Coppola, Pakula, Frankenheimer: o cinema da paranóia
10/05/12 07:05
Dia desses, o Telecine Cult exibiu “A Trama” (1974), de Alan J. Pakula. Se não viu, sugiro buscar em DVD ou na programação da emissora. É um grande filme.
Pakula (1928-1998) foi um excelente diretor, especializado em “thrillers” psicológicos envolvendo conspirações. O homem era fascinado por histórias de governos e corporações atacando cidadãos.
Esse tipo de filme foi muito popular nos Estados Unidos, especialmente entre o meio dos anos 60 e o fim dos 70.
O período da história norte-americana compreendido entre a morte de John Kennedy, em 1963, e a queda de Richard Nixon, em 1974, foi fascinante.
Nesse tempo, Malcolm X, Robert Kennedy e Martin Luther King foram assassinados, e a Guerra do Vietnã mostrou ao povo a manipulação e as mentiras perpetradas pelo governo.
Os cineastas entraram na onda, lançando uma série de filmes que mostravam o governo como um inimigo do povo e da liberdade.
Era um cinema bem mais pessimista do que os filmes patrióticos e anticomunistas dos anos 50, inspirados pela Guerra Fria e pela briga contra a união Soviética.
Não foi só nos Estados Unidos que esse subgênero fez sucesso: diretores europeus como Bertolucci (“O Conformista”), Francesco Rosi (“Cadáveres Ilustres”) e até Wim Wenders (no “noir” paranóico “O Amigo Americano”) experimentaram com o gênero. E Costa-Gavras construiu toda uma carreira baseado nele.
Fiz uma lista de dez filmes americanos fundamentais desse estilo. Três são de Alan J. Pakula, um cineasta que merecia mais reconhecimento.
A morte de Pakula lembrou uma cena de seus filmes: em 1998, ele dirigia numa estrada de Nova York, quando um caminhão que andava na frente deixou cair uma barra de ferro. A barra atingiu o carro de Pakula, que perdeu o controle do veículo e bateu no acostamento, morrendo na hora. Uma tragédia.
Aqui vão, em ordem cronológica, dez grandes filmes sobre a paranóia americana:
O Segundo Rosto (Seconds) – John Frankenheimer, 1966
Um homem infeliz é procurado por uma empresa chamada, simplesmente, “A Companhia”. A empresa propõe: que tal mudar de vida? Começa assim um pesadelo que John Frankenheimer transformou num dos filmes mais intensos e estranhos dos anos 60, encerrando sua “trilogia da paranóia”, iniciada com “Sob o Domínio do Mal” (1962) e “Sete Dias de Maio” (1964).
À Queima-Roupa (Point Blank) – John Boorman, 1967
Lee Marvin faz um assassino de aluguel perseguido por uma corporação sem rosto ou motivo aparente. Um faroeste transportado para o concreto de Los Angeles, com um clima intenso de mistério. Filmaço.
Na Mira da Morte (Targets) – Peter Bogdanovich, 1968
Inspirado pelo caso real de um homem que subiu numa torre e matou diversas pessoas a tiros, Bogdanovich fez esse filme B para Roger Corman, inclusive utilizando Boris Karloff de coadjuvante (Karloff devia a Corman dois dias de filmagem). Lançado logo após os assassinatos de Robert Kennedy e Martin Luther King, o filme foi um fracasso de bilheteria, mas depois virou “cult”, sendo inclusive homenageado por Elvis Costello na faixa “Big Tears”.
Klute, o Passado Condena (Klute) – Alan J. Pakula, 1971
Donald Sutherland investiga a morte de um homem poderoso em Nova York. Sua única pista é uma prostituta misteriosa (Jane Fonda, sexy como nunca). O resultado é um thriller psicológico de primeira, com uma atmosfera sombria. Pakula reina.
A Trama (The Parallax View) – Alan J. Pakula, 1974
Um famoso politico é assassinado numa festa na Space Needle, ponto turístico de Seattle. Um fotógrafo de jornal tira uma fotografia dos presentes, segundos antes do crime. Pouco a pouco, todas as pessoas que aparecem na foto começam a morrer misteriosamente. Warren Beatty faz um jornalista que descobre os crimes e se infiltra numa corporação que recruta assassinos para cometer crimes políticos. Um clássico esquecido dos anos 70.
Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia (Bring Me The Head of Alfredo Garcia) – Sam Peckinpah, 1974
Tô com Takeshi Kitano: esse é um dos melhores filmes já feitos. Quando a filha de um poderoso senhor de terras mexicano engravida de um capataz, o pai oferece um milhão de dólares para quem trouxer a cabeça do galã. Warren Oates faz um pianista vagabundo que aceita o desafio e passa o filme todo fugindo de gângsteres enquanto carrega um saco com a cabeça do tal Alfredo. Peckinpah faz uma brilhante metáfora de uma época triste e violenta, com um faroeste urbano e paranóico que periga ser seu melhor filme.
A Conversação (The Conversation) – Francis Ford Coppola, 1974
Entre as duas partes de “O Poderoso Chefão”, Coppola filmou essa obra-prima inspirada por “Blow up”, de Antonioni: Gene Hackman interpreta um detetive participar especializado em escutas, que se vê no meio de uma conspiração política e passa a ser, ele próprio, perseguido.
Três Dias do Condor (Three Days of the Condor) – Sydney Pollack, 1975
Robert Redford no papel de um agente da CIA que começa a ser perseguido por seus próprios empregadores. Sydney Pollack em seu melhor momento, junto com o inesquecível “A Noite dos Desesperados” (“They Shoot Horses, Don’t They?), de 1969.
Todos os Homens do Presidente (All the President’s Men) – Alan J. Pakula, 1976
Pakula chega ao auge nesse filme irretocável sobre Bob Woodward e Carl Bernstein, os jornalistas do “Washington Post” que descobriram o escândalo de Watergate e ajudaram a derrubar Nixon.
The Domino Principle – Stanley Kramer, 1977
Gene Hackman está em cana pelo assassinato do primeiro marido de sua mulher, quando é procurado na cadeia por um mal encarado misterioso (o sensacional Richard Widmark) com uma proposta: ele pode ajudar Hackman a fugir da cadeia, contanto que este faça um “trabalhinho” para uma empresa. O resto, você adivinha…
Uma dos finais mais incômodos q já viu foi o de “A Conversação”: onde estava a p… do microfone??? rs
Network (do Lumet) nao entraria na categoria??
Mais ou menos. Acho mais um filme sobre a deturpação do papel da mídia do que, propriamente, sobre conspiração, não?
Lista absolutamente irretocável, Barça. Quanto ao Pakula, destaque especial para a parceria dele com o diretor de fotografia Gordon Willis (A Trama, Klute, Todos os homens do presidente). Simplesmente um gênio. A atmosfera de paranóia que ele conseguiu dar a partir dos enquadramentos e do uso de claro/escuro é assombrosa…Alias, Gordon Willis valeria um post só pra ele, nao? Abraço
Claro que valeria, o cara é um gênio.
Barça.
Puta lista bacana!
André, não acha que o Brasil poderia realizar filmes com esses moldes se adaptasse para o cinema algumas obras do Luiz Alfredo Garcia-Roza???
Nunca tinha pensado nisso, mas é uma boa idéia.
A Conversação foi feito no mesmo ano do Chefão 2. Duas obras primas. Não sei se algum outro cineasta conseguiu somar tanta qualidade no mesmo ano.
Seconds: a olho-de-peixe do James Hong Howe me fez querer ser fotógrafo.
Pakula também é brilhante – a foto de Klute, de Gordom Willis, é o show habitual.
Só filmaço nessa lista.
Mas foi feito antes do Chefão 2.
Não vi nenhum filme da lista..snif.
Só um trechinho de “Todos os homens do Presidente”, que foi marcante.
Vou torcer neste final de semana para alguns desses filmes passar no TCM ou Telecine Cult.
Outro dia, numa crise de insonia pós feriado de 1o de Maio, assisti ao “Todos os Homens do Presidente” numa sessão das 4h às 6h do TCM.
Minha contribuição ao tópico é o The China Syndrome, produzido por um jovem rapaz que na época era apenas o filho do Kirk Douglas e uma das melhores atuações do Jack Lemmon.
Revi Síndrome da China outro dia, envelheceu mal pacas…
E’ verdade, foi um periodo conturbado que rendeu bons filmes. Tambem em 1978 em San Francisco um vereador matou o prefeito da cidade George Moscone e um outro vereador, Harvey Milk. O assassino ficou apenas 5 anos na cadeia.
