Domingo rola um showzão, e não é do Franz...
25/05/12 07:05
Um show imperdível vai rolar domingo, de graça, no Parque da Independência, em São Paulo. E não estou falando do Franz Ferdinand, mas da banda que vai abrir pros escoceses: The Horrors.
Confesso que não me empolguei muito quando o Horrors apareceu, lá por 2007. Achei uma xerox esperta de Cramps, Bad Seeds, Gun Club e Birthday Party, com aquele climão de rock de garagem anos 60 e um pé no gótico. Mais pose que qualquer coisa.
Mas simpatizei com os caras, especialmente depois de descobrir que o baterista se chamava “Coffin Joe”, em homenagem ao nosso Zé do Caixão.
Em 2009, o Horrors lançou seu segundo disco, “Primary Colours” e minha impressão sobre a banda mudou totalmente. Isso porque o som da banda também mudou, passando a incorporar elementos de krautrock e pós-punk. Parecia um Cure mais pesado, mas não soava como uma simples cópia de ninguém.
Com “Skying”, o terceiro disco, lançado em 2011, o Horrors provou ser uma banda especial. Foi um dos meus discos prediletos do ano passado e está em alta rotação aqui em casa desde então.
O líder do Horrors, Faris Badwan, comanda também o projeto Cat’s Eyes, que faz uma inusitada mistura de trilhas sonoras de cinema de horror com som de “girl groups” dos anos 60. É fantástico.
Estou bem empolgado para esse show. Nunca vi o Horrors ao vivo.
Quanto ao Franz Ferdinand, sinceramente, não dá. Até simpatizo com o Kapranos, mas eles estão para o indie rock assim como o Foo Fighters está para o grunge: uma banda competente, cheia de boas idéias e que sabe o que faz, mas incapaz de dar um passo que não seja pensado cinco mil vezes antes.
E banda que não arrisca, como dizia o mestre Chacrinha, se trumbica.
AH! Meu filho de 8 anos ao ver hoje que na net que Restart vai tocar na novela Carrosel, perguntou-me por telefone: “Pai, devo continuar assistindo?” o que eu digo?
Sim continue assistindo. Mas sem som.
Quem não se comunica se trumbica! Dizia Chacrinha e meu ex-patrão dizia: Quem não se comunica se trumbica e trumbica os outros também
Barcinski, você uma vez falou aqui que a Legião Urbana fez um bom primeiro disco, “apesar de copiar descaradamente o Cure”, e que depois tinha perdido a mão. Poderia desenvolver um pouco esse “perdeu a mão”? Acho que até o “V” há bons discos, tirando o terceiro, bem colcha de retalhos. O “Dois” é meu favorito, por isso fiquei curioso. Abraço.
Acho que o que o Chacrinha dizia era “Quem não se comunica, se trumbica”, não?
Tem razão, mudei lá, obrigado.
Na verdade, a frase “correta” é “Quem não arrisca não petisca” (no sentido de que devemos correr riscos se quisermos algo). Estava aqui tentando achar a origem da frase, mas creio que seja complicado. De uma coisa tenho certeza: é uma frase existente bem antes do Chacrinha nascer! Ele pode ter usado a frase, ok. Mas a outra frase que você André e o Lucas usaram, tembém é encontrada como “quem não comunica se (es)trumbica”; no sentido de que quem não consegue passar a mensagem… bem… não consegue comunicar-se. São duas frases distintas! (risos).
ERRATA:
* também é encontrada.
Mas fato é. Se o Chacrinha foi citado, junto a um post sobre uma banda nova… isto só mostra que a memória do brasileiro vai MUITO BEM, obrigado!
nossa! The HorrorzzZzZzZzZzZZzZzZzzzzZzzzzzZZZZZZZZzzz….
zzzZzzzz…..
Essa Horrors é como o nome diz, horrorosa. Daqui uns 10 anos você vai olhar para trás e pensar como é que você pôde gostar deste embuste.
Não vou não.
Te juro que tava esperando só alguém dizer isso para concordar. Não gostei. Prefiro, destas novas, o The Vaccines.
The Horrors parece uns vizinhos meus que devem ter uns quinze anos e ficam tentando imitar o Cure.
Se os seus vizinhos têm 15 anos e fazem música que nem o Horrors, não vacila e contrata logo os moleques.
