Tributo a um gênio das quatro cordas
15/05/12 07:05
Nos teclados, Booker T.; na bateria, Al Jackson; na guitarra, Steve Cropper e no baixo, Donald “Duck” Dunn.
Já existiu, no pop, alguma banda melhor que Booker T. and the MG’s? Difícil.
Formando em Memphis, em 1962 (Dunn entrou em 1964), o grupo ficou conhecido por uma série de hits instrumentais e pelo clássico “Green Onions”.
A música de Booker T. and the MG’s era uma empolgante mistura de rhythm’n’blues e soul e a formação da banda – dois negros e dois brancos – chamava a atenção, numa época em que a questão da integração racial estava muito em voga nos Estados Unidos.
Eles foram a banda de estúdio da Stax, a mitológica gravadora de Memphis que lançou alguns dos maiores discos da história do soul, do blues e do jazz.
Pela Stax, participaram de gravações como Otis Redding, Wilson Pickett, Sam & Dave, Albert King, The Staple Singers e muitos outros.
Lennon e McCartney eram tão fãs do grupo que vibraram quando The MG’s lançou “McLemore Avenue” (1970), em que recriava, à sua maneira, o disco “Abbey Road”.
Nesse fim de semana, depois de fazer shows no Japão, Donald “Duck” Dunn morrreu enquanto dormia. Tinha 70 anos.
Além do trabalho com Booker T. and the MG’s, Dunn tocou “só” com Muddy Waters, Neil Young, Bruce Springsteen, Jerry Lee Lewis, Eric Clapton, Bob Dylan, Levon Helm, Creedence Clearwater Revival e muitos outros, além de ter participado do filme “Os Irmãos Cara-de-Pau”.
Separei quatro vídeos sensacionais, em tributo a Donald “Duck” Dunn. Aproveitem…
Booker T. and the MG’s em 1968, tocando “Booker-Loo”. Se a TV ainda passasse coisas dessas, eu não desligaria um minuto. Gatas de suéteres apertados dançando em frente à banda mais funky da história do rock. Coisa linda.
Clássico dos clássicos: “Green Onions”, ao vivo na Noruega, em 1967
Neil Young tocando “Motorcycle Mama” em Red Rocks, Colorado, em 2000. Atrás dele, Donald “Duck” Dunn.
Steve Cropper e Donald “Duck” Dunn tocando “Time is Tight” em sua última apresentação nos EUA, há duas semanas.
Andre, nao conhecia o Booker, achei realmente espetacular! Valeu demais pela dica
De nada, é uma grande banda mesmo.
O lgl da internete é q td envereda para o insulto, td, qq coisa, sempre.
Acho q o anonimato motiva isso.
E a falta de opinião formada, tb.
abs
O Dunn parece o Yamandú Costa
Sugiro um post com a belíssima e competentíssima baixista TAL WILKENFELD, uma moça de 20 anos (!!!) que acompanhou o Jeff Beck no FANTÁSTICO DVD e Blu-ray “Live at Roney Scotts”, lançado em 2008.
Imperdível !!!
Provavelmente a primeira banda de rock-soul-pop a juntar músicos negros e brancos nos Estados Unidos, no Sul! Só por isso essa banda genial já entraria pra história. E ainda tocaram em estúdio e ao vivo com Sam & Dave, Wilson Pickett, e Otis Redding. Aliás, eu colocaria aí a participação deles no ótimo Festival Monterey Pop, acompanhando Otis Redding:”I’ve Been Loving You”, por exemplo. De chorar de alegria.
Belo post, merecido tributo. Além de curtir a música sensacional, fiquei com a impressão de que a morena decotada do vídeo de “Booker-Loo” é a Soledad Miranda ou uma sósia dela. Pela época, bem que podia ser a própria, até porque parece se tratar de uma apresentação na Europa.
Também achei parecida, mas Soledad era mais magra. É provável que a bela seja portuguesa também, como Soledad.
O filme é francês, mas ela certamente não é francesa.
Sensacional o vídeo das gatas!
Aliás, quando recebo um pessoal em casa, nada (nem os drinks!) cria um clima tão alto astral quanto Green Onions.
Os mais desavisados SEMPRE me perguntam: “Que som é esse?”
O mesmo acontece com qualquer coisa no estilo Heroes of the Hammond.
