Santa chatice, Batman!
03/08/12 07:05
Em sua crítica na “Folha”, Ricardo Calil disse quase tudo que eu gostaria de dizer sobre o novo filme de Batman, “O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (veja a crítica de Calil aqui).
Para resumir: achei o filme chatíssimo e pomposo. Eu já não era grande fã de Christopher Nolan e agora não o suporto mais.
Os filmes de Nolan sempre duram o dobro do que deveriam, porque ele faz questão de criar diálogos e situações tão ridículos e supostamente intrincados, que os personagens passam metade do tempo explicando o que quiseram dizer na frase anterior.
Em agosto de 2010, escrevi sobre o pernóstico “A Origem”, também de Nolan:
“A Origem” tem uma trama elíptica, misteriosa e propícia a múltiplas interpretações, além de um universo de simbologia própria que mistura exploração metafísica e mergulho no subconsciente. Ótimo. Só que a história não anda.
A trama é tão complexa e cheia de desvios que os personagens passam a maior parte do tempo explicando o que vai acontecer na cena seguinte. Parece um manual de auto-ajuda metafísica. Depois da trigésima oitava vez em que Leonardo Di Caprio interrompe a ação para dar uma aula sobre invasão de sonhos, nossa paciência já acabou.
“O Cavaleiro das Trevas Ressurge” – até o nome é pretensioso, não? – sofre do mesmo mal. Em vez de se conformar em fazer um filme de ação divertido, Nolan quer tratar Batman como um personagem de Shakespeare. Menos, santa.
Ninguém aqui está defendendo filmes rasos, mas há um limite para a auto-indulgência.
Perdi a conta de quantos diálogos Nolan apimenta com música misteriosa e movimentos ousados de câmera, só para esconder o absoluto vazio do texto.
Um ponto que Calil deixou de lado, talvez por pena, foi a ruindade de Christian Bale.
O Bruce Wayne de Bale se diz “um bilionário excêntrico”, mas é só um mala sorumbático, que passa o tempo todo com cara de tonto, olhando para o horizonte e fazendo ares de melancolia. Mais ou menos como o público, assistindo a esta joça.
Com meia hora eu já tinha perdido todo o interesse na história, e só o decote da Anne Hathaway me tirava do estupor.
Mas podia ser pior: podia ser em 3D.
Já prevejo reações furibundas de morcegófilos e xiitas de gibis (“gibiitas”?). Normal: esta turma é mais instável e intolerante que membro de torcida organizada, e adora enxergar metáforas profundas em qualquer roteiro de quinta, contanto que fale da Batcaverna (Nossa, Bane invade a Bolsa de Valores! É Nolan atacando o sistema financeiro!).
Se você lê inglês, sugiro que gaste seu tempo de forma mais útil, saboreando a irretocável demolição que o rabugento Rex Reed fez do filme. Divertido demais. Clique aqui e aproveite.
P.S.: Até o meio da tarde, estarei sem acesso à Internet e, portanto, impossibilitado de moderar os comentários. Se o seu comentário demorar a ser publicado, não fique nervoso, que logo ele aparece.
Coincidência esse post, em razão do que me ocorreu no último sábado: tava com uns amigos e começou a passar na TV o filme anterior da série, aquele em que o Heath Ledger era o Coringa e talz. Como eu nunca tinha visto o filme, falaram para eu assistir, pq é “muuuuito bom” (eles inclusive se dispuseram a vê-lo de novo).
Mas caramba, o filme não acabava nunca! Fui pra casa antes de terminar, já era 1h30 da madrugada e eles sempre diziam que “está quase acabando”. Acho que não acabou até hoje.
Post sobre a morte do Chris Marker: 25 comentários.
Post o sumiço do Jaz Coleman: 40 comentários.
Post com uma crítica sobre um filme que é bobo: 230 comentários.
Triste.
Está explicada a provocação gratuita do final do texto. Era só para atriar mais comentários para o blog, já que normalmente, o mesmo trata de temas nada populares.
P.s.: “Atriar” = atrair, obviamente.
