Uma cidade revoltada - e desconectada
17/10/12 07:05
Este é um texto diferente do que você está acostumado a ler aqui no blog.
É um texto mais extenso que o normal. Peço um pouco de paciência. Leia com calma, que vale a pena.
É a história de como uma iniciativa bancada com leis de incentivo e aparentemente benéfica à população se revelou um desperdício de dinheiro público e um prejuízo para comerciantes e profissionais locais, além de uma frustração imensa para uma cidade.
Tudo começou em maio de 2012, quando aconteceu em Paraty (RJ) a Virada Digital.
Era um evento de “inclusão digital”, que prometia deixar para a cidade um legado de tecnologia e infraestrutura de Internet e levar conhecimento a comunidades carentes da região.
A Virada Digital foi bancada por isenção fiscal e patrocinada por estatais e grandes empresas do setor de telecomunicações. Teve apoio institucional da prefeitura local, dos governos Federal e do Estado do Rio e patrocínio da Petrobras, Caixa Econômica Federal, Embratel e Cisco.
O evento foi realizado por uma empresa chamada Ninui, de propriedade de Roberto Andrade. Andrade foi um dos responsáveis pela vinda da Campus Party ao Brasil e foi coordenador de Internet da campanha de Dilma Roussef à Presidência, em 2010.
A Ninui conseguiu aprovação de captação de recursos com o Ministério da Cultura (2,3 milhões de reais) e por meio da Lei Estadual do Rio de Janeiro (1,47 milhão de reais). A Petrobras (600 mil reais) e Embratel (150 mil reais) usaram a Lei Estadual do Rio.
Veja um vídeo em que curadores e o organizador falam sobre a expectativa em relação ao evento:
Durante os três dias do evento, foram realizados debates e palestras sobre cultura digital e instalados pontos de internet de alta velocidade na cidade, para uso gratuito da população.
Entre os debates, houve um com o tema “Paraty Digital – Paraty Século 21”, que contou com Gilberto Gil (que gravou um depoimento em vídeo), especialistas em inclusão digital e com Pablo Capilé, da rede Fora do Eixo, que deixou esse depoimento surpreendente em que revela que Paraty fica no interior:
Qualquer morador da cidade poderia dar um belo depoimento sobre a moderníssima rede de Internet da região, que não resiste a uma garoa, ou sobre as inúmeras comunidades rurais sem acesso à web, ou ainda sobre a velocidade supersônica da conexão local (no momento em que escrevo, exatos 439,83 kbps).
Mas o evento trouxe esperanças de melhoria aos moradores. Depois da Virada Digital, fomos informados, tudo mudaria.
Em entrevistas e no próprio release da Virada Digital, o organizador prometeu que um cabeamento de fibra ótica de 100 Mb de velocidade, que a Embratel colocaria no evento, ficaria para a cidade.
“Ela (a fibra ótica) veio do mar através de Trindade (…). Esta fibra ótica ficará na cidade após o evento, é compromisso da Embratel, o que representará um salto de qualidade no serviço de internet em Paraty”, afirmou Roberto Andrade ao site Paraty.com, em abril de 2012.
A Embratel, no entanto, não confirma isso. Procurada pela Folha, a empresa afirmou: “A estrutura utilizada na cidade de Paraty-RJ foi projetada especificamente para o evento Virada Digital.” A empresa não informa se planeja explorar comercialmente o cabeamento.
“A Internet aqui na nossa região é tão ruim que até parece aqueles telefones de fio e caixas de fósforos que fazíamos quando crianças”, disse Amaury Barbosa, Secretário de Cultura de Paraty. “Recebemos a promessa do Sr. Roberto Andrade de que receberíamos computadores e a fibra ótica, colocada por ocasião do evento, deixaria um benefício para a cidade.”
Outra reclamação da Prefeitura se refere à promessa de doação de equipamentos de informática. O release da Virada Digital diz: “Todo o aparato tecnológico do evento, como (…) computadores instalados, será doado à cidade e ficará como legado do evento.”
“Estávamos contando com o apoio de uma grande marca de computadores”, disse Andrade. “Fomos avisados na véspera do evento que a marca não participaria (…) Isto nos pegou de surpresa.”
