Quando o elevador é inteligente demais
24/09/12 07:05
Dia desses, fui a um hospital visitar um amigo, que havia passado por uma cirurgia.
Era um desses hospitais que os publicitários chamam de “Top of Mind”, sempre lembrado como um dos melhores do país.
O prédio era moderno e imponente: hall de mármore, recepção digna de um hotel de luxo, funcionários gentis e bem treinados. Me identifiquei e fui pegar o elevador.
Foi aí que tudo começou.
O hospital havia inaugurado, poucos dias antes, seus novos elevadores “inteligentes”.
Descobri que o tal sistema não demanda inteligência somente do elevador. O usuário também precisa ser um verdadeiro Einstein para utilizá-lo. E é bom ser vidente também, já que não há placas informando os procedimentos.
Para começar, você tem de apertar o número do andar onde deseja ir. Agora, responda com sinceridade: quantas vezes você entrou num elevador sem a menor idéia de onde vai?
Num elevador “burro”, é normal haver plaquinhas indicativas ou um ascensorista, a quem você pode perguntar onde fica o escritório de fulano. No “inteligente”, não há nada disso.
Para piorar, lembre que estamos num hospital, por onde circulam pessoas debilitadas e idosas. Imagine você chegar ao lugar, todo grogue de remédios, e ter de lembrar que a sala do Doutor Epaminondas fica no 17º andar, sala 1789. Impossível.
Aí, o elevador chega ao térreo e você entra. Uma vez dentro do cubículo, descobre que não há botões para os andares. Se você não digitou o andar de destino, precisa torcer para algum infeliz ir para o mesmo lugar, ou vai dar um passeio vertical sem conseguir parar no andar desejado.
O mais interessante: quando você está num andar esperado o elevador, não há nada indicando se o bólido está subindo ou descendo.
Em todo andar, acontecia a mesma coisa: alguém entrava no elevador e saía correndo quando descobria que estava indo na direção errada.
Nesse dia, o elevador do hospital me lembrou a famosa cena da cabine do navio em “Uma Noite na Ópera”, dos Irmãos Marx. Se não viu, assista.
Fiquei pensando nos benefícios do elevador “inteligente”: o hospital , de fato, acabou com todos os empregos dos ascensoristas e economizou uma grana. Mas transformou o saguão de entrada e todos os andares em verdadeiras comédias “pastelão” à Keystone Cops, com pessoas entrando e saindo às pressas e se esbarrando nas portas.
Será uma tática para tornar o ambiente hospitalar mais divertido? Só pode.
imagino como deve ser dificil ter que escrever por obrigacao quando nao ha assunto.
Imagino como deve ser difícil responder a um post sobre assunto nenhum.
Ao menos ele ganha ($$$) ao escrever aqui… em compensação tu só perde… seu e nosso tempo!
André 1 x 0 Paulo.
há uns anos a sede do Banco Central (em Brasília) aderiu a esses tais elevadores. acho que foi em 2006. se eu não fosse tão curiosa, teria passado direto pelo totem do tal elevador inteligente. com 8 elevadores no prédio de uns 20 andares e mais uns 6 subsolos, cada pessoa tinha que digitar indicando para qual andar iria. o tal elevador calculava o peso, e indicava que elevador deveríamos pegar. Assim ele evitava elevadores lotados e sobrecarregados. tinham mais 5 colegas comigo naquele dia, e nenhum deles atentou para o totem. entre outras palavras, o elevador lotou lá pelo quarto andar…
Fantástico!!! Excelente texto para ler e começar a semana!!! Valeu!!!
Texto muito legal, André. Nada contra tecnologia ou de se pensar em novas formas de se fazer as coisas, mas existem uns projetos que só funcionam bem na cabeça de quem criou. Na prática, com gente de verdade, são um fracasso.
Eu me lembrei de um emprego que eu tive no qual eu e uns colegas fazíamos atendimento ao público: no começo o atendimento era na base de chegar ao balcão e pedir ajuda, e com isso algumas filas se formavam.
Entrou um gerente novo com uma idéia de sistema inteligente de atendimento. No papel a coisa era maravilhosa: atendimento em etapas, melhor divisão de funções e trabalho, personalização do atendimento, etc.. Na prática o resultado era um monte de clientes andando que nem baratas tontas na loja.
