O futebol-arte morreu; viva o futebol-chororô!
05/09/12 08:58
Hoje começa mais uma rodada do Brasileirão.
Nesse campeonato tão equilibrado, ninguém pode prever os resultados dos jogos.
Mas há coisas que podemos prever sem medo de errar.
– Metade do tempo dos debates esportivos será dedicado a discutir se determinado juiz errou contra certo time.
– Alguns técnicos e jogadores darão entrevistas revoltadas, denunciando um esquema para derrubar seus times.
– Cartolas e dirigentes de fora do “eixo Rio-São Paulo” (aliás, quem criou essa expressão abominável?) dirão que a CBF está favorecendo os times do “eixo”.
– Cartolas e dirigentes do “eixo Rio-São Paulo” dirão que a CBF está tramando para dar o título a um time de fora do “eixo”.
– Jornalistas relembrarão os 768 erros de arbitragem do campeonato e atualizarão o ranking dos times mais roubados e mais favorecidos.
– As mídias sociais vão ferver com conspirações, tramóias, boatos e segredos sobre esquemas de favorecimentos: “Tenho um amigo que conhece fulano na CBF, que me contou…”.
Faz tempo que o Brasil deixou de ser o país do futebol-arte. A nova onda é o futebol-chororô.
E como surgiu esse estilo lacrimejante de disputar o esporte bretão? Por que nossos craques passam mais tempo se jogando no gramado para cavar faltas do que treinando para melhorar seus fundamentos?
Discussões sobre erros de árbitros sempre fizeram parte do futebol, mas nunca com a freqüência e importância que têm hoje no Brasil.
Acho que essa onda começou para valer depois do Brasileirão de 2005, quando foi descoberto o esquema de corrupção na arbitragem, envolvendo o juiz Edilson Pereira de Carvalho.
Depois daquele episódio, virou moda creditar a derrota ao juiz.
O assunto ficou tão popular que as emissoras passaram a investir cada vez mais em comentaristas de arbitragem, “tira-teimas” e outros artifícios para julgar a qualidade do árbitro.
Mas a coisa chegou a tal ponto que o futebol ficou em segundo plano. Técnicos e jogadores raramente fazem um mea culpa quando perdem. A culpa é sempre do árbitro.
E nossos jogadores, que já nasceram na era eletrônica, cercados de câmeras de TV por todos os lados, viraram especialistas em fazer gestos histriônicos e teatrais, para colocar pressão em cima do juiz.
Antigamente, jogadores falavam com o árbitro. Hoje, fazem mímica: vinte e dois Marcel Marceaus num campo de futebol.
A arbitragem do Brasileirão é ruim? É péssima. Mas é péssima para todos os lados. Não há um time que tenha sido só prejudicado ou só favorecido.
E como fazer para acabar com isso? Eu faço minha parte: quando começa o chororô na TV, mudo logo de canal.
Caro Barcinski,
numa época onde sexualidade é tratada pelo termo “performance” e é medida pelo NÚMERO de vezes, não é de se admirar todo esse trololó sobre erros de arbitragem. Tudo tem que ser exato. Tudo tem que ser medido. Tudo tem que ser profissional. Não pode haver dúvidas. Não pode haver erros. Não pode nada. Que chatice, hein…
Para falar a verdade: tudo que eu queria era a volta do “juiz ladrão”, aquele que no par ou ímpar diz “deu ímpar, a saída é nossa”. Em suma, em vez do profissionalismo de jogadores que chamam o técnico de “professor”, eu queria era Serginho Chulapa dizendo “gol eu não sei se faço, mas uma briguinha eu arranjo…”…
Off Topic: André o Cocolino ganhou vida própria, montou um estudio, abriu uma conta no Soundcloud e lança sua musica (download gratis se quiser) aqui:
http://soundcloud.com/cocolinoofficial/cocolino-kcuf-original-mix
Preciso ouvir isso!
