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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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México: o coração das trevas

Por Andre Barcinski
27/09/12 07:05

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vilas poeirentas onde inocentes são metralhados às dúzias; uma terra sem lei em que cabeças de inimigos são expostas em rodovias como um sinal de trânsito macabro; meninos de 12 anos esperando a vez de matar para o tráfico; noites de terror e sangue em Ciudad Juárez, a cidade mais violenta do mundo.

Este é o cenário de “Amexica”, livro do jornalista investigativo britânico Ed Vulliamy, que acabei de ler. Não é para estômagos fracos.

“Amexica” relata as investigações de Vulliamy sobre os cartéis de drogas mexicanos e as viagens do repórter pela fronteira do México e dos Estados Unidos, uma área de 3400 quilômetros de extensão, onde mais de 38 mil pessoas morreram entre 2007 e 2010.

Imagine um “thriller” de espionagem à Graham Greene, só que escrito por Quentin Tarantino. E pior: onde todas as histórias são reais.

O livro não saiu no Brasil. Se você lê inglês, compre; se não lê, ligue para as editoras e peça que lancem por aqui. É bom demais.

Vulliamy é uma espécie de “gonzo”, um Hunter S. Thompson sem a loucura, mas com a mesma habilidade de se misturar a ela.

Ele bate papo com traficantes, joga conversa fora com mercenários, encontra prostitutas, troca idéia com matadores de aluguel e entrevista políticos. No processo, tenta extrair algum sentido de um país – o México – que já não parece ter nenhum.

A “Guerra às Drogas”, essa catástrofe que os Estados Unidos vêm impingindo ao mundo há quase um século – e piorada pela visão canhestra de Nixon nos anos 70 – só vem causando barbáries, promovendo a corrupção e enriquecendo traficantes. Mas em nenhum lugar com tanta intensidade quanto no México.

Se você achava que as histórias de Pablo Escobar, Carlos Lehder e outros mitológicos traficantes colombianos eram pesadas, espere até ler sobre os mexicanos. A Colômbia parece a Disney.

Como reportagem, o livro de Vulliamy é irretocável. Já como análise das causas e conseqüências da “Guerra às Drogas”, não chega perto de “Cocaine – An Unauthorized Biography”, de Dominic Streatfeild, o melhor que já li sobre o assunto.

Espero que alguma editora lance “Amexica” por aqui. É jornalismo investigativo de primeira, sobre um tema fascinante.

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Comentários

  1. Roger comentou em 27/09/12 at 13:56

    Off Topic!
    André, que tal a gentileza e educação desse senhor: http://espn.estadao.com.br/noticia/283797_leo-perde-faixa-de-capitao-tenho-de-acatar-muricy-diz-que-neymar-pediu-a-bracadeira

  2. Marcel Augusto Molinari comentou em 27/09/12 at 13:50

    Cheguei a comentar com você em outro post, você deveria assistir a série Breaking Bad, a história de um professor de química que descobre ter câncer e começa a fabricar metanfetamina, para garantir a segurança financeira da família. A série se passa na fronteira Texas/Mexico, e existem inúmeras histórias sobre o cartel mexicano. É uma puta série, que no Brasil quase ninguém conhece!

    • Marco comentou em 27/09/12 at 19:07

      Quase ninguem conhece? É uma das séries mais assistidas no Brasil, via TV, streaming ou torrent. Já se falou dela aqui várias vezes nos últimos anos.

  3. pabloREM comentou em 27/09/12 at 13:48

    38 mil mortos em mais ou menos 3 anos? Impressionante, matam mais que muitas guerras por aí. Uns anos atrás rolavam na internet uma fotos da casa de um traficante mexicano que foi preso, metralhadores de ouro, zoo com tigres brancos, parede toda de dólares, etc.

