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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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O melhor disco do ano já chegou

Por Andre Barcinski
26/10/12 07:05


 

Faz um mês que não escuto outra coisa. Quer dizer, até escuto, mas não presto atenção. Porque “The Seer”, do Swans, é daqueles discos que aniquila a concorrência. Qualquer coisa perto dele soa desimportante.

“The Seer” não é um disco fácil. É um CD duplo, com quase duas horas da música mais intensa e suja que você já ouviu. Mas nada que o Swans fez nesses últimos 30 anos foi de fácil digestão.

O Swans, na verdade, é um projeto solo de Michael Gira. Desde 1982, ele se cercou de parceiros, colaboradores e fãs, para criar sua visão particular de música e de mundo.

A banda surgiu no início dos anos 80, na cena “No Wave” nova-iorquina, que revelou Teenage Jesus and the Jerks, Glenn Branca e Sonic Youth (Thurston Moore tocou baixo numa das primeiras encarnações do Swans).

O grupo andou aos trancos e barrancos até 1997, quando Gira formou o Angels of Light. Em 2010, o Swans voltou com um álbum sensacional, “My Father Will Guide Me Up a Rope to the Sky”.

E voltou também às turnês. Os concertos confirmaram o que fãs mais novos só tinham ouvido falar: no palco, o Swans é insuperável; uma experiência sonora marcante, não só pela intensidade, mas pelo volume desumano a que Gira submete banda e público.

Se alguém tivesse de resumir o som do Swans, colocaria a banda na estante do “industrial”: um som eletrônico, pesado e lento, que influenciou Ministry e Nine Inch Nails.

Mas Michael Gira não concorda. Para ele, Swans tem mais a ver com o blues, com a eterna repetição de um riff até criar um efeito hipnotizante.

“The Seer” é assim: mantras de distorção e “drone” que transportam o ouvinte para um lugar longe, longe daqui. Às vezes, é insuportavelmente doloroso; em outras, bonito de chorar.

Se puder, compre a versão “deluxe” do disco, que vem com um DVD de apresentações ao vivo.

Gira diz que “The Seer” é a culminação de 30 anos de Swans, o disco que ele se preparou a vida toda para fazer. Fica a pergunta: depois que você faz a sua obra-prima, o que fazer?

P.S. Estou fora e com acesso limitado à Internet. Por isso, alguns comentários podem demorar a ser publicados. 

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Comentários

  1. Willian comentou em 26/10/12 at 17:07

    Realmente não gostei, mas o bom da democracia é isto, né? Eu também tenho uma banda que eu adoro, “The League of Gentlemen”, do Robert Fripp do King Crimson, que quando eu mostro as pessoas dizem que é legalzinho e dão um sorrisinho amarelo. E eu não consigo entender..rs

  2. Robertinhus comentou em 26/10/12 at 17:01

    Curti muito o The Seer! Lunacy é seguramente umas das mais belas cançoes desse século. Curiosamente, junto com o Killing Joke (Absolute Dissent), o Swans lançou um dos melhores discos depois de 30 anos de atividade. Já imaginou uma briga entre Jaz Coleman e Micheal Gira?

  3. Luiz Eduardo Galvão comentou em 26/10/12 at 16:43

    Outro disco muito importante desse ano, na minha opinião:
    The Cherry Thing- Neneh Cherry e The Thing

  4. Luiz Eduardo Galvão comentou em 26/10/12 at 16:34

    Outros discos desse ano que acho importantes:
    Neneh Cherry e The Thing- The Cherry Thing (The Thing é um trio sueco que tem muita influência do No Wave)
    Bill Laswell- Means of Deliverance
    Gary Clark Jr- Blak and Blu

  5. Marcão comentou em 26/10/12 at 16:30

    E eu tbm curti tua participação no Redação Sportv. Barça causando impacto até na GloboSat haha. Eu entendi o que tu quiz dizer ali. Do Bolt ser mais famoso do que o Bob Marley (no caso o Bolt que comentou que espera ser mais famoso um dia né?). O que estava em discussão não era o talento de cada um em seu ramo de atividade, ma o lance de hoje em dia ter mais divulgação com redes sociais e tal. Mas não concordo. Seria o mesmo que dizer que o Messi é mais famoso que o Maradona. Mas respeito tua opinião.

  6. Ricardo comentou em 26/10/12 at 16:16

    aonde compro isso no Brasil ?

  7. Julio comentou em 26/10/12 at 15:23

    realmente um grande disco. como o anterior era. é legal depois de 15 anos curtindo uma banda não só ver eles voltarem, mas lançarem um de seus melhores discos. ah, Barça, vc viu que o Crime + The City Solution voltou tb? estão lançando um disco novo e quem já ouviu esta falando muito bem! Abs!

