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André Barcinski

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Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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O “Taxi Driver” está entre nós

Por Andre Barcinski
18/09/12 07:05

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Se você gosta de cinema e está em São Paulo, já tem programa para a semana toda: o MIS começa hoje uma retrospectiva do diretor e roteirista Paul Schrader. E melhor: com a presença do próprio.

Às 21h, Schrader fará uma palestra sobre sua carreira, com participação do crítico de cinema da Folha, Inacio Araújo, e do cineasta Philippe Barcinski (antes que perguntem, meu primo). E na sexta, às 15h, dará uma Aula Magna. A programação completa está aqui.

Paul Schrader, 66, é um dos nomes mais importantes da grande geração de cineastas que surgiu nos Estados Unidos nos anos 70. Escreveu obras-primas como “Taxi Driver” (1976) e “Touro Indomável” (1980), de Martin Scorsese, e dirigiu filmaços como “Blue Collar” (1978), “Marca da Pantera” (1982) e “Mishima” (1985).

Fanático pela Nouvella Vague, por cinema japonês (especialmente Ozu) e pelo cineasta francês Robert Bresson, Schrader é famoso por seu conhecimento enciclopédico de cinema e pelo tom sombrio de seus filmes e roteiros.

Quem leu “Como a Geração Sexo, Drogas e Rock’n’Roll Salvou Hollywood, de Peter Biskind, não esquece a descrição aterrorizante da infância de Paul e do irmão, Leonard, criados numa família de fanáticos religiosos, onde o pai regularmente os chicoteava e onde tudo era proibido.

Paul viu seu primeiro filme aos 17 anos e descobriu no cinema uma válvula de escape para as frustrações de sua vida. Caiu nas drogas, morou dentro de um carro e ganhava a vida escrevendo críticas de filmes em jornais alternativos. Até que estourou com “Taxi Driver”.

A retrospectiva do MIS é uma boa chance de conhecer mais sobre a obra de Schrader, mesmo faltando filmes como “Mishima”, “Aflliction” e “Hardcore”. E a chance de vê-lo de perto, falando sobre seus filmes e roteiros, é imperdível.

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Comentários

  1. Daniel comentou em 21/09/12 at 16:07

    Barcinski, “Como a geração…” foi um dos melhores livros de cinema que já li. E tem um doc baseado no livro, mas li que é tão fraco que nem quis ver. Vc já viu/conhece? BTW, moro em NY e conheci um amigo seu, Larry Rohter do NY Times. Ele escreveu sobre o artista plástico Bel Borba e o doc que vai sair dele, que editei ano passado. Gente fina.

    • Andre Barcinski comentou em 22/09/12 at 0:39

      O doc é fraquíssimo, foi feito pra TV e é superficial pacas. Fique com o livro.

  2. João Gilberto Monteiro comentou em 18/09/12 at 18:37

    André, na “enciclopédia” do Biskind, o autor tb disse o Schrader escreveu o roteiro do Touro Indomável praticamente de favor, de tanto que o De Niro encheu o saco dele, pois o Paul já era diretor, que era o que ele queria fazer, e não estava mais a fim de voltar a escrever roteiros, e a primeira versão, feito por um outro roteirista, tinha ficado muito ruim…

  3. Pdr Rms comentou em 18/09/12 at 17:31

    Dos diretores da geração 70, o Schrader é o cuja obra mais me intriga, pois a maioria dos filmes não são tão conhecidos ou facilmente encontráveis como o dos seus contemporâneos.

    A mostra no MIS até que é razoável, pois só apresenta alguns dos filmes mais manjados do Schrader, mas a sua presença no evento e a possibilidade de questioná-lo pessoalmente é algo imperdível.

  4. Max Demain comentou em 18/09/12 at 14:34

    Mais o livro também trata que o Paul era muito explorador de pessoas, principalmente do irmão dele. Que segundo o livro ” Como a geração…” Era o irmão dele que tinha as maiores ideias e que escrevia o roteiro em si.

    • Andre Barcinski comentou em 18/09/12 at 14:46

      Ninguém era bonzinho ali, com certeza…

      • Marcel de Souza comentou em 18/09/12 at 14:55

        Nem o Lucas e o Spielberg? O Spielberg principalmente foi retratado meio como um peixe fora d’água no meio da turma.

        • Andre Barcinski comentou em 18/09/12 at 14:55

          É, mas casou com a louca da Amy Irving…

          • Homero comentou em 18/09/12 at 16:52

            Coitada..Gosto dela.

          • Andre Barcinski comentou em 18/09/12 at 23:33

            Eu também. Baita atriz.

