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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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Em DVD, a agonia e glória do Maluco Beleza

Por Andre Barcinski
21/09/12 07:05


Há seis meses, recomendei aqui no blog o documentário “Raul – O Início, o Fim e o Meio”, de Walter Carvalho, que acabava de estrear.

Se você não teve chance de assistir no cinema, agora não tem mais desculpa: o filme acaba de sair em DVD.

Tenho em mãos a “Edição de Colecionador”, uma caixa muito bonita, com quatro discos – um DVD com o filme, outro com extras, e dois CDs com 28 músicas da trilha sonora. Vale cada centavo.

Revi o filme em DVD e continuo gostando muito.

As cenas e imagens de arquivo são impressionantes e cobrem desde o nascimento até a morte de Raul.

É muito bonito ouvi-lo cantando, aos nove anos de idade, quando ainda sonhava em ser o Elvis Presley da Bahia.

As entrevistas são reveladoras: parentes falam da infância de Raul, amigos lembram sua obsessão pelo rock, companheiros da banda os Panteras lembram o início da carreira e parceiros como Claudio Roberto revelam detalhes do processo criativo do Maluco Beleza.

A entrevista de Paulo Coelho é um dos pontos altos, assim como os depoimentos de ex-mulheres e filhas.  Você termina o filme sabendo mais sobre o homem e o artista.

Continuo achando corajosa a decisão de Walter Carvalho de não fazer um filme “chapa branca”. Em nenhum momento Raul é tratado como vítima ou coitadinho. E a descrição de sua decadência física é tão realista quanto dolorosa. Esconder para quê?

Me emocionei particularmente com a sequência que mostra o último show de Raul no Rio, com Marcelo Nova. Foi no Canecão. Eu estava lá e fotografei a participação surpresa de Paulo Coelho, que não via Raul há mais de uma década e aceitou o convite de Marcelo para subir ao palco e cantar “Sociedade Alternativa”.

Nessa noite, fiz, para o “Jornal do Brasil”, essa foto que está abaixo. Ela circula há anos por aí, sem crédito, inclusive no livro de Fernando Morais sobre Paulo Coelho. Se não me engano, é a última foto dos dois juntos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Espero que muita gente assista ao filme e dê mais atenção à obra de Raul. Ele fez músicas geniais, assassinadas diariamente por incompetentes tocando em barzinhos e pela mitificação de sua figura, que só serve para diminuir sua importância artística.

Muito triste perceber que o gênio que cantou “Eu que não me sento no trono de um apartamento com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar” fez justamente isso. E a morte pegou Raul sozinho, solitário e inchado pela bebida.

Até no fim, Raul foi um visionário.


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Comentários

  1. Deus para o Pondé comentou em 23/09/12 at 15:11

    Riqueza é uma mistura de red bull com Jonny Walker?

  2. Vitor comentou em 23/09/12 at 12:00

    O filme é bom. Só não entendi o depoimento de Jerry Adriani não ter entrada no doc (entrou nos extras, o que é ainda pior). Aquela história de Raul se passando por padre no casamento de Jerry é impagável.

    • Andre Barcinski comentou em 23/09/12 at 22:12

      Tem razão, o Adriani merecia estar no filme, ajudou muito o Raul.

  3. Silvio Moraes comentou em 23/09/12 at 8:52

    Caro André, li suas três matérias sobre o Raul e cada vez pra mim fica mais claro o famoso jargão do mesmo: ” é preciso ter cultura pra cuspir na escultura”. Sou fã do Raul desde os 9 anos de idade, hoje com 42 sua relação musical Top 10 é bem próxima da minha diria que uns 75 %, assim como sua repulsa pelos violões desafinados e assassinos de festas e barzinhos tocando ” Gita, Metamorfose e Maluco Beleza”. Em relação ao documentario é doloroso para os fãs, mas bem esclarecedor separando o Mito do homem.

