Brasil é ouro em intolerância
15/08/12 07:05
Já virou hábito: toda vez que um time ou uma seleção do Brasil ganha um título, os atletas interrompem a comemoração para abrir um círculo e rezar. Sempre diante das câmeras, claro.
O mesmo aconteceu sábado passado, quando a seleção feminina de vôlei conquistou espetacularmente o bicampeonato olímpico em cima da seleção norte-americana, que era favorita.
O Brasil é oficialmente laico desde 1891 e a Constituição prevê a liberdade de religião.
Será mesmo?
O que aconteceria se alguma jogadora da seleção de vôlei fosse budista? Ou mórmon? Ou umbandista? Ou agnóstica? Ou islâmica?
Alguém perguntou a todas as atletas e aos membros da comissão técnica se gostariam de rezar o “Pai Nosso”?
Ou será que alguns se sentiram compelidos a participar para não destoar da festa?
Será que essas manifestações públicas e encenadas, em vez de propagar o caráter multirreligioso do país, não o estão atrapalhando?
Claro que ninguém questiona a boa intenção das atletas. Mas o gesto da reza coletiva está tão arraigado, que ninguém pensa em seu real simbolismo e significado.
A questão não é opção religiosa, mas a liberdade de escolha. Qualquer pessoa pode acreditar no que quiser, contanto que deixe a outra livre para fazer o mesmo. Sem constrangimentos. E não é o que está acontecendo.
Liberdade religiosa só existe quando não se mistura religião a nada. Nem à política, nem à educação, nem à ciência e nem ao esporte.
Em 2010, a Fifa acertou ao proibir manifestações religiosas na Copa da África do Sul. A decisão foi tomada depois de a seleção brasileira ter rezado fervorosamente em campo depois da vitória na Copa das Confederações, um ano antes, o que provocou protestos de países como a Dinamarca.
Em 2014 e 2016, o Brasil vai sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas. A CBF e o COL precisam tomar providências para que os eventos não se tornem festivais públicos de intolerância.
Atletas precisam entender que estão representando um país de religiosidade livre. Eles têm todo o direito de manifestar sua crença, mas não enquanto vestem uma camisa laica.
Claro que atitudes assim serão impopulares e gerarão protestos. Muita gente confunde a garantia da liberdade de opção religiosa com censura.
Quem disse que é fácil viver numa democracia?
Sério que eu lí isso? Nossa, são por por textos pobres, intolerantes e comunistas que esse cara escreve na follha? Eu também quero um emprego lá, garanto que, modéstia parte, sou acima desse cara com certeza!!!!!!
Comunista???????
Ó, raios! Elas manifestaram sua devoção cristã pelo mesmo motivo que falam o português. Explico: em 1500, um navegador português, Cabral, chegou ao Brasil, o verdadeiro culpado. Mandou rezar A Primeira Missa, ou, O Primeiro Ato de Intolerância no Brasil. Como o articulista nos faz lembrar, em outros países, navegadores indianos, árabes, africanos, etc. chegaram juntos, de forma igualitária. Baseado nisso, três séculos depois, Karl Marx desenvolveria a sua teoria.
Tô pasmo com a quantidade de besteiras que estão sendo ditas aqui. É inacreditável a interpretação que as pessoas estão fazendo de um texto tão claro. Se essas pessoas se acham tão defensoras da sua religião, não deveriam ser tão fanáticas. Tenho absoluta certeza que o fanatismo não é algo divino.
Incrível como um texto que trata de questões democráticas consegue virar, de certa forma, picuinha religiosa.
Lógico que as meninas (e meninos) do vôlei, do basquete, da esgrima, do que for, podem rezar o Pai Nosso ou qualquer outra coisa. Não se trata de proibir. O problema é a questão ética da atitude.
No momento em que o indivíduo está com o uniforme da Seleção Nacional ele está, sim, representando a totalidade. Portanto deveria respeitar essa questão do Estado laico.
É uma simples questão de ética e respeito, mais nada.
E sabemos que essa questão de Estado laico, aqui no Brasil, é miragem. Já foi citado aqui que em instituições públicas tem crucifixos, os feriados são de santos católicos, etc…
Imaginem a repercussão de um ritual satânico depois da vitória….estaria sendo exorcizado em todas as mídias e, tenho quase certeza, que alguém do Governo entraria em rede nacional pra falar que aquilo não representa o Estado, porque ele é laico.
666 não. Sobe.
