Santa chatice, Batman!
03/08/12 07:05
Em sua crítica na “Folha”, Ricardo Calil disse quase tudo que eu gostaria de dizer sobre o novo filme de Batman, “O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (veja a crítica de Calil aqui).
Para resumir: achei o filme chatíssimo e pomposo. Eu já não era grande fã de Christopher Nolan e agora não o suporto mais.
Os filmes de Nolan sempre duram o dobro do que deveriam, porque ele faz questão de criar diálogos e situações tão ridículos e supostamente intrincados, que os personagens passam metade do tempo explicando o que quiseram dizer na frase anterior.
Em agosto de 2010, escrevi sobre o pernóstico “A Origem”, também de Nolan:
“A Origem” tem uma trama elíptica, misteriosa e propícia a múltiplas interpretações, além de um universo de simbologia própria que mistura exploração metafísica e mergulho no subconsciente. Ótimo. Só que a história não anda.
A trama é tão complexa e cheia de desvios que os personagens passam a maior parte do tempo explicando o que vai acontecer na cena seguinte. Parece um manual de auto-ajuda metafísica. Depois da trigésima oitava vez em que Leonardo Di Caprio interrompe a ação para dar uma aula sobre invasão de sonhos, nossa paciência já acabou.
“O Cavaleiro das Trevas Ressurge” – até o nome é pretensioso, não? – sofre do mesmo mal. Em vez de se conformar em fazer um filme de ação divertido, Nolan quer tratar Batman como um personagem de Shakespeare. Menos, santa.
Ninguém aqui está defendendo filmes rasos, mas há um limite para a auto-indulgência.
Perdi a conta de quantos diálogos Nolan apimenta com música misteriosa e movimentos ousados de câmera, só para esconder o absoluto vazio do texto.
Um ponto que Calil deixou de lado, talvez por pena, foi a ruindade de Christian Bale.
O Bruce Wayne de Bale se diz “um bilionário excêntrico”, mas é só um mala sorumbático, que passa o tempo todo com cara de tonto, olhando para o horizonte e fazendo ares de melancolia. Mais ou menos como o público, assistindo a esta joça.
Com meia hora eu já tinha perdido todo o interesse na história, e só o decote da Anne Hathaway me tirava do estupor.
Mas podia ser pior: podia ser em 3D.
Já prevejo reações furibundas de morcegófilos e xiitas de gibis (“gibiitas”?). Normal: esta turma é mais instável e intolerante que membro de torcida organizada, e adora enxergar metáforas profundas em qualquer roteiro de quinta, contanto que fale da Batcaverna (Nossa, Bane invade a Bolsa de Valores! É Nolan atacando o sistema financeiro!).
Se você lê inglês, sugiro que gaste seu tempo de forma mais útil, saboreando a irretocável demolição que o rabugento Rex Reed fez do filme. Divertido demais. Clique aqui e aproveite.
P.S.: Até o meio da tarde, estarei sem acesso à Internet e, portanto, impossibilitado de moderar os comentários. Se o seu comentário demorar a ser publicado, não fique nervoso, que logo ele aparece.
Entendo boa parte do que vc diz. Mas saí em êxtase do filme ontem. Fazia muito tempo que um blockbuster não me empolgava tanto dessa maneira.
O tempo todo fiquei ligado no filme, e achei ótimos diálogos por ali (apesar de alguns clichês). Os embates entre o Batman e o Bane estão sensacionais. Achei que, neles, Nolan finalmente se entregou às hqs, com ângulos de câmera e movimentos que, de certa forma, lembram a nona arte.
Concordo com a crítica do excesso de didatismo de Nolan. Não sei pq ele não para com isso. A origem seria bem mais interessante sem o excesso de explicação.
Mas, poxa, cara:”Em vez de se conformar em fazer um filme de ação divertido, Nolan quer tratar Batman como um personagem de Shakespeare.”
