Dez sugestões para melhorar nosso futebol
24/07/12 07:05
Aproveitando a idéia da FIFA de colocar chip na bola para confirmar se ela entrou ou não, gostaria de sugerir dez mudanças que, na minha opinião, melhorariam bastante o nosso futebol.
São sugestões simples e que poderiam ser colocadas em prática imediatamente:
1 – Proibição de comemorações de gol para as câmeras
Todo jogador que fizesse coraçãozinho para a câmera e mandasse beijo para a esposa seria punido com um cartão amarelo. Qualquer dancinha seria punida com o vermelho.
2 – Restrição ao vocabulário dos jogadores nas entrevistas
Jogadores estariam proibidos de falar as seguintes palavras ou expressões: “expectativa”, “o grupo tá fechado”, “família”, “professor” e “se doando ao máximo”.
3 – Restrição ao vocabulário de comentaristas
Comentaristas seriam proibidos de falar as seguintes palavras ou expressões: “expectativa”, “conjunto”, “domínio territorial”, “qualidade no passe” e “qualificado”. Além disso, Marcio Guedes seria proibido de falar “Botafogo”, Renato Mauricio Prado de falar “Flamengo”, e Caio Ribeiro de dizer qualquer frase começando por “Eu já fui jogador, então…”
4 – Proibição do uso da expressão “Vocês sabem o quanto eu sofri esse ano”
A frase só seria permitida quando seguida da revelação do valor do salário do jogador. Exemplo: “Vocês sabem o quanto eu sofri esse ano. E eu ganho 130 mil por mês.”
5 – Proibição de elogios a times sabidamente horrorosos por adversários “diplomatas”
Ficariam proibidos depoimentos como “Eles estão em último lugar, com um empate e treze derrotas, mas nos deram muito trabalho. Tenho certeza que ainda vão dar muito trabalho.”
6 – Fim dos comentaristas de arbitragem
“O tira-teima mostra que Azeitona estava doze centímetros à frente do zagueiro Tonelada, portanto, impedido!”
7 – Fim do uso de “analisadores táticos”
Popularmente conhecido por aquele videogame que usam para explicar o posicionamento da zaga do Duque de Caxias ou do ataque do Íbis.
8 – Fim das entrevistas no campo
As emissoras acabariam com os repórteres de campo – que fazem sempre as mesmas perguntas e recebem as mesmas respostas – e usariam imagens de arquivo. Para o time que estiver perdendo, pode-se usar o arquivo “Vamos conversar com o professor no intervalo para tentar empatar o jogo” e, para quem estiver ganhando, “Não tem nada decidido, vamos falar com o professor para tentar manter o resultado”.
9 – Fim dos jogos às dez da noite
Chega de futebol em horário de boate. A TV que exiba o jogo com atraso, depois da novela ou do raio que o parta.
10 – Proibição da frase “Público baixo no Engenhão”
Virou pleonasmo. Cinco anos de público baixo no Engenhão já provaram que o problema não é o público, mas o Engenhão. Então parem de reclamar e só me acordem no dia em que aquilo encher.
Fim dos jogos às 10 da noite tem que ser a primeira. Por causa do horário e da qualidade dos times praticamente só assisto jogo do meu time, outros jogos de times ruins não dá!!
Mais algumas sugestões:
Não simule faltas, e quando sofrer não role pelo campo como uma anta no cio;
Técnicos parem de reclamar com o juiz o tempo todo e tirem um dos 14 volantes e coloque o time no ataque;
E por último fica a dica: é permitido tocar a bola no meio de campo
Só encheu nos shows do Paul!
Ahhh, e vamos proibir também o patrocinador do torneio ser patrocinador master de um clube participante. KIAssédio!
Vamos proibir o Wilton Palmeiras Sampaio de apitar jogos do Coritiba. Por favor!
Barça, nem tudo está perdido. Milton Leite tem se mostrado um grande narrador, daqueles que dispensam comentaristas. No Brasil x Egito, no segundo gol do Egito ele mandou: “É, o Egito aí saindo do sarcófago…”. Hoje no Brasil x Bielorússia ele soltou: “Taí o Kornilenko. Kornilenko…” e deu aquela risadinha (na hora imaginei o Sílvio Luiz pronunciando esse nome e comentando). E a melhor, Neymar e Hulk conversando sobre quem batia a falta: “Neymar cobra mais colocado, Hulk cobra mais na ignorância. Dá quase pra fazer uma leitura labial, o Hulk falando: ‘Deixa essa que mim tá preparado, mim tá preparado'”. Quase engasgo com a cerveja.