TOLERE ISSO, Barcinski!
http://www.youtube.com/watch?v=FCAPtmwMG-4
Não vi qualquer contradição no texto, tampouco acho ofensivo ou de pouca inteligência, como alguns abobados aqui escreveram. Alguns pontos, diga-se, estão muito claros para quem se dispuser a ler isento já de uma burrice que limita um mínimo de interpretação sequer. Interessante ver como algumas pessoas acham que “apanham” de um texto simples, e por isso devem bater em quem escreveu. Será que é a religião que deixa cada dia mais tapado, ou é o futebol, a novela, o faustão… Não sou católico, e acho desprezível essa manifestação forçada de agradecer ao além uma conquista que nada mais é do que o resultado de um esforço coletivo, treino, sangue e suor. Não é nada que tenha vindo de graça, de brinde. Não é um milagre, não é uma obra do Senhor. Mas aí algum toupeira vai erguer a voz e bradar: “os homens são criaturas de deus, portanto, a medalha de ouro é obra de deus”. Balela. Pensando por esse viés simplista, tosco e burro, cada níquel desviado dos cofres desse país devem ser ressarcidos pelas pessoas que votaram nos corruptos que hoje estão no poder, já que a culpa é de cada voto em favor desses respeitáveis senhores. Façam um favor: no lugar de ficarem aqui enchendo o saco com esse ranço católico besta (ui, BESTA), olhem para o próprio rabo e analisem se vocês são pesoas tão dignas desse deus pelo qual vcs supostamente morreriam. Tá bem claro que não. Se, como diz no livrinho, “Deus prepara os escolhidos”, já pra ver que muitos aqui não estão nem no banco de reservas divido, de tão despreparados que são.
William, eu também não sou católico, mas o senhor afirmar que acha desprezível a crença e a fé da pessoa em agradecer ao “além” pela vitória apenas demonstra o quão intolerante e preconceituoso o senhor é. Julgue a si mesmo e suas limitações, antes de ser ofensivo com qualquer um.
Marcellus*
Eric, falei por mim, e reitero: acho desprezível. Pq diabos (ui, DIABOS!) não posso achar desprezível? Acho desprezível, mas se sujeito quiser rastejar 600km para pagar uma promessa, não vou tentar dissuadi-lo de sua vontade. Se quiser rezar por ganhar um jogo, que faça só, em silêncio, porque vestindo a camisa que representa o país em que nasci e cresci, dá a impressão que, também, me representa, e isso não é verdade. Agora, se eu achar teu comportamento desprezível é uma ofensa, também tenho direito de achar uma ofensa a tua resposta, simples assim. Minha mãe, coitada, passou a vida toda rezando para eu entrar na universidade e me formar. Pergunto: se eu tivesse ficado em casa, no sofá, vendo novela, os diplomas estariam na minha parede hoje? Se as moçoilas do voley brasileiro permanecessem paradas em quadra, qual teria sido o resultado do jogo? Vocês são uns abobados mesmo. A merda do pensamento de uma fanático tapado como vocês é que qualquer coisa é “obra do senhor”, não importa o quanto o indivíduo se esforce, rale por suas conquistas, sejam elas medalhas de ouro ou um prato de comida. Para mim, rezar ainda é uma perda de tempo. São dez minutos a mais de sono após um dia em que trabalhei muito, estudei bastante, pedalei, fiz compras, cozinhei, lavei roupas, separei o lixo e ajudei a vizinha da frente ou o Sr. que mora ao lado. A vizinha, uma senhora deveras bacana, diga-se, diz que sou “um anjo”. Sempre falo para ela que anjos não existem, e debatemos, por vezes, por horas sobre o assunto. Mas se ela quer acreditar em uma ilusão coletiva, já diria o poeta: “Coma merda. Bilhões de moscas não podem estar enganadas.” Eu não acredito, e não quero que ninguém vestindo uma camisa que me representa faça algo desse tipo. Acredito no poder das pessoas e no merecimento. O resto é baboseira que — sendo irônico agora — SE DEUS QUISER vocês um dia entenderão. John, seu comentário nem merece resposta. Muito asno. Relinche alguma coisa com mais conteúdo e se deus quiser eu falo com você.
Abobado é tu seu retardado desconhecedor das tradições ocidentais, Barça não modera please.
A Folha de Sao Paulo, explicitamente anticatólica, mais uma vez mostra o estrume que quer por osmose impor a quem nao tem massa cinzenta.
Primeiro: a selecao brasileira nao é o governo!!!
Segundo: Ser laico nao quer dizer ser antireligioso e, se há liberdade de religiao, tao reclamando da demostracao religiosa porquê?
Quem for budista, agnóstico, mulcumano ou o escambáu, que saia da roda, pô!
Não é tão simples assim. Essas “rodas de oração” são quase que obrigatórias.
Quase obrigatórias? Poupe-me de tratar adultos, no caso, as meninas do volei, como se fossem crianças de 03 anos, as quais a tia obriga a sentar na linha para comer o lanchinho…
Uai, a presidente da república, atéia, quando candidata, não ia à igreja e até arriscava fazer pelo-sinais, para não cair em desgraça aos olhos do povo e perder as eleições? Imagine para um atleta, diante de milhões de telespectadores, se abster da reza em grupo e ganhar fama de anigo do capeta.
*amigo
Bia, na boa, comparação indevida, para dizer o mínimo.