Vc realmente preferia apenas mais um “filme de ação divertido”? Nolan faz cinema para o grande público, pipoca mesmo, e acho extremamente louvável que ele tente trazer algo a mais do que o ordinário nessas produções. São poucos os que estão na indústria hoje que fazem isso. E acho a ação dele divertida, também.
A origem, por exemplo, traz várias discussões. A noção de realidade, psicanálise, mundos possíveis, realidades alternativas, a própria ideia da experiência no cinema, etc… A pessoa vai lá curtir uma filme de ação bacana e sai com a cabeça dando um nó. Se ela se interessar um pouco e ler sobre o filme, vai pegar um monte de referências interessantes.
E o A origem leva essas discussões a várias pessoas, coisa que um eXistenZ, do Cronenberg, que discute pontos similares, não faz (não estou falando que é melhor ou pior – é apenas um fato).
E com a trilogia do Batman é a mesma coisa. Tem muita pompa, sim – algo que já me incomodava no A origem. Mas há um roteiro ali. E havia desde o primeiro filme, tudo planejado desde o começo para fechar o arco agora. Achei interessante o filme ter pego diversas referências a acontecimentos como o Occupy e até mesmo ao socialismo. Fora a jornada do héroi.
Penso no novo Homem-Aranha, e mesmo na trilogia anterior. Estão tão longe disso. Não há essa preocupação com o roteiro, a intenção de fazer algo com começo, meio e fim. E olha que gosto dos filmes do Raimi – tirando o terceiro, claro.
Enfim, acho que o ódio que muitos tem pelo Nolan não se justifica.
Ainda não vi este último Batman, mas to bem curioso.
A decepção com um filme vem pela expectativa q vc tem dele: quem viu os dois primeiros Batmans do Nolan, já sabe o q lhe espera. E se ele oferece isso no terceiro, não vejo como demérito…
De qualquer forma, admiro quem consegue fazer um filme sobre um super-herói tão popular sem desagradar a maior parte de seus fãs (poucos conseguiram isso).
Batman, o Cavaleiro das Trevas foi um dos filmes que me fez desistir de ir ao cinema. Outros que ajudaram a manter essa decisão: Vicky Cristina Barcelona, Os Infiltrados, Tropa de Elite 2 e o lixo supremo O Curioso Caso de Benjamin Button.
Não entendi: você viu vários filmes que te fizeram desistir de ir ao cinema? Então porque continua indo?
Para ratificar a desistência.
Me expressei mal, na realidade quis dizer que foram vários filmes que me fizeram desistir de ir ao cinema. No começo achei que fosse implicância minha, por isso continuei indo, afinal sou brasileiro e não desisto nunca…
Eu sou “batmaníaco” e “gibiita”. Mas não vou implicar com o cara que escreveu a biografia do José Mojica Marins, só porque ele não gostou do Batman. Se ele não gostasse do Zé do Caixão, aí eu implicava.
Não entendi nada.
Tentei ser bem humorado, não deu certo. Então vou ser direto: eu gostei do filme, mas acho uma tremenda bobagem ficar brigando por causa dele.
É só um filme, no fim das contas, e reconheço que parte de minha empolgação tem a ver com o fato de eu gostar do personagem, tanto nas HQs quanto no cinema, especialmente a trilogia do Nolan.
E sobre o Mojica: gosto muito do cinema do Mojica e da personagem do Zé do Caixão, e gostei muitíssimo da biografia que você escreveu dele, “Maldito”. Foi uma tentativa de fazer um elogio. Acho que não deu certo.
Eu não havia entendido a frase, só isso. E se vc reler, verá que ela realmente não é clara: “Mas não vou implicar com o cara que escreveu a biografia do José Mojica Marins, só porque ele não gostou do Batman. Se ele não gostasse do Zé do Caixão, aí eu implicava”.
