Quem não vai ao correio não sabe o que perde
09/08/12 07:05
Nada mais século 20 que ir ao Correio, certo?
Na época da Internet, passar horas na fila do correio virou uma atividade quase obsoleta.
Mas as coisas mudaram para mim. Hoje, a rua onde moro não tem entrega de correspondência, o que me obriga a ir à agência buscar as cartas na caixa postal.
Só que algum gênio resolveu fazer uma caixa postal tão pequena que mal cabe uma encomenda. E a solução é encarar a fila para pegar os pacotes que chegam.
A agência da cidade onde moro atende a milhares de moradores de áreas rurais e litorâneas, que também não recebem cartas em casa. Todo dia, uma longa fila se forma na agência, com pessoas que viajam até 40 minutos para buscar uma conta, ou pior, passar um tempão na fila e descobrir que não receberam nenhuma carta.
Cartas, aliás, são uma raridade na agência, que hoje oferece cartões telefônicos, cargas de celulares e bilhetes de loteria.
Dia desses, havia uma senhora na fila. Tinha uns 70 anos e era A CARA do Woody Allen, com direito até aos óculos fundo de garrafa. A única diferença para o comediante é que ela tinha um cabelo comprido, preso com uma fita. Parecia uma mistura de Woody Allen com o tenista Bjorn Borg.
A coroa carregava uma pequena caixa de papelão, preenchida assim:
Destinatário: “Rita da Lazinha”.
Endereço: “Muro branco atrás da banca de jornal”.
Cidade: “Santa Catarina”.
Nos quadradinhos do CEP, a velhinha escreveu: “U-R-G-E-N-T-E”.
O atendente do correio explicou que, preenchida daquela maneira, a encomenda nunca chegaria.
“Ai, meu Deus, por favor, me ajuda, moço, preciso mandar essa encomenda pra minha sobrinha, ela está com diabetes e precisa de remédio.”
O atendente levou uns cinco minutos explicando para a senhora que não poderia enviar o pacote daquela maneira. O pessoal da fila já estava ficando irritado.
Depois de muita discussão, a velhinha lembrou que talvez o filho soubesse o endereço da tal Lazinha. Pegou o celular e ligou para ele. Só que o viva-voz estava ligado e a fila inteira ouviu a conversa dos dois.
“P… que pariu!”, gritou o infeliz. “Eu não disse pra levar a m… do endereço? Toda dia é a mesma m…! Você não aprende!”
“Não fala assim com sua mãe, Antônio Carlos! Me respeita!”
Seguiram-se alguns minutos de insultos, ameaças e acusações mútuas. A coroa ficou tão desnorteada que passou o celular para o atendente do correio: “Pelo amor de Deus, moço, fala aqui com meu filho e pega o endereço!”
O atendente descobriu o endereço. A casa da “Rita da Lazinha” não ficava em Santa Catarina, mas no Mato Grosso do Sul.
Resolvida a questão, ficou a pergunta: como a velhinha conseguiu viver 70 anos sem saber preencher um envelope?
André, nada a ver com o assunto, mas encontrei um site que talvez você se interesse. Segue o link:
http://www.noisemademedoit.com/
Abraço
esse texto é sensacional: http://www.noisemademedoit.com/miles-davis-blind-listening-test/#.UCQED2Oe6ZY
Segunda pergunta, com uma cara misto Woody/Borg como conseguiu fazer um filho??
Como você conseguiu nascer?
Não me surpreendi, considerando o contexto em que a senhora viveu, vive.
Surpreendo-me, sim, em agência bancária, consultório médico, fichas em lojas etc pessoas jovens e alfabetizadas que não conseguem preencher envelopes ou informações. Jovens analfabetos funcionais.
sou professora de ensino fundamental e como exercício de prática de letramento sempre ensino meus alunos a preencher formulários diversos.
não me surpreende que essa senhora tenha vivido 70 anos sem saber preencher um envelope. minha avó tem 90 anos e é analfabeta.
nós professores conhecemos os números horrendos do analfabetismo no Brasil, me surpreende que o jornalista tenha se surpreendido com o fato de alguém viver 70 anos sem saber escrever.