Todo mundo sabe que o crítico tem preconceito em relação a HQ. Esperar outra coisa seria burrice.
Nolan é o Muse
EXATAMENTE ISSO! Belíssima analogia.
Barça, você comete uma confusão super (ahá) comum quando critica o ar “sorumbático” do morcegão. O Batman dos quadrinhos sempre foi muito sério mesmo. Quem já leu as HQs clássicas do personagem (“A Piada Mortal”, “O Longo Dia das Bruxas”, “O Cavaleiro das Trevas”, etc.) sabe disso. Acontece que a série dos anos 60 trouxe um clima pastelão que nunca teve nada a ver com os quadrinhos e, como foi um enorme sucesso, todos aqueles que o conheceram a partir daí, passaram a associar o personagem a um tipo bonachão que não fazia parte do personagem. Nolan não forçou a barra, apenas fez seus filmes de acordo com o clima que sempre preponderou nas revistas. É compreensível que todos que conhecem apenas o Batman “divertido” da série de Adam West e dos filmes de Tim Burton odeiem o filme; para eles soa como se alguém fizesse um filme sério do Scooby-Doo, por exemplo. Mas aqueles que gostam do personagem pelo que é nos quadrinhos, desde seus primórdios, geralmente gostam bastante, como é o meu caso.
Numa boa, ser sério é uma coisa. Parecer que tomou uma overdose de Lorax é outra.
os títulos que vc citou como “clássicos”, vieram bem depois dos anos 60. muito depois.
Critica totalmente sem sentido. O cara não gosta do diretor, e transferiu a crítica para o filme. Totalmente infeliz e desrepeitoso, dizer que o Batman é só um cara com uma sunga. Se você não leu os quadrinhos é melhor ficar quieto. Batman tem toda uma simbologia dentro dos quadrinhos. Ninguem tá falando que Batman é um Hamlet, mas não é um gibi gratuito de pancadaria, tem todo um contexto e simbologia e psicologico dentro dos quadrinhos, assim como no filme. E vou falar amigo, é muito melhor, que algumas obras que você indica nesse blog, ou até umas bandas meias bocas que você é fã, que no fundo é latão e você tenta vender como ouro.
Exatamente, Raul, eu não gosto do diretor e “transferi isso para o filme”. Afinal, é o diretor que faz o filme, não? Cada uma…
Tem que tomar cuidado! Ser desrespeitoso com o Batman pode levar a gravíssimas consequências!
Sim! Eles podem obrigá-lo a usar sunga de borracha! Vingança cruel!
O próprio Batman, cada vez mais real (segundo os fãs), pode se materializar junto ao seu automóvel de rodas horizontais, aparelho de eco para voz, exigindo satisfação por tamanho desrespeito para com a sua sunguinha.
Mais um crítico que acha que entende de quadrinhos ou filme de super-heróis… Sua análise tem tudo aquilo que um crítico deveria abominar: preconceito (contra os “gibiitas”), pretensão e desprezo. Mas opiniões devem ser respeitadas e nada deve ser unânime, mesmo que alguns não consigam perceber o que determinada obra pode oferecer.
Não, Rober, eu nunca disse que entendo de quadrinhos, porque não é verdade. E que negócio é esse de “filme de super-heróis”? É uma nova categoria de filmes?
Então, André, você realmente não disse nada sobre entender de quadrinhos ou sobre sua categoria. Mas entenda isso: a forma que você elaborou sua crítica induz aos leitores algum conhecimento prévio de sua parte. Se não foi isso, então sua crítica perdeu o valor. Ou você acha que quando alguém lê sua crítica está em busca de outra opinião? Se for para ter outras opiniões sobre o filme, basta perguntar a um de meus amigos. Quando leio uma crítica, espero encontrar lá algo que eu não tenha percebido. Se você acha que não tem nada mais relevante no filme, pergunto a você: o que é o poço de Lázaro? Em tempo: categoria heróis se encaixa muito bem no seu texto…
Eu sou responsável pelo que escrevo, não pelo que as pessoas acham que eu deveria escrever ou o que elas entendem erroneamente. Ninguém “induz” ninguém a nada, que isso aqui não é hipnose coletiva. Se liga.