A questão da candidata não foi sua crença ou falta de crença, mas sua posição dúbia quanto ao aborto é que motivou a aproximações com as igrejas evangélicas, que são historica e principiologicamente contrárias ao aborto. Daí a atéia, não por ser ateia, mas por ser malcaráter mesmo, se vestiu de santinha, fazendo conchavo com evangélicos e católicos. Foi até à missa no santuário nacional de Aparecida do Norte, jurando de pés juntos ser cristã devotíssima…
Nisso não há nada de comparável a um agradecimento de atletas a Deus por uma vitória.
Luís Fernando, intenções (boas ou más) à parte, isso não explica como é importante mostrar-se piedoso aos olhos do povo? Quanto sai de cena o religioso e entra o cético, as pessoas deixam de julgar a capacidade e competência de um candidato e o que importa é apenas sua indiferençacindiferençacomitir relação ao divino. Com o atleta seria a mesma coisa. Ninguém mais vai se lembrar das habilidades na quadra, o cara ficará estigmatizados pela falta de religiosidade.
Todos se lembravam das 06 ou 07 bolas do jogo que as meninas salvaram contra a Rússia, da campanha magnífica de recuperação, e do fato de terem batido as favoritas na final.
Quase ninguém comentava o agradecimento no final do jogo, exceto antirreligiosos como André.
O sentimento antirreligioso tende a ser pródigo em suposições
Então porque elas, como adultas, agiram como crianças? Eu já participei de vários campeonatos estudantis e olimpíadas regionais e digo com propriedade: é uma imposição sim essas rodas de oração. Quem não participava era segregado do grupo, como se não fizesse parte da equipe. Cada vez mais vocês traem seu preconceito e sua ignorância travestida de caridades, que é uma das formas mais nojentas de hipocrisia.
Paulo, elas participaram porque quiseram, eram livres para fazê-lo ou não. Se você não tem coragem de se assumir ateu, o problema é seu. Vc ter agido como criança, não lhe faz padrão de comportamento de todos os atletas brasileiros, mutio menos campeões olímpicos.
Dizer que alguma delas foi coagida é uma suposição frontalmetne contrária à atitude pseudocética de antirreligiosos que se dizem apenas ateus. Espero que não seja o seu caso.
E continuam confundindo Governo com Estado.
É lógico que a discussão não vai ter fim mesmo.
As escolas precisam urgentemente voltar a ter Educação Moral e Cívica no quadro de disciplinas.
Eu assisti a partida inteira e não vi ninguém coagir as atletas a rezarem. Elas rezaram porque assim quiseram.
Quem já foi atleta sabe que a diferença entre perder e ganhar às vezes é um detalhe. Então, crer em alguma religião e creditar a dádiva da vitória a Deus (seja lá a que Deus for) é antes de tudo um direito das pessoas.
Eu classificaria essa publicação como um ato falho. A intolerância do autor transborda das linhas. Ele está atacando o espelho.
mexeu num vespeiro, hein, nobre jornalista?
entendi o que você quis dizer, mas sempre que o assunto é religião o pau quebra e as pessoas perdem o senso critico (se é que elas o tem) e vão para os ataques pessoais.
É como se fosse um crime não acreditar em deus e querer condições de igualdade com os que acreditam. Assuntos religiosos e o politicamente correto nos remetem ao facismo, à exclusão de todos que pensam diferente do que nos é imposto.
Outra coisa que eu não entendo é o que tem a ver tocar o hino nacional em jogos do campeonato brasileiro?
o melhor de tudo é que o senhor deu voz e vez àqueles que o condenam
Intolerante foi esta coluna… faz tempo que não lia algo tão ruim…
Qual Jogadora disse que foi obrigada a “rezar” o Pai Nosso? Esses achismos neo-ateísta seu mostra o quão intolerante você é. “Lamentável. e como graduação de jornalismo não mais é pré-requisito para ser um bom jornalista e escrever noticia, despejam esse tipo de matéria na internet. Eu duvido que uma pessoa sensata leu e opinou sobre esse texto antes de ser publicado.”
Aqui ao lado tem uma igreja Renascer que colocou na porta, “entre e seja abençoado”. Isso quer dizer o seguinte:se você entra tudo bem, mas se você não entra podem acontecer mil coisas, como por exemplo a tua casa cair.
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Esse método de perguntar ao passante se ele aceita a palavra do Sr. Jesus Cristo nosso salvador em seu coração, induz ao mesmo raciocínio: se não aceitarmos a fala do representante terreno estaremos rejeitando a palavra de Deus, a salvação, o divino, o único caminho, o certo.
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Isso é intolerância sim, com um toque bravo de manipulação.
Ademais: até mesmo se Dilma Rousseff, no papel de presidente da República, estivesse nessa roda, ela não estaria infringindo a laicidade do Estado. Haja vista que não estamos em uma monarquia como a de Louis XIV, o famoso “L’État c’est moi.” (“O Estado sou eu.”). Fosse nosso governante a PERSONIFICAÇÃO do Estado, como Louis XIV, teria de ser um indivíduo laico tanto no papel público de rei quanto em sua vida privada.