  4. Kurdot comentou em 23/09/12 at 8:33

    Andre, infelizmente este e o ultimo post seu que leio. A folha esta me “agraciando” com 20 materias por mes. Mas so que de cada 5 links do uol 3 sao da folha, incluindo ai seu blog. Nao da mais pra abrir uma materia e aparecer aquela janela chata me “convidando” pra fazer o cadastro e me impossibilitando de abrir seu blog. Valeu a leitura diaria de seus posts ate agora. Vou pra CNN, dangerous minds etc…

    • Andre Barcinski comentou em 23/09/12 at 9:43

      Bom, assinar a Folha custa 80 centavos por dia. E jornalistas precisam de salário também, não sei se vc sabe disso.

      • Kurdot comentou em 24/09/12 at 7:25

        Sem duvida que jornalista precisa e merece o salario dos assinantes e consumidores de seu jornal, estou apenas questionando o fato de a folha querer uma assinatura pra acessar um blog. Se todo mundo segue essa ideia… Eu nao quero assinar o conteudo integral da folha, eu leio apenas seu blog entre muitos outros que acho bacanas, mesmo porque eu ja assino outro jornal.. Sei la, talvez esteja falando besteira, mas acho que um blog deveria ser aberto… Abraco!

        • Andre Barcinski comentou em 24/09/12 at 8:35

          O blog faz parte do jornal, a Folha avisou há muito tempo que o serviço seria cobrado. E vc pode ler até 40 matérias por mês sem pagar, ou seja, se vc lê apenas o blog, não precisa pagar.

          • CLAUDIO comentou em 24/09/12 at 9:08

            O problema é que na página do uol não dá pra saber se a noticia clicada é da folha. Aí você entra em uma noticia por curiosidade mas não tem assim tanto interesse e quando abre o link é uma página da folha e você já usou uma matéria da qual você tem direito. O justo sera informar se o link clicado é da folha (pago) ou da uol, assim o leitor poderia selecionar o que realmente lhe interessa na folha, um abraço.

          • Kurdot comentou em 24/09/12 at 16:01

            Boa Claudio! Foi no cerne da questao! Talvez nao tenha me explicado direito…

  5. fabrizzio comentou em 23/09/12 at 6:12

    Sua figura e sua trajetória são maiores que sua música, isso é fato. Suas melhores canções foram escritas com Paulo Coelho, outro fato. Mas e daí? O que importa é que Raul popularizou o rock no Brasil. O rock de verdade, não aquelas tolices requentadas que a Jovem Guarda reproduziu.

  6. Genecy comentou em 22/09/12 at 20:40

    André, também sou um feliz proprietário da Edição de Colecionador (que será raridade em breve). Achei o documentário honestíssimo, para dizer o mínimo. As qualidades e defeitos de Raulzito vieram à baila sem causar nenhum arranhão, seja no homem, seja no artista. Outro fator positivo é a narrativa enxuta e direta, sem penduricalhos e “intelectualices” desnecessários, que tornariam o documentário um tanto maçante. Seria ótimo se outros grandes nomes da cultura brasileira tivessem o privilégio de terem suas trajetórias tão bem esmiuçadas como em O Início, o Fim e o Meio.

  7. jAH comentou em 22/09/12 at 16:23

    Na veia, este post do Raulzito, seguindo Little Richard e outras figuras autênticas. Fiquei até achando que era niver da sua morte, mas foi em 89. Lembrei de Luis Melodia, outro maluco genial que também faz o possível para dar a pitada final, mas incrivelmente ainda está por aí.

  8. paul comentou em 22/09/12 at 13:51

    O ÚLTIMO show do Raul foi em Brasília como é mostrado no documentário.

    A capital tem histórico de que um artista que está em baixa faz o seu último show em Brasília caso Raul Seixas, Jackson do Pandeiro e CHICO ANISIO.
    Um dos melhores documentários já feitos.

    Poderia comentar futuramente sobre o filme Tropicália.

  9. Augusto comentou em 22/09/12 at 13:47

    Andre, realmente essas imagens do povo no velório, nas ruas, correndo atrás do carro dos Bombeiros dão uma dimensão d quem foi o Raul e de como era 1 artista querido e mto identificado por todos os fãs. Eu nasci em 81, mas ouvia desde pequeno por conta do meu pai que gostava mto. Lembro até hj do dia em q ele morreu.

  10. Julio comentou em 22/09/12 at 13:28

    Justiça seja feita, André, você nunca põe crédito nas fotos que publica em seu blog.

