Santa chatice, Batman!
03/08/12 07:05
Em sua crítica na “Folha”, Ricardo Calil disse quase tudo que eu gostaria de dizer sobre o novo filme de Batman, “O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (veja a crítica de Calil aqui).
Para resumir: achei o filme chatíssimo e pomposo. Eu já não era grande fã de Christopher Nolan e agora não o suporto mais.
Os filmes de Nolan sempre duram o dobro do que deveriam, porque ele faz questão de criar diálogos e situações tão ridículos e supostamente intrincados, que os personagens passam metade do tempo explicando o que quiseram dizer na frase anterior.
Em agosto de 2010, escrevi sobre o pernóstico “A Origem”, também de Nolan:
“A Origem” tem uma trama elíptica, misteriosa e propícia a múltiplas interpretações, além de um universo de simbologia própria que mistura exploração metafísica e mergulho no subconsciente. Ótimo. Só que a história não anda.
A trama é tão complexa e cheia de desvios que os personagens passam a maior parte do tempo explicando o que vai acontecer na cena seguinte. Parece um manual de auto-ajuda metafísica. Depois da trigésima oitava vez em que Leonardo Di Caprio interrompe a ação para dar uma aula sobre invasão de sonhos, nossa paciência já acabou.
“O Cavaleiro das Trevas Ressurge” – até o nome é pretensioso, não? – sofre do mesmo mal. Em vez de se conformar em fazer um filme de ação divertido, Nolan quer tratar Batman como um personagem de Shakespeare. Menos, santa.
Ninguém aqui está defendendo filmes rasos, mas há um limite para a auto-indulgência.
Perdi a conta de quantos diálogos Nolan apimenta com música misteriosa e movimentos ousados de câmera, só para esconder o absoluto vazio do texto.
Um ponto que Calil deixou de lado, talvez por pena, foi a ruindade de Christian Bale.
O Bruce Wayne de Bale se diz “um bilionário excêntrico”, mas é só um mala sorumbático, que passa o tempo todo com cara de tonto, olhando para o horizonte e fazendo ares de melancolia. Mais ou menos como o público, assistindo a esta joça.
Com meia hora eu já tinha perdido todo o interesse na história, e só o decote da Anne Hathaway me tirava do estupor.
Mas podia ser pior: podia ser em 3D.
Já prevejo reações furibundas de morcegófilos e xiitas de gibis (“gibiitas”?). Normal: esta turma é mais instável e intolerante que membro de torcida organizada, e adora enxergar metáforas profundas em qualquer roteiro de quinta, contanto que fale da Batcaverna (Nossa, Bane invade a Bolsa de Valores! É Nolan atacando o sistema financeiro!).
Se você lê inglês, sugiro que gaste seu tempo de forma mais útil, saboreando a irretocável demolição que o rabugento Rex Reed fez do filme. Divertido demais. Clique aqui e aproveite.
P.S.: Até o meio da tarde, estarei sem acesso à Internet e, portanto, impossibilitado de moderar os comentários. Se o seu comentário demorar a ser publicado, não fique nervoso, que logo ele aparece.
Batman não é exatamente um Hamlet. Já o mel Gibson era um Hamlet ,no cinema e naquela série de filmes da Máquina mortíferA e Wagner Moura em tropa de elite também . Moura virou Hamlet no teatro. Um era policial com tendencias autodestrutivas e o outros tinha síndrome pânico. Ambos os Personagens vencem no geral, mas passam pela perda do o conflito consigo mesmo.
A Isabela Boscov escrevia na Veja quase sempre a mesma advertencia quando gostava de um filme baseado em quadrinhos: que o diretor tal, ou o ator tal tinha salvado o filme da infantilidade dos gibis bla bla bla. Mas quando ela comecava a elaborar, atribuia ao filme meritos que ja estavam nos quadrinhos originais, ela simplesmente nao tinha a humildade de reconhecer que nao havia lido os gibis, preferia atribuir os meritos deles a turma bela, rica e glamurosa do cinema, sem reconhecer os artistas dos quadrinhos, como o David Mazuchelli, por exemplo, essa trilogia deve demais aos desenhos dele.