Apesar de ter sido avisado “na véspera”, o evento manteve, em seu release de imprensa, a informação sobre a doação. “Reconheço que deveríamos ter retirado do release o assunto dos computadores”, afirma Andrade. “Foi um erro de comunicação”.
A Virada Digital também deixou dívidas com agências de turismo, pousadas, restaurantes e profissionais da cidade.
Apurei onze casos, com dívidas que vão de 5 mil a 160 mil reais. Tive acesso a contratos, recibos, e-mails e cheques da Ninui que foram usados para pagar fornecedores e, depois, sustados. Até o rapper MV Bill, um dos curadores do evento, tinha dinheiro a receber da Virada Digital.
Uma coordenadora de logística, que recebeu cerca de 2 mil reais para trabalhar no evento, ficou com dívidas de mais de 50 mil reais em pousadas e agências de turismo da cidade. “Fiz as reservas para o evento, que não pagou ninguém. Agora é meu nome que está sujo”, diz a coordenadora, que pediu para não ser identificada.
O escritório da Ninui, empresa que recebeu as verbas via lei de incentivo, foi fechado no fim de setembro.
Mesmo com todos esses problemas, a Virada Digital anuncia outras edições. Segundo o site da Virada, o evento volta a acontecer em 2013 no Rio de Janeiro e em 2014 nas cidades-sede da Copa do Mundo.
É ver para crer.
todas estas palavras:sustentabilidade,inclusão,incentivo,ongs etc …esconde ha varios anos uma porção de aproveitadores que acha q o estado deve ser paternalista!isso mata a criatividade e não raríssimas exceções,pouco se produz!
O piloto lá devolveu o dinheiro?
“lei de incentivo” e “captação de recursos”…. entenda-se: vamos roubar com o aval do governo…
Como está o Ministério Público nesse caso?
E o filme Chatô do Guilherme Fontes, que foi outro caso de farra de uso de recursos públicos através de leis de incentivo?
Há uma escritora no quadro de publicações de minha editora que, ano passado, foi convidada a participar de um debate e palestrar na Feira do Livro de Ribeirão Preto. Convite aceito, nunca mais os organizadores do evento a procuraram, para tratar de hospedagem etc. Pensamos que os tais simplesmente desistiram do convite, mas não é que soubemos que a escritora debateu e palestrou na Feira do Livro? Detalhe: na data da feira, como os organizadores não nos procuraram mais, estávamos reunidos em Buenos Aires, tratando de uma tradução do último livro lançado pela autora, em espanhol. Ou seja: ela conseguiu o feito de estar conosco na capital da argentina e em Ribeirão Preto. É sério isto. Depois soubemos de outros 5 escritores, pelo menos, que também não receberam confirmação do convite, nunca viajaram até Ribeirão Preto, mas lá estiveram palestrando (noticiaram nos jornais e tudo), só não conseguimos ainda saber como. Meio fora do tópico o comentário, mas ilustra bem o que acontece Brasil afora.
Incrível a história. Deve rolar isso direto.
Andre, você já viu a propaganda da Bra hma da copa sobre os “pessimistas” de plantão, ou seja as pessoas que tem algum senso critico com toda essa roubalheira que está sendo feita.É incrivel que temos profissionais de marketing com a cara de pau para divulgar esse tipo de propaganda.
Francisco…. revoltante a propaganda…. estão nos chamando de “deixem disto seus idiotas”…
Muito bem lembrado, Francisco, para quem tem algum senso crítico, ver aquela propaganda chega a ser ultrajante, um convite para todos se tornarem chapa-branca. Lamentável.
Barcinski, completamente off topic, se quiser nem publica este comentário, mas faça um dia, por favor, um comentário no teu blog sobre o seguinte (que eu achei hilário…e me avisa para eu ler o teu artigo!). Tenho uns poemas que, acredito, com uma arrumação, até poderiam ser publicados num livro. Então, entrei em contato com um escritor, cujo nome não vou citar, por razões óbvias. Um escritor novato, mas que tem conhecimento do mercado literário. Primeira surpresa: editoras grandes não publicam mais poesia, pois é uma mercadoria ruim para venda (todo mundo lê, mas ninguém compra livro de poesia). Ok, não discordo das editoras. Afinal, são empresas e precisam ter lucro. Mas, se elas mantém um ou dois poetas de renome em seus quadros, apenas para fazer média e dizerem que publicam arte também, estão sendo hipócritas. Segunda surpresa: numa editora menor eu conseguiria pagar para publicarem meu livro. Preço: 8 mil reais, por um livro de boa qualidade (boa encadernação, revisão ortográfica, etc.). Segundo meu amigo escritor, para você consigar cobrir os custos da publicação (8 mil), você teria que vender pelo menos 300 livros, o que, segundo ele, é bastante difícil!!!!