  4. Hélio America comentou em 27/09/12 at 13:02

    E lá vem os petralhas criticando os EUA mais uma vez! Os americanos sempre lutaram para levar democracia para países da América Latina, ganhando em troco acusações INJUSTAS e CRIMINOSAS desses países, incluindo o nosso. Os mexicanos são um bando de bandidos, que são totalmente culpados pela merda que o país virou,e precisam lavar a boca quando falarem da AMÉRICA, maior império da historia da humanidade, e para quem eu sempre pagarei o maior pau. Se os EUA tivessem uma rola, eu chuparia ela interinha, e ainda aceitaria levar leite na minha carinha.

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 13:11

      Só pode ser fake, não é possível.

      • Ricardo comentou em 27/09/12 at 13:19

        Não sei não, mas acho que a frase final diz muito sobre a personalidade por trás(:D) desse nick…

        Hum, Deola!

        • Vladimir Cunha comentou em 27/09/12 at 13:54

          Tem que avisar pra ele que o blog do Reinaldo Azevedo é do outro lado da rua.

      • Daniel comentou em 27/09/12 at 13:39

        Nick do Protógenes Queiroz….

      • pabloREM comentou em 27/09/12 at 13:43

        É um dos comentários mais bizarros que já li nesse blog com certeza. E olha que já teve muitos.

      • Pedro Batiston comentou em 27/09/12 at 15:31

        Eu ri. Vcs não riram? Muito engraçado! Prefiro acreditar que ele foi irônico. Mas tem alguns seres que tem isso na cabeça mesmo.

      • Nelson comentou em 27/09/12 at 16:01

        É Barça….é a Protogenização dos comentários na internet. No mínimo esse cara é filiadoa um braço do Tea Party ou NRA no Brasil.

        • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 16:57

          Partido do Chá das Cinco.

    • roberts comentou em 27/09/12 at 13:14

      Que porra é essa???????

      • Agilberto Marcílio comentou em 27/09/12 at 13:27

        Minha nossa…

      • Vladimir Cunha comentou em 27/09/12 at 13:55

        Eu nao sei se e fake. Conheco um sujeito que pensa EXATAMENTE a mesma coisa.

        So nao a parte da rola.

    • F de I comentou em 27/09/12 at 13:27

      Vai uma calcinha do Usher ai?

    • Roberto comentou em 27/09/12 at 13:35

      My God!…

    • Anônimo comentou em 27/09/12 at 13:44

      E se Deus for justo será o Kid Bengala, pra te rasgar no meio que nem um bambú.

    • Bia comentou em 27/09/12 at 14:09

      Hahahahahahahaha! Fake ou não, eu ri.

    • Marco comentou em 27/09/12 at 14:22

      O pior é que no fundo tem muita gente que pensa assim mesmo….

    • Ian comentou em 27/09/12 at 14:45

      Espero que esse comentário não seja a sério. Não pode ser a sério!

    • DAVID MARQUES OLIVEIRA comentou em 27/09/12 at 15:14

      Como diria Tio Sam, what porra is this?

    • Rodrigo E comentou em 27/09/12 at 15:32

      Não creio que ISSO tenha passado pelo filtro da censura… rsrsrs

    • Pdr Rms comentou em 27/09/12 at 16:45

      Serran que eu consigo adivinhar quem é o autor dessa genialidade?

      • Bozo comentou em 27/09/12 at 17:28

        Não ouso citar o nome, mas desconfio que o autor do fake resida ali nas redondezas da Represa Guarapiranga, rodeado de muitos Jardins e praças bem cuidadas.

        • F de I comentou em 28/09/12 at 8:25

          Cara, te juro pela minha mãe que não fui eu. Sou noivo e feliz com minha heterosexualidade comunista. Eu bebo Pepsi!

        • F de I comentou em 28/09/12 at 8:26

          E outra, não consigo ser engraçado – tu sabe né bozo? Eu ri com o “rapaz” ali… rs

        • Bozo comentou em 28/09/12 at 10:31

          kkkkkk
          Você consegue ser engraçado, mas perce-be-se mesmo que o “rapaz” tem outro tipo de senso de humor… rsrsrsrs.
          Era só brincadeira.
          Abraço!

          • F de I comentou em 28/09/12 at 10:56

            Meu fã!

