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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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Neil Young canta a derrota de sua geração

Por Andre Barcinski
30/10/12 07:05


 

“Eu vim aqui para confundir, não para explicar.” A frase é de Chacrinha. Mas poderia muito bem se aplicar a Neil Young.

Quem mais abriria um disco com uma “jam session” de 27 minutos?

Quem mais lançaria, num espaço de seis meses, dois discos e um livro?

Só Neil Young.

“Psychedelic Pill” é o 35º disco de estúdio da carreira de Young e seu segundo este ano. Há poucos meses, ele lançou “Americana”, uma coleção de interpretações de clássicos “folk” norte-americanos. E publicou também sua autobiografia, um livro que pouco revelou e só serviu para realçar sua aura de misterioso.

Quem busca significados ou mensagens nas letras de Neil Young, melhor procurar em outro lugar. Ele não é letrista de entregar nada de mão beijada. “Pense em mim como aquele que você nunca compreendeu”, ele disse em “Powderfinger”. É bem por aí mesmo.

O que não quer dizer que os discos de Young não tenham temas gerais. E a julgar por seus últimos LPs, Neil Young não está lá muito otimista. “Fork in the Road” (2009) era uma coleção de canções saudosistas, inspiradas por seu amor por automóveis velhos. “Le Noise” (2010) foi um experimento sônico de distorção e efeitos de guitarras, um álbum esparso e melancólico.

Já “Psychedelic Pill”, primeiro disco com o Crazy Horse em nove anos, parece uma admissão de derrota da geração que sonhou em mudar o mundo. O disco tem uma atmosfera de resignação e tristeza com o mundo moderno.

A faixa que abre o disco, “Driftin’ Back”, é uma digressão épica, cheia de microfonia e distorção, em que Young lamenta o presente, uma época em que “Picasso virou papel de parede” e “as coisas não soam como deveriam”.

“Ah, mais um hippie velho lembrando como o passado era bom”, dirão alguns.

Pode ser. Mas Neil Young nunca foi artista de desprezar o presente ou de abdicar do otimismo. Lembrar o passado é uma coisa, viver nele é outra. E Young nunca viveu no passado.

Mas os temas saudosistas não param em “Psychedelic Pill”. Parece que escrever a autobiografia fez Young reviver seu passado de uma forma que ele nunca tinha feito em disco antes.

“Ramada Inn”, a faixa mais bonita do disco, é outro épico – 17 minutos – sobre um casal convivendo com a ausência dos filhos, já crescidos. Tem um dos refrães mais bonitos já cantados pelo Crazy Horse.

“Born in Ontario”, por sua vez, é curta, tanto em beleza quanto em conteúdo. Uma música supérflua e simplória, um rockinho chinfrim com uma letra idem.  Bola fora.

Em “Twisted Road”, Young celebra alguns de seus heróis:  Dylan, Hank Williams e o Grateful Dead. “She’s Always Dancing” traz o Crazy Horse abdicando do barulho e tentando fazer uma música pop mais acessível. Seria a faixa “pra tocar no rádio” do disco, se não durasse quase 9 minutos.

Já “For the Love of Man” é uma baladinha singela, que parece meio descolada no meio do disco. Quem conhece os LPs piratas de Young vai reconhecê-la; costumava aparecer com o nome de “I Wonder Why”, e foi composta há pelo menos 30 anos. Por que Young resolveu ressuscitá-la, só ele pode responder.

Por fim, há “Walk Like a Giant”, música que já está rolando em shows e Youtubes por aí. Mais um colosso “grunge”, 16 minutos e tal de riffs pesados, um refrão para cantar – e assobiar – junto, a desafinação das vozes do Crazy Horse colaborando para o clima de “jam session” que Young e seus três comparsas do Horse sabem criar como ninguém.

“Psychedelic Pill” não é um disco fácil. É um CD duplo, com quase 90 minutos de música e três canções que, somadas, dão quase uma hora de som. É desigual e, em partes, pouco inspirado. Mas quando acerta, chega bem perto dos melhores momentos que esses quatro caipiras enfezados já gravaram.

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Comentários

  1. @pai_da_pietra comentou em 04/11/12 at 20:43

    Quando um crítico dia que determinado disco é” DIFÍCIL”…Pode ter certeza é terrível,,,,Lembro na Bizz antigamente nao sei que critico dizendo que o Lp Porks Soda do Primus era um disco difícil…mesmo assim compre…era terrível!…nao consegui chear no final…..