E os gênios se vão, como Levon Helm há pouco menos de um mês…
Alguém lembra do Stealers Wheel? eram uns escoceses meio psicodélicos, folk rock sei lá…
triste, mas acho que a pessoa sofre menos quando vai dormir vivo e acorda morto
Eu já acho o contrário, a pessoa que dorme morta, quando acorda viva, fica muito feliz!
Os comentários desse blog realmente merecem um livro HUAUAHUAHUAH.
Eu sempre ouço Booker T. and the MG´s no trabalho. Aliás, conheci a banda depois que o Booker T. veio na Virada Cultural. Foi bem legal o show.
Vendo e ouvindo essa cara e o Adam Yauch, penso seriamente em um sonho que tenho desde a infância: Aprender a tocar baixo. Quem sabe um dia tomo coragem.
O cara mandava muito bem.
Muito distante….um passado muito distante…
Sem tirar o crédito da Motown (outra grande gravadora e expoente do soul) mas eu sempre curti mais o estilo dos artistas da Stax (talvez pq estes estivessem mais próximos do rock e blues)…hey mais este sou eu falando…
Belíssimo post!!!
Tem vezes que o Barcinski se supera.
Barça esse vídeo da musica “ Booker –Loo”, me deu uma vontade danada de estar ali no meio daquelas gatas, essa ruivinha e simplesmente linda e sexy, groooooooooovy!!!!!!!!!!!!, baby.
Desculpe falar desse jeito mais: O pessoal de antigamente comia bem hein? Como mulher vintage é gata!
As mulheres eram lindas e femininas, bem diferente das mulheres atuais, mais parecidas com travestis ( sem preconceito ) e lutadores de MMA.
“Mulher Vintage”: não conhecia este “gênero”, “tipo” ou “categoria”. E que palavreado! Lendo este tipo de coisas passo a compreender o radicalismo de certos grupos feministas!
Mulher Vintage não é gênero, tipo ou categoria: é mulher gostosa sob a aura mágica do passado registrado em imagens. Só isso!
Alguem quer participar da campanha: Queime um centro de ciências humanas?
Olha, as Ciências Humanas são ótimas, para mim a melhor esfera do conhecimento, mas realmente tenho que concordar contigo… alguns centros acadêmicos de Ciências Humanas são uma apurrinhação chatíssima! E sobre o Booker T. and The MG’s, conheço pouco, mas o que conheço deles eu gosto.
Pensa só Luiz: “o pessoal de antigamente comia bem hein?”. Vendo as fotos de uma “Mulher Vintage”, você usaria a frase acima? Também fico admirado com a beleza das mulheres sob a aura mágica a que você se referiu, inclusive me espanto vendo retratos de parentes que viveram outros tempos, mas não usaria o “vintage”, ainda menos a frase entre aspas. E eu leciono Física, amigo! rsrsrsrsrs
Entendo Edu… por isso pedi desculpas antes de até comentar. Se eu parar para discutir méritos de “licença poética” e “o que acho sobre feministas” aqui a discussão foge do tema principal. Mas concordo com o amigo Paulo acima que disse que as mulheres antigamente eram mais lindas.
Tive a mesmíssima sensação.
O que a Sra. Barcinski acha disto hein? Ela é ciumenta?
concordo 100 por cento, Paulo. foi a primeira coisa que pensei: venderia a alma ao coisa ruim por um inferninho desses, cheio de amigos e mulheres “vintage” (adorei o termo, FdeI, e a definição, Luiz…). que banda!
Semana Passada foram Levon Helm, Adam Yauch, e agora Donald Dunn, provavelmente devem estar fazendo uma grande Jam lá em cima cheio de groove, ia esquecendo do Charles Pitts que tocava com o Isaac Hayes aquela guitarra cheia de wah wah, Rest in Peace Senhores!!!!!!!!!!!
Sensacional esse primeiro video, obrigado por compartilhar aqui. Se algo parecido acontecesse hoje na TV seria uma rinocerontas rebolando a bunda de fio dental ao som de algum batidão funk carioca… que triste.
Marcel, adorei o “rinocerontas” (kkkkkk!!!!)! Concordo plenamente com os comentários sobre a feminilidade dessas lindas mulheres do vídeo. Claro que ainda há muitas por aí, mas o que está “na moda” agora (aaarrrghhh!!!) são essas versões “femininas” de Schwarzenegger e Stalone. Eu, que já estou com 50, tive o privilégio de ver mulheres belíssimas (inclusive na Playboy) sem silicone, botox e outros artigos de borracharia. Ah, e o som, sem dúvida, a mil anos-luz desse “Lixéu Jiló” & outras porcarias que estão por aí.
