"Nosferatu" no Ibirapuera foi show de horror
06/11/12 07:05
Sexta-feira, indiquei aqui no blog o filme “Nosferatu”, (1922), clássico do cinema Expressionista alemão, que seria exibido ao ar livre, no Parque Ibirapuera.
Gostaria de pedir desculpas pela indicação. Por favor, me perdoem se botei alguém numa roubada.
Segundo o relato de vários leitores e amigos que foram à exibição, “Nosferatu” foi um verdadeiro show de horror. Não o filme, claro, mas o comportamento do público.
Meu amigo Fred Botelho é um dos maiores cinéfilos que conheço. Poucas pessoas sabem tanto de cinema quanto ele. Fred levou a esposa, Lilian, e o filho adolescente, Léo, ao Ibirapuera. Aqui vai o relato dele:
“Chegamos meia hora antes do filme e conseguimos um lugar a cerca de 60 metros da tela. O parque estava muito iluminado. Havia luzes muito fortes que jogavam claridade na tela e prejudicaram muito a projeção. ‘Nosferatu’, como todos os filmes Expressionistas, tem um contraste muito acentuado na imagem, mas a projeção ficou ‘lavada’, o contraste não aparecia. Também havia poucas caixas de som. De onde estávamos, o som da orquestra estava muito baixo.
Mas o pior foi o público: nunca vi tanta gente batendo papo, twittando e tirando fotos. Tinha gente de costas para a tela, conversando em voz alta, sem a menor consideração pelas outras pessoas.
Ao nosso lado, havia um casal. O rapaz estava sentado e a menina, deitada, com a cabeça no colo dele. O rapaz ficava lendo as legendas em voz alta para a namorada.
Do outro lado, um grupinho de rapazes tomava vinho e conversava tão alto que a gente conseguia ouvir tudo. Um deles ficou contando o dia dele todo: as fofocas no trabalho, onde ele almoçou, etc. Dali a pouco, acenderam vários baseados. Não tenho nada contra, mas havia um monte de crianças ali. Mas foi bom, porque o sujeito fumou, ficou com sono e dormiu. Pelo menos assim ele parou de falar.
Minha conclusão: evento cultural gratuito ou com multidão no Brasil não dá mais, não vou. As pessoas não têm o menor respeito nem pela cultura, nem pelas outras pessoas. Parece que o filme era só uma desculpa para elas se comportarem mal.”
P.S.: Só para esclarecer: quando o Fred diz “nunca mais”, ele está dizendo que ele não vai mais a um evento desses, não que eventos gratuitos não devem mais acontecer.
Eu tive uma sensação completamente diferente. Onde eu estava sentada, as pessoas estavam em silêncio, sentadas, respeitosas e, mesmo longe do palco (do lado esquedo, bem perto da ambulância), ouvia bem a orquestra e o filme. Pra mim, Nosferatu proporcionou uma noite de amor por SP.
Absurdo as pessoas fumarem maconha na frente dos outros ! são patifes que deveriam ser presos imediatamente. onde estava a força publica nesta hora?
absurdo não é fumar maconha e sim, não respeitar o direito alheio. deixa de ser reaça, cara. os tempos mudaram.
Sempre digo em eventos gratúitos que dão em merda:
Cobre 1 real = metade dos que não prestam não vão.
Cobre 5 reais = só irão os mais civilizados.
E tenho dito!
* gratuitos
Amigo eu nem acho você o mais chato comentarista aqui do blog. Já achei um dia, mas não mais. Até já nos divertimos em alguns debates. Mas veja, toda vez que você diz “os que não prestam”, enche o meu saco. O cara pode ser o maior grosseirão. Eu até nem vou mais a eventos gratuitos por causa desses mal educados e ignorantes. Concordo com o seu comentário e acho que deveria ser cobrado ao menos os valores simbólicos que você mencionou, mas não se pode considerar que alguém não presta por isso, entende? Presta atenção no significado do que está dizendo! Alguém que não presta é que não serve para absolutamente nada e isso não existe, compreende? Saia daí do seu banco de bibliotecário e vá apanhar um dicionário na estante!
Gente, olhem o exagero! O povo brasileiro não é civilizado em qualquer lugar do Planeta! Quando se viaja para o exterior é a mesma coisa! Estamos lá tentando manter o bom senso no país do vizinho e sempre existe uma algazarra até se ver que são estes brasileiros, comendo de boca aberta, falando alto, esbarrando nas pessoas, isso é do povo! Agora falar das questões técnicas, estas sim podem ser melhoradas, como já melhorou muito desde os primeiros filmes. Elogiem! O coral estava maravilhoso! A orquestra sensacional! A luz deve-se a quantidade de marginais que rondam o parque a noite! Este problema é do poder público! A iniciativa é simplesmente uma das melhores que já vivi no cinema, assim como sentei longe da tela e vi uma quantidade absurda de espectadores apaixonados absorvendo cultura, que nada tem a ver com classe social!