Bom, se você acha realmente que se o fato de o receptor interpretar erroneamente o que o emissor disse não tem nada a ver com o modo que o emissor transmitiu a mensagem, então acho melhor você rever seus conceitos… Talvez o Nolan concorde com você nesse ponto, não é mesmo?
Eu sei o que é um Poço de Lázaro. Leio HQs há mais tempo que muita gente. Adoro filmes de super-heróis. Mas concordo total com o Barcinski. Sobre o filme e sobre os fãs de gibis. Não todos, mas taí um bom exemplo.
Oi, Barcinski.
Acho que você tem uma opinião e tem todo o direito de ter esta opinião e também creio que você se divirta muito vendo a galera se matar aqui por e sentir ofendido com a forma com que fala sobre alguns filmes e que este tipo de coisa alimenta seu ego e tudo o mais. Normal, acho que todo mundo tem este tipo de necessidade. Penso que o fato de você não gostar de um filme, não te dá o direito de falar mal dele assim. Acho que uma pessoa que chega a ser crítico de cinema ( coisa que, com todo o respeito do mundo, você ainda não é ), sabe que gosto é muito subjetivo e por isso, deve ficar de fora na hora de escrever algo deste tipo. Você tem o direito de expressar que não gostou do filme, mas não de falar que é um filme ruim. Porque visívelmente este filme não foi feito para o público ao qual você pertence. Realmente, pra quem entende do assunto do filme, ( seja quadrinhos de heróis, seja estudos sociais, seja antropologia, psicologia, gesltat e psicanálise, que tem no filme aos montes, e você naturalmente deve ter percebido ) tem um monte de coisas que levam a reflexão, mas somente ao público alvo, assim como vários outros filmes, livros e etc… levam as pessoas que se identificam a pensar no assunto, e é pra elas que estas obras são feitas, quer cada um na sua particularidade goste ou não. Se você classifica que, só por ser um filme do Batman, ele deve ser um filme pra crianças, é porque você assistiu o filme com preconceito, e este preconceito não deixou você absorver as coisas boas do filme, ficando preocupado com o entretenimento puro. Sim cinema é entretenimento sim, mas mesmo um filme pode levar a mais que isso. O entretenimento está na forma que você vê o filme, você pode curtir os elementos de reflexão a que o filme se propõe ou pode se portar como uma criança e ficar chateado, triste, com raiva ou frustrado porque o filme não era como você esperava que ele fosse ou deveria ser na sua opinião.
Respeito você e o seu trabalho, mas acho que realmente você pode ter tentado se aparecer ou mesmo se divertir irritando algumas pessoas, mas pra outras, você realmente passou uma imagem de idiota. ( Sem ofensas, mais uma vez, é que não achei termo mais completo pra um texto tão… bobo. ).
Se de alguma forma, o que estou escrevendo aqui levar você a ser um profissional mais completo, ou não, fico feliz pela oportunidade de, também, expressar a minha opinião.
Grande abraço.
“E que negócio é esse de “filme de super-heróis”? É uma nova categoria de filmes?” Lógico que é, André. Poxa vida, você tem que reconhecer que nos últimos 10 anos, é um ramo que se tornou comum em Hollywood e, queira ou não, é uma categoria cinematográfica. Tem aventura, drama, policial, comédia e super herói. Pode-se não gostar, mas virou um filão!
Filmes de aventuras com super-heróis existem há pelo menos 80 anos.