Mas creio que Dilma Rousseff n’est pas l’État, vrai? 😉
Atenciosamente,
Daniela A.B.P.
Ai, André,
tá ficando tão gastinho esse discursinho laicista. Você não é ingênuo. Sabe que um governo laico significa um governo que não segue leis religiosas como acontece na Sharia islâmica. E isso é muito bom. Agora, querer impedir que as PESSOAS deste país não manifestem-se em sua religiosidade, é querer estrapolar o significado do termo Estado Laico. Pare com isso. Seja honesto e pense que um dia sua própria consciência vai te julgar por todas essas tentativas de induzir as pessoas ao erro por motivação ideológica. A vida é curta. Você vai representar esse papelzinho ingrato até quando? Você vai morrer, virar pó, ninguém mais vai se lembrar do seu nome e a fé cristã cotinuará firme e forte. São tantos na História que jogaram nesse mesmo time que você agora insiste em jogar para também perder como eles…. tadinho!
Bom, desconfio que a maioria desses comentários raivosos sejam da mesma pessoa, para simular que são muitos. É incrível como a democracia e o respeito alheio incomodam essa gente. Toda pessoa fraca usa religião como muleta.
Pesquisas como as do IBGE e o censo chegam ao absurdo de afirmar que religiosos, sobretudo cristãos, são a esmagadora maioria. Aposto que também entrevistam a mesma pessoa inúmeras vezes…
Santa alucinação.
E todo pusilânime adora um Estado todo poderoso.
“O que aconteceria se alguma jogadora da seleção de vôlei fosse budista? Ou mórmon? Ou umbandista? Ou agnóstica? Ou islâmica?”
Bem, André. O budismo, para começo de conversa, é plenamente tolerante e receptivo a qualquer outra expressão de fé. Um budista não teria problemas em participar da manifestação.
O nome oficial da igreja dos mórmons é Igreja de JESUS CRISTO dos Santos dos Últimos Dias. Mórmons utilizam o Novo Testamento, logo, não se opõem à oração do Pai-Nosso.
Umbandistas também rezam o Pai-Nosso, como já foi citado em alguns comentários.
Agnósticos, por definição, são indiferentes. Não há como saber com certeza o que fariam.
Islamitas não rezam o Pai-Nosso. Islamitas brasileiras não compartilham do anti-sionismo das islamitas nascidas nas teocracias islâmicas do Oriente Médio.
Mas estamos falando aqui de adultos. Ninguém seria estúpido a ponto de obrigar uma islamita a participar de um Pai-Nosso contra sua vontade.
Acerca de tudo isso, apenas fiz um “catado” com as religiões que você citou para exemplificar o que aconteceria. Hipoteticamente, é claro.
Sei que o ponto da discussão passa longe disso.
Porém você se utiliza de postulados do Direito e das Ciências Sociais (a saber: o conceito de laicidade do Estado) e lamentavelmente acaba fazendo uma pequena confusão.
Um estado laico, na definição moderna do termo, é um país cujo GOVERNO não expressa “preferência” por esta ou aquela crença religiosa, mantendo-se NEUTRO.
Constitucionalmente, o Brasil se encaixa nessa definição, apesar dos vários aspectos já citados (a palavra “Deus” aparecendo na Constituição, a frase “Deus seja louvado” na moeda oficial etc) que ESTES SIM merecem algum reparo.
Quanto aos atletas que competem individualmente ou os selecionados como o de vôlei, estes NÃO constituem representação OFICIAL do ESTADO brasileiro. Mas sim de sua NAÇÃO e CULTURA. E um dos aspectos culturais do brasileiro é a plurirreligiosidade. O que INCLUI a manifestação do Pai-Nosso, que, aliás, é uma das mais sincréticas formas de se expressar religiosamente.
Portanto, se de um lado o Pai-Nosso representa apenas uma porção de brasileiros, a não-manifestação deste aspecto cultural representa IGUALMENTE APENAS UMA PORÇÃO de brasileiros.
Dito isto, tanto faz se rezam o Pai-Nosso, se usam véus islâmicos, se fazem oferendas a Iemanjá ou se não fazem nada disso e apenas gritam um “Mãe ganhei o ouro!”. Tudo isto constitui expressão CULTURAL e não expressão POLÍTICA e, portanto, está FORA do escopo da laicidade do Estado.
Atenciosamente,
Daniela Anna Baschtig Pereira
Mestre em Ciência Política pela Universidade de São Paulo
Daniela, caso alguma atleta fosse atéia, ou sei lá o que, será que ela faria parte do grupo? Será que ela não seria discriminada? Pelo que podemos enxergar quanto mais um povo demonstra sua religiosidade em eventos mundiais menor é seu IDH, aliás acho que isso daria uma boa tese para doutorado, o que você acha?