    • Renato comentou em 06/11/12 at 21:49

      Primus deve ser a pior banda do mundo…

  2. carlos martinez comentou em 02/11/12 at 10:04

    Li ha alguns anos , não lembro se na uncut ou mojo, uma critica a um disco de Neil Young, onde o critico defendia a tese que Neil havia sido o grande guitar hero da historia do rock. Chegava mesmo a compara-lo a Hendrix, e na avaliação deste critico Neil saia ganhando. Não lembro bem os motivos, mas o cara tinha um ponto. Neil Young tem uma estatura no equivqlente a Dylan e Hendrix, ou seja o cara faz parte do olimpo do rock. Ah, o disco é muito bom, sem ser perfeito, mas acima de 99% do que é produzido atualmente.

    • jAH comentou em 02/11/12 at 11:44

      Neil Young na verdade nunca foi um grande guitarrista, e não dá nem pra citar ele e JH numa mesma frase. Steve Vai é um puta guitarrista, mas who cares? Não é virtuosismo, é o sound do cara que faz a diferença. Da mesma forma a elite do jazz sempre torceu o nariz para Miles Davis, que não tem a técnica de um Winton Marsalis. Só que o cara revolucionou a sonoridade do jazz algumas vezes, enquanto Winton Marsalis é um chato.

      • Sérgio comentou em 02/11/12 at 20:48

        Neil pode não ser tão “técnico” quanto Hendrix, Clapton ou Vai. Mas tem um estilo único de tocar guitarra, que distorce as notas e martela sons até encontrar o caminho. Parece improvisação, algo que reflete suas emoções no momento da criação.

      • Luiz comentou em 03/11/12 at 15:42

        Cara se os solos de Danger Bird não são típicos de um grande guitarrista, eu desconheço o que seja um.

      • jAH comentou em 05/11/12 at 9:35

        Lembro que ficava hipnotizado pelo solo em Down By The River. Ele simplesmente ficava martelando uma única nota, durante boa parte da música; e era um efeito incrível. Claro que ele é grande, só não no sentido de virtuose. É como Tony Iommi, famoso pelos seus riffs incríveis, que qualquer estudante de guitarra consegue tocar, para sua satisfação; mas é um guitarrista limitado. Acho que guitar hero é um termo que cabe mais a um Bruce Springsteen, Steve Hunter, caras que vc associa imediatamente com a guitarra. NY é mais um poeta à sua maneira, um visionário, meio como Bob Dylan: desafinado, guitarrista mediano, mas genial.

  3. Sérgio comentou em 31/10/12 at 16:01

    Excelente artigo, André. O seu título já diz tudo: deve ser difícil para pessoas como Neil Young, Bob Dylan, Dennis Hopper, Marlon Brando (que já morreram) e outros libertários dos anos 60 ver que quase todas as suas lutas e conquistas foram abandonadas pelas novas gerações.

    Sei que sua influência não é mais a mesma em um mundo de Lady Gagas, Justins Biebers e Michels Telós, mas a música morrerá um pouco no dia em que Neil Young se for.

    • Luiz comentou em 01/11/12 at 12:14

      Onde foi que o Marlon Brando lutou? Na sua ilha particular? Gente, ser símbolo cultural de uma época não significa ter lutado contra os poderosos dessa época.
      Eu queria saber o que essa geração pós contracultura entende por “lutar por um mundo melhor”? Tocar guitarra?

  4. jAH comentou em 31/10/12 at 8:25

    Para quem já estava conformado a apenas aguardar lançamentos do baú do Raul, é uma grata surpresa. Há uma retomada dos riffs intermináveis e da velha guitarra que ecoam outros tempos. Nada original, thanks God, mas como o próprio diz, it’s all one song. Achei Americana um saco, e Le Noise passou batido. Já este reverberou. Crazy Horse é a banda whore de NY, não caberia outro ego do tamanho do cara como em CSN&Y. Uma vez comprei um disco solo do CH e é tão fraco que não me lembro de nenhuma frase. A mágica acontece a portas fechadas. Como NY teria dito a Dylan, que observou como a banda era fraca: “É, mas imagine o que vc pode fazer com uma banda dessas…”

    • Pedro comentou em 31/10/12 at 9:27

      É o mesmo que Tony Bennett ou Scott Walker analisarem Bob Dylan pelo que ele canta – é o de menos. O que conta é a faísca que sai. Vida longa ao Cavalo Louco.