O que está faltando nessa história toda é autocrítica e não estou me referindo ao André. Está na hora das pessoas aprenderem a lidar com opiniões diferentes. Eu sou leitor de quadrinhos desde que me conheço por gente, fã xiita (ou sunita waharita, conforme aprendi nos coments) do Batman a ponto de com 25 anos de idade usar Havaianas estampadas com o personagem (puta havaianas da hora, btw) e adorei o filme (chorei em dois momentos e não vergonha de admitir). E mesmo assim, concordo com alguns pontos levantados pelo Barça bem como outros críticos. Os filmes dessa nova trilogia (adoro todos) tem mesmo um tom sério e até pomposo, mas para mim, funcionou bem. Era exatamente o que eu esperava de um filme do meu herói predileto. Termina por aí. E não se exige o prévio conhecimento de quadrinhos para compreender ou mesmo gostar do filme. Como obra cinematográfica tem que se bastar a si mesma, até porque estamos falando de um produto que tem como obrigação atingir o maior público possível. O problema não está em que gostou ou deixou de gostar do filme. Mas em quem não consegue compreender que existem divergências de gosto e opinião. Procurar em crítica “algo que não tinha percebido” me soa como preguiça mental. Eu pelo menos, leio as críticas apenas para saber a opinião de pessoas que respeito (e nessa entram o Barça, o bastante atacado REF, o grande Roger Ebert, entre outros) e mesmo assim, não influencia minha vontade de ver um filme ou não.
Abs a todos
Ou seja, André Barcinski é só mais um cara com opiniões sobre filmes, não tem nem precisa ter compromisso com critérios, ao escrever uma crítica. É isso? Sua única vantagem, em relação a um menino de doze anosque assiste a muitos filmes, é ter chegado antes a um veículo de comunicação. É assim que funciona? Só emitir uma opinião é o suficiente para ser um crítico? Não é preciso haver critérios para se analisar um filme? Eu até aceitaria um texto que falasse mal dos filmes de Nolan sobre o Batman, se fosse bem escrito e apresentasse argumentos para dizer porque o autor não gostou das produções. Mas um texto que tem termos do tipo “Menos, santa”? Aceitar opiniões diferentes é sinal de maturidade, concordo. Pena que isso não valha para André Barcinski, que ironiza quem discorda dele.
Zzzzzz….
Nossa! Eu estava me sentindo um alien com toda essa babação de ovo sobre o “cavaleiro das trevas”, já que não achei nada demais, aliás já não tinha achado grande coisa o anterior com o Coringa. Foi muito bom ler sua crítica, como a do Calil e do Reed. Esse filme é uma chatice sem fim mesmo. Aliás, todo filme de super-heróis é, assim como seus chatíssimos fanboys, como você avisou no penúltimo parágrafo.
“Estava me sentindo um alien”… Deixa de ser farofeiro, tá cheio de críticas e opiniões negativas espalhadas aí na internet, é só procurar!
essa frase foi a melhor de toda a discussão: “Batman é um sujeito que se veste de morcego e usa sunga de borracha. Não tem muito pra entender.”
galera, filme bom ou ruim tem um quê do gosto de quem assiste… o pior de um filme desses é pagar 20 paus pelo ingresso, mais 20 de pipoca, 20 de estacionamento e talvez encontrar seu carro riscado… e provavelmente com sua mulher resmungando o que tava fazendo ali…
Barcinski, você é obrigado pelo jornal a escrecer sobre absolutamente todos os blockbusters? Ou pode dividir a tarefa com outros colunistas? Pois se era para escrever coisas que moleques de doze anos também fazem (“O batman e o robin são namoradinhos, ha, ha, ha”), não seria preciso um crítico de cinema. O próprio George Clooney falou algo parecido, quando ficou irritada com a péssima crítica à atuação (?) dele em Batman e Robin (aquele, sim, era um péssimo filme), tentando desqualificar o roteiro, para esconder sua total falta de esforço em fazer bem seu trabalho.
Não sou obrigado a escrever sobre nada, mas sou obrigado a ler comentários como o seu. Isso sim é triste. Quem diabos escreveu alguma coisa sobre o subtexto gay de Batman e Robin? Eu?
Você não escreveu sobre o subtexto gay de Batman e Robin; eu escrevi isso como exemplo comparativo para mostrar que achei sua resenha muito fraca para um crítico de cinema.
Vc escreve um absurdo para usar como “comparativo”? Faz algum sentido?
Você deixa seu preconceito com este gênero de filmes ser mais evidente no texto do que a análise que deveria ter feito sobre o filme. Isso, sim, não faz sentido em um crítico. Isso até um “gibiita” poderia fazer.