Sei – o problema não o desdém pelo conhecimento, pela cultura e pela educação. O problema é a religião. Conta outra. Como ficam Japão, EUA e outros? Não produzem tecnologia? IDH é coisa de mané que gosta de se encostar no estado. Os admirados escandinavos são uns acomodados no estado. Tem vidão, mas pouco produzem.
Como sou parte da sociedade que vive com outras pessoas ( e de diferentes crenças e culturas) posso te garantir que se uma ateia não quiser rezar,orar,fazer oferenda,trabalho… ela será respeitada por mais que isso possa parecer estranho aos olhos de um povo extremamente religioso como o Brasil,se não me falhe a memória a maioria-quase 100%- da população brasileira crer em Deus.
Donizeti, o povo brasileiro é um dos povos mais tolerantes do planeta. Temos o câncer do complexo de vira-lata que nos dá essa falsa impressão de que o brasileiro é mal educado, grosseiro, intolerante. Mas o estadunidense se acha a “última bolacha do pacote”, o alemão é extremamente frio, o francês torce o nariz se você tentar falar inglês com ele e o inglês tem o nariz empinado.
O brasileiro é visto lá fora como um povo feliz, festivo, que te recebe com abraços mesmo tendo acabado de te conhecer, TOLERANTE e NÃO, o brasileiro NÃO é visto como “vagabundo”, mas sim como um povo EXTREMAMENTE TRABALHADOR E ESFORÇADO.
Não há relação satisfatória entre IDH e demonstração de religiosidade, caso contrário o pior IDH do mundo teria de ser obrigatoriamente de um país teocrático e o melhor IDH obrigatoriamente de algum país ateu – não, aqui não seria laico, seria ateu mesmo – e o Camboja do Khmer Vermelho não contava com um dos melhores IDHs do planeta, assim como a Noruega, que tem religião oficial, está sempre entre os 3 maiores IDHs, tendo chegado perto da nota máxima algumas vezes.
Há diferença entre “povo”, “nação” e “estado”, e creio que o André talvez desconheça esse fato, por isso decidiu pela linha argumentativa apresentada, na minha opinião ligeiramente equivocada em alguns tópicos, apesar de apresentar um tema relevante.
Mas não se pode acertar sempre, não é mesmo? 😉
Em tempo: sou agnóstica, estudei com cristãos (católicos, protestantes e espíritas), um muçulmano e ateus, além de outros agnósticos em minha roda de amizades. Nunca tivemos entreveros, e por diversas vezes frequentei as reuniões dos protestantes, que mantinham um grupo de estudos bíblicos na faculdade.
O grupo nunca sofreu represália de ninguém, apesar de se utilizar do espaço PÚBLICO e LAICO da Universidade de São Paulo.
Daniela, bom dia, concordo com você quanto ao “espirito” dos americanos e europeus, já tive algumas demonstrações. O brasileiro de uma maneira geral é um povo bastante receptivo com certeza, gostamos de receber bem o estrangeiro, de fazer festa, etc, quanto ao IDH foi de uma maneira generalizada, tudo bem que os EUA, apesar de terem um IDH alto, em algumas regiões é altamente intolerante com a religiosidade, talvez as regiões menos desenvolvidas de lá. Sou ateu, fui criado no catolicismo, perambulei pelo kardecismo, umbanda, etc.
Acho que fugiu da distinta mestra um conceito muito simples chamado contexto.
O evento foi realizado numa CERIMONIA OFICIAL reunindo todas as naçoes do mundo e seus líderes políticos. Ao lado da rodinha de oração, estava hasteado o símbolo oficial do Estado Brasileiro. Os passaportes das moças são especiais porque elas não estavam ali como turistas, mas como representantes e enviadas especiais. Há envolvimento do Ministerio dos Esportes e do Itamaraty. Elas representam o Estado Brasileiro naquele momento e local.
A liberdade de culto e de expressão estão garantidas, só é preciso respeitar a laicidade naquele momento único na sua vida em que você está personificando o país, em que você é enviado especial, tem passaporte especial, está do lado da bandeira hasteada em cerimonia solene.
Intolerancia religiosa é quando entram na sua casa e te proíbem de ter a bíblia ou o corão. Cerceamento de liberdade é quando te proibem de entrar em algum templo.
Exigir que se respeite a COLETIVIDADE *no momento exato em que você representa esta coletividade* não é intolerância e nem cerceamento de nada, é simplesmente o que se espera de pessoas e países civilizados, vide Canadá e Alemanha onde esse tipo de episódio simplesmente não acontece!
Mas sempre vai ter o senso comum pra falar o óbvio raso e apontar a liberdade de crença e bla bla bla, ignorando completamente que naquele caso existe um C O N T E X T O. Um contexto e tanto são os Jogos Olimpicos, a maior cerimonia realizada pela humanidade. Não é uma roda de samba…
Dentro do vestiário, elas estão livres para manifestar as suas crenças particulares, não importando se todas ou a maioria tem a mesma crença, porém dentro da quadra elas representam uma coletividade muito maior e são vistas por outra coletividade maior ainda.