Como Anne Hathaway era o nome da mulher de William Shakespeare, talvez venha daí a razão do diretor tentar ser um novo bardo de Stratford-upon-Avon.
Senhor deve lhe dizer que vc defecou pelos dedos hein!!!The Dark knight Rises e o mlhor filme basead em Hqs de todos os tempos
Sim, é o melhor filme do Christopher Nolan nos últimos meses.
Finalmente alguem disse a verdade sobre o cinema engana trouxa do Christopher Nolan. Parabens, cara. Principalmente por ainda er paciência para agüentar uma fã retardada dessa merda de filme pedir para você argumentar, o que você já fez no post. O analfabetismo funcional dessa gente, explica por que filmes como esse fazem sucesso.
Já saquei. A tal palavra “autoindulgência” é mais uma daquelas traduções literais ruins de termos inventados pelos ianques. Mas nem em inglês essa palavra parece significar o que 10 entre 10 críticos musicais (ou de cinema) querem fazer parecer. De qualquer forma a crítica é ótima. Dá pra imaginar as namoradas dos Marvel Nerds no cinema, engasgando ao dormir com a pipoca na boca, enquanto seus amados decoram cada discurso Schopenhaueriano para repetir nos grupos de discussão.
Pô, Tuxedo, se for pra xingar os nerds, ao menos xinga direitinho: no caso, são os DC Nerds, porque o Batman não é personagem da Marvel – da Marvel, são Os Vingadores, por ex.
Ah! e reza a lenda que nerd não tem namorada. Mas eu acho que é só lenda, porque vez ou outra um deles casa e até se reproduz.
Como diz o vizinho Xico Sá, macho que é macho não sabe a diferença entre celulite e estria.
Então fala aí um filme de super-herói que vc gostou.
So doidin perde tempo com esses blockbusters do Batman. Mas enfim, o mundo é dos doidin! =)
Mais divertido que o post em si é ler os comentários!!!!
Adoro filme de Herói.
Recomendo:
Flash Gordon – A conquista do Universo de 1940 com Buster Crabbe e seus divertidíssimos cenários de papelão.
Tarzan com Johnny Weissmuller (principalmente os filmes de 1932 a 1946) Sessão da tarde pura!!!Existe uma caixa com 6 filmes maravilhosos em DVD.
abs
Marco
Tarzan virou super-herói? Quando isso aconteceu?
“Herói – S.m. ( substantivo masculino)
Homem extraordinário por seus feitos guerreiros, seu valor ou sua magnanimidade. Protagonista de uma obra literária. ( verbete Aurélio)”. Matheus, herói não precisa ter capinha e mascarinha, ok
SUPER-herói, geralmente, precisa.
hmm…acho q SUPER-herói precisa…
Beirando o surreal aqui…
Pretendo ver Batman (e Homem-Aranha, e 31 Minutos) amanhã e tirar as conclusões por mim mesmo. Já fui muito fã de quadrinhos (mais ‘marvete’ que ‘decesista’), e hoje acompanho as histórias apenas pela Wikipédia. Algumas leves considerações:
1) Os que falam tão mal do seriado do Batman dos anos 60 são pessoas terrivelmente anacrônicas, pois as histórias do Batman na época eram no mesmo estilo das do seriado. Aliás, o Batman na época do Bob Kane usava (o horror! o horror!) armas de fogo;
2) Gostei mais do primeiro Batman do Nolan que do segundo;
3) Falando sobre o segundo (o do Coringa), o João Pereira Coutinho chegou a falar mal do filme em uma coluna na Folha e, na coluna seguinte, suplicou para que os fanboys parassem de mandar e-mails furiosos para ele. Minha teoria é que muitos brasileiros (eu aqui incluso) só começaram a se interessar por leitura através dos quadrinhos;
4) Qual o problema que você viu em Prometheus? Eu ADOREI o filme (principalmente por ele deixar mais perguntas do que respostas – ao contrário de, por exemplo, a explicação estúpida do que era a Força no Episódio 1 da Guerra nas Estrelas) e, salvo um furo aqui e outro acolá, achei que ficou no mesmo patamar dos dois primeiros ‘Alien’. Abraços.