    • Franzé comentou em 06/10/12 at 1:56

      É claro que é um fake, André.

  5. lucmes comentou em 27/09/12 at 12:48

    Tráfico de drogas e guerra a essa atividade, é dinheiro certo para todos. Políticos e polícia ganham com a ilegalidade e os Governos ganham com o combate, intervenção militar e compras de armas. É muito interessante ao governo dos EUA manter soldados no Paraguai e Colombia que são dois países que permitem essa “ajuda”.

  6. David Marques Oliveira comentou em 27/09/12 at 12:20

    Acho o México o país mais parecido com o Brasil. Pelo que conheci, em todo lugar me identificava. A desigualdade dentre elas. Você vai a pé pelo Centro Histórico até o teatro e a paisagem humana é uma coisa, só via gente com cara e jeito de pobre. Aí você entra no teatro e muda tudo. Não vi lá dentro ninguém nem com cara de mestiço.

  7. André Veiga comentou em 27/09/12 at 12:14

    OFF: Perdoe-me por usar este espaço para fazer uma pergunta não relacionada ao post – ainda mais para perguntar algo que eu presumo que você já tenha respondido a outros – , mas qual é a chance do Garagem voltar?

  8. Bruno Strahm comentou em 27/09/12 at 11:33

    Um thriller de Graham Greene dirigido por Tarantino com trilha sonora do Brujeria ?

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 11:54

      Melhor definição impossível. Posso inclui-la no texto?

    • F de I comentou em 27/09/12 at 13:26

      O cara usou minha dica do Brujeria! Huahuahua

      Lembrei também da banda – claro, por ser mexicana – mas também por duas outras pérolas:

      Don Quixote Marijuana (Brijeria “dance”):
      http://www.youtube.com/watch?v=iqcOboi2W1I

      e é claro… o logo da banda! A cabeça decepada… demais!

      • F de I comentou em 27/09/12 at 13:28

        * Brujeria “Dance”

  9. Leo PP comentou em 27/09/12 at 11:27

    “Este é o cenário de “Amexica”, livro do jornalista investigativo britânico Ed Vulliamy, que acabei de ler. Não é para estômagos fracos.”

    Sei como é isto. Alguns anos há atrás eu li “O Relatório Buchenwald” sobre o campo de concentração nazista de “Buchenwald” e chegava a ficar até deprimido com os relatos dos sobreviventes. Bebês sendo jogados pelas janelas das câmaras de gás, prisioneiros sendo espancados enquanto defecavam, sendo que eles caiam nas fossas e da onde não podiam sair…acabavam morrendo afogados…

  10. Theo comentou em 27/09/12 at 11:05

    Opa,

    Qual será o valor para pedir importado?

  11. Agilberto Marcílio comentou em 27/09/12 at 11:04

    Barcinski, se não me engano eu li que o Roberto Bolaño não é um dos seus escritores favoritos, mas se você chegou a ler, o que achou do “2666”?

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 11:56

      Ele é dos meus favoritos, mas não li 2066, confesso que as mil e tantas páginas me desanimaram. Sou muito fã de Detetives Selvagens e Putas Assassinas.

  12. neder comentou em 27/09/12 at 11:00

    É preciso informar e discutir também a responsabilidade dos governos mexicanos durante todos esses anos. A visão de que os Estados Unidos são os principais culpados é maniqueísta e falsa (o post não fala isso, quero apenas ressaltar meu ponto de vista). Colômbia, Brasil, México e cia. limitada são, pobrezinhos, os maiores responsáveis pelas causas da violência nos respectivos países.

    • Tião Gavião comentou em 27/09/12 at 13:29

      O México é um grande Rio de Janeiro ou o Rio é um mini-México?

      • Diego comentou em 28/09/12 at 8:26

        Como se a violência urbana e domínio do tráfico fosse um problema só do Rio aqui no Brasil.