André, o que você acha de JFK de Oliver Stone? Pra mim esse filme é o supra-sumo do cinema paranóico. Assisti pela primeira vez há uns três meses e quando dei por mim estava já há horas fuçando a internet atrás de teorias sobre a morte de Kennedy. E eu ainda não consigo acreditar que um tiro vindo de trás possa fazer aquele tipo de movimento na cabeça de alguém.
Tenho em DVD, assisto sempre. Acho o melhor filme do Stone. Gary Oldman, Joe Pesci, Tommy Lee Jones, Donald Sutherland, é muita gente boa junta. Não dá pra escolher quem está melhor no elenco. E aquele encontro do Costner com o Sutherland num banco de praça em Washington é uma das cenas mais bem escritas que já vi.
Bah!!!!!, só filmão, e pensar que a Globo exibia esses filmes quando eu era adolescente.
Sou fã de cinema de todas as épocas, mas acho que foi nos anos 70 que o cinema americano atingiu a maturidade. Acho que é a verdadeira “Era de Ouro” de Hollywood.
Tenho “Todos os Homens do Presidente.” Grande filme.
E essa só para irritar o Janer de Carvalho. Vendo “Todos os Homens do Presidente”, acho que a imprensa americana era mais combativa naquela época, o que acha André?
Bush e os fundamentalistas do Tea Party e da FOX News fazem coisas que fariam até Richard Nixon corar. Começando em 2001, mas talvez voltando até os anos Reagan, a Direita americana ganhou muito poder e ficou ainda mais escrota. Cadê os Woodward e Bernstein de hoje?
Janer, é possível ser fã da cultura americana sem deixar de reconhecer a escrotice suprema de certos setores da sociedade de lá.
André, são 3 diretores ótimos, apesar de achar Frankenheimer superior aos outros, talvez por gosto pessoal mesmo e não por mérito, e “Seconds” é simplesmente soberbo, é um filme onírico, pesadelo, claro!!, mas o que vc acha de “The Mandchurian Candidate”? É um filme que eu considero perfeito no quesito paranóia, ele inteiro é um grande delirio paranóico, e o personagem da Angela Lansbury eleva a condição materna a categoria horrorshow!!(boa indicação para o dia das Mães). Recentemente vi “The path to war” do Frankenheimer, se não me engano seu ultimo filme, ele morreu pouco depois, e achei fabuloso, aquelas reuniões macabras do alto escalão do Lyndon Johnson planejando o inferno do Vietnã, Dr. Fantastico perde longe!! Ja Pakula, só “Klute” já vale por tudo, acho um dos melhores filmes da Jane Fonda, talvez a puta mais blasé do cinema, maravilhosa…
Adoro The Machurian Candidate. Gostei até da refilmagem, feita pelo Jonathan Demme. Frankenheimer é um grande diretor. A segunda parte de Operação França é uma maravilha, só aquelas cenas do Gene Hackman drogado numa espelunca em Marselha valem o filme.
O roteiro de Mandchurian é impecavel e a refilmagem é muito boa tb, apesar de achar que a Meryl Streep (e olha que eu gosto muuuito dela!!) não dá para o cheiro perto da Angela Lansbury, ela esta perfeitamente má… Agora, Operação é magnifico, mas temos ai Gene Hackman, como gosto desse ator, acho ele fantastico, sempre na medida, sem overs.
Meu caro André, gostei muito do post, sobretudo por ter se utilizado do critério coerência. Listas são sempre escorregadias, já que ao perfazê-las muito mais excluímos do que incluímos. Ainda assim, não há como discordar desses filmes clássicos e imperdíveis. Você também teve o cuidado de explicitar o contexto histórico da época em que ele foram feitos. O que mostra que cinema é mais um reflexo de uma época e menos uma arte isolada de nossos tempos. Parabéns! Um abraço!
Acho “Todos os homens do Presidente” um filme complicado… Pode até ser um limite meu, mas confesso que precisei assistir umas 3 vezes pra entender tudo que aconteceu… Pra quem pega o filme sem conhecer a história, consegue se perder na trama toda facilmente.
Só tem filmaço aí (se bem que “Alfredo Garcia” e “A Conversação” estão num patamar só deles). André, sempre achei curioso que o enredo e/ou a narrativa de “A Trama” tenha sido praticamente copiado por pelo menos dois filmes contemporâneos (“Arlington Road”, de Mark Romanek, e “The Game” do Fincher) sem que quase nenhum crítico tenha se dado conta disso. Você acha que “A Trama” acabou se tornando um filme obscuro, ou pouco conhecido?