Preconceito é falar mal sem ter visto. Eu vi e achei a grande maioria deles um porre. Posso? Você deixa?
Já entendi, André. Não lerei mais seus textos; é um favor que faço a mim e a você, ok?
Onde assino?
Hahahaha! eu escrevi, e por favor, não venham com papo de homofóbico. Essa palavra nem existia nos anos quarenta, quando os gibis de super-heróis foram escritos para adolescentes cheios de testosterona; os personagens eram supostamente muito machos, e é MUITO engraçado ver uma mensagem subliminar tão tosca ser engolida por um bando de marmanjos do século XXI. É melhor começar a rir disso tudo do que sair metralhando metade do cinema.
Criticar é uma coisa, mas humilhar é isso que vc fez..e o que os debaixo estão fazendo.
Humilhar um cara que fez um filme de 250 milhões de dólares?
Achei interessante a discussão wayne x cottillard quanto ao “prafrentismo ecológico auto-sustentável” versus “prudência”. Vazio de texto? Acho que há má vontade.
jeez! eu pensava que os comentários da folha eram rasteiros, mas os do Rex Reed…
Spoiler
Eu comecei a suar frio quando o Bane toma Wall Street e a cidade de Gotham, instalando uma espécie de sociedade anárquica. Além de soar muito clichê, eu já estava prevendo os ataques histéricos dos anarquistas de ensino médio (aquela molecada que adora falar de teorias sociais mirabolantes, contra todo tipo de ordem, mas não larga o chambinho da mamãe). Ainda bem que o Nolan voltou atrás.
Ah as lentes usadas pelo Wally Pfister também são idiotas. Os violinos yamaha da orquestra do Zimmer são idiotas. E o que é aquele sapato da Marion Cotillard? Uma idiotice! O Bane é parente do Predador! Nepotismo!
hehehe! filme de super herói sempre causa este tipo de comoção. quando filmaram “constantine”, a crítica caiu de pau porque o diretor não seguiu as características originais do personagem. quando fizeram o primeiro batman, acharam ridícula a escolha do michael keaton. o primeiro “hulk” e o “4 fantástico” foram considerados infantilóides. o último “super homem” então… nem se fala! em suma, todos eles foram criticados pela falta de originalidade com os quadrinhos e tal. só vi elogios para o primeiro “homem de ferro”, devido à semelhança do ator com o stark, e “os vingadores”, pelo realismo das imagens. agora, quando fazem um “batman” mais ligado ao lado “soturno” do personagem -o que todo fã gosta e venera (veja arkham asylum, cavaleiro das trevas, numero 1, piada mortal etc), aproximando-se das histórias em quadrinhos (o que todo mundo exigia) também vejo críticas sobre isso. então, não adianta. filmes assim não agradam muita gente e sempre serão criticados, não importa o que façam. por isso, deixem estes filmes para os fãs, a não ser que criticar, no sentido de ser contra, seja melhor para o debate (leiam uma das últimas coluna do andré barcinski que fala exatamente sobre isso). []s
fui ler a crítica do rex reed e quando li esta frase “And as Batman goes, I had a lot more fun when he was fighting off Catwoman and The Joker at the Saturday afternoon double features of my youth in his campy bat cave with his jailbait roommate Robin. Drat!” parei com tudo, pois lá vinha a mesma história de sempre “na minha época era melhor e blablablablala”… sempre que lançam um filme do batman, alguém vem com a mesma história. chato.
Qual o problema do cara gostar do Batman dos anos 60? Qual? Sempre que alguém diz isso, vem um fãzoca reclamar que o cara está sendo saudosista…
não tem problema algum, andré. pelo contrário. sujeito pode gostar do que quiser. o problema, e como fui claro anteriormente, é fazer a MESMA crítica toda vez que lançam um filme do batman! pô, ninguém tem um comentário melhor para fazer que não seja “o seriado camp me divertia mais”? falta criatividade, mas sabe por que? porque tudo já foi dito; tudo já foi escrito; não tem mais o que ser falado sobre um filme do batman. []s
Eu sou muito fã de quadrinhos. Tenho pilhas enormes de gibis em casa, mas, na boa, não consegui ver graça alguma nos filmes do Batman até hoje. Acho os do Burton até passáveis, mas é só.