  13. João Gilberto Monteiro comentou em 27/09/12 at 10:55

    André, coitado do México, tão longe do céu e tão perto dos Estados Unidos…
    Mas a exemplo da história da câmera na sala de aula, essa política anti-drogas dos ianques, mesmo sendo um fracasso rotundo, tem muitos apoiadores na sociedade brasileira, como se num passe de mágica, se forem colocados o Exército, a Polícia Federal, a Aeronáutica e o escambau, o tráfico de drogas acabará como num passe de mágica, o que está provado, não é verdade…

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 11:56

      Vc tem razão, é isso mesmo.

  14. Pdr Rms comentou em 27/09/12 at 10:51

    Esse autor para se meter a investigar esse assunto é um cara de culhões, tiro o meu chapéu.

    Barça, uma curiosidade: em média de quantos livros vc lê por ano?

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 11:57

      Cara, difícil calcular, nunca parei pra pensar, leio muita coisa a trabalho. Nos últimos dias terminei de ler esse e a autobiografia do Neil Young, e tô no início do livro do Carlos Marques.

  15. Kin Cordeiro comentou em 27/09/12 at 10:51

    Off topic
    G1 “Flamengo mais próximo do G4”.
    Como assim????? Quando essa parceria escrota da Globo com o urubu vai acabar?

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 11:58

      É o verdadeiro “Eixo do mal”.

    • Carlos Eduardo comentou em 27/09/12 at 12:20

      Kin, isso pq vc não viu a onda galinácea.. é bem pior que o do urubu.

      • roberts comentou em 27/09/12 at 13:15

        Muito pior…..

  16. Fernando Maia comentou em 27/09/12 at 10:24

    Barça…mudando o foco existem algumas comédias tendo o páis como pano de fundo que acho muito legais: “Nacho Libre” com o Jack Black em que ele é um lutador de tele-catch mostra o México de uma maneira horrorosa mas muito engraçada…só gente feia, favelas, miséria, vagabundo se matando por comida…A outra comédia é uma série “Estbound and Down” com o Danny McBride (cheio de participações especiais, Will Ferrel, Don Johnson,etc) em que ele faz um jogador de beisebol decadente que foge pro México…lá ele vira agenciador de rinha de galos, anda de moto sem capacete bebendo cerveja, quebra garrafas onde quer, dá tiros pro alto, xinga todo mundo em inglês…tem uma cena que ele vê umas crianças jogando “soccer” na rua e começa a gritar -Eu já falei pra vcs não jogarem essa porra de soccer na minha frente…odeio essa merda…vcs pensam que são a porra do Pelé???…rsss…muito engraçado…pensei que retratassem o México de maneira caricata…pelo visto é a realidade…

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 11:58

      O começo de Nacho Libre é engraçado demais, mas achei que o filme cai muito no fim. Aquele lutador magrinho é muito bom.

      • dunha comentou em 27/09/12 at 15:26

        nessa cena de “nacho libre”, quase que defeco de tanto rir (na hora do salto de nacho sobre esqueleto).

        http://www.youtube.com/watch?v=tkRvLFdrbTU

  17. Vinicius Santos comentou em 27/09/12 at 10:08

    Barça, um toque e uma pergunta.

    O toque: Já ouviu falar do Nuevo Alarma?

    É o Notícias Populares mexicano, só que bem gore…O site é nuevoalarma punto mx.

    A pergunta: A coisa no Mexico tá pior que na América central?

    Guatemala e El Salvador já são narco-estados na prática, acho que o Mexico está bem perto de virar isso, também.

    Abraço!

  18. F de I comentou em 27/09/12 at 9:55

    Brujeria!

    Viva Mexico Cabron!

  19. Marshall comentou em 27/09/12 at 9:55

    Tive um professor de Geografia que costumava dizer: “pobre do México, tão longe de Deus e tão perto dos EUA”. Não compartilho esse pensamento anti-imperialista ingênuo, mas até frase pode ser aplicada a todos que compraram essa receita de guerra às drogas, como a Colômbia que o André citou. Mas a situação do México impressiona, pois é muito mais rico e industrializado do que outros países que passam por situação semelhante, onde o poder pararelo impera em grande parte do território.