      • jAH comentou em 01/11/12 at 22:38

        Down By The River é o Hey Joe do NY.

    • Thomaz comentou em 31/10/12 at 10:58

      No final o Americana acabou sendo uma espécie de jam session de aquecimento para o disco novo… uma das partes mais engraçadas da biografia dele é o pessoal do CSNY pegando Neil de canto e reclamando sobre o CH: pô, esses caras não tocam nada, o que tu quer com eles? Segundo Neil, eles entenderam quando saiu ‘Rust never sleeps’…

  5. Julio comentou em 31/10/12 at 2:26

    Neil Young é uma bosta superestimada.

    • Andre Barcinski comentou em 31/10/12 at 8:12

      Não entendi. Ou alguém é “uma bosta”, ou é “superestimado”. Não vejo como pode ser os dois.

      • Lucas comentou em 31/10/12 at 8:45

        É que ele pensou com muita força.

      • Julio comentou em 31/10/12 at 11:18

        Exato, os fãs de Neil Young não entendem muita coisa.

        • Andre Barcinski comentou em 31/10/12 at 11:48

          Verdade, todos os fãs do Neil Young são umas bestas. Imagino os fãs do Julio.

      • Agilberto Marcilio comentou em 31/10/12 at 22:42

        Barcinski, eu é que não te entendi: o Júlio considera o canadense uma bosta e acha que todos o superestimam. O estranho seria se ele dissesse: Neil Young é fantástico, um músico perfeito, mas é superestimado.

        • Andre Barcinski comentou em 01/11/12 at 8:30

          A frase é que ficou engraçada: “uma bosta superestimada”.

  6. César comentou em 30/10/12 at 20:42

    Barça, desculpe por postar um comentário fora do tema, mas tem a ver com outro post seu. Se você achou aquele lance das câmeras nas salas de aula um absurdo, você TEM que ler essa notícia…me deu até medo…

    http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/10/30/sistema-de-chip-em-uniforme-evita-que-alunos-matem-aula-em-escola-no-distrito-federal.htm

    • Andre Barcinski comentou em 31/10/12 at 8:14

      Impressionante. Não falta mais nada.

  7. Guilherme comentou em 30/10/12 at 17:52

    André, o que vc achou do novo álbum do tame impala ?

    • Andre Barcinski comentou em 30/10/12 at 18:16

      Não ouvi ainda, tô no meio de um trabalho gigante, mas tá na lista.

      • fabio comentou em 01/11/12 at 12:19

        Tame Impala novo = Obra-prima

        • Luiz Augusto Estacheski comentou em 05/11/12 at 17:36

          Tame Impala novo = Obra-prima [2]

          esses dias tava ouvindo alguns demos deles até que encontro isso.
          http://www.youtube.com/watch?v=lBbqOv1wv6Q

  8. F de I só na V comentou em 30/10/12 at 16:15

    Vou chamar o Neil, caso venha ao Brasil, pra comer um lanchinho do Ugues acompanhado de uma tubaína. Aí sim ele poderá filosofar sobre questões existencialistas…

  9. Lea comentou em 30/10/12 at 15:57

    André. off topic ….

    http://jornaldepiracicaba.com.br/capa/default.asp?p=viewnot&cat=viewnot&idnot=208175

    lembra que vc falou que rezar deveria ser na casinha de cada um, e o estado deveria ser laico.. e as pessoas reclamaram? acho que o tema eram as “heroínas da seleçao de volei” (pra mim perderam brilho pelo espetáculo crente: eu não sigo religião nenhuma, não curto)…afinal o problema, de acordo com alguns comentários, e que vc é que era muito mal humorado.. oras bolas, não quer orar? levanta e sai – um direito (???) seu… ha ha ha, olha a polícia ai, pra não deixar liberdade religiosa nenhuma, muito menos nenhum ateu participar da brincadeira… tristeza …só isso….

  10. Francisco Portela comentou em 30/10/12 at 15:36

    O mundo seria muito chato se eu não pudesse ouvir diariamente Neil Young & Crazy Horse.
    Nada, nada, nada posso dizer além disso.O velho é louco mesmo, e por esse motivo é que ele é o que é.Sem firulas !!!