Mesmo pensando que este Batman seja mais Neal adams que Mazucelli,acho que o trabalho do Nolan tem que ser analisado como cinema e pronto.
A mao do Nolan eh pesada mesmo, mas estragar o Batman eh exagero. O Poderoso Chefao eh uma tremenda idealizacao do banditismo e da mafia, nao acho aquela familia menos “pulp fiction” do que uma historia de gibis, com a diferenca que Batman eh deliciosamente alegorico, e tem um belo e inesgotavel time de coadjuvantes. Ver o Marlon Brando no papel de Ze Pequeno do USA com um time de filhos que parecem uma boy band mas sao mafiosos exige tanta licenca poetica da audiencia quanto acreditar na turma que usa cueca por cima da calca.
Menos raul.Eu falei “rasteiro” Poderoso Chefão querendo dizer “com os pés no chão”;mas ,como este Batman,ele é elegantemente operístico.
Calma, Barça. Você mesmo diz que nunca foi fã de quadrinhos. Então fica meio complicado “entrar” no mundo do personagem. Para quem não é fã de quadrinhos a imagem de Batman sempre será aquela do seriado dos anos 60, que aliás eu também gosto, no entanto, a maioria dos leitores sabem que aquilo nunca foi levado a sério para os fãs do morcegão. Batman é pra baixo, sorumbático, infeliz, depressivo, paranóico, egolátra, etc… já esperamos isso dele em cada filme. O que Nolan fez foi colacar isso no celulóide. Batman não pretende ser filosofia no cinema, claro que isso não funciona, é parte do personagem ser assim.
Não é preciso ser fã de quadrinhos para “entrar” neste filme.É só olhar.
André, é bom ler algo na contramão, sempre.
Sou fã do Batman, e isso já atrapalha um pouco a visão (para o bem e para o mal) do filme, mas gostei. Achei o anterior melhor, sobretudo pela presença do Coringa/Ledger, que tira o equilíbrio do filme pela própria natureza, já que Ras, a Liga das Sombras e Bane, na história do Nolan, são vilões mais lineares.
Entendi sua crítica quanto à autoindulgência e concordo em parte, mas acho a tentativa do Nolan válida.
Não vejo referências a nada senão aos acontecimentos dentro de Gotham (o isolamento da cidade é emblemático neste sentido), Anne vai muito bem como a Mulher-gato, Caine e Freeman com a qualidade de sempre, mas, Deus do Céu, a Cotillard fez uma personagem muito abaixo do nível médio dos filmes.
Não é preciso responder nem ao menos publicar.Por gentileza,leia o texto da Isabela sobre o filme.Para mim foi uma epifania.Desculpe a acidez.Tentei ser leve.
Discodo de você Barckiski, quando diz que o Batman não precisa ser Hammlet. Entedi por esse argumento, que filme de super herois, não precisam ser serios ou adultos. Acho esse argumento um retrocesso. Se fosse assim, livros da literatura pulp, que eram vendidos como mero entretenimento, não fariam filmes noir tão bons e com roteiros tão complexos. Acho que você tem falta de conhecimento sobre o mundo dos quadrinhos. Porque mesmo os quadrinhos nascendo, como entretenimento, eles foram evoluindo com o tempo e também ganhando roteiros melhores, historias mais complexas, temas mais adultos. Isso não aconteceu somente com quadrinhos, aconteceu com o cinema, que foi evoluindo ao longo do cem anos, e assim fazendo filmes como Poderoso Chefão. Assim como aconteceu com a música, o rock, o rap, que foram evoluindo e criando discos inesquecíveis . Acho que você precisa rever seus conceitos, e ver que os quadrinhos evoluiram ao longo dos anos. Claro que temos quadrinhos de entretenimento, mas também temos quadrinhos de super heroi, que almejam uma reflexão. Claro que essa reflexão não vai ser uma tese de sociologia, mas dentro dos seus limites, é uma reflexão, que torna o quadrinho de super heroi, mais que puramente entretenimento. E acho que Nolan, quis trazer essa imagem para o Batman.