André, com todo respeito à tua inteligência e cultura, desta vez fizeste o papel de “um caipira muito louco na cidade”… essa tecnologia já existe há alguns anos (4-5 anos talvez)… Obviamente, dou o desconto que não estava bem explicada, etc. (sim, não é tão lógico à primeira vista). abs.
Sim, eu sei, e nunca disse que o sistema é novo. Mas só implementaram no hospital há alguns dias, e não estava dando certo.
O Barcinski tá virando caiçara de Paraty. Daqui uns anos ele só vai estar comendo peixe, vai usar bermuda, chinelo e chapeu de palha todo dia.
Vem pra capitar e acha um otro praneta.
Pô, desculpe aí se eu prefiro usar um elevador que funcione.
Barcinski, estou lendo um livro que fala exatamente sobre esses tecnologias maravilhosas que nenhum mortal consegue usar. É um livrinho bem bacana Chamado “Design of Everyday Things”, do Don Norman. A premissa dele é que quando as pessoas não conseguem usar qualquer coisa moderninha e ficam frustradas, não podem ficar achando que o problema é a falta de aptidão delas, e sim do designer/inventor da parafernalha. Cabem bem nesse exemplo do elevador.
Que bela dica. Tem pra Ipad?
Odeio tecnologia inútil. Pior que isso só os comerciais que as promovem. Sinto um ódio profundo quando vejo um comercial de um produto de ponta com uma musiquinha triste e tocante ao fundo. Parece que isso virou febre.
Não sei se existe tecnologia inútil. Se alguém pesquisa e cria algo novo, aplicável e que não decorre naturalmente do estado da técnica, não vejo como isso possa ser inútil. Mesmo que o objeto da tecnologia não traga lá grande vantagem prática, isso não impede que haja um interesse comercial em torno dele. Se alguma coisa é fabricada e vendida, já não é inútil.
Deixa o ascensorista subir na vida “rapá”!
E que trauma é este? Já fora vítima de “liftbullying”?
Existe sim. Assista meia hora de Shoptime ou Polishop. Seu argumento de que algo que é fabricado e vendido é útil só por causa dessas premissas é um grande sofisma.
O problema com a mais absoluta certeza esta em você, não no elevador. Pra começar isto esta longe de ser uma novidade. Se você vai há um lugar sem saber todo o endereço (rua, n.°, andar..) VOCÊ tem sérios problemas.
Eu e 90% dos frequentadores do hospital.
Barcinski: Esta do elevador foi ótima. Desculpe-me, mas seu eu não escrever agora eu vou esquecer: Por favor, traduza a mararavilhosa “cantada romântica” queo Frejat “diz” numa música: Por vc. eu ia a pé do Rio à Salvador, se vc. fosse uma PARABÓLICA EU QUERIA SER O SEU CANAL.
Pode? – Vc. podia fazer um post com letras de malucas de música.
Acho que o grande problema é a falta de informação. Querem economizar energia, faciliat as coisas? Ótimo, mas que coloquem informativos para os iniciados, afinal hospital não é um lugar que as pessoas queiram ir com frequência.
O sistema de elavador inteligente utiliza os melhores conceitos em automação industrial, e consegue uma boa economia de energia. O que falhou ao meu ver neste hospital foi o fato de não haver explicação em como utilizar esse sistema. Até mesmo poderiam contratar temporariamente pessoas para ensinar as pessoas, no mesmo estilo que alguns bancos utilizam pessoas para ajudar a utilizar caixas eletronicos. O que não vejo lógica é defender que alguem deva ficar 8 horas por dia dentro de um cubiculo apertando botões, é tão ridiculo quanto a função de trocador em onibus, visto que hoje não seria preciso mais a existencia desses. No Brasil é feio acabar com profissões por mais ridiculas que sejam, como da vez que os donos de postos de combustiveis investiram em maquinas modernas que dispensavam o frentista, e depois foram obrigados pela justiça (via sindicatos, claro), a contratar frentistas para utilizarem as maquinas que seriam de self service.