Só pra continuar: fiz o que prometi fazer e cheguei à seguinte conclusão: 31 Minutos é melhor do que Batman.
(spoiler) Quanto ao Homem-Aranha, eu só fiquei revoltado com a mania dos diretores de filmes de super-heróis (e isso desde o Batman do Tim Burton) de SEMPRE revelar a identidade secreta para seus inimigos. Será que não há UM que não consiga sair dessa síndrome!? (/spoiler)
“Temos que parar de nos gabar que somos a maior democracia do mundo. Sequer somos democracia. Somos uma república militarizada.” O Batman é um mito, limítrofe (no sentido que quer deixar de ser mito de mentira para ser um mito de carne e osso, de verdade, com Bat-poderes técnicos humanos). Nesse filme do Batman ressurge das trevas, do choque pós-traumático, novamente, só que agora através das torres gêmeas de onze de setembro. Gore Vidal ficava com um pé atrás com essa coisa de utilizar o trauma para justificar a guerra. Pronto, desembuchei.
Pra um cara que acha o Zé do Caixão o último pacote da bolacha essa crítica realmente procede. Nem falo nada. Deixa o infeliz, ficar puxando o saco do Zé do Caixão, e a gente curtido Batman. Vamos ver qual daqui 100 anos dura.
Como assim, “nem falo nada”? Isso não é um comentário?
Cê ta precisando assistir mais coisas como Zé do Caixão, kra… volta pra terra e pare de voar com o Batman.
Sim, porque Zé do Caixão é um personagem muito pé-no-chão, né, Magaren? Vou te contar; quando a pessoa não sabe argumentar, é triste. Começa a usar termos como “menos, santa”, e outros artifícios pobres. Muito triste…
Menos, santa.
Paulo e Matheus, Zé do Caixão é do caralho, e até o Nolan, fã confesso do Mojica Marins, concorda com isso.
E comparar diretores, filmes e personagens tão distintos, inclusive nas suas condições e contextos de produção, isso sim é um artifício pobre, bem pobre.
Ah! E eu gostei muito do Batman.
Como eu disse, barcinski, quando a pessoa não sabe argumentar, é triste. Seu texto inteiro, a começar pelo título clichê, é exemplo disso. Seria o mesmo que escrever sobre “À Meia Noite Levarei Sua Alma” dizendo que Zé do Caixão é um caipira dentuço que não corta as unhas (não é o que eu penso do personagem, é só para ilustrar a falta de argumentos no texto publicado). Toda a sua crítica gira em torno do fato de que “Bruce Wayne está sonolento”, que o Batman “usa cueca por cima da calça” (apesar de não usar, nos filmes, he, he). Não entendi por que se deu ao trabalho de escrever sobre o filme.
Quem disse que Wayne é sonolento? Eu disse “sorumbático”. Por favor, leia direito.
Menos, Barcinski. Menos ironia, e mais conteúdo, por favor.
Calma Matheus!!!!
Pelo menos “À Meia Noite Levarei Sua Alma” não ficou chato até hoje. Já o Batman… 😉
Meu pai (que hj completa 96), já falava nesse filme quando eu era menino. Eu nunca vi.
“Último pacote da bolacha”? Não seria o inverno? O desespero em atacar quem não apreciou o filme é tamanho que nem se toca com as bobagens que escreve. E sorte que não serão necessários cem anos para que essa bobagem de “O Cavaleiro das Trevas Ressurge” caia no esquecimento.
No inverno as pessoas comem muita bolacha?
Burrice minha, pois quis dizer “inverso”. 😉
Prefiro o Buttman ao Batman!
Querem ver um filme CHATÍSSIMO?