Roteiros pulp complexos? Jim Thompson nunca escreveu uma história complexa na carreira.
Assista Pacto de Sangue, Falcão Maltês, A dama de Xangai. O que quis dizer, meu caro amigo irônico , é que o pulp, era considerado obras de qualidade menor, mas que foram valorizadas no cinema e renderam bons filmes. Isaac Asimov escreveu pulp meu amigo, e olha o que cara se tornou, veja os livros que ele escreveu. O que quero dizer, antes de você tenta ser irônico, é que não importa o meio onde se escreve, mas sim a qualidade do material. Você pode achar, só por ser quadrinho é um material menor, que não deve ser levado a sério. Mas antes disso, leia o material, veja o que quer dizer. Pegue um V de Vigança, um Watchmen, um Cavaleiro das Trevas e veja que tem contéudo. Não seja como os críticos antigos, que achavam que o cinema não era arte, ou que o pulp era coisa pra quem não entedia de literatura, ou os que achavam que o samba era coisa de marginal. Abra cabeça meu amigo. Só isso, abra a cabeça.
E daí que renderam bons filmes? Livros pulp continuam não sendo Hamlet, e é essa uma de suas qualidades. Meu ponto é exatamente este: se as pessoas parassem com essa besteira de que Batman é Hamlet, poderiam fazer filmes menos pretensiosos e, por fim, melhores.
Toda boa obra é simples e complexa ao mesmo tempo.Hamlet não é tão complexo assim.Shakespeare era popular e genial ao mesmo tempo;mas eu não vou tão longe,apenas acho que Batman ressurge está no mesmo nível “rasteiro” de “O Poderoso Chefão”.
Batman Ressurge no mesmo nível de O Poderoso Chefão? É fake você, né? Só pode. Com essa, paro de responder.
Andre mas seu questionamento é falso, pois só você parte da hipotese que o diretor quis filmar Hammlet. Só você está fazendo essa comparação. Dá para ver no seu argumento, que fazer uma obra séria é querer se comparar a Hammlet. O desejo de Nolan, desde do ínicio, foi ser coerente com o universo dos quadrinhos. Foi fazer uma adaptação coerente com o universo do personagem. E como digo e repito novamente. O universo do Batman, a partir dos anos 70 é um universo adulto. Ele Nolan só foi coerente com os quadrinhos. É igual você disser, que Peter Jackson no Senhor dos Aneis, quis fazer um Hammlet, sobre a ambição. Não ele só foi coerente, com material que ele adaptou. Assim como Nolan foi coerente com o material que adaptou. Mais uma vez repito, antes de criticar leia os quadrinhos que Nolan se baseou e vai ver uma coerência com o filme que ele filmou.
Não só ele quis, como os fãs acham que é. estão aí 400 comentários – um comparando o filme a O Poderoso Chefão – que não me deixam mentir.
Hamlet só é denso e complexo nos dias de hoje. Em sua época, tais textos eram apresentados no meio da rua para alguns gatos pingados iletrados. Não acho que Batman tenha a pretensão de ser Hamlet, meu caro, e sim um bom e velho gibi. Aliás, você já leu Hamlet?
Socorro. Acudam. Já li sim, José. Hamlet foi uma das peças mais populares de Shakespeare. Não foi encenada para “gatos pingados e iletrados”, como você diz, e é um dos maiores triunfos artísticos de todos os tempos. Por favor, pare de escrever tanta coisa absurda.