Agora, veja só: 8 mil reais para que 300 pessoas te leiam. Nâo é uma coisa ilógica, considerando que na internet hoje qualquer pessoa pode fazer um blog gratuito e divulgar suas poesias? Caberia ao blogueiro fazer a publicidade de seu blog e, por consequencia, de seus poemas, utilizando twetter, facebook, publicidade, o cacete…. Acho que um blogueiro conseguiria mais de 300 leitores, muito mais do que os 300 compradores de livros.
Aliás, ou eu estou louco ou este negócio de editora é uma coisa obsoleta já. Os escritores póderiam fazer sites com suas obras, com acesso gratuito ou pago, vários escritores poderiam se reunir num site para fazer isso, etc.
Por fim, para pensarmos: com exceção do Paulo Coelho, você, por exemplo, deve ter mais leitores no teu blog do que a soma de leitores de mais da metade dos “imortais” da Academia Brasileira de Letras.
Tô rachando o bico… Definitivamente aos poetas só sobrou a internet. Porque pagar 8 mil, para ser lido por míseras 300 pessoas, só pode ser satisfação de ego.
rapaz,
a questão é que livro físico ainda é status e há todo um entorno. fora isso, você necessita de um legitimador da sua produção poética. me explico: se não tiver ninguém minimamente importante afirmando que sua obra é boa, ninguém te lerá. então, não adianta ter blog, site, o que for, divulgando seu material. qualquer um com acesso à internet é capaz disso. por isso, quem “se leva mais a sério” busca uma editora.
as editoras, no momento, parecem não ter interesse em livros virtuais, que poderiam custar 1,99, por exemplo, e muito menos formar e consolidar tal mercado. por que não têm interesse? diversos fatores. dentre um deles, acreditam que só alguém com leitor digital teria interesse em comprar livro virtual; logo.
é por aí.
Caro t., concordo contigo. Mas sinceramente, tô cagando para um legitimador de minha produção poética…rsss. O que eu gostaria é que minha poesia fosse lida e acho que há meios de se fazer isso num blog, aliado a publicidade maciça. Não tenho interesse em ficar rico e nem em sentar numa cadeira mofada da ABL. Só não entendo por que os escritores ainda não mandaram às editoras às favas e passaram a gerir seus próprios negócios literários. Eu me levo a sério, meu caro. Aliás, só quem publica em editora se leva a sério, segundo tua opinião? Abraços.
marcio,
creio que você não me entendeu direito. tanto que pus aspas no levado a sério. milhões de pessoas postam suas obras em blogs, sites etc. isso faz com que sejam lidas, mesmo com facebook, twitter etc.? não.
por que não? pois não há essa legitimação. conteúdo gratuito não é sinônimo de conteúdo ‘consumido’. a editora é um desses que executam o papel de legitimação; por isso, o interesse dos escritores em sair por editoras, mesmo com a possibilidade de publicação online.
e gerir negócio no brasil dá um trabalhão, seja ele literário ou não. taí o andré pra comprovar. e ainda assim não há garantia.
Vc escreveu….: “a editora é um desses que executam o papel de legitimação”. ???? Quem conferiu esta autoridade às editoras? As Escrituras Sagradas? O fato é o seguinte meu caro: há pessoas escrevendo e sendo muitas vezes mais lida em blogs do que escritores que publicam livros. Eu apenas desejo que leiam meus poemas e comentem. Estou cagando para prêmios literários (isto é consequencia e não o que se deve buscar ao escrever). O que eu proponho é que acabe de uma vez por todas esta idéia tacanha como a sua, a de que é preciso uma editora para te legitimar como escritor. Prefiro ter, sei lá, 1000 leitores do meu blog comentando minha poesia do que 200 gatos pingados comprando meu livro.
