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André Barcinski

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Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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“Rota Irlandesa”: um Ken Loach menor vale mais que a maioria dos filmes em cartaz

Por Andre Barcinski
25/10/12 07:05


 

Outro dia, recomendei aqui o grande “Kes” (1969), do cineasta britânico Ken Loach.

“Rota Irlandesa”, o mais recente filme de Loach, está em cartaz no Brasil. Mesmo não estando no mesmo nível de “Kes” e de outros filmes de Loach, como “Riff Raff” e “Agenda Secreta”, vale conferir.

O filme gira em torno de mercenários contratados como seguranças por grupos privados no Iraque. Eram ex-soldados recrutados para fazer escolta de políticos e jornalistas por Bagdá, e que praticamente recebiam carta branca dos Estados Unidos e dos países invasores para tratar a população iraquiana a ferro e fogo.

“Rota Irlandesa” era o nome dado à estrada que ligava o aeroporto de Bagdá à “Zona Verde” da cidade, dominada pelos americanos. “É a estrada mais perigosa do mundo”, diz um personagem do filme.

A história começa em Liverpool, em 2007, quando Fergus (o excelente Mark Womack), ex-chefe de um desses grupos, recebe a notícia de que o amigo Frankie (John Bishop) morreu em uma emboscada iraquiana.

Torturado pela culpa (Fergus havia convencido Frankie a trabalhar no Iraque) e pela vergonha do tratamento desumano a que submetia os iraquianos, Fergus resolve investigar a morte do amigo, e acaba encontrando sinais de uma conspiração.

“Rota Irlandesa” tem a forma de um “thriller”. Lembra muito “Agenda Secreta”, o ótimo filme de Loach sobre o esquema para tentar encobrir a morte de um ativista político na Irlanda do Norte.

O roteiro tem falhas, e algumas sequências parecem forçadas e implausíveis. Mas a história é tão boa e os atores, tão convincentes, que os defeitos não tiram a força do filme.

Se você não conhece a obra de Ken Loach, “Rota Irlandesa” pode ser um bom ponto de partida. Entre os filmes em cartaz, é um dos poucos que não trata o espectador como um cretino.

P.S. Estou fora e com acesso limitado à Internet. Por isso, alguns comentários podem demorar a ser publicados. 

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Comentários

  1. Mino Rasta comentou em 28/10/12 at 0:40

    (Aviso de data venia)
    Um filme nacional, sobre esse tema se feito na Inglaterra seria intitulado “007 contra a Rota Brasileira”. 00 é sigla de licença para matar, coisa que só os Bondinhas de menos de 18 podem ter.
    (Desculpem, mas num güento)

  2. Jeferson comentou em 27/10/12 at 23:50

    Dia 15 novembro, feriadão, o Telecine Cult vai passar TRÊS filmes do Ken Loach na sequência a partir das 20:00h: “Agenda Secreta”, “Kess” e “À Procura De Eric”.

    Diferente do Sebastião abaixo eu achei o “À Procura De Eric” bem divertido.

    Um filme mais leve do Ken Loach que me agradou por gostar de futebol e ter o Eric Cantona no papel dele mesmo. No mundo do bom mocismo do futebol e de seus jogadores garotos-propagandas cercados de assessores de marketing, consultores de imagem e o escambau, sempre é bom relembrarmos que o futebol já foi menos chato…

    • Andre Barcinski comentou em 28/10/12 at 9:51

      Demais, hein? Vou anotar aqui na agenda. Agenda Secreta é muito bom também.

  3. Leandro comentou em 26/10/12 at 13:46

    (Aquele que não quiser saber de fatos importantes do filme antes de vê-lo, não leia o comentário abaixo)

    Muito bom mesmo o filme. Pra mim, uma coisa vai ficar marcada: a cumplicidade do público com o Fergus quando ele descobre que matou o mercenário Nelson por ‘engano’. O cara foi no ponto ao fazer o espectador se sentir tão culpado quanto o personagem por ter desejado tanto a morte de um cara que, no final das contas, não era tão culpado quanto parecia. Sentimento cru e visceral assim é difícil de despertar.

  4. Diego comentou em 26/10/12 at 10:14

    Ainda na área de cinema, mas nada a ver com esse filme ou com Ken Loach, vc já assistiu Os Infratores, filme do John Hillcoat com roteiro e trilha do Nick Cave?
    Vi anteontem e achei um filmaço.