Vc acha tão parecido com The Game? Sinceramente, não consigo ver tantas semelhanças.
Dois filmes de Costa Gravas (pelo menos) deveriam fazer parte dessa lista. “Z” e “Desaparecido”. Esses filmes ficam gravados na memória e são muito, muito bons. E “Desaparecido” tem a vantagem de tratar de um tema muito próximo do que o Brasil vivia na mesma época. Impossível não se envolver.
Bom, Marco, a lista é de filmes norte-americanos. E mesmo que Missing seja falado em inglês, é dirigido por um grego e passado no Chile.
“Z” é muito bom. Tipo de filme para você assistir e ficar com raiva. Um filme que achei meio parecido, mesmo sendo de guerra, é o “Glória Feita de Sangue” do Kubrick.
Também trata das tremendas canalhices e trapaças feitas em nome do “patriotismo”, e de militares que, no fundo, se preocupam apenas mesmo é com seu próprio poder.
Muito boa a lista, André. Destaco “Seconds”, um dos filmes menos conhecidos do Frankenheimer e provavelmente o melhor… Mas, enfim, apenas acrescentaria que esse cinema de paranóia realmente se espalhou pelo mundo, especialmente em países com regimes, instituições políticas ou tradições culturais repressivas (como você bem citou, o Costa-Gravas seguiria essa “cartilha”, sendo seu clássico nessa escola “L’Aveu”). Até no Japão haveria um reflexo desse cinema com os filmes que resultaram da parceria entre o escritor de ficção científica Kobo Abe e o brilhante diretor Teshigahara.
Sem dúvida, vale outro post.
Adquiri A Trama tempos atrás, no escuro, sem saber muito o que esperar e foi realmente uma grata surpresa. Muito bem lembrado a cena do carrinho de golfe. Memorável. Uma das coisas mais bacanas que já vi em filme (embora não seja um expert). Interessante ver que pessoas que estão acostumadas com o modelo padrão do cinemão de hoje ficam meio decepcionadas com o fim (grande frustração da minha esposa. rs). Forte abraço!
PS.: vi ontem preliminares. Nunca tinha visto. O roteiro é seu, né? Um piadista nato..rs Fico imaginando gravar o programa… Sei que não gosta, mas valeria alguns comentários sobre a experiência de gravar com aquelas figuras todas. Aliás, os erros do Mojica são as coisas mais impagáveis.
Sim, eu dirijo e produzo o programa. Aliás, acabamos de entregar a segunda temporada, que estréia em junho. Ficou muito boa, a Rogéria tá demais e o Tuninho Menucci, que faz o Tonhão Borracha, é impagável. Quanto ao Mojica, eu tb acho os vídeos com erros de gravação as coisas mais engraçadas que existem. Ninguém conseguiria escrever as coisas que ele fala.
É curioso como o blogueiro adora desancar os EUA , ainda que seja um consumidor voraz da cultura americano .. Freud explica..
Me mostra aí dez grandes filmes sobre a paranóia soviética , sobre a paranóia cubana , coreana do norte , chinesa..
Não existem ? Ah sim , só na na demoníaca terra do Tiom Sam que esse luxo é concedido..
É o mesmo “Janer” que escreveu que rap é “música de bandidinho”?
Eu ri. Engraçado que o mesmo critica o blog que lê. É a contracultura da contradição… acho.
“É curioso como o blogueiro adora desancar os EUA , ainda que seja um consumidor voraz da cultura americano”. Será que Freud explicaria a origem de uma frase tão idiota?
Vc convidaria um Mano Brown , ou Snoop Dogg
pra jantar na sua casa ?
* jantarem
Janer, numa boa, chega. Eu sei quem eu NÃO convidaria: você.
Nossa que pedante.
Sinistro esse ou essa “Janer”….
Esse pessoal devia dar um tempo com as drogas, antes de escrever.
É né ? Rezar na cartilha do politicamente correto é bacanérrimo , né ?
Tchau, Janer.
Esqueceu de citar também a Jamaica…
Quem são vocês, que entram nos comentários para criar polêmica? Performers? Polemizar em comentário é o novo flash mob? Não sério, não vá embora cara! Você é Felipe de Interlagos, aquele que de vez em quando falava no accept? Pô, fica aí, meu… Bom tema para um conto ou filme: os polemistas/dadaístas de comentário.