Os do Nolan me dão sono profundo. Tentei assistir o primeiro. Não consegui ver 25 minutos. No segundo fui até o final, mas achei absurdamente CHATO e pretensioso. Insuportável.
Esse terceiro eu prefiro nem ver.
Ps: Li em algum lugar na na web, uma piada sobre o atirador dos EUA. Após ver um filme tão ruim, o cara resolveu sair matando todo mundo no cinema pra se vingar.
“é só um mala sorumbático, que passa o tempo todo com cara de tonto, olhando para o horizonte e fazendo ares de melancolia. ”
SENSACIONAL!
mas esse é o batman dos quadrinhos e que todo fã gostaria de ver no cinema. é essa verve que todo mundo curte. fazer o que…
Que bom que alguém aqui disse o que o crítico não entendeu, Álvaro. Aleluia!
Matheus, só um toque: Batman não é Hamlet. Batman é um sujeito que se veste de morcego e usa sunga de borracha. Não tem muito pra entender.
Quem disse que Batman é um Hamlet? Eu? O que eu disse é o exato oposto, em outro comentário, quando falei que os fãs de Batman e de Nolan sabem que filmes como este não são para concorrer com O Poderoso Chefão, são entretenimento. Mas nem por isso merecem ser ridicularizados por quem já vai ao cinema com preconceito contra este gênero.
Não sabem não, e é justamente este o ponto. Os fãs acham que Batman é pra ser levado a sério, por isso são tão revoltados quando alguém discorda.
hehehehe! fã do batman leva a sério a estética do filme (se tudo, tudo mesmo, tem a ver com os quadrinhos), nada mais do que isso. fã de quadrinhos não faz comparação com outros filmes, até porque não tem inteligencia e conhecimento para isso. o que não dá é crítico querer comparar filme de super herói com orson welles!
andré, zé do caixao não é hamlet. zé do caixo é um sujeito que veste uma capa, uam cartola, vai para o cemitério e faz e fala barbaridades. não tem muito pra entender. :))) e tu gosta prá caramba!
Gosto muito. Mas nunca disse que é Hamlet e não o trato como tal. É um cineasta que fez filmes populares.
Se alguém escrevesse um texto dizendo que o Zé do Caixão é patético, que Mojica Marins é “um diretor pífio”, que só faz filmes chatíssimos e, “graças a Deus, faz um tempo que não vê um filme dele”, você não acharia que o autor do texto foi raso na análise? Veja, andré, não estou dizendo que você é obrigado a gostar do Nolan, nem do Batman. Só acho que sua crítica – a ESTE FILME, e da forma como foi escrita – está muito aquém do que um crítico de cinema pode fazer. Não leio sua coluna sempre, não posso opinar sobre seu estilo. Só acho que você deixou sua ideia sobre este gênero atrapalhar a análise sobre a produção. se pareci muito exaltado em comentários anteriores, foi mal. Não gosto de reações exacerbadas, e certamente há coisas mais importantes que filmes para me preocupar. Fui
Não. Muita gente já disse isso (inclusive sem ter visto os filmes). Posso discordar, mas não vou ficar em cima de um pedestal dizendo que fulano é “raso”.
E, Álvaro, sobre fãs de quadrinhos não terem inteligência para fazerem comparações com outros filmes, na boa, pense antes de escrever. Vai evitar a publicação de criancices como a que você postou. Tem muito fã de quadrinhos que deixa muito “intelectualóide” por aí no chinelo, em termos de crítica de cinema.
é isso mesmo Álvaro, quem gosta de quadrinhos, gosta dos 3 filmes do Nolan do Batman….
é que querem criticar o filme sem ter lido os quadrinhos.