“A Tempestade”, baseado num texto do “Xeikspier” rsrsrsrsrsr. Chato demais!!!
Para completar, assisti, “Rampart” (Um tira acima da lei) e entendi o tipo de filme que o André gosta.
Não é ruim, mas não merece tantos elogios…
Concordo. Esse Rampart super elogiado pelo Barcisnki é ruim e não merece tantos elogios. Mas Take Shelter, também elogio pelo jornalista, é excelente. Daí eu tiro a seguinte conclusão: Críticos são pessoas incumbidas de propagar a própria opinião. Não leve muito a sério o que eles dizem.
Brilhante. Você queria que eu propagasse a opinião de quem, a sua?
O Rampart não passa de uma cópia deslavada da elite da tropa.
Socorro.
Boa!
Não para implicar com o cara que escreveu “O Maldito”. Se o Barcinski não gostasse do Zé do Caixão, eu implicava. Mas o “elite da tropa” o livro (que veio antes até que “Tropa de elite) é anterior ao Rampart, e trata de um cara acima da lei como o Batman. Mais claro impossível!
Perdoe-o Pai, ele não sabe o que diz…
Estou esperando sair em Blu-ray. Afinal assisto em projetor 1080p e tela de 130″.
Se seguir na linha do anterior, onde há por parte do Heat Ledger uma das maiores atuações do cinema, o filme deve ser muito bom!
Me aguardem!
“Das maiores atuações do cinema”?
Sem dúvida, Heat Ledger fez um Coringa dos infernos!!!.
Outra grande atuação no cinema está no filme “Onde os fracos não tem vez”, que ator endemoniado !!!
Palavras do Ricardo Calil da “Folha”:
“a beleza que nasce da imperfeição, como a interpretação desatinada de Heath Ledger como o Coringa no filme anterior.”
Andre, Queres ELOGIO MAIOR para um ator????
“Desatinada” não quer dizer que foi uma das maiores atuações da história do cinema, como vc diz.
Ator bom mesmo é aquele Brad Pitt siliconado que fez o Thor …rsrsrs
Pra mim, pomposo, chato e babaca, é você com seus filmes chatérrimos que só vc e seus amigos “intelectuais” babacas conhecem… Além destes baba-ovos que adoram as merdas que tu escreve.
Ui!
“Intelectual” virou xingamento.
Batman, qualquer Batman, virou grande arte.
Como diria Milton Leite: que fase!
Acho que “intelectualóide” cairia melhor. São aquelas pessoas que, por vergonha descabida de admitir que, vez ou outra, gosta de assistir filmes menos “cabeça”, fala só sobre produções iranianas, que tratam de assuntos muito profundos, e etc. Muita imagem, muita pose, e conteúdo raso.
Nu
Nussa…precisava ofender? É só um ponto de vista. Ninguém é obrigado a concordar, tampouco a ler o blog….
André, não sei como vc aguenta estes gibiitas sunitas, wahabistas ultraortodoxos, mas enfim, teve algum filme destes de “super-herois” feitos nestes últimos anos que vc tenha gostado, nem que seja um pouquinho?????
Que eu lembre, não. Sinceramente.
Watchmen foi um baita filme. O do Batman ainda não vi, mas dificilmente será o “filme do ano”. Este título ninguém tira do Skyfall hehehehe
Nesse novo do Batman o Nolan tentou criar um clima de mistério à lá Hitchcock, mas o máximo que conseguiu foi um episódio do Scooby-Doo. Ele não tem sutileza pro negócio, melhor fazer os thrillers intrincados e eficientes que ele manda muito bem.