Como o autor manifestou em seu texto não se mistura religião com política, esporte, ciência e educação.
“A liberdade de culto e de expressão estão garantidas, só é preciso respeitar a laicidade naquele momento único na sua vida em que você está personificando o país, em que você é enviado especial, tem passaporte especial, está do lado da bandeira hasteada em cerimonia solene.
(…)
Dentro do vestiário, elas estão livres para manifestar as suas crenças particulares, não importando se todas ou a maioria tem a mesma crença, porém dentro da quadra elas representam uma coletividade muito maior e são vistas por outra coletividade maior ainda.”
Voltando ao que escrevi:
“Quanto aos atletas que competem individualmente ou os selecionados como o de vôlei, estes NÃO constituem representação OFICIAL do ESTADO brasileiro. Mas sim de sua NAÇÃO e CULTURA. E um dos aspectos culturais do brasileiro é a plurirreligiosidade. O que INCLUI a manifestação do Pai-Nosso, que, aliás, é uma das mais sincréticas formas de se expressar religiosamente.
Portanto, se de um lado o Pai-Nosso representa apenas uma porção de brasileiros, a não-manifestação deste aspecto cultural representa IGUALMENTE APENAS UMA PORÇÃO de brasileiros.”
O Brasil não é um país de fé oficial. É laico. É NEUTRO. QUALQUER fé representada por QUALQUER meio FAZ PARTE da cultura brasileira e REPRESENTA o país. Assim como o seria caso não se manifestasse fé nenhuma.
Sua lógica, meu caro Douglas, é análoga à logica hipotética absurda de quem, numa democracia, vota no Partido A quando o partido B é eleito e, portanto passa a “não ser representado” pelo partido B, pelo simples fato de não o ter escolhido. Ou seja, torna-se um pária político por vontade própria sendo que o partido eleito, independentemente de orientação ideológica, ESTÁ ALI PARA REPRESENTAR A TOTALIDADE DO POVO.
Assim como está-se tentando criar párias sociais que estariam sendo supostamente excluídos da sociedade brasileira por não coadunarem com essa manifestação cultural. Como eu disse, tanto a representação quanto a falta de representação de QUAISQUER manifestações religiosas CONSTITUEM ASPECTO DA CULTURA PLURIRRELIGIOSA BRASILEIRA. Portanto não há diferença entre comemorar com “Beijo mãe”, “Obrigado Deus”, “Obrigado Iemanjá”, “Obrigado Alá”, “Obrigado Oxossi”, “Obrigado Buda”, “Obrigado Vishnu”, “Obrigado antepassados (xintoísmo)”, “Obrigado Krishna”, “Obrigado Bahá’u’lláh” etc.
Ninguém ali está impondo fé sobre brasileiro nenhum. Sou agnóstica, assisti o jogo ao vivo, a comemoração, a reza e – PASME – NÃO comecei a rezar o Pai-Nosso. Apesar desse “explícito constrangimento” não só aos brasileiros mas AO MUNDO de que deveria-se rezar um Pai Nosso. Ora, alguém pegou em microfone e começou a bradar o nome de algum deus?!
Atletas vão às Olimpíadas para desempenhar papéis INDIVIDUAIS. Suas medalhas são propriedades INDIVIDUAIS, não passam a ser propriedade do estado.
Sua conquista é a conquista da CULTURA brasileira e não do estado brasileiro.
Quem é representado ali é o povo brasileiro em TODA A SUA DIVERSIDADE. Incluindo aí o Pai-Nosso. Se o grupo se propõe a rezar o Pai-Nosso, em NADA fere a laicidade do Estado. Apenas EXPRESSA PARTE DA CULTURA BRASILEIRA. Haja vista que, num grupo de cerca de 30-40 pessoas entre atletas e comissão técnica, é matematicamente IMPOSSÍVEL que TODOS os credos e não-credos (que passam da casa dos MILHARES) estejam representados. Logo, pelo sim pelo não a expressão do Pai-Nosso nesse CONTEXTO reforça que o estado brasileiro é LAICO, pois uma manifestação religiosa NÃO FOI PROIBIDA.
O discurso nazi-fascistóide de cerceamento de liberdades individuais não passa pelo crivo de quem dedica ANOS de sua vida a estudar o assunto (enquanto outros chegam com opinião formada e formatada dentro de suas caixinhas).
Anauê, amigos! 😉
Atenciosamente,
Dani
Valeu Dani. Mas 50 anos de “contracultura” tornam impossível para alguns discernir uma argumentação lúcida de fanatismo religioso.
Luiz, não peguei a referência temporal (50 anos de “contracultura”), não entendi se está tecendo uma crítica ou elogio rs mas, por via das dúvidas, caso o “fanatismo religioso” tenha sido uma menção a mim, eu gostaria de reiterar que sou agnóstica. Cuidei de citar esse fato no meu comentário juntamente com as “credenciais” de estudiosa do tema justamente para demonstrar que não estou aqui defendendo religião ou coisa que o valha e dar algum respaldo à minha argumentação.