é triste, fato.
mas é a realidade do nosso país, e surpreende-se com isso nada mais é que alienação, na minha opinião, é claro.
André, adorei sua história!
Em Janeiro passada estava de férias em Aracaju, onde moram meus pais, e decidi viajar para a Itália. Por conta disso, precisei que me enviassem as roupas de frio que estavam em SP pelos correios, via Sedex. Dias se passaram e, na manhã da viagem (um sábado), recebi um comunicado dos correios. As roupas “usadas” foram barradas e careciam de pagamento de impostos para serem retiradas. Foi uma novela!
Depois de muita luta e da abertura dos pacotes, descobri o motivo. Um amigo, muito educado e cuidadoso, decidiu empacotar de maneira quase profissional cada peça, o que induziu a fiscal da fazenda a crer que se tratava de um e-commerce1 🙂
Do jeito que foi, é capaz desse “filho” esquartejar a mãe…..
Barção, curte Small Faces? Falando de encomendas, encomendei essa belezinha na Amazon: http://www.amazon.com/gp/product/B007OA0VX0/ref=oh_details_o00_s00_i00 E agora os caras vão relançar uma caixa do Roxy Music…. Tentação tá fogo: http://www.amazon.com/The-Complete-Studio-Recordings-1972/dp/B0075LTOR2/ref=wl_it_dp_o_pdT1_nS_nC?ie=UTF8&colid=1Y37VF5V337QF&coliid=I2FSB7HD14BH4B
Vou viajar no fim do ano e trarei a caixa do Roxy Music, com certeza.
Pior de tudo, Barça: a tadinha foi obrigada a votar por muito tempo, sem fazer ideia do que estava fazendo, creio que… com 70 anos esse fardo, pelo menos, ela não tem mais… acho…
Verdade, pelo menos isso…
E o que fazer com essas pessoas,matias,com minusculo mesmo,seu imbecil,o que te faz pensar que é melhor?
O que me faz pensar que sou melhor do que uma pessoa que não compreende o “sistema” de endereçar e remeter uma carta? Talvez os 33 anos de contínuo processo de educação, treinamento e persistência nos estudos pelo qual venho passando, desde que eu era bem pequeno até hoje. Qual é o problema em admitir que existem pessoas burras e que a burrice não é legal? Queria que eu ficasse com dó da pobre velhinha? Não fico, não! Correio é coisa trivial, antiga pra cacete, e ser velho não é desculpa para ser burro.
Você é tão burro que confunde burrice (baixa capacidade intelectual) com ignorância (falta de conhecimento ou cultura)!
Melhor dizendo: toma ignorância por burrice. Para ver como você é “esperto” e “letrado”. Mas mesmo sendo burro, não faz com que seja pior ou melhor do que eu ou a velhinha do texto. Só burro.
Bravo!
Sensacional! Também passei por uma situação divertida essa semana. Fui com minha esposa a Sampa fazer perícia para um concurso e, na fila, conhecemos uma garota de uns 22 anos. Logo ela contou que era de Jaú (interior SP) e que passou a noite na casa de parentes para chegar a tempo na perícia (7h). Como ela tinha ido poucas vezes para a capital e nunca tinha andado de metrô, nos oferecemos para acompanhá-la até a rodoviária da Barra Funda, já que eu havia deixado o carro lá no estacionamento. Acho que até o pessoal do fim da fila viu o alívio que brotou na cara dela. Por fim, demos uma volta na Liberdade e fomos andando até a estação da Sé. Quando ela viu como funcionava o metrô ficou muito surpresa e comentou: “nossa, achava que o metrô era igual ônibus que a gente esperava num ponto só e esticava o braço quando passasse aquele que gente queria”. Fiquei imaginando o funcionamento de um metrô assim…kkk. Só foi mais difícil conter o riso quando ela arrematou: “espera até o povo do interior saber que eu andei de metrô.” O mais gozado foi ouvir tudo isso não de uma pessoa idosa vindo dos confins do país mas de uma jovem que estuda na Unesp, trabalha durante o dia e é uma concurseira bem informada. É claro que minha esposa e eu simpatizamos demais com ela e vamos manter contato pelo facebook, afinal não é todo dia que conhecemos pessoas assim.