          • Glauco comentou em 18/09/12 at 17:07

            Amy Irving era doidona? Conta mais…

          • Andre Barcinski comentou em 18/09/12 at 23:33

            Parece que o Spielberg deu graças ao céu quando se separou dela. Acho que o Biskind conta isso, se me lembro bem…

          • José Sales comentou em 23/09/12 at 13:31

            Na verdade, no livro o Biskind deixa claro que os amigos não gostavam dela, pq ela humilhava o Spielberg. E tem a questão do dinheiro tb. rs.

  5. Marcel de Souza comentou em 18/09/12 at 14:15

    Imperdível! Há algum tempo atrás do Schrader e o Brett Easton Ellis fizeram um kickstarter pra financiar o próximo filme deles (escrito pelo BEE, dirigido pelo Shrader). O Shrader estava vendendo um roteiro original do Taxi Driver assinado por ele e pelo De Niro e um “money clip” que o De Niro usou na época das filmagens, também assinado pelo próprio pra quem doasse 10 mil dólares pro projeto. Queria muito ver a palestra dele!

  6. tabax comentou em 18/09/12 at 13:24

    adoro Barcinsky, mais ainda Schradder, MIS é uma casa excepcional, mais ainda na batuta do Sturm, mas… chegar 3h antes e ficar numa fila imensa pra disputar no tapa um dos 140 lugares, onde muitos terão acesso VIP, me dá desgosto. Já passei dessa fase. Espero que alguém grave e poste no youtube.

    • Andre Barcinski comentou em 18/09/12 at 14:47

      Sim, vai ser um perrengue, com certeza.

  7. outro Edson comentou em 18/09/12 at 13:08

    Em uma antiga entrevista à Rolling Stone, Scorcese afirmou que não considera Taxi Driver um filme seu e sim do Paul Schrader. E que, inclusive, o roteirista acha que recebeu menos crédito do que devia pelo filme.

    Poxa, é o meu Scorcese favorito…

    • outro Edson comentou em 18/09/12 at 13:09

      Scorsese, Edson analfa…

  8. Carlos comentou em 18/09/12 at 12:33

    Outro dia assisti o ótimo Rampart por indicação sua e lembrei bastante do Taxi Driver. Vc também acha que os dois filmes – em especial, os dois personagens – têm semelhanças?

    • Andre Barcinski comentou em 18/09/12 at 12:45

      Acho que sim, na desesperança, são personagens extremos e que claramente se sentem “perseguidos pelo sistema”.

  9. Jair Fonseca comentou em 18/09/12 at 11:54

    Schrader, além de cineasta é um cinéfilo refinado e um pensador do cinema: seu livro sobre o transcendental em Ozu, Bresson e Dreyer é ótimo.
    Dos seus filmes, até “Gigolô americano” é legal, mesmo pela estranheza e insatisfação em que deixa o espectador.

  10. Luis monet comentou em 18/09/12 at 11:22

    Po barça, q programaço! Conheci blue collar pouco tempo atras no telecine cult e digo com toda certeza q é um dos melhores filmes q assisti nos ultimos tempos. E depois q li ” como a geração sexo…” fiquei interessado em outros trabalhos do cara. Se morasse na capital com certeza nao perderia essa retrospectiva. Abraço

  11. Clécio comentou em 18/09/12 at 11:21

    Grande figura o Paul Schrader. E um cara que escreveu o roteiro de taxi driver e touro indomavel e dirigiu Blue Collar (filmaço mesmo, que assisti no telecine por sugestão sua) e affliction merece toda e qualquer homenagem do mundo. Tem um roteiro dele, que você não menciona no texto, que eu acho brilhante, até pela dificuldade de adaptar esse livro, que é o da Ultima Tentação de Cristo. Entendo que o roteiro foi além do livro e o Paul Schrader e o Scorcesese conseguiram transformar o cristo num personagem fantastico. Você gosta desse filme e desse roteiro?

    • Andre Barcinski comentou em 18/09/12 at 11:40

      Gosto muito e acho que o filme foi injustiçado demais.

  12. pabloREM comentou em 18/09/12 at 11:01

    Se eu morasse em São Paulo iria com certeza.
    André, mudando um pouco de assunto, você já votou para escolher o nome do Tatu-Bola mascote da Copa? O que achaste das opções? kkkkkkkkkkkkk

    • Andre Barcinski comentou em 18/09/12 at 11:21

      Não gostei, continuo preferido “Dez Porcentinho”.

      • Bozo comentou em 18/09/12 at 13:48

        “Dez Porcentinho” é muito bom… rsrsrsrs.
        Mas seria algo modesto dada a realidade brasileira de obras superfaturadas em até 40, 50%. Seja como for, é muito mais adequado – e divertido! – do que Tatu-Bola. rsrsrsrs

        • Bozo comentou em 18/09/12 at 13:49

          Complementando: e que boneco horroroso foram arrumar, não?