  8. Marcão comentou em 26/10/12 at 15:03

    Devo ter escutado Swans uma vez. Se não me engano no Garagem. Ainda não tive a chance de ouvir esse novo ae. Quando vi o título do tópico achei que você ia comentar sobre o “Psychedelic Pill” , do Neil Young & Crazy Horse, que o véio disponibilizou para ouvirmos via streaming e a negada já disponibilizou pra download E mesmo antes do lançamento “oficial” já afirmo ser o disco do ano. Fácil.

    • carlos rangel comentou em 26/10/12 at 22:36

      vou atrás deste do Tio NY!

  9. Jr. comentou em 26/10/12 at 14:26

    Barça, um fora do tópico, estive passeando no blog do seu amigo Forastieri hj e me deparei com um post bem curtinho sobre Fellini. Transcreverei aqui o que está escrito lá, por que é curtinho, e, na verdade, não são frases do Forastieri: “O artista, como qualquer homem, aliás, deve enfrentar com decisão as dúvidas e os problemas. Aceitar a sua guerra, sem ilusões de conciliação, ou de que o mundo está pacificado. É isso que dá dignidade à missão do artista e do homem. O que me move é abrir os ouvidos e o coração ao precioso, ao que às vezes foi quase esquecido. A confusão da vida é a única salvação contra a mumificação dogmática…” Pelo que entendi, isso foi tirado do documentário “Fellini, Um Auto-Retrato”. Vc já viu? Se sim, ou qdo o ver, anyway, comente-o aqui para nós. Fiquei imaginando, se o doc nos traz uma citação isnpiradora como essa, o que mais de bom está “escondido” lá…

  10. leonardo comentou em 26/10/12 at 14:11

    “A banda surgiu no início dos anos 80, na cena “No Wave” nova-iorquina, que revelou Teenage Jesus and the Jerks, Glenn Branca e Sonic Youth (Thurston Moore tocou baixo numa das primeiras encarnações do Swans).”

    Na verdade, Sonic Youth não fez parte da cena No Wave (nem o Swans), eles surgiram um pouco depois, sem contar que sua proposta, por incrível que pareça, era bastante ortodoxa se comparada à descontrução praticada por gente como Pat Place, James Chance, Lydia Lunch, Arto Lindsay, dentre outros.

    • Andre Barcinski comentou em 26/10/12 at 15:18

      “Fazer parte da cena” quer dizer o quê? Ter uma carteirinha de membro? Swans e Sonic Youth tocaram com várias bandas da No Wave, eram contemporâneos e nunca negaram a influência.

      • Anônimo comentou em 26/10/12 at 20:35

        Meu deus por que esta necessidadade de contestar os mínimos detalhes! Se a música e boa it’s enough!

  11. Alexandre comentou em 26/10/12 at 13:36

    Pura mastrubação sonora que todo crítico de música parece adorar.

    • Andre Barcinski comentou em 26/10/12 at 15:19

      Ui!

      • Alexandre comentou em 26/10/12 at 17:13

        Comece a uivar Ui! no microfone, toque qualquer nota pra fazer barulho, com vários músicos pra mostrar que aquilo não é qualquer porcaria, e aí que o críticos A-D-O-R-A-M

        • Andre Barcinski comentou em 26/10/12 at 18:11

          Escreva qualquer coisa sobre uma banda que não canta sobre monstrinhos dominando um mundo imaginário de personagens de RPG, e os fãs D-E-T-E-S-T-A-M!

    • Denis comentou em 26/10/12 at 17:08

      No mínimo um fã do AC/DC ou do U2.

  12. wagner comentou em 26/10/12 at 13:34

    É o Philip Glass do Rock? Que doideira…

  13. Hoodjiah comentou em 26/10/12 at 12:46

    E o novo do Dead Can Dance? Não merece comentários?

  14. Aprumado comentou em 26/10/12 at 12:36

    Swans é post-rock infernal, mais pesado e sinistro do que 99,99% das bandinhas de metal.

  15. Paulo comentou em 26/10/12 at 12:30

    Sensacional, Barça tinha mais lido do que ouvido o Swans, achei um baita som por vezes opressivo e excruciante, provavelmente devem ter influenciado o Young Gods outra banda singular, o que você acha?

    • Julio comentou em 26/10/12 at 15:26

      os young gods tiraram o nome da banda do título do segundo ep dos swans, paulo.

      • Paulo comentou em 26/10/12 at 17:43

        tá explicado, então, obrigado

  16. Marcelo Carvalho comentou em 26/10/12 at 12:02

    Vou conferir essa dica!
    Gostei da sua participação no sportv.
    Estão querendo ser campeão no grito, não vamos deixar!
    Rumo ao Tetra!
    ST

  17. Victor comentou em 26/10/12 at 11:58

    Achei chato.

  18. Ewerton comentou em 26/10/12 at 11:55

    esse é de fato um album notável. quando um individuo/ou banda te prende a atenção sem fazer você perceber que passou 30 minutos ouvindo uma só música, significa muita coisa.