  5. paulo r. siqueira comentou em 25/10/12 at 21:39

    Assisti Kes há pouco tempo e fiquei muito impressionado com o filme, como um filme pode ser tão verdadeiro e cru em tudo o que mostra, com um final matador. Realmente um grande cineasta. Sem falar que precisei de legenda em inglês para entender alguma coisa, tamanho era o sotaque carregado dos ingleses daquela região.

  6. Guilherme Lignani comentou em 25/10/12 at 19:24

    Já leu “Blackwater”, Barcinski?

    • Andre Barcinski comentou em 26/10/12 at 1:23

      Não, do que se trata?

      • Sebastião comentou em 26/10/12 at 2:13

        Livro reportagem sobre os mercenários no Iraque.

        Ken loach é mestre, mas A procura de Eric é ruim hein barcinski?

  7. Lucas Mesquita comentou em 25/10/12 at 15:07

    Pela sinopse, é completamente diferente de “Kes”, mas vou assistir. Valeu pela dica.

    Ah, duas coisas:

    -Ontem assisti a “Habemus Papam”. Excelente. Você gostou?

    -Você pode me dar uma dica defilme do Heneke? Assistir a “Chaché”, “violência gratuita” e “Fita Branca”. Tem outro tão bom quanto esses três?

    • Rodrigo Goulart comentou em 27/10/12 at 10:27

      Veja “A professora de piano”, com uma atuação estupenda da Isabelle Huppert.

  8. Rodrigo Goulart comentou em 25/10/12 at 14:13

    Vi esse filme na semana passada. Gostei, mas achei o final meio forçado (prefiro não contar o pq e estragar a surpresa).

    Legal q ontem liguei num Telecine da vida à noite e estava passando “À Procura de Eric”, um filme despretensioso, mas muito divertido do Loach, e que fala mais alto a quem ama futebol.

  9. Fabiano comentou em 25/10/12 at 12:49

    Ventos da Liberdade do KL é sensacional! Ele leva a interpretação ao limite em Ladybird, Ladybird com a Crissy Rock e uma criança que, pra mim, tal a intensidade de algumas cenas, deve ter ficado traumatizada pra sempre!

  10. Adriano B. Oliveira comentou em 25/10/12 at 12:13

    Pois é, André, a coisa está feia mesmo no que anda tentando vingar no cinema. O cinema alternativo daqui está exibindo “Intocáveis” (aliás, você já o conferiu?) e já chegou a ter sessões com 10 pessoas! Maior luta apra angariar público.
    Mas o multiplex, esse parece incólume – fui pesquisar os filmes em animação para minha filha, daí notei que só tem opção em 3D! 2D não, é coisa do passado.
    Minha filha não gosta daquele óculos e fica toda atrapalhada, foi só 1 vez pra nunca mais.
    Não dão opção e perdem clientes. Acabaram com a graça de vez!

    • Diego comentou em 26/10/12 at 10:11

      Então acho que o problema é esse cinema. Porque Intocáveis tá passando até em multiplex de shopping e tem boa média de público.
      Fui ontem ver ele aqui no Rio, no Roxy em copacabana, cinema que tá exibindo ele desde a estreia, e a sessão estava cheia.

      Concordo que hoje em dia a demanda de filme comercial hoje em dia é muito grande. E quanto ao 3D assino embaixo, não tão dando opção. Mas acho essa afirmação que não tem filme bom saindo, que tem que espremer muito pra achar, meio exagerada e fatalista.

  11. Jose comentou em 25/10/12 at 11:05

    Esse filme e’ de 2010, certo?

  12. F de I comentou em 25/10/12 at 10:48

    Barça, e o Ziraldo “oito bola”, não vale um post?

  13. Guilherme comentou em 25/10/12 at 10:30

    mudando de assunto… estamos na semana dos autolatras! vulgo salão dos automóveis.

  14. Nilton comentou em 25/10/12 at 10:15

    Estou vendo sua participacao no Redacao Sportv e voce esta cheio e dedos para comemorar o titulo do seu Flu.

    • Denis comentou em 25/10/12 at 17:34

      Mais um título oferecido de presente…

  15. Pedro Hollanda comentou em 25/10/12 at 10:13

    Você sabia que John Bishop não é nem ator? Ele é comediante, e diz que foi oferecido o papel pq ele tem o sotaque scouse forte.

  16. Gabriela Guedes comentou em 25/10/12 at 10:03

    E esse The Angel’s Share? Será que vale a pena?

    Gostei muito também de Ventos da Liberdade. Achei um filme bem marcante da carreira do Loach.

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