Barcinski, já entendi que vc não gostou do filme, que achou chato (discordo muito), e que acha que tem muita gente levando os super-heróis muito mais a serio do que deveriam (concordo muito). Ok, respeito a sua opinião, já houve muitas coisas que vc indicou no blog que achei ótimas, outras que detestei. A vida é assim. Mas após ler muitos comentários, não sei se vc conseguiu entender que esse filme, essa trilogia é baseada no Batman dos quadrinhos “Cavaleiro das Trevas”, por exemplo, um Batman que fez muito sucesso e é muito admirado pelos fãs de HQs. Não que isso o transforme num Hamlet, longe disso. Mas deve ser apreciado como ele é, e não como talvez tente ser. Um filme de super-herói com ação, uma certa “profundidade psicológica” mas sem maiores pretensões, tenso e muito bem produzido (na minha opinião de leigo apreciador de filmes). E divertido, pra muita gente. Abração!
Aliás, Barça, eu queria muito saber o que vc achou da atuação do Heath Ledger como Coringa do filme anterior. Gostou? Não achei tão bom quanto o Jack Nicholson mas aí é covardia, mas achei bem interessante.
Eu sei, Cesar. E isso não quer dizer que precise ser tratado como Shakespeare. O que vc acha que é “profundidade psicológica”, pra mim, é psicologismo barato.
Barça, juro que não quis ser pretensioso quando disse “profundidade psicológica”. Apenas acho que dar um certo conflito na personalidade do Batman nesses filmes é um tempero que os fãs adoram. E para quem não é tão fã, mas curte o filme (eu, por exemplo), isso não chega a incomodar, até entendo a graça disso. Mas entendo que para pessoas que tem a sua visão desse tipo de filme, essa tentativa de ser Freudiano (rsrs) num filme com um cara de capa e sunga (desculpem fãs, mas é um fato) deve irritar muito!
Mas vc não respondeu à minha curiosidade sobre o Heath Ledger. Pra vc foi tão ruim que nem vale o comentário?
Putz Barcinski eu pensei que eu era o único a achar um porre esses Batmans do Christopher Nolan. O segundo, por exemplo, elevado a obra-prima por alguns críticos, eu achei um porre. E olhe que fui na maior boa vontade, querendo gostar. Depois de sua critica acho que não vou vou cometer o mesmo erro pela 3 vez e me deixar levar pelo hype e ir ao cinema…eu sempre argumentei a mesma coisa que vc desses Batman do CN: se leva a sério demais. O primeiro, por exemplo, a gente passa mais de 1 hora vendo as agonias de um milionário para finalmente ver ele como Batman. É como se CN quisesse convencer a gente que é verosímil um milionário em condições X,Y,Z botar uma roupa de morcego e sair pulando de prédio em prédio. Pelo amor de Deus, é um filme de herói, como vc falou, não é Shakespeare! Claro que um filme de herói pode ter profundidade (Watchmen, X-Men 2…ótimos) mas não força a amizade. Enfim eu ainda acho o melhor Batman o Returns de Tim Burton. Michelle Pfeiffer como mulher gato então…nossa senhora
Tb acho o Batimén 2 do Burton o melhor. É como uma opereta a estrutura. Acho genial. E é um misto do seriado dos anos 60 com o clima “dark” dos gibis pós frank miller.
Os filmes do CN são artificiais pra mim, o único que me empolgou foi o “O grande truque”, a montagem seca, não muita explicação verbal ali da trama etc. Memento e insonia me dão sono.
Oq mais me chamou a atenção no filme foi o abuso de planos médios e closes como forma de tentar dar tensão. A idéia de cortes bruscos não sei se é homenagem a tecnica q o J.P.Melville ensinou pro Godard ou se é por desespero pra encurtar o filme! 😀 😀 Em tela grande isso tem hora q essa parada de ficar mais em planos médios pra closes fica claustofóbico.
Agora, na boa, gibi d superherói, de homem com cueca sobre as calças, como diz o Howard Chaykin, é algo q faz sentido qdo vc é uma criança e um adolescente, depois vai perdendo o sentido, é como vejo.