Discordo um pouco do que vc falou sobre o Franz. Acho que o som deles mudou no último álbum, Tonight. Mas pegando os 3 álbuns do Horrors, realmente é um diferente do outro. Gosto do som dos caras, mas tem uma coisa:
Primeiro álbum-> xerox do Cramps; Primary Colors-> xerox do Bauhaus; Skying -> xerox do Human League.
HUMAN LEAGUE? Sério que vc acha?
Ops, me enganei feio. Pensei num e falei outro. Quis dizer Simple Minds!
Horrors seguirei a dica e escutarei os três cd’s antes de formar opinião. Mas The Vaccines sim, é um embuste. Tentei e voltei a tentar ouvir Vaccines. Mas sempre concluo que é uma porcaria.
Só ia para ver o Franz. Ouvi muito pouco dessa banda que você citou. Vou ver e aviso segunda aviso se foi legal 🙂 . Valeu pela dica.
Mas… Peraí… O Horrors que eu conhecia era este: http://www.allmusic.com/artist/the-horrors-p423958
Nossa, sério que alguém comparou Horrors com The Mission? Podemos juntar toda a discografia do Mission é ainda não seria tão legal quanto Skying, do Horrors. Fora que The Mission está para o gothic rock assim como Massacration está para o metal. É cada uma…
Showzão rolou na ultima quarta-feira no engenhão. Dá-lhe Boca!!
Vc viu o jogo? Se alguém deu show, foi o Flu.
Vi o jogo, estava brincando com vc. Ninguém deu show. O Boca simplesmente fez o que sempre faz.
abs
Tô ligado, foi isso mesmo.
Que que eu falei: os caras do Flu iam se machucar e no fim…
O pior é saber que eles se machucaram contra o Botafogo…
É uma das poucas bandas dos últimas anos de que gosto.
Depois do seu post, fiquei curioso com o Horrors…assistirei aos dois shows. Se por acaso encontrar o colega blogueiro por lá, entregarei pessoalmente uma camisa do Riquelme em homenagem a histórica vitória do Boca no Engenhão. 🙂
Tome cuidado para não confundir o ilustre Flamenguista com o DJ Zé Pedro. Ele também confirmou presença…
Preciso ouvir mais o Horrors, ouvi uma música que rolou no Garagem e gostei. Depois fui buscar no youtube os vídeos dos caras e nada me agradou.
Quanto ao Franz, no tempo em que eu odiava bandas, era uma das “top hated”. Depois fiquei indiferente à eles.
André, acho “Primary Colours” sensacional. “Who Can Say” é uma música maravilhosa. E uma banda que não tem vergonha de fazer uma cover de “Best Thing I Never Had” da Beyoncé só pode ser muito legal.
Parceiro André, estou também empolgadão com o the Horrors…os caras parecem ser bastante competentes, fora o som que me remete também ao BauHaus…aquele climão gótico, mas com peso…o vocalista parece cantar bem ao vivo…enfim, uma ótima oportunidade!! Mas na real, quero ver o Stone Roses ao vivo…será que não rola uma resenha sua sobre essa volta?? Curto o seus comentários!! grande abraço!!
krautrock?! tô ficando velho pra isso mesmo, André. No meu tempo não tinha isso não… De onde surgiu isso? Acho que nem o google vai resolver… Aliás, como vc descobre essas bandas?! rs Admirável a sua atualização no assunto. Abs. Bom fim de semana.
Como assim, “no seu tempo” não tinha krautrock? O krautrock surgiu nos anos 60. Tá velhinho, hein? Abraço.
Teve post no blog sobre o krautrock…
Aliás, agradeço muito… não paro de ouvir o CAN desde então…
O Can tem esse poder mesmo, difícil parar de ouvir…
Skying é um dos melhores discos que ouvi ano passado. Se eu estivesse em SP iria com certeza.
Vou meio na contramão, André. Vi um trecho do Horrors no ATP ano passado. Não lembro o que foi que vi antes, mas eu estava tão atordoado que na terceira música saí pra comer alguma coisa. A banda é interessante, mas lá na hora era “só mais uma”. Já o Franz Ferdinand pra mim é uma das únicas bandas do tal “novo rock” de 2000 pra cá que ainda interessam, junto com o Arcade Fire. Grandes shows e três discos acima da média. Ainda boto fé nos caras. Mas o jogo pode inverter, vamos ver no domingo.