É com imenso prazer que, passo a faixa de “Eu elogio o Kassab sim e daí?” para o ilustríssimo Sr. Janer. Tenho a mais absoluta certeza de que ele honrará com muitos méritos e comprometimento integral o compromisso de periodicamente postar conteúdo desconexo, fora de contexto, desagradável, que gere muita polêmica e repulsa por parte dos outros comentaristas e do blogueiro. Sinto que este fardo não mais me pertente. Obrigado! Saaaaaai que é tuuuuuua Taffarel!!! (Por favor libera Barça) 🙂
Onde não se pode criticar, todos os elogios são suspeitos. (Ayaan Hirsi Ali)
Que curioso: o mesmo Janer que faz comentários racistas cita a Ayann Ali.
Desculpe me meter no assunto. Creio que chamar cantor de rap de “bandidinho” é um p* de um preconceito. E é ignorância generalizar. Mas, além de não ser exatamente racismo (pode até ser, mas não necessariamente), e tomando cuidado para evitar as tais generalizações, não dá para esconder o fato de que vive saindo nos jornais estadunidenses casos de rappers matando uns aos outros, envolvidos em disputas de gangues e coisa e tal.
Outro dia li sobre um pastor evangélico metido com o tráfico.
E perguntar se vc convidaria o Mano Brown e Snoop Dogg pra jantar na sua casa, entra em que categoria? Pq não disse Eminem?
É… pensando no que você disse sobre o Eminem, não dá pra não pensar em racismo… você tem razão.
Racismo é quando se pretere ou exclui alguém em alguma coisa por discriminação racial. No caso estaria mais para injúria.
Quer frase mais excludente que “você convidaria fulano pra jantar na sua casa?”
Barça, excludente que eu falo é dirigindo-se diretamente à pessoa (impedindo alguém de entrar num lugar ou de permanecer nele, por exemplo), não falando a respeito dela.
Amigo Falastrão de Interlagos (vulgo Folgazão). Você não recebeu essa faixa – e sim o prêmio do comentário mais estapafúrdio. Fez por merecer não por elogiar o Kassab (embora seja um dos piores prefeitos de São Paulo de todos os tempos, cada um tem o direito de enxergar ou não enxergar o que quiser), mas sim por ter dito que o Kassab escolhia pessoalmente as bandas da Virada Cultural. Eu teria dado também outro prêmio por acúmulo de tontices, mas o estapafúrdio cabe bem.
Ahh meus fãs! Sinto-me como a Banda Calypso aqui, sabe? Todo mundo fala mal mas… compra CD e vai aos shows… lê as matérias…
Por favor Barça, dê me a chance de resposta. Juro que é a ultima.. esta agora pode apagar.
OK, mas vc JUROU que foi a última. Cumpra a promessa, por favor.
Você deve ir aos shows e comprar os CD’s. Em todos os casos, é questão de escolha, comprar ir a shows. Já as suas “tontices” entremeiam debates interessantes e acaba que se lê e se irrita com a perda de tempo.
Vocês reclamam do Kassab, mas não conhecem o prefeito do Rio. A última dele foi a polêmica das bicicletas elétricas. Aliás, esse assunto daria um ótimo post
Gosto muito do gênero, tenho até o Todos Os Homens do Presidente em casa. A Conversação é demais, gostei muito. Aliás, lembro de ter assistido um filme recente meio parecido com a Conversação, mas como já faz algum tempo não lembro direito, se chama A Vida dos Outros, lembro só de ter gostado muito.
Uma coisa que tem me aborrecido como fã do Peckinpah é que não consigo assistir o Tragam-me a Cabeça, pois em DVD não tem, torrent quando tento baixar vem vírus, seria esse filme objeto de alguma teoria da conspiração? Só sei que quero muito vê-lo.
Os outros da lista alguns assisti mas não lembro e a maioria não vi, vou vê-los assim que possível. Bela lista.
Alfredo Garcia saiu em DVD pela Lume há uns 2 ou 3 anos.
Vou ver se acho, da última vez que tentei não tinha disponível.
Se não estou falando bobagem (se estiver, Barcinski, me corrija) o “Tragam-me a cabeça…” foi censurado em muitos lugares (daí provavelmente a dificuldade de achá-lo) e passou a ser cultuado recentemente.