Muito boa a historia.
Perdão pela gafe…”INVERTERÃO”
André Barcinski acredito que o desviu que você teve com relação a atitude do filho não enfocando-a, mas sim pontuando espanto pelo fato da senhara não saber, em seus 70 anos, preencher um envelope, demonstre a banalidade com que é vista as pessoas de idade avançada. Digo que essa atitude textual foi um tapa na cara da nossa sociedade atual, em que os valores se inverterão…
André, esse diálogo entre mãe e filho lembra um certo Ignatius…
Bem lembrado, parece mesmo.
adorei…
sexta, fui embarcar em Guarulhos e no portão, o atendente avisou que o embarque seria remoto. Um casal de velhinhos ficaram olhando com um ar de interrogação, ai o segurança explicou que seria feito o traslado de onibus e entao piorou. Ficaram indiguinados, já que tinham comprado uma passagem de avião e não iam de onibus de jeito nenhum. foi emocionante nos dias atuais ainda termos estas situações.
Muito bom. Tâo cobertos de razão: pagaram o avião, pra quê pegar ônibus?
Meu sogro quando foi viajar a primeira vez de avião, quando a moça do balcão de informações falou “Agora o senhor por favor se dirija até aquele guichê ali para fazer o check-in e…”, antes de acabar ele espanou: “Não, não senhora, já está tudo pago, não tenho que fazer chequinho nenhum mais não”, a mulher chegou a pôr a mão na boca pra rir.
Eu tenho mais dúvidas de como a velhinha viveu tanto tempo com um filho como aquele.
Pois é, André….
Pior que as pessoas devem ter sorrido disso…
Os analfabetos (e semi) criam seus mecanismos de sobrevivência. Meu porteiro por exemplo só consegue discernir números. mas eu passei uns bons 10 anos sem saber disso.
Eu só ando me divertindo (na falta de palavra melhor) é na rodoviária que agora pede pros passageiros preencherem a passagem com nome e RG. É um tal de “esqueci meus óculos” pra lá e “não estou enxergando essas letras” pra cá que só rindo.
Hoje em dia, evito ir aos correios, pois se tornaram burocráticos e, muitas vezes, ineficientes. Mas, como moradora da periferia da ZL de São Paulo, pude presenciar episódios incríveis ocorridos em agências – desde gente forçando a barra para que o atendente use suas “capacidades mediúnicas” para desvendar endereços, até gente literalmente, saindo na mão.
Há pouco mais de dois meses a empregada de casa precisou fazer uma operação. Arrumamos uma substituta. A moça, alagoana, ex-cortadora de cana, se apresenteou: CREIDE.
Perguntamos se era Creide mesmo ou Cleide, e ela confirmou o “com R”.
No primeiro recado que deixamos escrito, ela contou que era analfabeta e só sabia escrever o próprio nome. No dia do pagamento demos a ela um recibo e pedimos que assinasse, já que o nome ela sabia escrever.
E lá foi ela, letra a letra: C – L – E – I – D – E.
Como pode ter sobrevivido até hoje uma criatura que se jama Cleide mas acredita se chamar Creide?
ops, “apresenteou” e “jama” devem ser praga da Creide!
Muito bom!
Sensacional!
Aqui na empresa também temos uma senhorinha que sofre da “síndrome do Cebolinha ao reverso”, que causa a troca dos “éles” pelos “érres”. Aí é um show de “horror” atrás do outro: assembréia, Cráudia, criente… e a já clássica e consagrada bicicréta.
… não sei porquê cargas um novo cliente, chamado “Plaza” quando entrou… a senhora soltou um “Praza”… e eu chorei de rir!