  11. Alvaro comentou em 30/10/12 at 15:24

    Barça, se fosse possível comparar a outro disco do Neil Young este novo se aproximaria de qual?

    • Marcão comentou em 30/10/12 at 16:48

      Curioso para ler a resposta do Barça. Mas pra mim lembra (não estou comparando os discos, longe disso) algo do Zuma e do American Stars ‘N Bars.

    • Andre Barcinski comentou em 30/10/12 at 17:14

      Difícil. Não está entre os melhores, mas tem 3 ou 4 músicas muito boas. Talvez com o Mirror Ball, com o Pearl Jam.

      • neder comentou em 30/10/12 at 17:58

        Na mosca.

  12. Lula comentou em 30/10/12 at 15:04

    Valeu Braça, que bela canção essa que abre o disco. Os 16 minutos parecem 3.

  13. Tadeu comentou em 30/10/12 at 14:05

    Será que esse furacão vai inspirar muita gente p/ compor sobre o fim do mundo?

    • Marcão comentou em 30/10/12 at 14:21

      Isso eu não sei. Só sei que no dos outros é refresco e um maluco aqui no escritório fazendo piada “Muitos americanos acharam que esse furação Sandy seria junior e se deram mal.”

      • Carlos comentou em 30/10/12 at 15:48

        Pára de brincar com a desgraça dos outros!

      • F de I só na V comentou em 30/10/12 at 16:16

        Eu ri!

  14. Bia comentou em 30/10/12 at 13:47

    André, fora do tópico deste post, mas dentro do tópico daquele outro sobre câmeras nas escolas, viu que agora tem escola “chipando” as crianças para controle de freqüência e evitar que cabulem aula?

    • Andre Barcinski comentou em 30/10/12 at 14:15

      Não vi, mas acredito. E lamento.

  15. lucmes comentou em 30/10/12 at 13:39

    Por falar em Grateful Dead, vale um post sobre os blueseiros mais psicodélicos de todos os tempos, ou você não curte? Foi também uma lendária banda que nunca pôs os pés nesse país.

    • Andre Barcinski comentou em 30/10/12 at 14:15

      Na verdade, eles nunca puseram os pés em lugar algum, não é mesmo? Estavam sempre voando.

  16. Eduardo comentou em 30/10/12 at 13:15

    Caso fosse vivo, Frank Zappa poderia ser resposta pras perguntas que você formula na abertura do texto.
    Abraço

  17. Eduardo comentou em 30/10/12 at 13:05

    Pq a crítica fala em erros e acertos quando está comentando um disco ?

    • Andre Barcinski comentou em 30/10/12 at 13:11

      Ué, toda crítica é subjetiva. Quem escreve pode achar que tal música foi um erro, não?

      • Eduardo comentou em 30/10/12 at 13:18

        Talvez o crítico não gostou de determinado som/música, mas não quer dizer que o artista errou. Concordo que isso é algo subjetivo, mas o artista pode colocar um som específico pra dizer algo que a letra não diz e aí se o crítico não gostou desse som ele escreve que foi um erro. Parece injusto

        • Eduardo comentou em 30/10/12 at 13:20

          Correção: Se o crítico não gostou ou não entendeu o som, ele escreve que foi um erro.

        • Andre Barcinski comentou em 30/10/12 at 13:40

          Bom, críticas só suscitam discussões porque, aos olhos de alguns, parecem injustas. Se todo mundo concordasse, não rolava.

      • Rodrigo comentou em 30/10/12 at 21:07

        E esse é o maior erro que um crítico pode cometer. O cara estuda pra caramba, ouve e lê tudo o que cai pela frente, cria uma formação enorme, fala de cadeira… e vem dizer que “crítica é subjetiva”. Talvez você ache que uma avaliação médica também é subjetiva, que o médico “só acha” alguma coisa. Talvez até você saiba mais do que ele…

        • Andre Barcinski comentou em 31/10/12 at 8:14

          Para de falar besteira. Quer comparar medicina e crítica? Claro que vc usa argumentos para escrever mas, no fundo, toda crítica é subjetiva.