Claro, gostaria de ter um livro publicado numa editora. Mas do jeito que está, só consegue publicar, sendo iniciante, quem tem muito $$$, para ser lido por meia dúzia. Prefiro fazer meu blog e se ele bombar (o que pode não ocorrer comigo, mas pode ocorrer com outro), a editora que venha atrás. Não é o escritor que deveria mais ir atrás da editora. Com a internet deveria ser o contrário. Abraços.
Olha, numa boa, tô gostando do papo, mas de agora em diante é entre vcs, ok? Não levem a mal.
vanity press
Mas não são só poetas. O Veríssimo já declarou que não vive de livros. O VERÍSSIMO!
O que me leva à conclusão que, no momento autal, as editoras que foram extremamente úteis no passado, tornaram-se obsoletas. Não tenho nada contra editora, embora acho que eles não respeitam a poesia contemporânea. Mas já não vivemos num tempo em que se precisa de editoras e livros de papel para divulgar idéias. Concordo que a maioria das poesias da internet possam ser lixos. Mas, talvez, em alguns dos milhares de blogs e sites espalhados pelo mundo alguém, esteja fazendo poesia de primeira qualidade e…não consegue publicar, por que publicar por editora torna-se inviável ao iniciante. Sinceramente, pagar 8 mil para 300 leitores te lerem? Eu até poderia pagar, mas acho ridículo, não pelo preço, mas pelo número irrisório de leitores (300!). Como disse o Barcinski, se pegássemos todos os leitores dos escritores contemporâneos, acho q
Amigo, com todo o respeito. Concordo contigo quando diz que as editoras não respeitam a poesia contemporânea, pelo menos parte delas realmente não respeitam. Mas como publicar poesia no Brasil? Pobre da editora que resumir o seu cronograma de publicações à poesia, pois não vende. Em Portugal, país menor e, portanto, população menor, embora os poetas de lá reclamem, consome-se, sem exagero, 350% mais livros de poesia do que no Brasil – aconselho que busque uma casa editorial de lá. Posso citar ao menos 3 casos de editores que abriram suas casas pensando em publicar poesia e foram obrigados a rever a linha editorial ou faliram. As editoras não se tornaram obsoletas. Foram tragadas pelas grandes companhias editoriais que compraram dezenas e dezenas de editoras, gráficas etc., e só publicam autores conhecidos ou sucesso garantido. As editoras médias ao menos dão oportunidade a autores que fatalmente estariam fadados a vender seus livros para familiares, amigos ou meia dúzia de visitantes de blogs (exceção ao Barcinski, por exemplo, que há anos cultiva os seus leitores fiéis). Tente publicar por conta própria e encontrar distribuidor. Nenhum aceita trabalhar com tiragem abaixo de 10 mil exemplares ou 20, 30 títulos de cada fornecedor. E cobram 45%!!! As livrarias cobram de 30 a 40%. O autor leva 10%. Ou seja, tirando os custos, os editores médios e pequenos trabalham por 10 as vezes 5% de lucro. E se não pagam jabaculê, como é conhecida a comissão que se paga às grandes livrarias pelos melhores lugares dos estabelecimentos, os livros fatalmente serão esquecidos nas estantes. Enfim, não estou defendendo o meu peixe, mas não é como você disse. Tenho uma editora e posso afirmar.
Outra coisa: as editoras não mantém dois ou três autores conhecidos ou consagrados, pensando na quantidade de leitores que eles são capazes de arrecadar. Pensam é nas compras governamentais, que representam 60% de toda a receita que gira anualmente com a literatura em geral. A verdade é que pouco se lê e se vende poesia no Brasil.
Concordo Moacir. Mas, insisto: precisamos quebrar este paradigma… ferramenta há…a internet. No começo rirão dos escritores de internet, obviamente. Por que não fazemos como os músicos fizeram com as gravadoras? Não sou contra editoras. Mas nelas não há como ser publicada poesia, a não ser que você pague para ser escritor. Pagar para ser escritor? Qual a finalidade disto? Para mim é coisa de maluco. Abraços.