Eu leio quarinhos. E não gostei tanto assim do filme. Menos, menos…
eu gosto de quadrinhos mas jamais me empolguei com nenhum filme baseado em quadrinhos. Persépolis e Sin City são razoáveis.
Com todo o respeito aos batófilos de plantão, e partindo de um ex-leitor de gibis de longa data:
1) Batman é pedófilo;
2) Robin é o pupilo do milionário Bruce Wayne, que originalmente o “pegou para criar” quando menino;
3) o epíteto de Robin é “Menino-Prodígio”, vai-se saber o porquê(dica: o nome dele é Dick);
4) a melhor recriação de Batman nas telas é aquele seriado brega dos anos 60, que era assumidamente ridículo e provocava boas gargalhadas.
Só para complementar.. penso que o mérito de Nolan foi trazer a personagem para uma situação mais próxima da realidade com um tom um pouco menos exagerado do que nos quadrinhos.
O engraçado é que eu achei o último filme menos chato que os outros.
De qualquer forma, suas observações foram muito pertinentes, mas no final das contas – gosto não se discute.
De qualquer forma, muito em breve, teremos a animação do Cavaleiro das Trevas baseada na célebre HQ de Frank Miller.
O cinema atual investe em personagens de quadrinhos para ter lucro fácil encima daqueles que ainda curtem o batman em pleno 2012.
Esses porcos capitalistas! Esse vil metal! Lucro fácil! Eu descobri! O ser humano é egoísta! Oh! oh!
Pois é André….
O problema de Nolan é explicar demais as coisas… vide o final do filme!!!! : )
Saudações!
Barça, vc que é obrigado a assistir estas coisas, me diga: é pior do que Prometeus(mas não cumprius)?
Tá difícil decidir qual é pior. É que nem morrer por tiro ou facada.
Sou suspeito pra falar, visto que amei o novo Batman… Mas Prometheus é tão ruim que eu preferia morrer por facada seguido de tiros a ter que ver novamente. Um dos piores filmes que já vi na vida.
Pois é, eu me dei o trabalho de ver Prometheus porque gosto do Riddley Scott. Allien e Blade Runner têm uma estética de HQ que raramente é tão bem traduzida para o cinema. Quem lia Moebius na Metal Hurlant sabe do que falo. E Allien tem toda aquela atmosfera bizarra do Giger (lembra da capa do Brain Sallad Surgery?), que desenhou os cenários e a criatura. Allien é um puta filme de suspense que só incidentalmente é sci-fi; o monstro nunca aparece por inteiro, os porões da nave são locais sinistros; nada a ver com Alliens na Mangueira & outros pagodes que pipocaram aos montes (e que não são do RS). Mas, que bela merda saiu.
Ainda não vi o novo Batman, só quero agradecer por você não ter entregue o final do filme. Parece ser moda entre os críticos de cinema entregar o final sem nem mesmo avisar que a crítica contém “spoilers”.
Tb acho o Christopher Nolan um tanto pomposo, embora seus filmes estejam bem acima da média do q é feito atualmente.
Na minha opinião o diretor que melhor soube adaptar uma história em quadrinhos sem subestimar o material que lhe deu origem ou a inteligência do espectador foi o Brian Singer. Sua direção da série X-men o equipara a diretores como De Palma e, até mesmo, Hitchcock.
Essa sim foi muito boa… “X-men” equipara o seu diretor a de Palma e Hitchcock? Desde quando “X-men” chega aos pés de “Apocalipse Now” ou “Um Corpo que cai”?
fiquei tão pasmado com o comentarista acima que até confundi os diretores… é claro que Apocalypse Now é do Coppola… do de Palma eu citaria Scarface… desde quando os X-men tornam seu diretor um de Palma?
O Batman subiu no telhado! Ainda bem que houve o alerta, porque clicar no trailer e ver um filme (americano) do Batman começando com o hino nacional (americano) é um soco no estômago! Seria a mesma coisa que ver um filme de Acerola e Laranjinha ou do Capitão Nascimento começando com “Ouviram do Ipiranga…” . O Gore Vidal deve estar rindo no seu túmulo, pelo menos ele não teve que ver isso.