Caso eu tenha interpretado mal seu comentário, por favor desconsidere esta tréplica. 😉
Daniela,
Graças a Deus vc é agnóstica [ironic mode], pois se fosse católica, como eu, ao apresentar sua fé, sua cosmovisão, e mencionar discurso nazi-fascistóide de cerceamento de liberdades, já lhe tachariam fundamentalista, intolerante, medieval e blá, blá, blá… Anauê, amiga! 🙂
E daí se você é católico? Acho repugnante e uma prova de fraqueza esses sujeitos que batem no peito e afirmam serem católicos, como se isso fosse prova de superioridade. Não se esqueça: Hitler era católico!
Hahahah a experiência de vida nesse tipo de discussão conta nessas horas rs. Por isso o meu gesto de explicitar meu agnosticismo e formação acadêmica 😉
Fico sinceramente triste de ver religiosos e não-religiosos numa discussão dessas quando, se fôssemos filtrar os mais de 700 comentários, talvez menos de 50% tenham demonstrado compreender totalmente o texto e menos de 10% têm algum argumento sobre o qual eles realmente pararam para refletir, ponderar, “ligar os pontos”, criar um diálogo coerente. Infelizmente o que mais vejo aqui (parei para ler todos os comentários) são opiniões prontas de ambos os lados, como se fossem “pílulas de opinião”, sem o menor fundamento lógico seja do lado daqueles que estão a favor ou dos que estão contra a opinião expressa no texto.
Tentei “provocar” o André ao debate com o “discurso nazi-fascista” e o “anauê” mas acho que ele já deve estar cansado dos mais de 700 comentários…É compreensível. Então passei a ler os comentários de todos para ver se alguém se daria ao trabalho de entrar no debate.
Felizmente ALGUNS de ambos os lados compreenderam bem o tema e trouxeram algumas opiniões interessantes, tanto contra quanto a favor da opinião do autor. Pena terem sido tão poucos, talvez contáveis com as duas mãos.
Um resquício de esperança…
Paulo,
Eis o catolicismo de Hitler:
Main Kampf (p. 13): O golpe mais pesado que já atingiu a humanidade foi a vinda do cristianismo, o bolchevismo é filho legítimo do cristianismo. Ambos são invenções dos judeus.
Main Kampf (p. 150): Mas o cristianismo é invenção de cérebros doentes, ninguém poderá imaginar nada mais sem sentido, ou qualquer forma mais indecente de transformar a ideia de divindade em um escárnio.
Main Kampf (p. 294) Não se pode ter sucesso ao conceber quanta crueldade, ignomínia e falsidade a intrusão do Cristianismo tem escrito para este nosso mundo.
Assim pensava e escreveu o guru do nazismo. Vai dormir com seu espantalho, também conhecido como “cristianismo” positivo.
André, só me diga duas coisas: você sen sente desrespeitado quando um jogador da Seleção faz um sinal-da-cruz antes de bater um pênalti? Já que o raciocínio é que o Estado é laico – e não o país, como você disse (grande bobagem) – portanto não se deve expressar a religiosidade, então você é contra que se mostre o principal cartão postal do Rio de Janeiro – o Cristo Redentor – nas propagandas das Olimpíadas? Faça-me o favor. Só pra constar: mórmons e umbandistas também rezam o Pai Nosso, viu?
Pense em um artigo ignorante, preconceituoso e intolerante! Como é que uma pessoa pode viver em um país democrático e não respeitar as liberdades? Se não queres conviver com outras pessoas, muda-se para uma ilha, vai morar em Cuba, lá é um bom lugar para gente como você que não sabe respeitar as pessoas. Zé mané!
É sempre assim: todo religioso quer ver transformado em procissão religiosa todos os eventos públicos representativos, seja no esporte ou na política. E sempre que encontram uma legítima oposição vêm com o velho clichê teocrático vitimista “Que intolerância! Estado Laico não é Estado Ateu”! Ah, me poupem! Esses religiosos detestam o Estado Laico e anseiam pelo Estado Teocrático e fazem essa tosca acusação infundada. Deveriam tentar entender o que é Estado Laico antes de vir com esse papo furado.
Sequer conseguem distinguir um ato representativo coletivo de um direito individual. Parece que a Idade Média não é apenas um período histórico. É também um estado de espírito.
Parabéns pelo artigo, sr. André Barcinski.
O Estado não joga vôlei. Quem joga são pessoas de carne e osso, as quais, numa democracia, tem a liberdade de expressar publicamente a sua fé, qualquer que ela seja, inclusive vestindo a camisa da seleção de seu país, o qual, justamente por ser laico e democrático, deve respeitar essa liberdade de crença.
Isso o ofente? Quem disse que é fácil viver numa democracia?