Tio Barça, já leu “From Hell” do Alan Moore ou a série “American Flagg!” (os 12 primeiros números, depois perde a força) ou a “Black Kiss” do Howard Chaykin? 😀 gibi num é só essa coisa de homens com egotrip usando cueca sobre as calças e se achando no direito de “salvar o mundo” (de quem? e pra quem? 😀 😀 :D)
E pô, quem tá zoando o Barça por ele curtir o coffin joe, na boa, o cinema do zé mojica é honesto, é rude, tem força, é espontâneo, é um dos melhores do mundo sim! Até o bixa-macho do Passolini curtia um coffin joe, carambolas! 😀 😀 😀 😀 😀
Oq não entendo é essa hipnose que os filmes do C.Nolan têm sobre as pessoas. O segundo filme quebra feio o ritmo qdo passa do coringa pro duas-caras, e as atitudes do coringa no final (ficar se gabando em vez de apertar o botão e explodir os barcos) tira toda a credibilidade do personagem. O coringa do Batman do Tim Burton é muito mais caótico e divertido e filho da puta que o do C.Nolan, o do C.N. é só um coringa constipado que leu muito hakim bey e não entendeu porra nenhuma! 😀 😀 😀 😀
O final desse batman rises é uma bagunça. Essa coisa de “ele morreu ou não morreu” tá mais pra perda de mão do que tentativa de deixar a obra aberta.
E o boquinha de chupeta (Christian Bale) como Bruce Wayne é mais engraçado que o Michael Keaton! 😀 😀 😀 😀 é só ver aquela boquinha de chupador de chupeta com cara de leitor de sartre que dá vontade de rir. 😀 😀
O Garry Oldman como comissário gordon tá um banana, num passa a impressão d um comissário, delegado, chefão d policia nem fudendo.
Pra mim esses blockbusters são tão sedutores devido ao marketing em redor. Pessoas com cabeça cheia de vácuo se deixam hipnotizar. Batman, os Vingadores (q tenta ter elementos da era clássica do Kirby com aliens reptlóides, personagens com personalidade de adolescentes alfa), homem de ferro, hulk (menos o do ang lee q ao menos tem classe :D), etc, são vazios.
os melhores filmes de gibi q já vi são o Ghost World (Clowes) e o Darkman do Raimi (q num é baseado em personagem d gibi, mas tem o espírito de um gibi d superherói, e melhor, sem cueca sobre as calças! :D).
KALLISTI!
gostei do comentário. tinha me esquecido do Ghost World e sempre achei o mesmo sobre Darkman. “From Hell” também virou filme, com Johnny Depp.
e ainda lembrei de “Scott Pilgrim” e “Kick Ass”. isso sim, são filmes de HQ!
Eu até tentei ver estes últimos filmes do Batman, mas não consegui terminar nenhum. Toda vez que o Chistian Bale abre a boca quando é o Batman eu não consigo me controlar. Aquilo é uma das coisas mais engraçadas que já ouvi na vida. É insuportavelmente hilário. Dói demais. E quando lembro que muita gente leva aquilo a sério, sangue começa a sair da orelha. E depois, quando lembro que estas mesmas pessoas que levam isso a sério consideram os Batmans anteriores ridículos, paro de rir e começo a pensar e a tentar entender essa galera, esses geeks fanáticos pelos quadrinhos do Batman, que são, de fato, os verdadeiros críticos destes filmes e de todos os outros. Eu acho os dois primeiros, do Burton, os melhores, principalmente o segundo. Mas nunca li nenhum gibi do Batman. Gosto destes porque dei mais risada com eles. Tem gente que leva a sério. Medo de vocês. Quando entro naquela Geek do Conjunto Nacional sempre penso que alguém fantasiado e maquiado de Sandman vai entrar ali e meter bala em todo mundo.
Nossa! Podem me chamar de tolo, mas sou fã do Batman de Nolan, e acho que este “Cavaleiro das Trevas Ressurge” pode ser pomposo, mas não tem nada de chato, aliás, achei magistral.