Sou são-paulino. Acabou há 20 minutos São Paulo 1 x 1 Inter. Estou ouvindo no rádio até agora. Desde que acabou o jogo não falam em outra coisa a não ser sobre o suposto erro do juiz aos 48 do segundo tempo, quando teria acontecido um pênalti para o Internacional. Os jogadores, dos dois lados, nas “entrevistas” pós jogo, não falam em outra coisa a não ser sobre os erros do juiz. Ninguém olha para o próprio umbigo para entender por que ganhou um ou perdeu dois pontos, muito menos o Inter, que jogou pior e foi muito pressionado o jogo todo. Futebol está mesmo ficando muito chato.
Eu estava vendo o fim do jogo e desliguei assim que vi o Fernandão reclamando.
O inter só foi perigoso ate o gol que foi bem no começo do jogo.Depois disso não ofereceu perigo nenhum a defesa do SP.E o juiz que é o culpado.Hoje no globo esporte passou uma jogada na area do inter em cima do Maicon que foi a mesma coisa que a jogada do suposto penalti pro Inter.
André, sobre sua empreitada contra a meia entrada, aqui tem uma sátira muito boa, veja em 06:10! Lembrei na hora de você!
http://www.youtube.com/watch?v=_YNbmchh5Xk&feature=plcp
mesas redondas com bestas quadradas, só masoquista pra aguentar uma merda dessas… prefiro assistir “a fazenda” do que assistir um programa desses.
outra coisa: vamos ver se perdendo a copa dentro de casa, muda alguma coisa no cenário futebolístico brasileiro.
É que vc nunca assistiu Mesa Oval,Futebol e quebra pau…diversão garantida.
Falou em Brasileirão de 2005 o outro árbitro obrigatório a se falar chama-se Márcio Resende de Freitas, que completou o estrago causado pelo Edilson com aquela arbitragem desastrosa no Corinthians x Internacional, quando não só inverteu a falta que fizeram no Tinga (Inter) como expulsou o próprio Tinga, repetindo assim a mesma arbitragem desastrosa na finalíssima do Brasileiro de 1995, quando validou dois gols ilegais (um do Santos, um do Botafogo) e invalidou o gol legal do Camanducaia (Santos). Claro que ele não fez de propósito, mas que isso meio que estragou esses campeonatos, ah isso estragou.
Olha aí Barça, mais um exemplar clássico do xororô…
Acho que é mais falta do que dizer do que qualquer outra coisa. O futebol anda sofrível e a alternativa virou falar da arbitragem. Tem muita coisa ruim no futebol atual, não dá nem para listar.
O futebol brasileiro vive uma das maiores crises de sua história, poucos talentos, nenhum grande craque e justo agora que a copa vai ser no brasil!
Os bons tempos se foram! Agora é a época dos p layboys como Neymar, o cai-cai, showman adorado pela mídia e pelas meninas. Com esse timeco vão passar vergonha!
Hoje em dia não se fala mais de futebol e sim das pessoas que jogam futebol. Se alguém que esteve a vida inteira em marte ligasse a TV hoje, acharia que o Neymar é maior que o Santos, o Ronaldinho Gaúcho maior que o Atlético-MG e o Lucas maior que o São Paulo. É a padrão “Revista Caras” de dar notícia que está disseminado a todos, vide portal UOL.
E mais uma vez, a merda da seleção brasileira vai atrapalhar o Brasileirão, tem cabimento os times serem desfalcados para amistosos ridículos contra África do Sul e China?
Não mesmo.
Bom, eu já acompanho futebol de perto há mais de 30 anos e pelo que me consta sempre foi exatamente assim.
Só o que mudou de uns anos para cá foram a quantidade de cameras transmitindo jogos (o que torna cada lance, mesmo banal, uma discussão interminável dos comentaristas) e a interação do torcedor via internê, o que também causa uma xaropada insuportável de opiniões depois dos jogos nos blogs, facekuts e tuittis da vida…
Cara, eu acompanho futebol há 30 e tantos também, cobri Esportes uma época, e nunca me lembro do assunto ser tão disseminado.
O que torcedor do Fluminense Nelson Gonçalves diria se visse tudo isso?
Pra mim a pior coisa do futebol são as mesas de debate pós jogo! Meu, é futebol, não é filme de Truffaut ou Scorsese pra ser debatido durante horas, não. Acabou, acabou. Ou ganha, ou perde, ou empata. Nunca vai sair disso 🙂 Todo resto é colóquio flácido para acalentar bovinos….