    • Andre Barcinski comentou em 22/09/12 at 18:22

      Numa boa, pego todas as fotos da net, e tento usar só fotos da Ag. Folha ou do UOL, que só vêm com esses créditos.

  11. neder comentou em 22/09/12 at 10:08

    Off topic (mas nem tanto) – André, veja só o que vai pintar nas telas do cinema em breve:

    http://www.youtube.com/watch?v=Z2LMaNJ9KgA&feature=em-uploademail-new

    Uns velhinhos do barulho…

  12. marcelo barbosa comentou em 22/09/12 at 9:46

    existia uma churraria ali na mooca, ond era famoso, por estar ali há + – 50, hj ñ existe mais, pois, o seu Toninho faleceu, isso ha + – 3 anos…um dos auxiliares dele era o James, um dos caras q o conheceu pessoalmente, e pertencia ao fã clube, ond o Rauzito ñ saia…fiquei comendo churros e ouvindo historias maravilhosas do James, q, poderia chama-lo d fdp, mas se falassem mal do Raul Seixas, era porrada na certa!
    ***ele m contou 2 interessantes: qdo ele falou na frente do Marcelo Nova, q o bêbado, o Raul, ñ gravana mais nd, e o Nova o chamou pra fora do fanclub pra porrada; e d qdo o pessoal do fanclub pageava o Raul, pra ele ñ beber e arruinar o show, fiscalizavam tds as bebidas, inclusive provavam antes, mas ñ conseguiram pegar um hold, q ofereceu 1 garrafa d vodka pro Raul, e matou metade num gole!

  13. Alex comentou em 22/09/12 at 8:39

    Achei bem legal você lá no Estadio97 falando do seu livro, futebol, Noticias Populares e variedades. E você lembrou bem, o ano passado o Botafogo vinha com uma ótima campanha com o Caio Junior e na reta final começou a perder e desandou. Quando ouvi sua voz me deu saudade do Garagem na Brasil2000. Acho que você poderia fazer um programa de radio uma vez por semana,aí pelo litoral, em Ubatuba ou Angra, alguma radio com internet. Seria bem legal.

  14. Paulo de Tarso comentou em 22/09/12 at 7:15

    Maior que Raul só Roberto Carlos, concordo com você!

    • paulo silveira comentou em 22/09/12 at 8:49

      Provavel, mas considero RC um mala intragavel.

  15. Jr. comentou em 22/09/12 at 1:48

    Aliás, Barça, mate uma curiosidade minha: uns anos atrás a Rede Globo fez um especial sobre o Raul e assistindo-o descobri que ele tem duas filhas americanas (metade brasileiras, verdade) e uma brasileira. Sobre as que estão nos EUA, chamou-me a atenção o fato de elas não falarem português (ou pelos menos no programa só falaram em inglês), a demonstração de um certo distanciamento dele, ou mesmo que não têm muita noção do que o Raul representa no imaginário brasileiro, e especialmente uma delas, a branquinha dos olhos azuis (a mais bonita delas), chorou de uma forma que eu achei que aquilo era tudo combinado. A outra, a mais moreninha, estava mais solta e salvo engano a mãe dela participou tb, acrescentando detalhes interessantes sobre a vida pessoal do Seixas. Já a moça brasileira me pareceu estusiasmadíssima com o pai. Ela seria forte candidata a presidir um fã-clube do Raul. Há algo assim no documentário/DVD? Vc tb teve essas impressões, ou outras quaisquer? No geral, eu achei os depoimentos das garotas um achado, mas as americanas pareciam peixes fora d’água.

    • Andre Barcinski comentou em 22/09/12 at 7:45

      Tem sim, o filme explica bem a questão de filhas e ex-mulheres, mas não achei os depoimentos forçados, pelo menos no doc.