Mas nem por isso deixo de ficar um tanto perplexo como certos tipos de fã conseguem ser agressivos com o crítico, por causa de nada, no fim das contas. É só um filme, embora seja um filme importante, importância esta que se vê pelas reações entre crítica e público nos fóruns de cinema, o que é salutar.
Concordo em gênero, número e grau sobre o que o Barcinski escreveu sobre os “gibiitas”, essa turma é um porre mesmo! Na minha opinião, qualquer um tem todo direito de achar esta versão do Batman, e de outros filmes de Nolan, chatíssimos. O que me incomoda um pouco é um certo desdém de alguns críticos em tentar reduzir esta trilogia, e esta terceira parte em especial (TDKR), em algo irrelevante na recente história do cinema hollywoodiano. Discordo dessa visão, acho que, passadas as reações iniciais, o tempo dirá se é de fato um grande filme (o que eu acho), ou se será apenas pomposo e chato.
Quantos comentários furiosos… Certamente os fãs do Batman no fundo queriam ser o Robin da vida dele… Cada um com seus fetiche….
O FILME TEM UM RETEIRO INTRAGÁVEL. É RIDÍCULO!!!
Fã é mesmo uma merda. Porque só fã mesmo defende esse filminho mequetrefe. Leio Batman desde moleque, mas graças a Deus deixei de ser o fã porque fã é uma praga dos infernos, aceita tudo e abre as pernas, agora sou apenas um curtidor. O Bat-Nolan foi um dos maiores embustes que surgiram. Nos obrigaram a engolir um Batman “real”. Sim, o Batman dele é tão real que pinta o olho com sombra. “Patrão Bruce, o Coringa está destruindo a cidade.” “Espere Alfred, ainda não terminei de passar a sombra no olho”. Além do mais Nolan não tem estilo algum, não sabe brincar com as sombras pra exaltar a figura do Batman como fazia o Burton, e olhe só, até o Schumacher! O que é execrado por todos. Eu cheguei a cochilar diversas vezes vendo esse filme, filme sem alma, sem tesão. Tensão sexual zero entre Batman e Selina. Pelo menos estou tranquilo porque a Era Nolan acabou. Descanse em paz, Batman.
Leio Batman desde o Ano de Frank Miller e nunca vi desde então, e nem nas HQs anteriores e escritas por diversos roteiristas, os vilões de Batman praticando atos de terrorismo em larga escala. Não me recordo de contextualizações realistas. E é justamente essa obsessão do compulsivo Christopher Nolan que induz ao surgimento de falso fãs. Cadê a Gotham City expressionista, as ferramentas do herói, vilões com distúrbios, os entrechos policiais, a própria figura do vigilante noturno? Nolan comeu tudo com angu e regurgitou 3 filmes genéricos chatos de se assistir e também de discutir, pois ironicamente os seus maiores defensores nunca leram Batman.
Batman tem mensagem anticonsumista, anticapitalista, anticarlshimitt, a favor da liberdade, igualdade e, pra encerrar com chave-de-ouro, cristã… tudo isto com muita acao e sem ser chato! vc ta doente, Andre Barcinsky…
“Anticapitalista”? Um filme que custou 250 milhões de dólares e veio junto com incontáveis ações de marketing? Juro, é a coisa mais estúpida que já ouvi.
Se fosse raso o filme, o cineasta-frustrado-que-virou-crítico estaria criticando a superficialidade da obra. Vai assistir Godard e não encha o saco.
Cineasta frustrado? Eu? Desde quando? E eu critiquei a superficialidade do filme, mas acho que vc não entendeu.
O velho clichê idiota de que críticos são cineastas frustrados. Que bobagem! Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
O velho clichê idiota de que quem gosta de quadrinhos é “xiita”. Que bobagem! Que generalização!