  19. Renato comentou em 26/10/12 at 11:46

    Para mim a obra-prima do Swans é o EP “Young God”. O que fazer depois de uma obra-prima? Ora, o Swans já fez: um discaço atrás do outro.

  20. luiz comentou em 26/10/12 at 11:25

    Melhor Álbum de 2012; Let It All In do I Am Kloot. Nunca vi uma linha do barça pra esses caras… grande banda de Manchester!!

  21. Dino comentou em 26/10/12 at 10:58

    Sério mesmo que tu gostou? Achei uma porcaria.

  22. Diego comentou em 26/10/12 at 10:54

    Achei chato pra caramba, mas eu não curto muito industrial.

  23. Claudio comentou em 26/10/12 at 10:27

    André, desculpe sair do assunto,mas um dia desses eu assisti uma entrevista do Zé do caixão com o Inri Cristo,filho de Deus trocando idéia com o filho do demo,foi demais,pareciam amigos de velhos tempos.
    Como foi apertar a mão de Inri? ele é gente boa? conseguiu garantir seu lugar no ceu? O mais perto que consegui chegar perto de Jesus foi quando eu comi um BOLOVO numa padoca podre. Abs

  24. JULIO comentou em 26/10/12 at 10:26

    Meu Deus…devo ter um gosto terrível mesmo para música.

  25. Diego comentou em 26/10/12 at 10:18

    Desculpe a ignorância, mas nunca tinha ouvido falar nesse Michael Gira. Swans acho que ouvi falar vagamente. Mas boa dica, vou conferir.

  26. jAH comentou em 26/10/12 at 9:58

    Pela descrição, parece insuportável…mal posso esperar para ouvir.

  27. Ricardo comentou em 26/10/12 at 9:49

    “Filth” dos Swans é uma das obras mais esporrentas e assustadoras que já ouvi. Estou curioso para conferir este “The Seer”!

  28. Paulo comentou em 26/10/12 at 8:57

    Belo disco mas música de 32 minutos não rola.

    • Andre Barcinski comentou em 26/10/12 at 15:21

      Não sabia que tinha limite pra duração de música.

      • Carlos Campos comentou em 26/10/12 at 16:10

        Realmente não há um limite, mas quem odeia rock progressivo nunca esquece de mencionar justamente o tamanho das músicas, nunca deixando de comparar com os dois ou três minutos de uma “canção” punk.

      • JULIO comentou em 26/10/12 at 17:00

        Não,não tem limite.Ele apenas não gosta,certo?

      • Marcelo Carvalho comentou em 26/10/12 at 17:20

        O Paulo é fã do Ramones.

        • Júnior comentou em 29/10/12 at 14:15

          Qual o problema em ser fã do Ramones ou não gostar de músicas de 32 minutos? É algo “inferior”? às vezes o pessoal é muito chato aqui.

  29. roberts comentou em 26/10/12 at 8:16

    Valeu pela dica Barça vou dar uma conferida!!Um disco que eu gostei pra caramba que você recomendou foi o do The Horrors, realmente esta banda é muito boa e tem personalidade…O disco novo do Muse me surpreendeu também, agora eles acertaram a mão e fizeram um grande disco, você poderia dar uma ouvida e acabar de vez com seu preconceito com eles rs….abraço!

    • Carlos Campos comentou em 26/10/12 at 16:12

      Se o Barcinski escutar o último do Muse, ele vai é reforçar seu “preconceito” contra a banda. Ô disco miserável de ruim!

      • Andre Barcinski comentou em 26/10/12 at 18:12

        Não é preconceito, é conceito. Eu nunca critiquei nada sem ouvir. Não ouvi esse novo do Muse ainda.

        • roberts comentou em 26/10/12 at 20:12

          To zuando Barça eu sei que você não vai gostar do disco rs….já o Sr. Carlos Campos é a Aracy de Almeida do blog….o cara não gosta de nada pô!!!!

          • Carlos Campos comentou em 29/10/12 at 13:41

            Caro Roberts, você afirmou que eu não gosto “de nada”. Isso porque – que memória, hein? – eu disse aqui uma vez que achava o Legião Urbana MUITO ruim e agora opino que o disco do Muse é uma obra miserável de tão fraca. Na sua concepção, pois, se eu não gosto de Legião Urbana ou acho ruim o disco do Muse, não gosto de nada. Ou seja, pra você Muse e Legião são TUDO na música, se critico, então não gosto de NADA, sou a “Aracy de Almeida do blog”. Pois, sinto lhe dizer, gosto de uma porrada de coisas cuja existência você ignora, afinal, pra você o rock ou a música ou mesmo as artes se resumem à Legião Urbana e Muse; mas não vou lhe fazer uma listinha das minhas preferências… Marly Marley do blog.

  30. Paulinho Perca de Sousa comentou em 26/10/12 at 8:00

    O melhor disco do ano é o “Dept. of Disappearance”, do Jason Lytle.

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