Creio que tenha sido, por exemplo: bicicleta. Você sabe que virão o bi, o ci, e o creta. Já Plaza é como um soco no estômago “Praza”! E sem aviso!
Coitada da vovó. Lembrei da minha falecida avó.
Que sensacional essa tiazinha…. tadinha… com 70 anos, ela viveu num mundo em que o ritmo das coisas era devagar… quase parando… Agora um filho falar com sua mãe desse jeito é foda… Que imbecil…
O correio parece obsoleto em tempos de internet, mas a internet precisa dos Correios. Trabalho com e-commerce e posto encomendas diariamente via Sedex. Acho que a tradicional carta tá mesmo com os dias contados e foi substituída por email e SMS. Mas pra transportar objetos ainda não inventaram outra alternativa. Em tempo: as pessoas na sua agência não têm a chave da caixa postal pra saber se chegaram cartas ou encomendas? Precisam pegar fila pra isso? E sobre o tamanho das caixas postais, sempre achei que deveriam ter capacidade para armazenar o que chega, mas segundo os atendentes do correio, é apenas para justificar o endereço. As caixas são simbólicas. Se chega um pacote, eles deixam apenas o aviso para o dono da caixa postal retirar no balcão.
Bom, quase todas as encomendas que recebo – livros, CD, etc. – são registrados. Eu abro a caixa e tem um papel dizendo que preciso retirar dentro da agência. Nem revistas maiores cabem na caixa, é ridículo.
Realmente, não dá para entender como uma pessoa pode ser tão desprovida de recursos mentais a ponto de não perceber que seria impossível a carta chegar ao destino com aquelas ridículas informações. Nossa organização da vida em sociedade é muito belevolente, pois permite a pessoas com inteligência limítrofe chegar aos 70 anos, procriar, etc.
A natureza é sábia. O mecanismo de procriação deve ser o mais simples possível, para estar ao alcance de todas as criaturas e assim perpetuar a espécie. No caso da raça humana, justamente por causa da benevolência de nossa organização social, deveria haver uma licença para procriar, da mesma maneira que precisamos para dirigir ou votar.
Licença para procriar? Lembrei-me daquele deputado agora, Caiado, se não me engano, que queria esterilizar todas as nordestinas em condições precárias de sobrevivência. É fácil! O governo nada faz para educar a população – basta esterilizar! Fascismo puro!
Seguindo seu raciocínio, vc mesmo não deveria estar vivo…
Barça, pra mim nada supera o “São Tomé” da fila.
Aquele que não aceita o valor cobrado para enviar a encomenda e obriga o pobre atendente a pesar a caixa de novo, mostrar o catálogo de tarifas e explicar, quinhentas vezes, que não dá pra mandar um liquidificador por carta registrada.
Já vi um “São Tomé”, na agência da Alfonso Bovero (SP), que ficou tão possesso com o preço cobrado que simplesmente saiu andando e largou a encomenda pra trás.
Abraço!
Isso rola direto, acho engraçado demais.
Vivi uma situação parecida, mas às avessas, dia desses. Acostumada a pagar contas somente no conforto da internet, virei uma bitolada no “mundo real”. Vi-me com uma fatura de celular e dinheiro (em espécie) para fazer um favor a um amigo. Peguei fila em 2 bancos, pois cada um só tinha um caixa atendendo — e sempre aparecia um idoso preferencial furando a vez. Levei bronca do guarda por falar no celular e não paguei a bendita fatura. Só consegui após mais meia hora de fila numa lotérica. Ali vi gente na mesma situação que eu, contas de água, luz, telefone e dinheirinho contado em mãos. Que coisa, heim. As pessoas ali no lado de fora da lotérica, em fila na calçada, com bolos de notas nas mãos. Os bancos delegaram essa tarefa para um local onde a segurança é mínima!!!! Deve ser porque os bancos faturam muito pouco para colocar mais caixas atendendo, tadinhos. Sem contar a lei ridícula de não poder usar celular dentro das agências: nem pra avisar que você vai demorar pq tá numa fila gigante. Incrível como os legisladores abrem as pernas para os banqueiros!!!! E como a gente se deixa humilhar!!!!