Ou seja, algo como pegar seu smartphone e ligar para uma telefonista quando fosse ligar para alguém.
Apoiado! Ascensorista é uma profissão indigna! Devia ser proibido um sujeito passar oito horas fechado numa caixa de aço, exercendo uma atividade que um chimpanzé bem treinado poderia desempenhar à perfeição! Aliás, se botassem um chimpanzé nisso, certamente as sociedades de proteção aos animais fariam o maior auê!
Não são oito horas oh “reaça”! São seis horas quando muito a jornada do ascensorista e ainda assim com muitos períodos de descanso. Muitos deles, apesar disso, ainda frequentam constantemente neurologistas devido a problemas causados pela profissão – sei disso, pois sou casado com uma neurologista. Queria ver o seu chipanzé ficar subindo e descendo num elevador 8 horas por dia – ou que fossem 6! – e não sofrer qualquer tipo de transtorno ou pular no pescoço dos “passageiros” de tão exaurido do sobe e desce.
Ascensorista tem inclusive aposentadoria especial, pode “pendurar as chuteiras” com 25 anos de serviços, se assim quiser.
Indignos são os seus comentários. Ou a maneira estabanada com que se expressa, sei lá.
Na verdade o aconselhável são 4 horas de jornada, com paradas de 20 minutos após 1 hora de serviço. Tinha um tio ascensorista e a cada 4 horas ele assumia a portaria de um condomínio, enquanto o porteiro se dirigia para as suas 4 horas “dentro da caixa de aço”. Um chimpanzé, embora possa ser treinado para muitas coisas, não poderia assumir tal posto. Os bons ascensoristas têm inclusive noção de primeiros socorros. Não foi uma ou duas vezes que este meu tio prestou primeiros socorros a pessoas que se sentiram mal, desmaiaram ou até mesmo, certa vez, sofreu parada cardíaca enquanto subia ou descia andares. Que eu saiba ele ajudou a salvar a vida desta pessoa. Um chimpanzé o faria? Muito infeliz julgar qualquer profissão como indigna sem procurar nem ao menos se informar a respeito da mesma.
Comunista do Leblon detected.
Comprovado, só esquerdista acha beleza em pobreza. Defendem o indefensável, como um ser humano ficar 6 (e não 8) horas dentro de uma caixa de aço, as custas de “ganharem” uma aposentadoria com 25 anos. Ou seja, um ser humano que poderia ser produtivo vai ficar em casa porque trabalhou indignamente durante 25 anos, isso quando não se aposentam por invelidez. Isso é bonito? Pra você pode até ser, pois pelo visto sua nobre esposa perderia muitos clientes caso trocassem todos os elevadores por inteligentes, ou, se substituissem os que trabalham nele por chimpanzés bem treinados (isso foi uma piada, entendeu ou precisa que desenhe?).
Se tem um erro no hospital não é o uso da tecnologia, e sim da não indicação de como se devem utilizar os elevadores, que são comprovadamente mais econômicos em todos os sentidos.
Não falei contra a tecnologia e não percebi piada no paralelo a respeito do Chimpanzé. Percebi infelicidade na colocação isso sim.
Minha esposa conta com muitos outros pacientes além de ascensoristas e não sentiria perda caso a profissão deixasse de existir. Sou banqueiro, seria complicado ser comunista, seja do Leblon ou de Leningrado.
O que me moveu ao comentário foi a palavra “indigno” e não achar bonito ou vantajoso a prática da profissão. Nenhum trabalho, dentro da legalidade, é indigno. Sobretudo um que exige tanto de quem o pratica – inclusive, muitas vezes, a sua saúde. Agora o cara, suponhamos, o tio do Moacir aí em cima, passa a vida dedicando até mesmo a sua saúde à atividade, e vem um sujeito qualquer dirigindo o seu BMW falar que o que ele fez a vida toda foi indigno??? Pode não haver beleza no que ele fez, na pobreza, mas ele cumpriu o seu papel com dignidade. É claro que o tio do Moacir poderia ter se dedicado a outra coisa, e que bom que agora exista tecnologia para substitui-lo, mas passar a vida como ascensorista foi indigno? Indigno é a desonestidade manifesta nos preconceitos acima!