Com certeza, Gore Vidal ia querer um batman mais… jeitosinho, digamos. Ih, vou ser processado!
Aquela cena do Batman escalando “atrás” do Robin a parede de um prédio (no filme dos anos 60 supramencionado), utilizando a fantástico truque da câmara a 90 graus era do caramba. Hoje, uma coisa dessas daria processo, censura e retirada do Batman do ar. A gente pensando que tamos indo pra frente e estamos indo pra trás, que nem o Batman ou o Robin, de modo humilhante.
Mumbo Jumbo Metafísico? Pra esses simplórios, qualquer coisa fora de um “gente como a gente, “autentico”, “a beleza da imperfeição” etc…” é metafísico?
Tu reclama de falta de humor, mas teu texto destila uma raiva que é até engraçada.
Normalmente discordo de quase tudo o que você escreve sobre cinema mas desta vez tenho que admitir que você acertou em cheio. Esse Batman é uma porcaria.
Cidade destruída? Perseguição aérea entre arranha-ceus? O heroi que se sacrifica para impedir a bomba de explodir? Era o Batman ou Vingadores?
Nolan devia ter esquecido o drama e os efeitos especiais e apostado mais na guerra de gangues em Gotham, com Batman montando uma resistência e apavorando Bane de volta. Sem truques, só uma história melhor. Muita pretensão e pouco conteúdo.
Ainda não vi esse filme, irei na semana que vem (na minha cidade com poucos cinemas é melhor ir quando as coisas se acalmam). Concordo com você de que o Nolan (superestimado)em alguns momentos se passa no “papo cabeça”, mas gosto dos dois filmes anteriores, são divertidos. Já os filmes dos anos 90 acho todos grandes merdas, inclusive os dois do Tim Burton (outro que é superestimado).
Agora uma coisa que me irrita (não foi o caso do seu post) que para justificar a qualidade de um filme o critica por ser baseado em HQs, isso é absolutamento ridículo.
André, pelo que percebi até hoje, HQs não são sua praia mas você já ouviu falar de um escritor chamado Garth Ennis? Recomendo, comece por uma chamada The Boys.
Veja que alguns comnetários por aqui comparam os filmes do Batman de Christopher Nolan com o cinema italiano, ou com o POderoso Chefão, ou com E o Vento Levou. desculpe a franqueza, mas quem faz isso não tem moral para falar mal dos “fanboys chiliquentos” de quadrinhos. É muita forçação de barra comparar Batman com filmes mais “sérios”, e os fãs do Nolan sabem disso. A comparação parece coisa de quem não tem arguntos para criticar. Ninguém está dizendo que a trilogia de Nolan é a melhor coisa que já acoonteceu na história do cinema. Mas que é a melhor do gênero “adaptação de quadrinhos”, disso, não há dúvida. Penso que, ao fazer análises deste tipo, é melhor deixar de lado preconceitos. Não gosta de super-heróis de quadrinhos? Beleza. Mas não deixe isso ser mais forte no texto que a crítica ao filme em si. Isabela Boscov, resenhista de uma certa revista de grande circulação, também não consegue descartar a ojeriza que sente por este tipo de personagem (por melhor que seja o filme, sempre destaca as falhas). Mas basta aparecer um filme nacional (por pior que seja) para que ela o aplauda. Será que é o melhor que consegue fazer?
Ô Matheus, a Boscov – como eu – ADOROU o filme!
“A Boscov como eu”? Que negócio é esse?
Pode ter ficado estranho, mas eu quis dizer: assim como a I. Boscov, eu também gostei do filme.
AH BOM!
Apenas a usei como exemplo, Mohbling, porque ela detona quase todas as produções desse tipo. E deixa claro que nunca leu uma história em quadrinhos. O que estranho neste tipo de crítica do André é que, se ele fosse escrevcer sobre O Grande Gatsby (não estou comparando com o Batman, pelo amor de Deus), certamente se prepararia lendo o livro. Mas, para falar de batman, parece não achar necessário conhecer os gibis, que são a origem do personagem.