O telefone é por causa do crime da “saidinha do banco”. Onde uma simples “menina pagando as contas”, avisa um “coleguinha lá fora” que o Sr. Fulano saiu com uma pacoteira no bolso… conto o final?
Não era melhor reforçar o policiamento ao invés de punir o cidadão de bem? Aposentados indo na Caixa Econômica no 5º dia útil continuam sendo chamarizes.
E como o banco (ou os órgãos de segurança, tanto faz) não conseguem abortar o golpe é necessário que todos deixem de usar o celular, numa medida tipicamente hobesiana? Qual o próximo passo? Proibir que se ande na garupa das motos? http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/11/assembleia-de-sp-aprova-lei-que-proibe-garupa-em-motos.html
Essa pelo menos o Alckmin vetou….
Sobre o celular eu até concordo, ele pode ser usado como agente facilitador no caso de roubos. Sobre o policiamento ser melhorado sem dúvida! Agora o do garupa, como motociclista, achei o fim da picada! Graças a Deus mesmo que vetaram.
Minha Tia avó Cremilda, faleceu com 97 anos. Davam “setentinha” pra ela no máximo! Tia Cremilda gostava de beber um bom vinho, jogar buraco e dominó, além de ser soberba dançarina de bolero. Operou de câncer aos 87 anos e durou mais 10, portanto. Sempre quando de movimentações bancárias e transações imobiliárias – a última fora aos 92 anos quando trocou de apartamento – era obrigada a levar um “atestado de sanidade mental”. Era um exemplo de senhora! Lúcida, firme e forte.
Minha mãe, Dona Meire – 62 – já fora um pouco mais sofrida na vida. Viúva, perdeu marido jovem e continua na labuta. Percebo que – apesar de ter dominado os usos do laptop e do Facebook – ela já demanda um pouco mais de atenção, dada a “cadência” que tem para determinados assuntos como coisas e situações novas.
Relatei os casos pois, vejo que o filho da Senhora do texto – além de ser um monstro, safado – pareceu-me ser omisso! Mas mesmo assim temos que ponderar sobre duas coisas:
Uma senhora como fora minha Tia avó, realmente necessitaria de ajuda por parte dos filhos 24h por dia?
Uma como minha mãe, vejo que já precisa até mais.
Vejo que a lei para estes casos é complicada… 65 anos para configurar o abandono de incapaz.
Mas uma coisa digo aqui. Eu amo minha mãe… mesmo se muito p. da vida com ela, nunca falaria assim!
Outra coisa relacionada foi um episódio do Southpark, onde questionavam a sanidade dos “velhinhos” quando na direção, pois estes estavam causando muitos acidentes. Resolveram prender as carteiras deles.
Então os “balzacas” resolveram reunir-se em assembléia. Mas na hora da saída, todos tiveram de dirigior pela cidade. Verdadeiro pandemônio!
Velhinhos… rs
Putz……eu ia muito nos Correios. E o problema era parecidíssimo: caixa postal pequena, não cabiam as correspondências e tinha que pegar fila…..depois de um tempo e muita briga consegui uma caixa maior.
E quando aparece aqueles “avisos” que te obrigavam a pegar a fila e a correspondência não era sua e estava na caixa postal errada? Ficava louco.
Enfim, correios, supermercados, farmácias….tudo hoje virou um pouquinho de tudo. E só de ouvir: “o senhor não quer fazer recarga do seu celular?” me dá vontade de largar tudo o que comprei.
Seja sincero, Barcinski: A idéia de se mudar para Paraty, e viver num paraíso bucólico tem lhe trazido inúmeros dissabores, não tem?
Não mesmo. Hoje de manhã, na Marginal Pinheiros, vi dois motoqueiros descerem das motos, no meio do trânsito, e espancar um senhor dentro de um carro.