Anda enfadonho debater qualquer assunto que seja no Brasil. Logo a discussão desanda na polarização política. Surge um chamando o outro de esquerdista, direitista, comunista, petista etc. Evocam até a fauna: tucano! Tudo para defender pontos de vista retrógrados, banais, indignos (eles sim!), procurando vendê-los como se fossem a última verdade do universo e não o que eles são verdadeiramente: papo-furado preconceituoso e ultrapassado. E a ética como base em debates, por exemplo, vai cada vez mais parecendo uma utopia há muito esquecida. O importante é reafirmar a sua idiossincrasia espalhando pelos quatro cantos banalidades que já foram esteio de ditaduras, sejam esquerdistas ou direitistas (são a mesma porcaria), guerras, corrupção. Eu sinceramente não teria saco para moderar um blog. Fico feliz na minha mesa de editor lendo só o que me dá vontade de ler. Contento-me em comentar de vez em quando neste blog, mas sinceramente, algumas vezes me escapa a paciência!
Concordo, a discussão não tem nada a ver com esquerda ou direita.
Vire pra um cara que passou 4, 6 ou 8 horas por dia, como ascensorista em edifício movimentado, e diga a ele que a profissão dele era indigna! Mas que não seja um cara esquálido qualquer! Que seja um indivíduo apto a lhe dar umas bofetadas nas fuças!
Quem aqui falou mal da tecnologia? O que o palhaço amigo da criançada ai em cima disse foi que a profissão era até mesmo insalubre e, portanto, merecia respeito. Os chimpanzés também merece respeito, por outros motivos, mas não é lá muito feliz dizer que a profissão a qual alguém se dedicou poderia ser cumprida por símios de tão indigna, não acha?
Não vou nem dizer quem aqui não merece respeito…
*passou 4, 6 ou 8 horas por dia durante 25 anos*
Fui infeliz com a utilização da palavra “indigno”. Substitua por insalubre no meu texto, fora isso não mudo em nada minha opinião. Em pleno sec XXI não é possível que as pessoas achem bonito ver um ser humano trabalhando em uma caixa de aço em troca de trabalhar menos tempo durante a vida, isso é coisa da Inglaterra do Sec XVIII.
Quanto a direita e esquerda, não comecei com isso, apenas detectei um comuna da zona sul, visto que foi ele quem chamou o outro de “reaça”.
Levou um fora de alguma ascensorista gatinha e ficou traumatizado com raivinha, né não?
Não que eu tenha algo contra a tecnologia, desde que se explique como fazê-la funcionar, mas nem acho que o caso é o fora de uma ascensorista gatinha. É que o elevador inteligente livra o sujeito de ter que topar com a pobreza, que pode não ser bela, mas não não é indigna necessariamente, bem no elevador do seu condomínio luxuoso. Assim o sujeito não vê e não sente culpa. É o velho ditado: o que os olhos ray ban não veem, o coração ensebado não sente!
O problema não é o elevador ser inteligente, mas o burro que mandou instalar sem placas de orientação ou algum ‘ascensorista’ no térreo orientando como se utiliza tal dispositivo inteligente.
Olá André, como vai? Sua coluna me fez lembrar do “A cidade e as serras”, em que Eça de Queiroz critica a modernidade e suas invenções para supostamente facilitar a vida do homem. Grande abraço!!
P.S.: Já assistiu um filme chamado “Dudes”? Aqui no Brasil, se chama “Caminhos da violência”. Tem o Jon Cryer novinho ainda. Acho que ele tem a trilha sonora mais legal que já vi num filme.
Não me lembro de ter visto esse filme, vou procurar.
Assista, se puder. O filme é da Penelope Spheeris, bom demais. A trilha tem Leather Nun e Little Kings, pirei com as músicas deles. E tem WASP, metalzão 80´s de primeira. Tomara que você curta.
Boa lembrança. Minha esposa sempre me chama de Jacinto de Tormes quando me vê praguejando contra uma parafernália eletrônica que não funciona.
Eu já tive que entrar num desses também. Nunca me senti tão burro. Não tinha a menor ideia do que fazer.