Nunca ouvi falar desse cara. É o mesmo que fazer um post de uma banda qualquer capixaba de rock psicodelico.
o som desse Booket T lembra um The Doors bem piorado.
Bom, se vc não ouviu falar de Booker T., o problema é seu.
The Doors piorado hahaa. Mas sério, esse tributo ao Abbey Road me lembrou foi o trabalho do Erlon Chaves, curte o cara, Barcinski? O cara tinha umas orquestrações fenomenais e era chegado num groove.
Esse Ivo é um babaca bem piorado.
a única referencia no uso de um hammond b3 do cara é o doors, fazer oq
The Doors e Pink Floyd são as bandas mais sonolentas da história do rock.
Cara, se você sente sonolência com a versão dos Doors para “Gloria”, por exemplo, o problema não está com a banda, isto é certo.
A estupenda música “Money” do Pink Floyd com aquele solo de sax e guitarra é para acordar qualquer defunto !!!
O pior ignorante é o cara que se orgulha de ser ignorante.
Deve ser brincadeira.
Existe um verdadeiro abismo de diferença entre Booker T. e Doors. Mas demanda certo conhecimento musical para identificar sutilezas desse tipo.
Cara, não fale assim do meu Espirito Santo. Aqui temos ótimas bandas como por exemplo… … …Bom, deixa pra lá!
Ivo, vc ta tirando sarro né? Pergunta ao Ray Manzarek quem é o mestre dele.
Steve Cropper e Donald Duck Dunn foram os “beatles” entre os músicos! Esses caras ensinaram como se tocar Rock, Blues, Jazz, Soul…. E ainda assim eram suficientemente humildes para acompanhar grandes astros solos do selo Stax!
Acho que faltou um vídeo em sua seleção que é exatamente o da turnê da Stax na Noruega! Está dividido em 6 partes no youtube. Assistam todas, pois é simplesmente inacreditável o que se vê e o que se ouve:
http://youtu.be/M_mKy-a6d1I
Interessante que ele teve uma morte muito parecida com a de outro ídolo do Soul, o Bernard Edwards do Chic.
te faço perguntas, os talentos estão se renovando? temos um rapper tao maneiro qto o mca hj em dia? ha uma banda tao cheia de groovie qto os mgs hj em dia? gravadoras ultra seguimentadas e calcadas unica e exclusivamente em talento como a stax e a motown poderiam existir hj ? não né… a musica atual é duma mediocridade e babaquice atroz…
Respondendo: Sim, mas renovar não significa melhorar. Emicida. A banda mais bonita da cidade. Sim. Concordo.
E McLemore Ave, Memphis, Tennessee, EUA
http://maps.google.com.br/maps?q=mclemore+avenue&hl=pt-BR&prmd=imvns&biw=1024&bih=600&um=1&ie=UTF-8&ei=vECyT5_uEoK29QSE87iDCQ&sa=X&oi=mode_link&ct=mode&cd=3&ved=0CDQQ_AUoAg
Esta?
No número 926 ficava a Stax e hoje funciona um museu espetacular com a história da gravadora e da soul music.
É! Eu estava olhando como a rua é hoje. Na época da capa do disco, parecia mais periferia. Show de bola! Obrigado!
No Google Maps dá pra ver a Inscrição “In Loving Memory Of Isaac Hayes”. Genial.
Booker T é a banda para alegrar o dia de qualquer um. Recomendo as coletâneas da Rhino, Very Best Of, que são demais, todas elas, do Otis, do Wilson, do Booker T., do John Lee Hooker e muitas outras. Grande perda para a música.
Booker T. & The Mgs é sensacional! A despeito de serem músicos excelentes nunca exerceram um virtuosismo estéril, o que prevalecia sempre era o bom gosto e algo relegado à um segundo plano atualmente: A música! RIP Donald “Duck” Dunn
Isso porque há 2 semanas morreu Charles “Skip”Pitts – guitarrista da banda de Isaac Hayes e que criou “apenas” o riff de Shaft. Deve estar fazendo uma jam cósmica agora com Donald “Duck” Dunn…
Bem lembrado, outro monstro.
Caro André,
Felizmente atraves deste blog vou descobrindo os nomes de personas muito talentosas que acompanharam musicalmente idolos consagrados.Fui ao show do Dylan em BH,e se o cara já tocou com ele é fera sem duvida.