O crítico bom morreu. Viva o crítico medíocre!
Concordo em quase tudo menos na parte de 2005… as desonestidades vem desde muito antes… várias viradas de mesa do Flu, do Vasco, Ponte x Corinthians (Paulistão das Antigas), papagaiada dos estádios… e assim vai.. a desonestidade ta no sangue do “jeitinho brasileiro”.
Um jogo q não muda as regras pra melhorar as falhas, favorece os times simplesmente por conta da torcida ser maior e mais “lucrativa” (como cotas de TV e transmissões), e ainda contam com uma imprensa burra e falha, e a entidade máxima é privada e corrupta, não da pra se esperar algo.
Vejo a NBA, NFL, NHL, MBL, NCAA campeonatos de outros esportes e vejo q temos muito o q melhorar. Mas o mais importante é… eles querem fazer isso? Não.
E chororô sempre existiu, mas hj em dia a gente já enxeu…
Vejo o caso de meu pai q não torce pra nenhum time, ele se diverte vendo futebol, pq ele gosta de assistir principalmente os grande campeonatos da Serie B, C e B1 do Paulista de Futebol… é futebol bruto, mas inocente…
Leia o que escrevi. Eu SEI que juízes não começaram a roubar em 2005. Isso está escrito no texto.
“Várias viradas de mesa do Flu”.
Em 1996, esquema Ives Mendes. Alguém lembra?
Em 2000, caso Sandro Hiroshi. Alguém lembra?
O Flu foi beneficiado, sem dúvida (e não se esqueçam, com anuência do Clube dos 13), mas não foi quem provocou essas duas marmeladas.
André, outra coisa que me irrita profundamente no futebol brasileiro é o ‘cai-cai’. Essa coisa de querer ludibriar toda hora passa a ser falta de caráter. Tem jogador que anda merecendo um Oscar, outros merecem já o Framboesa de Ouro. Mas em relação a arbitragem, o pessoal é fraco mesmo e não adianta reclamar. Tem que fazer aquilo que o Dadá Maravilha gostava de dizer: “Com Dadá é assim, o juiz anulou um gol meu, eu vou lá e faço dois”.
bela escolha da foto pro tema… hilário
Nesse cenário aí tem destaque a figura nefasta do Milton Neves. Que eu me lembre, foi ele o primeiro apresentador histérico com arbitragem, repetindo a mesma cena ad eternum pra provar que um time foi beneficiado ou prejudicado. Um mala, pé no saco.
Como atleticano, é bem difícil discutir a qualidade da arbitragem no futebol brasileiro.
Para nós, torcedores do Galo, infelizmente os erros de arbitragem acabaram tornando desculpa para nossos fracassos, uma cortina de fumaça usada para esconder a incompetência dos dirigentes que passaram pelo clube nos últimos 25 anos. Penso que choramos demais, com ou sem
razão e acabamos nos esquecendo do jogo em si.
Contudo, da mesma maneira que a ladroagem do Edilson
em 2005, sabemos bem a origem do nosso choro: a fatídica semifinal da libertadores contra o Flamengo no Serra Sourada, quando o José Roberto Wright operou de forma escandalosa o time do Galo. Os dois times eram
incríveis e a arbitragem roubou a cena de craques como
Reinaldo, Cerezo, Éder, Zico, Junior, Nunes, entre tantos outros.
Até hojeéi Clube Atletico Mineiro é assombrado por aquele jogo e pelo fato de que aquele time estelar nunca levantou uma taça de relevo.
Daria até filme.
OFF-TOPIC:
Hei Barça, como anda a campanha eleitoral em Paraty?
Muitas bizarrices e afins, algo que valha um post?
😀
Bastante. Tem um chamado Tekinho Legal.
Como diria o personagem do Zé Wilker:
“Felomenal!”
Barça
Aquela historia do Edilson Pereira de Carvalho foi umas das maiores palhaçadas do futebol mundial. Lembro que teve dirigente revoltado, torcida exaltada. Um jogador do Santos(acho que o Giovane) no jogo remarcado simplesmente deu piti e chutou a bola pra torcida. Faltou pouco pra arquibancada da Vila Belmiro nao virar um coliseu romano.