Leseira Paraty grita hein irmao
Que nada, Dudu, vocês é que estão ficando loucos. Nem ascensorista tem mais nessa cidade!
huahuahuahuahuahua. Eu conhecia um ascensorista q adorava contar piadas de qdo o elevador tinha caído e coisa e tal.
Pior é que agora tem elevador Chinês, acredita? Será que dá pra confiar?
E quando o tal elevador inteligente fica “falando” com você? Levei um susto outro dia com um destes que queria trocar ideia.
Pois é…é o “progreço”.. Aqui em Curitiba agora não se constroem mais prédios comerciais, e sim office towers.
Mas aí é outra coisa não? Nas casas, os escritórios viraram Home Office, as salas de TV viraram Home Theater, as churrasqueiras Espaço Gourmet (quer na minha casa, um dia, se chamará Espaço Ogro)…
Aqui na Praia Grande, o tal “Espaço Gourmet” é nada mais nada menos que uma churrasqueira. Ou seja, é coisa de ogro. O meu ap tem. Pra ficar ogro mesmo, botei uma rede onde, depois de comer um boi ou porco inteiro, eu deito e durmo, roncando com o meu pequinês lambendo a minha cara. É ogro suficiente pra entrar no clube? kkkk
Tava ok até a parte do “pequinês lambendo”… Orgo não cria cachorrinho de madame! Ogro cria javali desmamado, alimenta até o bichinho ficar bem gordinho e come.
Ter um pitbull ou um Rottweiler seria muito óbvio. E, acredite, o John é um ogro comendo. Ele come mais que qualquer cachorro que tive, e já tive Doberman e Pastor.
Vai no Hostipal do Servidor na Vergueiro. Tem uma fila quilometrica para pegar os elevadores.
Se você opta pela escadaria, vai encontrar uma multidão também subindo e descendo, dá até a sensação de que você esta na Galeria Pagé.
Há andares que na sala de espera passa vendedor ambulante com caixa de isopor vendendo coxinha e empada.
Meus Deus do céu!
Certa vez conheci um edifício tão inteligente que ele escrevia letras para os ‘Engenheiros do Havaí”.
Deixa o Humberto Gessinger e toda a assombrosa inteligência dele em paz, pelo amor de Deus!!! kkkk
kkkkkkkkkkkkk boa…
Tocaram num ponto sensível! É temerário usar numa mesma frase 1) qualquer vocábulo ligado à inteligência e 2) o nome “Humberto Gessinger”. São líquidos imiscíveis, assim como esgoto e óleo.
Me lembrei do Mochileiro das Galáxias,que falava de malucos fazendo bico como terapeutas de elevadores neuróticos…
Ou estão querendo adimitir novos “clientes” com labitintite…
Realmente não consigo ver a dificuldade que esse novo sistema pode representar. Trata-se de um elevador muito mais inteligente, sim, pois se as pessoas informam de antemão em quais andares pretendem chegar, é possível calcular e mandá-las para o elevador que fará a “viagem” com o menor gasto de energia possível. Além disso, o “sistema” automaticamente calcula o peso estimado que terá cada elevador, de acordo com o número de pessoas que entrarão nele, e pode distribuir melhor o peso, de acordo com as normas de segurança. Acho o sistema muito bom, facílimo de usar. Ascensorista é uma profissão ridícula! Nenhuma criatura devia ser colocada para apertar botões de elevador. A comédia Tempos Modernos já está bastante anacrônica.
O Stevie Wonder também não consegue ver a dificuldade…
Ray Charles também não, pois além de cego ele está morto.
Truco ladrão!
Você foi de uma infelicidade monstruosa ao se referir aos ascensoristas, que são gente muito mais simpática e bacana do que… você. Vai lá ficar na fila do novo iPhone, vai.
Concordo. Eu acho ascensoristas profissionais muito importantes. São os motoristas de táxis verticais.
Barça, mandou meu abraço ao Pauleta? Estimo melhoras!
Quando for usar o elevador novamente, pergunte se ele serve café também… vai que cola!
Aqui no prédio – graças a Deus – temos uma ascensorista. Tiazona boa rapaz! Ótima de prosear rápida e engajadamente em diversos assuntos.