      • João Gilberto Monteiro comentou em 22/09/12 at 15:44

        Só uma curiosidade André, na verdade as filhas americanas do Raul, assim como de qualquer pai brasileiro, mesmo que nascidos no exterior, tb são considerados cidadãos brasileiros, o que não acontece se a mãe for brasileira e o pai estrangeiro (caso dos filhos do Seedorf, por exemplo)

  16. Jr. comentou em 22/09/12 at 1:21

    Demais essa Edição de Colecionador do Raul, mal posso esperar para encomendar a minha. Dando uma guinada, como é de conhecimento de todos, Lincoln, o presidente-visionário-mito americano, ganhou um filme cuja estreia acontece em novembro. O trailer saiu esses dias e corri para vê-lo. http://www.youtube.com/watch?v=qiSAbAuLhqs A diferença entre o documentário do Raul e o filme do Spielberg? É que este, após o trailer, não me interessou nada, nada. E não sei pq ele me lembrou daquele filme Amistad do Steven.

  17. Anderson Nascimento comentou em 21/09/12 at 23:21

    Barcinski,

    Há pouco tempo atrás, descobri que um prédio antigo atrás da antiga sede da subprefeitura do Jabaquara, em São Paulo, fica um manicômio. Um amigo meu que mora na região diz que o Raulzito passou um tempo lá. Sabe de algo sobre isso? Isso aparece no filme?
    Pretendo comprar o filme pra ver, mas fiquei curioso com o assunto.
    Abs

    • Andre Barcinski comentou em 22/09/12 at 0:33

      Nunca ouvi falar disso.

  18. Luciano comentou em 21/09/12 at 21:31

    Documentário muito bom, assisti e também recomendo … só que não entendo até hoje a polêmica envolvendo o Marcelo Nova, pelo que sei da história, o Raul estava em baixa e o Marcelo com a carreira ascendente, e até hoje há quem dica que o Marcelo se aproveitou do Raul … meio complicado né?
    Um abraço ….

    • Andre Barcinski comentou em 22/09/12 at 0:36

      Na boa, quem fala isso é um escroque. O Raul estava totalmente esquecido nessa época, não fazia show há anos, não tinha empresário, estava na pior. Se alguém tinha algo a perder ali, era o Marcelo Nova.

      • Antunes comentou em 22/09/12 at 1:06

        Mas da maneira como foi editado o documentário, ao meu ver não ficou muito favorável ao Marcelo Nova.

        • Andre Barcinski comentou em 22/09/12 at 1:07

          Vc achou? Achei o contrário, ficou claro, pelo menos pra mim, que o Raul estava numa pior. Tanto que ele morreu sozinho em casa.

          • Antunes comentou em 24/09/12 at 22:49

            Que o Raul estava numa pior sem dúvida, mas da maneira como foi colocado e depois o Marcelo Nova se explicando para mim passou esta impressão que ele estava constrangido.

  19. Marcus Glauber comentou em 21/09/12 at 18:14

    Olá André e Galera do Rock em geral!!
    Realmente este deve ser um ótimo documentário sobre nosso querido mestre Raul Seixas. Não tive a oportunidade de assistir no cinema, mas já estou a procura do vídeo e, recentemente meu irmão o adquiriu. Beleza!! Muito me impressiona a obra de Raul, num todo: Sua música, seus arranjos, suas letras, suas parcerias, suas aparições em tvs, entrevistas, e por aí vai…
    Raul deve ser lembrado como um grande artista do rock nacional e universal…Saudades de nosso Carpinteiro do Universo. Na data de seu falecimento estava de serviço no exército brasileiro. Eu e meu camarada passamos a noite escutando suas musicas. Um anti-héroi, um passo a frente…procure que você vai entender… Como diz o Made in Brazil: “Deus salva e o Rock alivia!!”

  20. Jose Roberto comentou em 21/09/12 at 18:05

    Minha modesta opinião: em termos de relevância musical, o Raul é muito mais importante que Roberto Carlos, Caetano e Chico Buarque. Serei massacrado, mas esta é minha análise da obra do Raul, poética, forte, doce, radical, visionária

    • Andre Barcinski comentou em 22/09/12 at 0:37

      Olha, José, amo a música do Raul, mas o Roberto Carlos é o maior ídolo pop da história do país, sem dúvida.

  21. GUIJA comentou em 21/09/12 at 18:00

    Caraca, escutando o Estádio 97 e me entra “André Barcinski, torcedor do Flamengo”!!! hahahaha! Ouvindo!