Realmente era uma situação complicada. O Edilson confessou que recebeu dinheiro para manipular jogos. Remarcar os jogos era ruim, mas fingir que nada aconteceu e assumir os possiveis resultados manipulados dos jogos dele era algo pior. Talvez o campeonato deveria ter sido reiniciado do zero.
Mas o pior de tudo é que o Edilson Pereira de Carvalho foi solto e o caso arquivado. Ninguem foi preso. Nesta hora não vi nenhum prejudicado ( dirigente / jogador / torcedor ) se manifestar contra a impunidade. Somos um país de pessoas imediatistas e egoistas
Verdade. E criou essa onda toda do chororô que vemos hoje.
Esse “chororô”, se não desde sempre, existe, ao menos, há muito tempo, nada tem a ver com o episódio Edílson Pereira de Carvalho. Só para falar de treinadores, os maiores “choradores” de todos, Telê Santana, Luxemburgo e Luís Felipe, de há muitos anos sempre desceram o pau na arbitragem de maneira sistemática. Os dois últimos, inclusive, com a clara intenção de, como se diz no jornalismo esportivo, desviar o foco. De lá pra cá, nada mudou muito a esse respeito.
Não é verdade. Chororô sempre existiu, mas nunca institucionalizado, como agora.
Bom, definir com precisão o que é “chororô institucionalizado” é que são elas. Fato é que não vejo o episódio Edílson como um divisor de águas de nada.
Foi a primeira vez no Brasil que jogos foram repetidos por causa de roubo na arbitragem, claro que foi um marco.
O chororô pode nunca ter sido tão grande quanto é hoje, mas também não vejo relação com o episódio de 2005.
Havia tantos comentaristas de arbitragem quanto os que surgiram depois do episódio da Máfia do Apito?
É muito fácil você culpar os outros do que assumir seus próprios problemas e defeitos. O futebol brasileiro segue essa cartilha direitinho. Tem até site que mostra a pontuação do Campeonato Brasileiro sem o que eles consideram erros de arbitragem., algo rídiculo.
Vejo mais um motivo para a maior repercussão do erro de arbitragem na úlltima década: o campeonato por pontos corridos. Percebeu-se que o gol mal anulado que custou a vitória naquele jogo morno da sexta rodada pode te tirar o título ou te rebaixar no final. Antes todo mundo meio que deixava passar porque o campeonato só começava realmente na fase de mata-mata. Ou seja, os erros com grande repercussão aconteciam só no último mês da competição. Tem vários chororôs históricos nessa fase, o maior deles o do Santos na final de 95. Outra evidência disso é que essa obsessão com arbitragem só ocorre na época do Brasileiro. Nos estaduais, ainda hj ninguém dá muita bola se foi prejudicado na fase de classificação, mesmo em um clássico, porque sabe que os campeonatos são decididos mesmo nos 3 ou 4 jogos finais.
Aí, acho justamente o contrário: erros de arbitragem são muito mais relevantes em torneios de mata-mata. Ninguém perde um campeonato de 38 rodadas por causa de erro do juiz.
Eu acho que perde, sim. Até porque o Brasileiro é o campeonato mais equilibrado do mundo. Desde 2003 vários títulos foram decididos por uma margem mínima de pontos.
E eu não falei que um erro de arbitragem em mata-mata é menos relevante, mas sim que o número de jogos com possibilidade de erros de grande repercussão era muito menor e limitado a um curto período. Aí não tinha essa encheção de saco sobre arbitragem toda semana durante oito meses.
Entrevistas de técnicos após os jogos:
Se o time dele for prejudicado: Raiva, palavrões, choro, discursos inflamados, soquinho na mesa (Cuca), desespero, revolta.
Se o time dele for beneficiado: “Prefiro não falar sobre arbitragem.
A arbitragem é ruim para todos os lados. Mas as consequências da má qualidade são diferentes para a depender do time afetado. Vc mesmo já disse isso aqui. Então se entende que essa percepção negativa e falta da confiança na arbitragem virou “moda” depois de 2005, também não pode negar que pouco (ou nada) tem sido feito para reverter esse quadro.
A única solução seria a melhoria da qualidade da arbitragem, e punições mais severas para quem simula faltas ou põe pressão no juiz. E os técnicos têm de dar o exemplo.
