras influencias alem da trinca Black, Black Sabbath, Black Flag e Big Black, tão citada pelos respectivos grupos da era grunge.
O fato do Screaming Trees só ter feito um tímido sucesso comercial é um mistério. O visual não tem nada a ver, no começo dos anos 90 se tornou legal ser fora do padrões estéticos.
rever?? quem me dera, André…mas gostaria de ouvir muito “Trouble Times” ao vivo. Barret Martin na bateria…que banda!