  18. Leonardo comentou em 30/10/12 at 12:55

    André, e essa empreitada do Neil para criar um novo formato de áudio digital que seja igual, ou o mais próximo possível, do som tirado nas mesas dos estúdios? O que você acha disso? Ele passa grande parte do livro fazendo “propaganda” do Puretone, depois Pono. Ele até mostrou o protótipo no Letterman! Eu acho a iniciativa louvável, e ele poderá entrar para a história com algo além da obra musical. Ao mesmo tempo, para quem seria destinado esse esforço? Será que as pessoas hoje ouvem música prestando, ou querendo prestar, atenção no que estão ouvindo, ou apenas como uma trilha sonora incidental? Será que ele conseguirá fazer as pessoas mudarem a forma de ouvir música? Ele acha que sim, o que já é um bom começo. Abs.

    • Andre Barcinski comentou em 30/10/12 at 13:04

      Acho louvável, mas inútil, numa época em que todo mundo ouve música em fones de ouvido, comprimida e de péssima qualidade. Me parece dar murro em ponta de faca.

  19. washington comentou em 30/10/12 at 12:49

    andré, também achei o disco bastante irregular mas, pelo menos é um dicso com a cara do que neil young tem feito ultimamente. adorei she’s always dancing e walk like a giant. outra coisa, o que tu achou daquele engodo disfarçado de disco do joey ramone chamado …ya know?

    • Andre Barcinski comentou em 30/10/12 at 13:05

      Cara, nem ouvi. Tenho uma baita resistência a discos póstumos. Se não saiu enquanto o artista estava vivo, deve ter uma razão, certo?

      • Anônimo comentou em 30/10/12 at 16:52

        e Andre, fiquei curioso pra saber se esta “waiting for that railroad ” quem saiu neste disco postumo, não é uma daquelas demos que tu ouviu no apto do Joey, como tu relatou no teu livro (Barulho).

    • Anônimo comentou em 30/10/12 at 16:50

      Cara, esse disco do Joey não é ruim não; basta escuta-lo com mais atenção (digamos carinho)… gostaria muito, que junto com o disco, tivessem lançado uma edição especial com as demos inacabadas mesmo, daí sim, seria bem legal.

  20. Marcão comentou em 30/10/12 at 12:14

    O disco sendo lançado oficialmente em um dia que o povo da costa leste americana não deve estar nem um pouco a fim de ouvir “Like a Hurricane” do Neil.

    • Andre Barcinski comentou em 30/10/12 at 12:41

      Verdade.

    • Carlos comentou em 30/10/12 at 13:14

      rsrs…Mancada.

      • Marcão comentou em 30/10/12 at 14:16

        Pior que o troço foi (está sendo) tão tenso que morreu nego até no Canadá.

  21. Luiz comentou em 30/10/12 at 11:13

    Não é um hippie velho saudosista. É um homem/artista maduro, percebendo aos poucos a canoa furada da contracultura e os excessos de só se dar voz ao “xóvem”.
    A qualidade precisa voltar. Chega de alçar “arctic monkeys” da vida à condição de gênios.

  22. Luis Mac comentou em 30/10/12 at 11:11

    Não ouvi o disco inteiro ainda, porém, pelo que ouvi (Ramada Inn, Walk like a Giant e Twisted Road) não tem como ser supérfluo ou “piloto automático” como disseram alguns… é coisa finíssima e difícil de se ouvir ultimamente.

  23. Pedro Reis III comentou em 30/10/12 at 10:25

    Demais a resenha. Irei ouvir na loja e ver se vale. Na real depois daquele post sobre o Bowie fiquei na vontade de preencher algumas das várias lacunas na discografia do cara. Estou entre “Diamond Dogs”, “Station to Station” e “The men who sold the world”. Alguém tem alguma sugestao para dar com uma rápida explicacao. Viva Neil Young ! Viva David Bowie !

    • Lucas comentou em 30/10/12 at 11:03

      Cara, livre-se desse problema, adquire os três, vai comprando aos aos poucos. “Sweet thing” ou “Rebel Rebel” do DD valem o disco, “Width of a circle” ou a faixa-título do Man… valem o disco, “Wild is the wind” ou “Word on a wing” do Station valem o disco. Para com isso! rsrs

    • Gus comentou em 30/10/12 at 11:57

      Entre esses 3 fico com o “The man who sold the world”, apesar de gostar dos outros 2 (mais do Station to Station).
      Se já conhece o Honky dory e o ziggy eh mais nessa pegada. O Station to Station já ta com um pé nas viagens, mas é bem bom e acessível.