  22. Marcelo Almeida comentou em 21/09/12 at 17:57

    André, meu texto nem de longe tem a qualidade e a competência do seu, mas, outro dia num comentário, prometi pra você que deixaria o mesmo por aqui:
    http://barulhodigital.blogspot.com.br/2012/09/raul-seixas-devidamente-documentado.html

    • Andre Barcinski comentou em 22/09/12 at 0:38

      Maravilha, lerei com certeza. Abraço.

  23. Eder comentou em 21/09/12 at 17:39

    TOCA RAÚL PRA SEMPRE!!! ME ENQUADRO NO PÚBLICO QUE NÃO VÍ O DOCUMENTÁRIO NO CINEMA E COM CERTEZA COMPRAREI O DVD PARA ASSISTIR, ABRAÇOS.

  24. Alexandre comentou em 21/09/12 at 17:21

    André,

    Super feliz essa nota, logo no dia seguinte que Restart e Gabi Amarantos foram os grandes vencedores do VMB.

    Parabéns pelo blog!

  25. Danilo GP comentou em 21/09/12 at 17:01

    André, não sei se é a sua praia, mas vc chegou a ver o documentário do Senna?
    Se viu, o que achou?

    • Andre Barcinski comentou em 22/09/12 at 0:38

      Achei demais. As cenas das brigas dele com o Prost são fantásticas. E olha que não sou fã de F1.

  26. Elisandro comentou em 21/09/12 at 16:40

    Costumo dizer q se Raul fosse americano ou britânico ele seria uma lenda em nível mundial. As músicas q fez são impressionantes, tanto nas letras quanto nas melodias. Lembro do dia da morte dele, eu tinha 14 anos e estava na “padaria” do IAPI em Porto Alegre quando alguns amigos propuseram 1 min de silêncio.
    Alguns desses amigos hoje são grandes músicos.

  27. Fernando Fonseca comentou em 21/09/12 at 16:20

    Lendo um dos comentários acima, do leitor que falou do destino trágico comum das celebridades brasileiras que acabam morrrendo na decadência, não pude deixar de me lembrar da recente passagem de Celso Blues Boy, que aliás, foi guitarrista do Raul Seixas, lá por volta de 1974, com apenas 17-18 anos de idade. Há vídeos no You Tube do Celso BB ainda tocando em shows ao ar livre em 2012 (me pego imaginando o porquê, àquela altura da doença), visivelmente frágil, e que me fazem refletir sobre a decadência da maior parte dos nossos artistas. Outro nessa linha foi o Arnaldo Baptista da 2ª metade dos anos 70, acompanhado da banda “Patrulha do Espaço”. Você viu o documentário sobre o Arnaldo há uns três ou quatro anos atrás, Barcinski? Me parece que esse foi um destino comum aos roqueiros brasileiros da época de ouro (anos 70). Rita Lee escapou sabe-se lá como.

  28. Pedro Batiston comentou em 21/09/12 at 16:11

    Cresci ouvindo o LP “Krig-Ha Bandolo” do Raul Seixas que meu pai guarda até o hoje em casa. Abre com “Mosca na Sopa”, depois tem “Al Capone” e muitas outras canções lindas. Na minha adolescência passava horas ouvindo esse disco. Só bem mais tarde descobri que esse disco é um clássico. Depois descobri que muita gente da minha geração gostava de Raul. E eu sou nascido em 1983. Por esse disco, vê-se que Raul foi, acima de tudo, uma grande artista da música brasileira.

  29. jones comentou em 21/09/12 at 15:36

    Quando vejo Gaby Amarantos, Racionais e outros “rappers” que são letristas e músicos de décima categoria, tentando chamar atenção para suas idéias “revolucionárias” que não passam de ressentimento ou de falta de auto-crítica, entendo a turma que transformou Raul numa religião. Simplesmente o Brasil não produz artistas, só entretenedores de décima categoria e psicopatas urbanos com mais raiva que talento. Quando vejo esses VMBs e Multishows, minha vontade é gritar:TOCA RAUL!

  30. Gabriel comentou em 21/09/12 at 15:18

    Grande documentário q mostra a personalidade tão genial e complexa de Raul. Impossivel não refletir ao final com a musica rolando sobre os créditos.
    Barça, indique mais alguns documentários pra gente!

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