Pois é….o que me racha o bico é pensar num escritor da ABL….toda pompa e circunstância….rssss……número de leitores: 5 mil? 2 mil? 1 mil? kkkkkkkk. Sei que ter muitos leitores não significa necessariamente fazer literatura de qualdiade. Mas ser um “Borges” ou um “Fernando Pessoa” para este número irrisório de pessoas? Qual a relevância real de um escritor desses? Qual a relevância dessa literatura para a atualidade? Decepcionei-me totalmente. Se dissessem que minha poesia é uma melda, beleza. O problema é que o iniciante não tem nem como ouvir de um editor que sua poesia é uma melda. NÃO É MAIS NECESSÁRIO UMA EDITORA PARA DIVULGAR UMA IDÉIA GENTE. A INTERNERT PERMITE CONTATO DIRETO ENTRE ESCRITOR/LEITOR. ESPERO QUE UM DIA AS EDITORAS SEJAM COMO DESPACHANTES….ALGO TOTALMENTE DESCARTÁVEL, QUE VOC PAGA SOMENTE PARA NÃO PRECISAR IR NO DETRAM PAGAR IPVA. E, BARCINSKI, ESPERO O DIA EM QUE O PRIMEIRO BLOGUEIRO OCUPARÁ UMA VAGA NA ABL……TORÇO POR VOCÊ…KKKK
“ESPERO O DIA EM QUE O PRIMEIRO BLOGUEIRO OCUPARÁ UMA VAGA NA ABL”.
Quem vive de “sonho” é padeiro…
Tô brincando….meu caro…mas é para ver como ainda se pensa que literatura só se faz com livros de papel e editoras comerciais, aliás os próprios escritores pensam assim. Apenas acho que, posso estar sendo quixotesco, quem paga 8 mil para ser lido por 300 pessoas é um OTÁRIO.
Foi assim que pensei quando cobraram R$ 1.200,00 por 100 exemplares impressos de meu livro. Ao menos foi gostosa a massagem no ego quando a editora aceitou publicá-lo. 🙂
Infelizmente a situação relatada no texto é bem comum.
Sinceramente, eu não veria problema na isenção fiscal desde que houvesse uma contrapartida justa para a população, sob pena da respectiva empresa ter de devolver aos cofres públicos o que não foi investido com multa e juros.
Aliás esse é o problema, a impunidade.
O auge do heavy metal foi na decada de 80 e inicio dos anos 90. Você notou André que é o único gênero musical que ainda perdura e leva multidões aos shows. O Rock In Rio anunciou algumas bandas dentre elas metallica e Iron Maiden. Faça um post sobre a fidelidade do publico metal, e por quê apenas esse gênero perdura tanto e não se esvai como outras modas do rock.
Não vai rolar. O André odeia Heavy Metal.
Eu tava ouvindo metal quando vcs ainda eram sonhos – ou pesadelos – de seus progenitores…
Sabem de nada. Barça faz parte da história do Metal carioca!! hehe..
Ouvia Metal em 1972 então…
ÚNICO gênero que leva multidões aos shows? Tem certeza?
Shows do Aviões do Fórro são sempre lotados.
Imaginem a putaria (desculpe o termo Barça!!) que vai ser com todos os eventos que teremos entre Copa do Mundo e Olimpíadas!?!?!
Esses pilantras vão embolsar milhões….e o povo pra variar a ver navios!!!
Nem acho que isso vá acontecer. É certeza. Só não sei a magnitude dos golpes.
eu não consigo comentar com comentários do tipo “isso é normal no Brasil”…fico horrorizado, assustado e acho quase inacreditável que uma coisa dessas aconteça..talvez eu seja muito ingênuo , mas nas minhas relações profissionais ,se algo assim acontecesse eu ficaria maluco .
Em Fortaleza houve uma polêmica recente também , o cantor Placido Domingo foi convidado para a inauguração do Centro de Eventos (eu visitei a obra por duas vezes, é simplesmente espetacular e muito bem feito). Mas o cachê dele revoltou muita gente : 3 milhões de reais (ou dólares ,não tenho certeza). Eu acho absurdo.
digo, eu não consigo *CONCORDAR com comentários…
Uma pena.
Com toda essa grana dava para comprar um monte de computadores decentes para as escolas públicas da região.
Faz muito tempo que eu deixei de acreditar nessas “iniciativas”.
Nao precisava de um texto tao longo. Poderia resumi-lo:
Evento realizado com incentivo fiscal no qual MV Bill era um dos curadores deixa prejuizo para cidade litoranea.