Num lampejo de humildade, o crítico Harold Bloom, que tem lá suas próprias pretensões literárias, disse certa vez que “vir depois de Shakespeare, que escreveu a melhor prosa e a melhor poesia, é um destino complexo”. Com a queda geral no nível intelectual, no futuro certamente um aspirante a cineasta há de dizer: “vir depois de Nolan, que fez a melhor trilogia de Batman, é um destino complexo”. Ora, me poupem dessa besteira! Não ousem misturar Hamlet com Batman, por favor! Respeitem o (bom) gosto alheio!
Eu acho que essa critica de Andre, parte de uma argumento que não é valido. Dizer que Nolan, quis adaptar um Hamlet, que me lembro que diz que quis fazer um Hammlet, foi o senhor Jorge Lucas, que falou que a nova trilogia do Star Wars, seria um novo Hamlet. O Nolan, na verdade só quis, fazer uma obra coerente com que adaptou. Sabe, o grande problema de sua critica Andre, é que você baseia a obra do Batman em desenhos na televisão, seriados na televisão, filmes do Tim Burton. Duvido, que realmente um dia, você pegou a fundo, a obra do Batman e leu. Se um dia, você fizer isso, vai ver como o Batman é uma obra seria. Claro que nunca vai chegar aos pés de Hamlet e acho que nem devia existir essa comparação, já que Shakespeare foi um gênio, enquanto Nolan é um bom diretor, que ainda precisa galgar muito para chegar a ser um gênio . Mas eu como fã do Batman, fico agradecido a Nolan, pelos respeitos que teve com o fã. A pior coisa é você ser fã de algum livro, musica, seriado e ver que deturparam o que você gostava. Mas Nolan não fez isso. Na verdade, ele fez um filme coerente, para quem leu os quadrinhos. Mas respeito sua opinião, mas ainda acho que sua opinião é por falta de conhecimento do universo dos quadrinhos.
Decidi, vou convidar a Fabiana (Murer) pra assistir a um clássico do Cinema que, aposto, o Barcinski gosta: “E o vento levou!”
Por coincidência, acabei de fazer um post pra semana que vem com o título “E o Vento Levou…”
Gosto e coleciono HQs e realmente existem muitos fãs que são chatos iguais torcedores de futebol. Mas o que me incomoda é aquela mentalidade de que se o filme foi inspirado em uma HQ, o mesmo é ruim. Dá para citar um monte de filmes baseados em HQs que são bons: Superman I e II, X-Men 2, Homem-Aranha 2, Homem de Ferro, Watchmen, Hellboy, e inclusive aqueles que não possuem personagens “super-heróis”: Marcas da Violência, Estrada para Perdição, etc.
é verdade. tem alguns bons filmes baseados em HQs. De modo que a mídia nao deve ser totalmente ignorada ou jogada na vala comum do lixao. Eu citaria ainda um outro, divertido e despretensioso: Kick Ass.
André,
Eu gostei do filme, mas gostei mais ainda da sua crítica. : )
Mais engraçados são os comentários dos pseudos-fãs-xiitas.
Gostando ou não sou a favor do diretor fazer o seu filme, e não o filme que produtores ou fãs acham que deveria ser feito.
Barcinski,não tente ser um Gore Vidal ou um Paulo Francis.Tente chegar pelo menos ao nível de uma modesta Isabela Boscov que em seus elogios ao Batman demonstra uma cultura levemente ácida.P.S.:Entre os marmanjos gibifobicos e as mulhres-gato Isabela e Ana Maria Baiana adivinhem com quem eu fico.
“Cultura levemente ácida”?
Para entender leia O Afeto que se encerra de um Paulo Francis doce e ácido como o colar da mãe de Bruce wayne roubado pela mulher que,afinal,salva a vida dele.
Isabela Boscov é a do “E aí, comeu?”
É a mesma do “Cheiro do Ralo”.
Achei uma bosta, daquelas bem moles depois de vc comer um monte de pimenta ( que arde a borda saca?)