Esse autor está maluco! Se elas rezaram é porque acreditam na oração, independente de religião. O pai nosso é Cristão, ou seja, faz parte da maioria das religiões no Brasil. E acredito que alí não tenha nenhuma macumbeira! kkkk
Macumbeiro também reza o pai nosso, zifio!!!!
Realmente, “liberdade religiosa” é exatamente poder manifestar sua fé ou fé nenhuma, sem constrangimento onde quer que seja, uma camisa laica não impede que quem a veste seja religioso ou não, intolerante é esse artigo, temos visto com frequência isso em relação a fé Cristã, pena a crítica de um jornalismo ser tão pobre de informação.
esse post com seus comentários só prova o quanto estamos rodeados de misticismo e distantes do bom senso.
Guie-nos, rei do bom senso!
Ora, muitos só defendem o ato de agradecer a Deus porque estamos no Brasil, um país de mastodôntica herança cristã. Nenhuma delas seria ingênua de “sair do armário” durante uma oração transmitida ao vivo para o mundo, neste caso o Pai-Nosso é um mal menor. Se as 12 meninas do vôlei fossem muçulmanas ou umbandistas e se arriscassem a expressar sua fé coletiva e publicamente, ia ter arcebispo protestando ao vivo no Jornal Nacional.
Exato, Eduardo. Nem a Dilma tem coragem de assumir-se atéia, imagine um altleta. É fato que não-cristãos sofrem preconceito, mas para os ateus em especial, trata-se de um tabu.
Nada a ver, Eduardo, essa é a beleza da vida: o Respeito. Coisa que vc e a Bia não tem.
eu só acho que ninguém foi obrigado à rezar o pai nosso, não sei aonde o autor do texto viu isso….
Pensando melhor, o grande erro neste artigo e em outros da mesma categoria é o mesmo que da mania do politicamente correto: crer que é possível viver sem ter os calos pisados ou sem pisar nos calos dos outros. Que é possível viver sem se incomodar ou incomodar os outros.
É para isso que existe a tolerância: para aprender a viver com essas diferenças sem matar ou morrer, sem brigar e andar às turras com todos.
Eu sou da Era de Aquarios, do viva e deixe viver, do faça amor, não faça a guerra. Acreditávamos que o mundo seria melhor…
Quanto engano…
Não é atoa que pra ser jornalista não precisa mais ter diploma! Qualquer um escreve qualquer besteira. Aposto que ninguém sensato e responsável leu esse artigo antes de publicar. lamentável a falta de preparo, instrução, discernimento, berço, podia ficar dias listando tamanha a pobreza e mediocridade desse texto.
Quanta bobagem!
Confunde laicismo com secularismo radical. Quem é o real intolerante?
Ultimamente estão querendo criminalizar as pessoas de serem, cristãos, as leis para “proteger” e dar os mesmos direitos para os homossexuais também seguem o mesmo rumo. criminalizam o heterosexual. Tambem restringem o uso de cigarro em lugares públicos e depois fazem passeata da maconha. Quem teve essas ideias foi tao infeliz quanto quem redigiu esse texto. Lamentável. e como graduação de jornalismo não mais é pré-requisito para ser um bom jornalista e escrever noticia, despejam esse tipo de matéria na internet. Eu duvido que uma pessoa sensata leu e opinou sobre esse texto antes de ser publicado.
Mas o que tem de ELOCUBRADO aqui que deveria voltar pra escola e fazer aula de interpretação de texto… Muitos já escreveram aí e vamos reforçar: Estado Laico não é Estado Ateu. Simplesmente um apontamento aqui: se elas fizessem uma oração que não fosse cristã, aposto que muitos IGNORANTES aqui chamariam elas de diabólicas!… E pra FINALIZAR, ANTES de qualquer insulto, sou estudante de veia gnóstica e cristã … Desculpa o desabafo!
Barcinski, o intolerante. kkkkkkkkk, famoso tiro pela culatra. Mas como esse é um país livre, laico, etc, etc, você tem todo direito de escrever o que quiser. Esse não é um país de intolerantes. Se vc escrevesse contra a religião oficial, na China, no Irã, etc., hoje mesmo você estaria no pau de arara.
Exatamente Vasni …Ele se aproveita da laicidade e da tolerância para escrever asneiras do jeito que quer! Sugiro um trabalho de campo para ele, baseado no que você escreveu : passar uns tempos no Irã pregando a laicidade, a tolerância e a liberdade de escrever o que lhe der na telha. Preocupação? Eu tenho muitas! 50% de quem lê essa asneira toda não questiona e acha que o cara é o máximo!
Na verdade quem está sendo intolerante é você! Se uma pessoa se recussasse a participar de tal roda tenho certeza de que seria criticada pelos carolas de plantão e seria posta de lado. Seu falso discurso cristão é implicitamente cheio de ódio!
É mesmo Roger, não vi nada de ódio, foi apenas um critica que vc não sabe respeitar ou quer que eu desenhe?