Boa, André. Cansei de ler o Telê Santana escrevendo EXATAMENTE isso em suas colunas para a Folha.
A solução é profissionalizar a arbitragem.Imagina um gerente de banco batendo cartão e sair correndo pra apitar um jogo…….
Dando uma ampliada no assunto, acho que além da arbitragem e choradeira, o próprio futebol, o jogo, se tornou um esporte muito aborrecido, truncado, sem fluência, cheio de toquinhos estéreis, faltas (simuladas ou verdadeiras) e poucas emoções. Perto do futebol, as provas de natação e jogos de basquete e vôlei que vi nas olimpíadas pareciam um passeio de montanha russa.
A verdade é que, dos esportes mais populares no Brasil, o futebol deve ser o de menor emoção. Comparar com o vôlei ou basquete é covardia.
André, vc esqueceu ou preferiu nem comentar sobre aquelas comemorações ridículas sugeridas e incentivadas por uma emissora de televisão onde o fulano imita até um ornitorrinco manco se aparecer no intervalo do programa de domingo a noite. Por que não largar o futebol e tentar uma vaguinha no teatro?
Abraço
Já fiz um post sobre isso, por isso não incluí.
Realmente é complicado, por exemplo sou Corinthiano e o que mais escuto é que meu time é favorecido e tal, mas o negócio é que t russo pra tudo quanto é lado.
Domingo passado fui ao Pacaembu ver o jogo contra o Atlético, estava ouvindo o rádio e agora os caras entrevistam não só os técnicos e jogadores, como também o arbitro da partida para saber o que ele esperava da partida e a opinião sobre os seguidos erros ´da arbitragem em geral. Sem contar que muito desta polêmica ocorre por conta dos meios de comunicação, que adoram uma polêmica e fica quase um programa inteiro revendo o lance que gerou alguma discussão.
Que beleza!!!
Barça, acho q a situação piorou após o uso do tira-teima para QUALQUER jogada. Extremamente abusivo e q implica no entendimento do futebol como “ciência exata”. Um saco.
Se o juiz não marcar um impedimento por 1 cm já é ladrão. Quer dizer, não é aceita um mínimo de margem de erro por parte do bandeirinha, q não é um robô.
Como diria Nelson Rodrigues, são os idiotas da objetividade tornando o futebol um esporte chato pacas.
Concordo, é o tipo de artifício que mais prejudica que ajuda.
Acho que deveria ser suspenso por 1 partida o jogador e tecnico que reclamasse e/ou xingasse por causa de um lance de impedimento que depois fosse provado que o juiz estava certo.
É muito facil fazer chororô e pressão impondo dua opinião sabendo que mesmo estando certo, não vai dar em nada.
Tem também a praga do “pedir cartão”. Acho que todo jogador que pede cartão deveria receber um.
O Juiz, o famoso fdp, contra o holofotado e endeusado jogador de futebol, acaba sendo uma peça frágil. Mas isso não justifica os maus árbitros de hoje, ele tem é que se impor.
Disseram-me que no rugby se o jogador vier discutir com o juiz, é expulso na hora.
Bacana é ver a resposta da atleta brasileira sobre o desempenho nas Olimpíadas: “Uma merda!”. Pronto, fechou, sem desculpa esfarrapada.
André, seria coincidência essa febre pela arbitragem coincidir justamente com a queda livre da qualidade técnica dos times e da ex-seleção brasileira????
Acho que não. Porque pouca gente fala de como os jogadores são ruins. Tem cara que passa 80% do jogo se escondendo da bola e, quando a recebe, se joga no chão e simula falta.
Cara, toda vez que páro e penso um pouco mais sobre os esquemas de corrupção, o envolvimento político atualmente no futebol, esses chororôs, a televisão ditando regras, sempre dá vontade de parar de assistir, de nunca mais nem ver nada sobre futebol… Mas me pego torcendo de novo, engano a mim mesmo para poder torcer… se não fizer esse exercício, tenho que abandonar de vez… e às vezes, em algum jogo, em algum campeonato, há um momento incrível, uma jogada, algo… que me faz lembrar porque me esforço para esquecer tudo isso.