“Mr. Calha” feelings… 😀
Visitei por um fim de semana Paraty e achei a cidade muito tranquila em questão de violência. Lojas abertas e pessoas até tarde da noite nas ruas. Não sei se foi só minha impressão, espero que não.
É tranquila sim. Tem seus problemas, mas nada que assuste.
Com todo respeito caro André Veiga, a graça da vida está nestas coisas. Eu acho horrivel viver em um mundo robotizado como o que temos hoje em grandes cidades…
Não encontro graça num episódio em que alguém acredita que “muro branco atrás da banca” basta para identificar a casa de outra pessoa. Não há poesia na estupidez.
O correio já existe há um bocadinho de tempo. Não se trata do último grito da modernidade. Saber usá-lo não é pedir muito.
Qualquer pessoa solta pelas ruas, que tem o direito de entrar em filas e atazanar a vida de outras pessoas, deveria ter a obrigação de saber o que está fazendo.
Eu, nessa fila, teria ficado muito puto!
Achamos o filho da Senhora Woody Allen…
Que história sensacional! A velhinha não sabia preencher o envelope, mas ligar no celular sabe. Sinal dos tempos. Tenho ido muito aos Correios ultimamente enviar encomendas e é realmente assim. Eu fico abismado como as pessoas não tem a mínima noção das coisas. E é incrível como sempre tem fila!
É do ser humano. A cada dia queremos tudo “mastigado”, ou então que as pessoas pagas façam por nós o que devemos no mínimo fazer ou saber, como preencher o destinatário de uma carta.
Algo que atualmente deve deixar muito atendente de lotérica com dor de cabeça é essa retirada do PIS.
Semana passada eu na fila com 5 pessoas na minha frente e um casal com média de 20 anos queria saber como tirava o benefício.
Jogaram o cartão para a funcionária e disseram “vê se temos direito aê”. A funcionária pacientemente explicou durante uns 4 minutos que não era bem assim, conforme eles queriam.
O pior é que as outras 4 pessoas também ouviram a conversa e sem nem ter o cartão começaram a pedir a mesma coisa e um até reclamou da burocracia e falta de agilidade da atendente.
Não se fazem mais entrevistadores como antigamente.
http://www.youtube.com/watch?v=w3U2hDVZ940&feature=related
Ficou a pergunta:
Como que um infeliz fala com a mãe desse jeito?????
Pois é.
A pergunta deveria ser: se a senhora claramente não tem condições de ir ao correio e enviar a encomenda, por que o o filho não o fez, ao invés de enviar a mãe idosa e sem condições de fazer a tarefa? Xingar a velhinha é muito mais fácil, não é mesmo?
Me chamem de saudosista, mas tenho saudade do tempo que um agência de correiros servia apena para mandar e receber correspondências e lotéricas para fazer apostas, ontem foi jogar um pouco de dinheiro fora e peguei uma fila enorme e não eram de apostadores, era só gente para pagar o mínimo da fatura do cartão e para carregar o celular. Mundo louco esse, restaurantes viraram lugares para assistir televisão, bordeis viraram hotéis, eu hein.
Verdade, tem mais gente pra carregar o celular que pra mandar cartas.
O pior no caso das lotéricas é que foi dada a oportunidade para as agências serem um alívio no caso pagamento de contas e prestação de serviços, mas ainda são tratadas meramente como “casa de apostas”.
Não há o mínimo de segurança, sendo que em cada local deve circular muito, mas muito dinheiro e no máximo 3 atendentes, gerando aquelas filas estilo festa junina.
até o momento em que você pega uma fila de banco lotada e pragueja o brasil por não ter mais lugares para pagar uma mísera conta… tempo bom era quando se pagava a conta na própria loja onde se fez a compra parcelada. infelizmente, nos próximos 20 anos, ainda veremos situações assim, tal qual a da velhinha no correio de paraty, pois boa parte da geração dos anos 50 e 60 ainda tem dificuldade com um mundo moderno (débito automático, caixas eletrônicos, internet, etc). é só ver a imensa fila de aposentados nos bancos em dia de pagamento de benefício. aquilo é uma judiação… []s