    • Rodrigo E comentou em 27/09/12 at 15:26

      Quem disse essa frase foi Porfírio Díaz, presidente mexicano em pelo menos 3 períodos.

      • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 15:32

        Isso.

      • Marshall comentou em 27/09/12 at 16:07

        Obrigado pelo esclarecimento. Mesmo gostando muito de História, confesso que não sabia disso. Parte da culpa é do meu professor malandro que nunca citou a fonte.

  20. Basco Silas comentou em 27/09/12 at 9:30

    Políticas de repressão sempre foram o pior caminho para solucionar qualquer mal. “É preciso arrancar o mal pela raiz”, dizem. Mas acontece que as raízes podem ser muito mais profundas do que se possa imaginar. Os EUA não identificaram um inimigo contra o qual declararam guerra, não foram eles os descobridores de tal “mal”. As sociedades primitivas já consumiam drogas. O Consumo de substâncias para “expansão da consciência” ou para “transcender” é tão antigo que se confunde até mesmo com a evolução do ser humano. Há até mesmo estudiosos bem conceituados que creditam o desenvolvimento do cérebro humano, por exemplo, ao consumo da substância muscimol, que os seres humanos primitivos só poderiam encontrar sob a forma de certos cogumelos psicoativos. Não vai ser uma “guerra às drogas” que impedirá o consumo de entorpecentes. Ela apenas marginalizará sobretudo populações a priori carentes de quase tudo. Tornará a situação cada vez mais brutal.

  21. Eduardo Vidili comentou em 27/09/12 at 9:08

    Matadores de aluguel, não “matadores de aluguéis”.
    Abraço

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 9:18

      Tem razão, falha minha, obrigado.

  22. Tarzan comentou em 27/09/12 at 9:02

    Declarar e manter por tanto tempo uma “guerra contra as drogas” é buscar impensadamente solução parecida com a instalação de câmeras nas salas de aulas. Aceita-se que o problema se desenvolva e tome corpo, para só então lidar com ele, equivocadamente. Gasta-se bilhões em aparatos, armas, quando ações preventivas e de saúde pública, ainda que trouxessem resultado apenas a médio e longo prazo, sairiam mais baratas, seriam efetivas e definitivas. Mas há muitos interesses envolvidos numa guerra contra as drogas ou instalação de câmeras em salas de aulas. E são apenas dois exemplos das muitas políticas propositadamente erradas que são tomadas contra males sociais.

    • Tarzan comentou em 27/09/12 at 9:04

      *ações preventivas, educacionais e de saúde pública,*

  23. Alex comentou em 27/09/12 at 8:58

    Eu tambem me interesso bastante pelo tema. No mundo inteiro existem pressoes migratorias e de passagem de entorpecentes, em direcao ‘a Europa, Australia, Israel, e agora ate’ mesmo ao Brasil. So’ que nestas regiôes de Ciudad Juarez-El Paso e Tijuana-San Diego a situacao atingiu um nivel de brutalidade surreal. O crime no Mexico ja’ engoliu o estado ha’ muito tempo. Pior, nao consigo ver no Mexico uma sociedade organizada capaz de tentar reverter a situacao.

  24. Denis comentou em 27/09/12 at 8:52

    Essa foto publicada no artigo não é de mexicanos, e sim da Mara Salvatrucha, gangue barra pesadíssima criada por imigrante de El Salvador nos EUA.

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 9:01

      Na legenda que achei, diz que é uma gangue mexicana. Veja: http://a4cgr.wordpress.com/2011/12/20/05-812/ Eu não quis usar foto de cenas de crime porque são pesadas demais.

      • Denis comentou em 27/09/12 at 9:26

        Percebi que eram a Mara por causa das tatuagens e do sinal de chifre que eles fazem. Aliás, em um documentário que assisti sobre essa gangue, eles fazem esse sinal porque os criadores dela eram fãs de heavy metal. A Mara daria outro post sobre o assunto não?

        • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 9:32

          Com certeza absoluta, grande tema.