Pode ser, não vi o Horrors ainda, tô curioso pq gosto demais dos discos. Sinceramente, acho o Franz uma banda esperta, sabe o que funciona, tem músicas fáceis de lembrar e de refrão pegajoso. Já vi umas 3 ou 4 vezes e o show é divertido. Mas nunca me animei a ouvir com mais atenção.
Concordo Elson. Horrors ao vivo é bem mala. Franz além de serem sensacional ao vivo (ou “divertido” para o André) continua mandando bem. O último disco além de bem legal tem músicas bem diferentes dos outros dois
“Sensacional” ao vivo? O Franz?
meio off-topic: vc viu esse tal “show do elvis sem o elvis” que tá vindo pra cá? uma banda ao vivo tocando enquanto o rei canta no telão… que coisa bizarra e caça-níqueis desavergonhada total… fico pensando no precedente que isso pode abrir casa faça sucesso (teve também o tal holograma daquele rapper no coachella). como é que alguém pode pagar caro pra ver uma coisa dessas?
Olha, é “caça-níqueis”, claro, mas é divertido DEMAIS. Vi nos anos 90. E tem um detalhe: alguns dos músicos são das famosas bandas do Elvis dos anos 70. Se eu estiver em SP, não perco.
O melhor de tudo é a justificativa para o evento: “atualmente vemos show é pelo telão mesmo, todo mundo fica procurando o artista no palco e não acha”. Grande sacada!
Só o James Burton na guitarra vale o ingresso. Em SP vai ter show extra.
Elvis morto é melhor que todas essas bandinhas The Horrorosos,The Vaquinhas,Frans Pé-de-Frango,etc…
Achei que era o show de comemoração dos 25 anos do The Mission…
A melhor definição. Não conheço o resto, mas esta música parece exatamente isso.
Sinceramente o público tem mais presença de palco que eles e o som lembra o The Cult saindo da doação de sangue. Vc sempre vem com boas dicas mas desta vez…passo!
Ah, só um toque: leve água pro show pois nos dois que eu fui não podiam vender água lá.
É a Lei “Carlinhos Brown da Pena”. É uma espécie de lei “Maria da Penha” utilizada em shows de róque e afins, onde o artista é protegido por um amparo legal, evitando assim que seja atingido por garrafas contendo: ar, água, urina, suco, vômito… e assim por diante.
Cara, Lei Carlinhos Brown da Penha foi genial!!!
Carlinhos Brown dá Pe”N”a. Sem H.
Soa muito o David Bowie em seus áureos tempos…
Falando em David Bowie:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1095312-david-bowie-e-homenageado-numa-mostra-em-festival-de-sp.shtml
falando em Bowie, aqui tem eles tocando “Suffragette City”: http://www.youtube.com/watch?v=_UJ-rVvy_lU
The Horrors… The Horrors…
Boa dica André. Vou apelar pro Grooveshark. Bom final de semana.
Pena que não vou poder ir…gosto bastante do”Primary Colours”, mas último album deles não me cativou tanto assim…E quanto ao FF, concordo plenamente com tudo o que vc disse. Já percebeu como o “hype” em cima da banda morreu já faz um tempo?até tinha me esquecido dela…
Valeu a dica.
pode crer andré, tive a mesma primeira impressão mas depois analisando bem a banda é bem legalzinha, de gratis vale conferir…
Eu gosto muito do Franz e achei até que eles arriscaram um pouco no último álbum. Quanto ao Horrors ainda preciso conhecer.
“Domingo rola um showzão, e não é do Franz…”
achei que você tava falando do carnafacul
André, por falar em Gun Club, você já viu os discos “The Jeffrey Lee Pierce Sessions Project”? São 2 volumes, o 2° acabou de sair. Tem Nick Cave (sozinho e com Debbie Harry), Steve Wynn, Lydia Lunch, Mark Lanegan (sozinho e com Isobel Campbell), Mick Harvey… Um detalhe curioso é que em ambos os dscos Lanegan e Cave fazem versões para a mesma música.
Só li sobre os discos, mas não ouvi ainda. Preciso correr atrás.
Justo hoje de manhã deu saudades de ouvir o Gun Club: ouvi logo três álbuns.
Grande dica! O dueto de Cave com Debbie Harry é sublime!