Quanta elegancia?
sua “ardência” com minha elegância (ou a falta dela) deve ser L.E.R (lesão por esforço repetitivo), vulgarmente conhecida como hemorróida.
Saca?
Barcisnki, concordo contigo em genero numero e grau. O filme é chato, longo demais, pretensioso, pomposo, se leva a serio demais pra ter um monte de bobagens sem sentido (como um programa magico que apaga todos os regitros criminais de alguem) e varios plot holes. Pior que o filme, so mesmo ninguem poder critica-lo, com razao e argumentos, sem sofrer um linchamento internético por um bando de fanboys bitolados.
Não me dei ao trabalho de ler todos os comentários por que não tenho tempo, mas li a crítica lá do Calil e a reflexão do André e o que eu acho é que tá todo mundo levando um filme de super-heroi mais a sério do que ele realmente merece.
Por mais pompa e “seriedade” que o Nolan tenha tentado inserir na obra, não dá para esquecer que se trata de uma obra de entretenimento, baseada em uma propriedade intelectual igualmente criada para fins de entretenimento barato, com mais 70 anos, que já teve todo tipo de interpretação ao longo desse periodo.
Para mim, o Batman sempre será um órfão bilionário e desequilabrado que se fantasia de rato gigante – e sim, sou fã desde criança, só nao sou nerd desequilibrado de achar que um filme desses vai ser o Cidadão Kane de sua geração como muitos parecem esperar.
Sobre as críticas, devo concordar que Nolan parece criar tramas mais complexas do que consegue dar conta, tornando a coisa toda um tanto confusa para quem realmente presta atenção total em cada pequeno detalhe – e não vejo nada de errado com isso, eu tb sou assim.
Contudo, vejo méritos no ritmo do filme em si e no clima apocalíptico que ele consegue criar, aquele terror que toma conta de Gotham e deixa todo mundo tenso no cinema.
Mas tb gostei mais de Vingadores – prezo demais criadores que conseguem conjugar ação com senso de humor realmente engraçado. Isso, pra mim, é mais inteligente do que qualquer trama super-hiper-ultra complexa…
Barcinski, irei começar uma nova trilogia, mas dessa vez com Bill Murray no papel de Batman. Conto com sua presença na pré-estreia.
Boa idéia, vai ficar bem melhor.
Cara, você viu o Murray zoando o hologama do 2Pac no Letterman? Aparece um holograma do próprio Murray tocando banjo. Impagável.
Vi, foi sensacional. Ele seria o melhor Batman.
Imagine o Batman (Bill Murray) no alto de um prédio de Gotham olhando para o horizonte. Mas olhando com aquela cara de Bill Murray. Não precisa nem de diálogos, só a aquela “cara de Bill Murray” já faria dele o melhor Batman.
não me divertia com os comentarios de um post seu andré desde sua critica sobre o filme a origem ! o melhor foi um citando oscar wilde para defender o filme, hilário !
Sabe que você tem razaão!!!
O filme é uma bomba mesmo, e daquelas que não explodem.
Geralmente árbitros de modalidades esportivas são atletas frustrados, que ao não conseguirem seguir carreira em determinado esporte se resignam e passam arbitrar. Será que pode se dizer o mesmo de críticos de cinema? Aposto que você é o tipo de cara que acredita que pode fazer filmes bem melhor do que qualquer diretor de cinema, né não?
Será que adestradores de pets são seres humanos que gostariam de ter nascido animais?
Toco sensacional rs. Só discordo em relação a quem disse que Adam West fez o melhor Batman. Para mim este título pertence, indiscutivelmente, a Costinha: http://www.youtube.com/watch?v=fzSyrFSOIlw&feature=related
Que Heath Ledger, nem Jack Nicholson, que nada! O melhor Coringa é TIÃO MACALÉ!! Imperdível!