      • Pedro Reis III comentou em 30/10/12 at 12:51

        Lucas e Gus valeu mesmo pelas dicas. A intencao é sem dúvida compra-los aos poucos,mas sem pressa. Há no mês que entra outras compras e contas a serem sanadas,antes da insanidade natalina chegar . De qualquer forma vcs me responderam exatamente da forma que eu queria saber, através do critério da pegada. Viva a confrariados tolos! Tenho poucos deles,mastodos fodas:Space Odity,ZiggyStardust,Low,Heroes e o próximo que virá. Ainda nao será o momento de “Aladin Sane”que acho foda,mastalvez de um destes que vcs comentaram. Boatarde pra todos eaté mar.

  24. Marcão comentou em 30/10/12 at 10:04

    Vou postar aqui o review do disco que postei no fórum que participo. http://s3.zetaboards.com/Some_Might_Say/index/

    Driftin Back – Começa folk, lembrando a fase inicial solo do Neil. Para na sequência emendar um “rockão” chumbado sem freio, típico da Crazy Horse. Detalhe que a versão elétrica é sobre-posta em outra rotação em cima da acústica. De propósito. Bem a cara do “véio canalha”. O cara têm que ter culhões para, em pleno 2012, lançar uma música com quase meia hora de duração abrindo um disco. E tu ouvir a parada do inicio ao fim e não enjoar nem um minuto. Mestre.

    Psychedelic Pill – Véio xarope. Lança a mesma música duas vezes no mesmo disco só para, na primeira versão usar e abusar de um efeito de guitarra chapado (não sou expert pra dizer o nome mas é igual um efeito de pedal que o Kurt Cobain usou e abusou nos shows que fez no Brasil) e diferenciar da versão que fecha o disco. Destaque para os solos.

    Ramada Inn – Minha preferida. Música do ano, se eu tivesse que escolher uma só. Uma das músicas que já haviam sido mostradas antes mesmo do disco ser disponibilizado , tanto o áudio como o vídeo que acompanha o Blu-ray. Já nasceu clássica. Percebe-se que Neil tentou transportar para o disco as “jams” intermináveis que sempre manda ver nos palcos junto dos seus velhos amigos. Destaque para o Poncho, que mantèm o posto de melhor guitarrista base da face da Terra. E para a vocalização, que mesmo quando desafina encanta nossos ouvidos. As quatro vozes nos fazendo viajar lá para o final dos 60´s, quando a outra “gangue” da qual o NY fazia parte, Crosby ,Stills, Nash and Young , comandavam a festa.

    Born In Ontario –Uma das que já estava sendo executada na maioria dos shows da tour. A mais country do disco. Neil respondendo para aqueles que insistem em duvidar que ele não nasceu nos EUA?

    Twisted Road –Neil agradecendo seus ídolos musicais por ter lhe apresentado o tal do rock´n roll. Já dava pra imaginar a baita sonzeira que viria, quando ouvimos a versão acústica tocada na tour. Só veio a confirmação na versão elétrica do disco.

    She’s Always Dancing – Os melhores solos do disco. Lembra muito o trabalho do Neil da ultima vez que gravou algo inédito com o trio Crosby Stills e Nash, no disco Looking Forward.

    For The Love Of Man – Imagina o Neil cantando no disco “da banana” do Velvet Underground…Única balada do disco. Vocal de arrepiar. Linda canção.

    Walk Like A Giant – Junto com “Ramada Inn”, a mais “clasúda” e preferida do disco. O assobio não me sai da cabeça desde que ouvi a primeira vez,quando o “véio” liberou a audição dela a alguns dias atrás. Coinsidência as duas terem quase a mesma duração? Destaque para baixo que faz tudo tremer do Billy Talbot. E para o final noise, que vai ser lindo presenciar ao vivo. Ou não.

    Psychedelic Pill (Bonus Track Alternate Mix) – Aquele arrasa quarteirão que não pode faltar num disco do NEIL YOUNG & CRAZY HORSE!!!