        • Leo PP comentou em 27/09/12 at 11:16

          Cara, apesar dos MS serem em maior número em El Salvador, é bom lembrar que a gangue surgiu nos EUA e depois imigrou para El Salvador após muitos salvadorenhos serem deportados para sua terra natal.

          Logo, os maras se espalharam por toda a América Central…inclusive no México…que aliás foram a grande inspiração para a criação da MS…por meio das gangues mexicanas existentes nos presídios e ruas de LA.

          Acho que o documentário que se referiu é “La Vida Loca” de Christian Poveda…que foi assassinado anos depois do documentário ter sido lançado.

    • Leandro comentou em 27/09/12 at 9:22

      Achei que era o grupo BOO Ya Tribe…

    • bruno capu comentou em 27/09/12 at 14:02

      nesta pagina há esta foto como sendo da MS : http://maistatuagem.com.br/artigos/mara-salvatrucha-ms-13/

  25. Vladimir Cunha comentou em 27/09/12 at 8:48

    Barcinski,

    Se tu gostou desse livro te recomendo esse aqui, que é excelente:

    http://www.amazon.com/Infiltrator-Secret-Inside-Escobars-Medell%C3%ADn/dp/0316077534/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1348746405&sr=1-1&keywords=infiltrator

    E também o documentário Cocaine Cowboys, que conta a história do tráfico de cocaína em Miami nos anos 80. É Scarface da vida real.

    Saca só o trailer:

    http://www.youtube.com/watch?v=0sJiBoqH1Yg

    Abs

    V

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 8:50

      Não conheço nenhum dos dois, mas vou atrás com certeza, acho o tema fascinante.

      • Vladimir Cunha comentou em 27/09/12 at 10:53

        Outro que é bem interessante é El Sicario – The Autobiography of a Mexican Assassin. Obviamente não é tão bem escrito quanto esses que a gente falou aqui, mas vale por ser um depoimento em primeira pessoa de alguém que viveu a parada por dentro.

        Quanto ao Cocaine Cowboys o filme e uma aula de edição, porque é editado no ritmo da droga. Os cortes são frenéticos e as histórias incríveis. É um dos melhores documentários que já vi.

        V

  26. Reynaldo comentou em 27/09/12 at 8:44

    Tem uma série excelente – Breaking Bad – cuja temática é poder e orgulho. As drogas permeiam a narrativa e o personagem, Walter White, vai se transformando numa espécie de Scarface suburbano. Nela há momentos que o cartel é protagonista principal. Assustador realmente.
    Abraço

  27. Al Diniz comentou em 27/09/12 at 8:37

    O tema aparece no romance “2666”, de Roberto Bolaño, notadamente uma epidemia de assassinatos de mulheres que ocorreu em Ciudad Juarez e em outras cidades pobres no norte do México. Bolaño emprega objetividade jornalística, quase antropológica, para descreber a barbaridade desses assassinatos gratuitos que pareciam brotar do solo da região, sem uma causa (o tráfico? A violência latente? A classe política corrupta?) clara ou a possibilidade de resolução investigativa convencional. Aliás, “2666” é um dos grandes livros dos últimos 20 anos, deve ser um contraponto interessante aos livros investigativos sobre o tema.

  28. Thales comentou em 27/09/12 at 7:57

    E pensar que Ciudad Juarez é uma homenagem a Benito Juarez, um dos melhores líderes latino-americanos de todos os tempos… Triste fim.

  29. Pedro Reis III comentou em 27/09/12 at 7:45

    Vou procurá-lo e assim que der e lerei em conjunto com o “Mc Mafia”. Lembro que logo quando cheguei em Berlim fui ver um documentário sobre a Ciudad Juarez num festival de cinema latinoamericano. Os diretores do documentário estavam ,claro, vivendo fora do México por conta das muitas ameacas que sofreram. Saí do filme totalmente baqueado, pois parece que ali nao há saída todos os níveis da sociedade parecem estar cooptados por bandidos barra-pesadíssima e quem luta contra tem fatalmente seus dias contatos. O engajamento de algumas estrelas do cinema parece ter jogado luz ao tema, mas de maneira somente paliativa. O que vi no documentário, cujo nome nao me vem à cabeca, e escutei da discussao com os diretores me fez pensar num pesadelo real que dura décadas e décadas e só faz piorar. Isto sim, o horror, o horror !
    Valeu a dica.