Nossa, melhor resposta a esse argumento BOBO e ESTEREOTIPADO (mimimi, crítico é frustrado zzzzzz) que li na vida Andre. Parabéns. Tô achando que vai ser minha próxima tatuagem.
Me manda a foto, por favor, adoraria ver!
André, adoro gente com resposta na ponta da língua. Me divirto demais ao ler suas críticas e, principalmente, as tiradas para os comentários idiotas!
Em tempo, não assisti ao filme por não gostar do Christian Bale (dicção péssima e interpretação de botox), mas, depois de seus apontamentos, terei que assistir!
Parabéns!
acho que o Nolan é um diretor medíocre que em sua psicose pensa que é um grande artista, e que no sonho de nível cinco cria um mundo paralelo em que todo mundo tem certeza que ele é um bom cineasta, e todos estamos mortos vivendo esse pesadelo macabro.
Todos os personagens profundos como um pires que perdem a relevância ao longo de um filme que se propõe “denso”. Aham. Trilhões de reviravoltas, a maioria totalmente desnecessária, o que deixou tudo cansativo ao cubo. E claro, tudo mastigado e regurgitado mil vezes pro público “entender”. Esse Nolan não me desce. Eu juro que tentei. Ele e o irmão gostam de fazer filme “cabeça” for dummies (e é claro que usam o mesmo manual para escrever e dirigir).
Entre a pompa de Nolan e a bizarrice nonsense dos Vingadores, fico com o primeiro. Deve ser coisa de quem está ficando velho e careta. Mas aprecio a estética dos filmes de Nolan, acho que ele faz bom uso das tecnologias disponíveis, ao contrário da maioria dos filmes de ação de hoje. As crítica ao filme e ao diretor realmente tem fundamento – especialmente em relação aos diálogos, que sempre foram o fraco do diretor – mas ainda sou mais favorável a esse tipo de filme do que aos “fiéis à obra”, como Sin City, 300 e todos os filmes da Marvel, e tenho recomendado o filme a todos que conheço. Mesmo assim, não deixa de ser agradável ler uma crítica ao filme que não resvala na idolatria barata ou na rabugice nostálgica.
André, pra mim, a melhor atuação do Bale sempre foi em Império do Sol.
E Prometheus, você teve coragem de ver (se viu, o que achou)? Eu não resisti e fui ver, só por causa da Noomi Rapace.
Poxa barcinscki, é sério que vc responde a esse bando de fanboys desocupados? Santa paciência.
Oi,Allegro.Oi nois aqui tra vez.Gostei do filme e não,das criticas do Barcinski e do Calil.O Inacio pelo menos desprezou o filme elegantemente comparando Nolan a Haneke.
“Outra vez”? Ah, entendi: vcs estão fazendo turnê pelas críticas, reclamando que falaram mal do homem-morcego?
Se não me engano o Allegro ficou do teu lado,companheiro.
É que a gente tá nessa desde o filme passado, no blog do inácio. Pena que a repercussão tenha sido morna por lá, e como boas malas que somos estamos aqui para curtir a turba desvairada, não tem diversão melhor na blogosfera.
Barcinski, você tem todo o direito de não gostar do filme (que eu ainda não vi por sinal) e expressar isso no blog.
Só achei desnecessário você ficar chamando os fãs do personagem para a briga no final.
Tb achei desnecessário, tanto quanto querer esculhambar “A origem” q é um filmaço. Vc devia estar de mau humor na época e perdeu a paciência com o filme.
Mas q o Bale é o pior Batman de todos os tempos, nãos e discute. Acho q o melhor foi o Val Kilmer.
Concordo plenamente contigo, André. Estes filmecos de super-caras não estão com nada. São, além de tudo, pretensiosamente megalomaníacos. Sou leitor de HQ de longa data, mas certos ‘heróis’ não descem mesmo. Vide Capitão América (nazista) e Batman (GLS total). Até hoje não vi um que seja, minimamente, legal ou interessante. Deve ser por que os HQ’s não funcionam em outras mídias que não sejam a impressa.
hey…. e o filme Xingu?
rssss
@ resposta do CLÓVIS GRUNER ao Tuxedo.