Abraços!
Barcinski,
Esses elevadores são chamados de inteligentes porque identificam o elevador que está mais próximo e agrupam vários destinos mais próximos numa mesma viagem. A grande vantagem é a diminuição do gasto de energia (evitando os gênios que apertam o botão para subir e descer ou chamam vários elevadores ao mesmo tempo), resultando em economia para o condomínio e menor impacto ambiental.
Além disso o elevador, na teoria, chega mais rápido.
Acho bem legal. Só é necessária, obviamente, uma boa orientação aos usuários.
Disse bem: “NA TEORIA”.
Legal a explicação e faz bastante sentido, pois é bem habitual do brasileiro apertar todos os botões do corredor para chamar o elevador.
Isso quando algum babaca tambem nao fica apertado tudo quanto é numero dentro do elevador quando ele esta sozinho.
O problema das pessoas chamarem vários elevadores juntos é facilmente resolvido com elevadores parando em andares pares e outros em impares. Agora para as pessoas que querem descer e apertam subida ai só os “inteligentes” mesmo. Mesmo assim pelo relato do André parece que não está funcionando bem…
Então, estamos em 2012 e ainda há pessoas que não sabem para que serve os botões de subir e descer quando você chama o elevador, imagina saber mexer nesses elevadores que o andré comentou!
já presenciei uma pessoa correndo pra pegar o elevador em que eu estava, daí quando entrou ficou olhando com cara de tacho procurando os números…
“já presenciei uma pessoa correndo pra pegar o elevador em que eu estava, daí quando entrou ficou olhando com cara de tacho procurando os números…” Uau, Natália. Uau.
“já presenciei uma pessoa correndo pra pegar o elevador em que eu estava, daí quando entrou ficou olhando com cara de tacho procurando os números…” ² É realmente um fenômeno uma pessoa entrar num elevador e procurar pelos números que correspondem aos andares!!!
Vc entendeu o que ela quis dizer: que o elevador NÃO TINHA os números, claro.
cara vc nao esta sozinho
frequento um endocrino na regiao da berrini , num predio ao lado da redaçao do marca aqui de sp. o sistema e mais ou menos parecido com este que vc descreveu.
nos apresentamos a recepcionista, ela da um crachazinho , vc passa na cancela e ja na cancela ela te mostra qual elevador c vai pegar ( por exemplo E4) . Juro que tem mais de dois anos que vou la pelo menos de dois em dois meses e por esses tempos que eu entendi isso. Tb ficava esperando alguem de jaleco branco passar, pra eu ir no embalo e pegar o elevador junto…. cara que troço mais complicado de entender aquilo.
Uma x minha mae me acompanhou, tinha recem operado, e era minha primeira consulta com o medico apos a operaçao…. subi na frente pra adiantar o expediente enquanto minha velha estacionava nosso carro, deu 20, deu 30 minutos e nada dela aparecer, ai qdo de repende sobe uma senhorinha esbaforida ( minha mae) e quase chorando manda ; filhooo que elevador mais doiiiiiiiiiiiiiido nunca mais venho aquiiiiiiiiiiiii hahahahahahahha
Já andei nesse modelo e me atrapalhei também. Você tem que digitar o numero fora do elevador, antes de embarcar. Muito estranho.
Esse elevador deve servir pra ir naquele cinema VIP do post que você fez a poucos dias.
Incrível esse fascínio do brasileiro com o pseudo-moderno, o pseudo-chique, principalmente se tiver nome em inglês.
No Brasil, provavelmente o Coliseu ou o Partenon seriam derrubados pra dar lugar a um shopping center ou um condomínio de luxo, porque “já estão velhos demais”.
Dizer o que de um povo tão escroto a ponto de ter orgulho de falar que uma coisa é “Top of Mind”…
A adaptação é realmente difícil. Em um tradicional edifício comercial aqui de Sampa, no qual eu trabalho, o sistema é assim. É muito raro o dia que um visitante não entra em pânico, percebendo que entrou em um elevador que não possui comando interno tentando sair desesperado…
Me lembrei da frase (Millôr? Barão de Itararé?): “A humanidade, definitivamente, não deu certo”.