Fique atento porque é um filmaço e passa com bastante frequência no TCcult…
Abs
O filme foi destruído pela crítica quando lançado. Chegou a entrar em listas de piores filmes já feitos. Foi um fracasso comercial. Mas depois foi redescoberto, e gente como Takeshi Kitano Gaspar Noe, Tarantino, começaram a falar bem deles.
Paulo Siqueira, taí o que você queria: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-236630381-tragam-me-a-cabeca-de-alfredo-garcia-_JM
Valeu Celso. Abs.
Obrigado pelo link Celso. Abs.
Barça, me desculpe o OFF: Estava fuçando uns 90’s e (re)descobri a Fiona Apple. O que acha?
http://www.youtube.com/watch?v=QnXjISlKLuE
Apaixonado pela voz…
Adoro filmes desse tipo. A Conversação é mesmo uma obra prima! Muita gente fala do “Tragam-me a Cabeça…” vou ver se acho pra assistir. Semi off topic, mas seu texto me lembrou uma conversa que tive com amigos sobre os filmes serem influenciados pela época e pela sociedade de quando eles foram feitos. Eu defendo essa ideia e pra mim esses filmes americanos da década de 70 são um produto dessa época, não existiriam em outras décadas. Meus amigos porém dizem o contrário, os filmes aparecem, geram uma “moda” e outros produtores vão na onda. Afinal a arte do cinema reflete a sociedade em que foi feita ou a sociedade espelha o cinema? 1 abraço,
Claro que reflete. Pq tantos filmes do gênero foram feitos nessa época?
Exato. Vou mandar seu texto pra eles!
Outro ótimo filme sobre conspiração: Capricornio One
É legal sim, bem lembrado. Mas é uma conspiração da NASA, não?
É da NASA sim, bom filme.
Não sei se vc curte filme de terror europeu; se curtir, podia fazer um post com algumas sugestões. É duro ficar lendo reviews de filmes no IMDB.
Claro que curto. Fiz um post sobre o Argento, mas posso fazer outro sim, boa idéia.
E de “Acima de Qualquewr Suspeita”, “Inimigo Íntimo” e “O Dossiê Pelicano”, você gostou? Eu não!
Nenhum dos três. São filmes de encomenda, na maioria inspirados em best-sellers, mas não chegam nem perto do que ele fez nos 70.
Adorei a lista, André. E vc incluiu um dos meus favoritos: O Segundo Rosto. Acho que é a melhor interpretação do Rock Hudson. Ele está genial e o clima do filme é assustador. Todos os Homens do Presidente tem uma sequência genial que é a conversa dos dois repórteres com a personagem que finalmente decide contar tudo a eles, interpretada pela Jane Alexander. O final dele também é incrível, com Woodword e Bernstein escrevendo a matéria decisiva que fez o Nixon renunciar ao som do programa de TV. Abs. Paula.
Concordo, Rock Hudson nunca esteve melhor num filme.
Que LISTA!!! Barça, definitivamente você deve ser o maior fâ do cinema norte-americano desse período. E “sem querer parecer babaca mas….” você consideraria essa época como o auge dessa cinematografia?Ah…Pôxa, não dava para colocar o “Perigo Na Noite” (talvez o primeiro GRANDE filme desse cinasta) do De Palma nem q fosse como uma espécie de “apócrifo”?
Sem dúvida esse período é o auge dos filmes de conspiração, até pelas circunstâncias históricas.
A lista é realmente ótima, mas você se enganou, Jaime. Perigo Na Noite é do Ridley Scott.
Acho que ele quis dizer “Um tiro na noite”.
Também acho. Filmaço, aliás.
Não sei porquê lembrei do filme “Patton”. É contemporâneo destes certo? Escrito pelo Coppola – se não me falha a memória.
Sim, o Coppola escreveu, mas é bem diferente dos filme da lista, é uma cinebiografia do Patton.
Teoria da conspiração é comigo mesmo. O cine torrent vai bombar lá em casa nesse final de semana.
Putz André, juro que pensei eu te escrever para que você falasse desse filme. Eu também assisti no TC Cult. Aquela seqüência final com a banda de parada tocando e o Warren Beatty se escondendo/fugindo no forro do pavilhão é excelente!
É mesmo. Esse filme tem várias cenas dessas. E o carrinho de golfe?