O Robin é um caso claro de super-Nerd.
Já o Batman é um caso estranho, não tem Lois Lane, nem Diana, nem Jane na história e parece que ele não chegou as vias de fato com a Mulher Gato (salvo engano). Fora que esta deveria usar a calcinha ou fio dental do lado de fora calça como ele. Decepção.
Bom, meu primeiro contato com um Batman mais sério foi na série “O cavaleiro das Trevas”, até pensei que o filme iria ser inspirado neste gibi. Pra ser sincero os anteriores foram terríveis de doer…..
A questão é que se o crítico não gosta do diretor ele não pode simplesmente detonar o filme, afinal já vi alguns filmes ditos como clássico que são uma merda…
André, como vai? Sou um leitor assíduo do blog, mas raramente me senti tentado a fazer um comentário. Com os absurdos e excessos dos comentários, achei oportuno dessa vez expressar minha opinião. Inicialmente não entendo a reação dos leitores com sua coluna. Quem tem o hábito de ler seus posts, sabia que sua reação seria essa. Não há, em nenhuma instância, falta de legitimidade em qualquer opinião, uma vez que isso além de um exercício de argumentação, e se torna a própria síntese do que é uma democracia. Claro que a defesa dessa instituição castigada não é na contemporaneidade solução lógica plausível para uma boa maioria, apaixonada e passional, amante dos seus gostos próprios, viciados no particular, além de odiarem tudo que não parece absurdamente igual e homogêneo. Seu direito a opinião deveria ser no mínimo respeitado com educação.
Dito isso, devo admitir que eu sou extremamente fã do trabalho do Nolan. Gosto muito do Amnésia, do Insônia, o Grande Truque, A Origem e especialmente Batman – O Cavaleiro das Trevas; todos bem feitos, apesar de muitas vezes mal acabados no roteiro. Sou pessoalmente tentado pelas grandes discussões de cunho intelectual que por vezes possam brotar das análises dos seus filmes, admitindo muitas vezes significados que nem mesmo Christopher Nolan admitiria que existisse nas suas obras.
Ainda assim, esse Batman – O Cavaleiros das Trevas Ressurge é problemático. Inicialmente, e ai apelo para meu gosto pessoal, se ele tinha certa liberdade para realizar suas adaptações, porque optou pelo reacionário completo em sua obra? A cena da revolução era para parecer a tomada do poder na antiga Rússia czarista ou uma caricatura de comunismo? Em plena era dos occupy, castigados por uma mídia que insiste em negligencia-los, Nolan elege uma aristocracia como sendo a portadora da salvação do homem pelo homem. Bane seria um Stálin piorado então, vítima das próprias ideias, que no final do filme (em um dos piores anticlímax que eu vi em toda a história de Hollywood) era apenas um apaixonado. A igualdade é retratada como doença, e a tempestade prenunciada pela Selina nada mais era do que a visão republicana de uma sociedade socialista. A tese defendida por Nolan é fraca, sem substancia e reacionária, e se eu não fosse adepto das teorias da conspiração, afirmaria que teria dedo do establishment americano. Obviamente que não esperaria desse Batman a boa discussão do anterior, ou mesmo o verdadeiramente profundo Watchman (que já se provou ótimo inclusive em sala de aula), mas ao menos uma visão menos dual da sociedade. Não adianta Nolan criar um Batman ‘real’, sem a velha dicotomia do bonzinho e vilão, se não tiver a capacidade coragem?) de distinguir da sua solução para o social uma raiz humana que não seja a velha forma liberal. Deveríamos ter pena do Bruce Wayne pobre? É realmente o milionário rico que deveria salvar a cidade? Em síntese: entre Bane e Batman, eu ficaria com o primeiro, ao menos seria mais fidedigno.