          • Ricardo comentou em 18/09/12 at 15:14

            Sem falar que ele é basicamente o mascote da Copa passada, sem o rabo e com cabeça de Tatu.

            Ou seja, o “jeitinho brasileiro” já está ditando moda até na FIFA…

            #sadbuttrue

          • M. Prata comentou em 19/09/12 at 8:47

            A bola na cabeça do boneco parece um cérebro exposto. Um cérebro azul, algo grotesco.

      • Nathan comentou em 18/09/12 at 16:56

        hoje vi no twitter outra boa sugestão de nome: “Tatu-Derrado”

  13. Fábio comentou em 18/09/12 at 10:43

    Cara, esse livro é FUNDAMENTAL pra qualquer pessoa que se interesse minimamente por cinema. Dica sua. Pena que não moro em Sampa.
    Abraço!

  14. Fernanda comentou em 18/09/12 at 10:16

    André, tenho um roteiro de curta-metragem e gostaria de saber que dica vc dá para eu poder viabliza-lo. Obrigada.

  15. Carlos B comentou em 18/09/12 at 10:00

    Barça, será que o Schrader escreveria um roteiro original a respeito de um país fictício que organiza um evento desnecessário, superfaturado e escandalosamente corrupto, a Copa do Mundo, e cujo mascote é um tatu-bola? Ou a imaginação assombrosa dele não chegaria tão longe?

    • Andre Barcinski comentou em 18/09/12 at 11:22

      Nem Kafka.

  16. jAH comentou em 18/09/12 at 9:53

    Passando da hora de ler esse livro

  17. Bidola comentou em 18/09/12 at 9:43

    O capítulo sobre Scharder no livro do Peter Biskind é assustador. A relação dele com o pai e o irmão é tenso. Pena que é tão difícil por aqui achar em DVD os filmes que ele dirigiu. Só assisti Hardcore e curti demais. George C. Scott de bigodinho fazendo a “seleção” de atores porno é hilário.

    • Andre Barcinski comentou em 18/09/12 at 9:59

      É demais o capítulo mesmo, um dos melhores do livro. Quanto aos filmes, já viu “Affliction”? O pai – interpretado pelo James Coburn – é tão casca grossa que põe medo nos pimpolhos, vividos por Nick Nolte e Willem Dafoe. Tem que ser muito mau pra botar medo nesses dois…

      • Bidola comentou em 18/09/12 at 10:11

        Cara, não assisti Affliction. Mas já anotei a dica. Valeu.

  18. Peixotano comentou em 18/09/12 at 9:16

    A Marca da Pantera……ahhhhh Natasha …

  19. Marcelo Lima comentou em 18/09/12 at 9:16

    Hardcore é um filmaço! George C. Scott numa das melhores atuações ever. Merecia um post, hein.

    • Andre Barcinski comentou em 18/09/12 at 9:28

      Merecia mesmo. Um dos melhores filmes do Schrader, inspirado pelo pai. Filmaço.

      • Max comentou em 18/09/12 at 11:04

        Só fui sacar que “Hardcore” era sobre o pai depois de ler o livro do Peter Biskind. O filme tem um clima NY-Taxi Driver, se me lembro bem. Assisti em VHS há uns 15 anos. E falando no capítulo sobre os irmãos Schrader, meu trecho favorito é quando eles torram todo o adiantamento para escrever um roteiro (Conexão Yakuza, ou algo do tipo) e vão pra Las Vegas com os últimos dólares para terminar de gastar. Acabam recuperando parte da grana na roleta, mas voltam pro cassino até perder tudo e não ter dinheiro nem pra gasolina. Só assim eles achavam que teriam o conflito necessário pra criar arte. Sensacional!

  20. David Marques Oliveira comentou em 18/09/12 at 8:58

    Ei, mudando de pau pra cacete, o que acha do filme “Maradona By Kusturica”? É coisa de fã, mas não alisa em relação aos defeitos do sujeito. Vai passar hoje (10:55) e amanhã (9:00), no MGM.

    • Andre Barcinski comentou em 18/09/12 at 9:27

      Não me lembro de ter visto. Boa dica.

      • Daniel CMS comentou em 18/09/12 at 16:47

        muito bom esse filme

  21. Theo comentou em 18/09/12 at 8:32

    Pourran responsa demais! A organização poderia pensar em disponibilizar um link para streaming da palestra e da aula hein? Imagino eu que não vai ser todo mundo que quer participar que vai conseguir entrar.

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