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 8:17

      O livro tem uns trechos que parecem horror gótico, é impressionante.

  30. Marco comentou em 27/09/12 at 7:45

    Pois é. O México é o exemplo acabado de como faz mal seguir e estar perto dos EUA. O dia a dia dessa carnificina toda pode ser acompanhada pelo blog Narco. Cenas de decapitações, assasinatos às dúzias…
    Ainda me lembro de no início dos anos 2000, auge do neoliberalismo, a imprensa brasileira praticamente exigia que o Brasil seguisse o exemplo “promissor” do México quando este se juntou a ALCA, e aos interesses americanos, e desprezava o Mercosul. Emblemática era uma capa da Veja que mostrava o Brasil como um “pintinho” perto da águia americana… Taí o resultado.
    Aproveitando a oportunidade, legal também mostrar as batalhas de manifestantes espanhóis contra o governo de lá. O NYT mostrou uma reportagem com fotos sobre a pobreza em que vivem os espanhóis hoje. Muitos passando fome. Impressionante.

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 8:18

      Marco, a Colômbia não está perto dos EUA e sofre da mesma forma. Na verdade, a culpa, em boa parte, é da tal “Guerra às Drogas”, essa política americana que vem influenciando outros países e que só faz piorar as coisas.

    • RicardoR comentou em 27/09/12 at 8:28

      Quanta bobagem.

      O Canadá segue e está perto dos EUA e não virou o caos que o méxico está. E o que ALCA e Mercosul tem a ver com o assunto ?

      • Geraldo comentou em 27/09/12 at 11:58

        No Canadá também se produz maconha hidropônica e em estufas iluminadas artificialmente.

    • Gustavo comentou em 27/09/12 at 12:24

      Não tem nada a ver uma coisa pra outra…Canadá, México, Colombia, Chile, todos tem acordo de livre comercio com os EUA e, economicamente estão muito bem, muito melhor alias que o Brasil, que prefere fazer acordos com caudilhos como Chaves e cia. O México alias é o novo queridinho dos investidores, com perspectiva de ultrapassar o Brasil e se tornar a maior economia da AL, o que só prova que não tem nada a ver misturar economia com a tal da “guerra as drogas”, mas o brasileiro se amarra em toda chance que tem dizer que a culpa das mazelas da AL são sempre dos EUA ou do fato de se associar a eles…é a famosa sindrome-de-vira-latas-latino.

      • Andre Barcinski comentou em 27/09/12 at 13:22

        Mais de 90% da cocaína que passa pelo México é vendida nos EUA e cerca de 90% das armas dos cartéis mexicanos são compradas nos EUA. Mas não, vc tem razão, os EUA não têm culpa de nada.

        • Anônimo comentou em 28/09/12 at 14:54

          Você me entendeu errado, é obvio que os EUA tem culpa pois são os principais consumidores. Mas misturar economia, ALCA, como fez o comentarista acima, com politica antidrogas não tem nada a ver. Basta perguntar a um chileno se ele gostaria de entrar pro mercosul.

          Alias, por conta desse seu post, ontem revi no Netflix Scarface, que apesar de não ter mexico na historia, é um belo tapa nessa politica de guerra as drogas, onde todo mundo (policia, politicos, bancos, e por fim traficantes) ganham muita grana.

      • Roger comentou em 27/09/12 at 13:31

        Vale lembrar que há dez anos o PIB mexicano era bastante superior ao brasileiro. Hoje não é nem metade. Não vejo como as coisas podem estar tão melhores assim pra eles. E essa perspectiva do México ultrapassar o Brasil nada mais é do que a previsão de um banco japonês, não é certeza de nada, pura especulação. Certeza eu tenho é que se o Brasil tivesse se aliado a ALCA, hoje estaria em situação muito pior.

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