    Quando anunciaram que viria um disco duplo imaginei que seria pelo menos um lado só de acústicas, no naipe “quarteto fantástic”o que foram os quatro primeiros discos do Neil, e outro só paulada sangue nos zóio tipo o Rust Never Sleeps ou o Zuma. No geral é mais do mesmo, mais mesmo assim o suficiente para salvar a minha vida, musicalmente falando.Duvido que o Neil um dia volte a lançar algo que não seja numa cassetada só ao vivo, como ele sempre faz quando reúne de vez em quando os “Cavalo Doido” nos últimos 20 anos. O bom é que não param de tocar. Uma pena ninguém se prestar a trazer os caras pra tocar aqui. Não vou me perdoar ,pelo resto da minha vida, por ter perdido o show do Rio em 2001. Depois do fim dos Ramones (a ultima banda que me fez “gozar nas nuvens” num show) único show que ainda me empolgo para ver é o do Neil Young & Crazy Horse!!!

  25. neder comentou em 30/10/12 at 10:00

    Eu achei o disco fraco. Não ruim, mas qualquer coisa. Acho que Neil Young está banalizando sua música. São os mesmos timbres, as mesmas distorções, os mesmos truques sonoros. Na minha opinião, “Harvest Moon” foi seu último grande disco. Depois vem uma sequência excessiva de albuns medianos com um par de faixas realmente boas. Um período sem lançamentos ou talvez um disco com a Stray Gators desse uma arejada nas idéias. Mas sem Ben Keith também não faria sentido. Não sei se de modo consciente, mas parece que ele sabe que qualquer coisa que lançar será incensada. Usando uma expressão que você cita sempre, acho que ele está no automático faz tempo.

  26. Gus comentou em 30/10/12 at 9:55

    Sempre na expectativa por coisa nova do Neil Young, apesar de só ter gostado do Chrome Dreams 2 destes mais recentes.

    Agora Crazy Horse nunca deu pra pra engolir. O bandinha picareta. Só se salvam pela qualidade das músicas do velho Young mesmo…

  27. Max comentou em 30/10/12 at 9:02

    Os trinta primeiros segundos de “Ramada Inn” já valem o dia. Neil Young & Crazy Horse no formato mais clássico. Que maravilha!

  28. Marcel de Souza comentou em 30/10/12 at 8:55

    Bom dia André! Faço a mesma pergunta que fiz no post sobre o Leonard Cohen: não tem ninguém pra trazer esse cara pra tocar no Brasil?? 1 abraço!

    • Andre Barcinski comentou em 30/10/12 at 9:13

      Impressionante, não?

    • Paulo comentou em 30/10/12 at 9:36

      Presença confirmada no Rock in Rio 2013.

      • Andre Barcinski comentou em 30/10/12 at 9:40

        Quem? Ouvi Ben Harper, não Neil Young.

        • Marcão comentou em 30/10/12 at 10:18

          O lance do SWU ter sido cancelado esse ano que lascou tudo não? Neil havia prometido voltar pra tocar no festival, e não apenas palestrar como ano passado. Só vou pro RIR se ele tocar.

        • Paulo comentou em 30/10/12 at 10:19

          Neil Young. Pensamento possitivo, seja otimista… Ele virá.

    • Willian Ifanger comentou em 30/10/12 at 9:38

      Não não….ele só entende de sustentabilidade.

  29. jAH comentou em 30/10/12 at 8:46

    “It’s easy to get buried in the past/when you try to make the good things last”.
    p.s. Refrães, é? Vivendo e aprendendo…

    • Andre Barcinski comentou em 30/10/12 at 9:12

      Pois é, “refrães” soa mal, mas é certo.

      • Evandro comentou em 30/10/12 at 10:11

        Refrães, refrões, refrãos. Nesse caso, vale tuuuuudo,

      • jAH comentou em 30/10/12 at 10:35

        Pensando bem, “refrões” soa até pior…Refrain from refrões!

      • Marcão comentou em 30/10/12 at 10:36

        Lembrei daquela música do Wander Wildner…

        Paulo Francis foi pro céu, Steve Vai mas depois, Júpiter Maçã desenha cogumelos
        Walter Franco respira fundo, Neil Young can´t never die, Nei Lisboa digita no Aleph Birô
        A Graforréia Xilarmônica é a filarmônica do bom fim, em Porto Alegre no Rio Grande do Sul
        Os Paralamas tem sucesso, Nenhum de Nós é Ultramen, Wanderley Luiz Wildner

        Todos eles fazem bons refrões, todos eles fazem bons refrões,
        todos eles fazem bons refrões

        • Jose comentou em 30/10/12 at 16:18

          Jesus Cristo vai voltar, aleluia. em Porto Alegre ele vai morar.

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