Se esse cara ta presente e’ sinal de acao entre amigos.
O que você escreveu não me surpreende. No Brasil parece que existe uma indústria especializada em captar dinheiro público com um monte de promessas e depois não dar retorno algum. Aí é só fechar a empresa que tudo fica por isso mesmo. Ahhh e claro abrir outra, com outro nome para nova captação.
Como um evento deste porte, com tantos figurões e grandes empresas envolvidos, podem dar este “chapéu” em toda cidade e ficar por isso mesmo? Talvez eu esteja desinformado, mas o caso parece ter gerado pouca repercussão. Será que o julgamento do mensalão e as eleições municipais não tem deixado espaço nos noticiários da grande imprensa?
Prezado André:
Considerando o tanto de documentos coletados e as questões levantadas, sugiro que você os envie para o Ministério Público Estadual e para o Ministério Público Estadual.
Vejamos o que acontece, vale a pena o acompanhamento No fim, poderemos, na pior das hipóteses, teremos uma história igual a do gerente do supermercado com o sorvete de chocolate.
Hugo, agradeço a sugestão. Mas sou jornalista, e minha função é reportar. Qualquer pessoa, especialmente os prejudicas, podem reclamar ao MP. Aliás, acho que alguns já o fizeram. Abraço.
Todo mundo mamando como se não houvesse amanhã.
Imagina a festa?
Foram 4,52 milhões em recursos para fazer o evento e não deixaram nenhum legado para a cidade além de dívidas?!!!! Parabéns ao pai da Campus Party…
Só pra deixar claro: foram 4,52 milhões APROVADOS, mas não quer dizer tudo isso foi captado. Que eu consegui apurar, em apenas uma das leis, foram 750 mil (600 da Petrobras e 150 da Embratel).
É por isso que eu falo que porrada só não conserta vidro.
E a coisa chegou a um ponto que é exatamente de porrada que esse tipo de gente precisa.
Alguem procurou investigar se o Capilé recebeu?
kkkk
“Fora do Beiço”…kkkkk
perdão, mas esse nick é fantástico.
“Fora do Beiço”, haheuahuehau, “Fora do Beiço”…
Essa indústria de eventos bancados por isenção fiscal é uma máfia.
Quando se toma esse dinheiro, o que será que é especificado no contrato como “legado”? Qual será a contrapartida?
Com certeza é algo tão abrangente e sem nenhum tipo de especificação, que acaba sendo interpretado de qualquer maneira, pra todo mundo se proteger da maracutaia.
“Brasil, um país de toLos”.
Lamentável.
É impressionante o que tem de pilantra se aproveitando destas leis de isenção fiscal nas mais variadas áreas. Parasitas que deveriam estar presos.
Não saquei Pablo…
Barcinski, li o texto todo e, de fato, valeu a pena. Só não fiquei surpreso com nada do que você relatou. Nosso país é assim mesmo, corrupto e picareta até o osso.
Revoltante. Ainda bem que a cidade conta com um jornalista que tem acesso a um suporte de comunicacao com visibilidade maior, mesmo que seja aqui no blog, para denunciar este tipo de má fé tao comum no mundo das leis de incentivo. Torco para que providências sejam tomadas nos orgaos e instâncias a que competem cuidar do caso. O triste desta situacao é que me parece que esta fatia do bolo para as cidades sede da Copo do Mundo eles já abocanharam. Pobres das cidades que terao estes pilantras por lá. Que fiquem de olhos abertos. Ótimo texto.
Mais um caso de pilantragem e mais uma vez alguém do fora do eixo envolvido.
estava pensando justamente nisso, Ricardo…
Salcifufu!!! Glu-glu!!! Yeah-yeah!!! Rááááááá!!!
Sensacional o texto, Barça. Mas esses parasitas de editais e isenção fiscal se espalham feito vírus. Difícil esse oba oba terminar. Quem fiscaliza é como o guarda de South Park. “Nada pra ver aqui” e tal.
Caro André,
Depois das fábulas contadas pelo “Rei”,nosso país perdeu o senso do que é ética e moral;é só varrer o lixo para debaixo do tapete vermelho…
É como o “rei” disse: “O povo não quer saber de mensalão, quer saber se o Palmeiras vai cair.”
Eles aplicam essa lógica para tudo.