Barça, conheces esse dvd?:
http://www.pontofrio.com.br/dvdsebluray/DvdsFilmes/FilmesClassicos/DVD-Dossie-Fritz-Lang-469592.html?utm_source=buscape&utm_medium=comparadorpreco&utm_campaign=DVDs-e-Blu-Ray_Classicos&utm_content=469592&cm_mmc=buscape_XML-_-DVD-_-Comparador-_-282274&origem=Lomadee
O problema é que as pessoas confundem o público com o privado. Acham que porque estão em um parque, um lugar público, podem fazer tudo – e é exatamente o contrário. A gente faz o que quer na casa da gente. No cinema, no ônibus, na rua, num parque, estamos falando de um ambiente coletivo o que, por sua vez, pressupõe o respeito ao direito do outro. Mas, como falei: as pessoas confundem. Cansei de ver gente falando: “Tô na rua, a rua é pública, faço o que eu quiser”. E isso tá em tudo. Eu que ando de busão todo dia canso de ver gente jogando lixo pela janela, falando alto ao celular, ouvindo música sem headphone, comendo salgadinho fedido… é foda.
Já assisti Nanook, o Esquimó em praça pública com música ao vivo e ainda bem que minha experência foi bem melhor, pois tinha pessoas realmente interessadas no filme que não fizeram essa algazarra toda.
Brasileiro não tem educação e não só em eventos gratuitos não.
Raramente vou a Cinemas de shopping por essa razão.
Coisas da cultura do brasileiro mesmo, é difícil mudar. Tem muita coisa no brasileiro que eu gosto, geralmente somos amáveis, bem-humorados e tolerantes, justamente porque não levamos as coisas muito a sério. O lado negativo dessa postura é isto que vemos: o brasileiro fala alto e age sempre como se estivesse em sua própria sala, é o lado folgazão.
Quem já não sofreu com vizinho barulhento que escuta música no último volume durante a noite toda, quase todos os dias? E não é coisa apenas de classe C. Já vi muito playboy que também tem esta mentalidade.
A introspecção, a polidez, e a noção de limites não são coisas muito “brasileiras”, vamos admitir.
É lamentavel! O brasileiro “espaçoso” ou “folgadinho” esta-se tornando parte de nossa cultura! Ausência total de Educação e desrespeito com o semelhante!
Realmente é lamentável a atitude do povo brasileiro. Eu parabenizo a prefeitura por realizar eventos de alto nível como esse para São Paulo, mas infelizmente ainda não estamos preparados. Morei 9 meses nos EUA e participei de vários eventos culturais gratuitos todos com muita tranquilidade e respeito, aqui em São Paulo não tenho coragem nem de ir aos pagos onde você tem que ir de carro, molhar a mão de flanelinhas, pagar uma fortuna pelo ingresso e ainda ser mal tratado.
Pessoal,
Parem de ser moralistas, técnicos e chatos. Todo mundo sabe que o evento não teria a mesma “qualidade” de um cinema. Se quer tranquilidade e especificações técnicas, que vá ao Kinoplex do Itaim. O que vi foi respeito e festejo pelo cinema e pela cultura por pessoas de todas as idades.
A exibição de Nosferatu foi incrível. Até mais incrível que Metropolis, há um ano. As pessoas estavam envolvidas e empolgadas com a ideia do evento. A orquestra estava incrível. Eu não consegui ler as legendas mas tive a oportunidade de escutar o filme – experiência única.
Deveríamos é lotar (ainda mais) esse tipo de exibição para, quem sabe, termos eventos como esse mais frequentemente.
Se você é daquele que reclamou do “contraste”, do “som” ou do baseado, por favor, vá ao Cinemark após comer um rodízio de japonês para assim dormir em seu silencioso-e-cheio-de-contraste apartamento de Higienópolis ou, como nossa amiga acima, vá passar umas férias em NYC (“aquilo sim é cidade de primeiro mundo”, bah).
Quem não foi, perdeu.
No Rio, este tipo de evento funcionou. provavelmente pq foi realizado no Theatro Municipal.
Além do fato de quem estava ali, ter tido que pagar ingresso, acho q a própria aura do lugar contribuiu para um mínimo de educação e respeito por parte do público.
Espero q Nosferatu seja o próximo filme lá: já vi Tempos Modernos e Metropolis.
PS: barça, e a mania das pessoas de não desligaram a p… do IPhone nas salas de cinema? O filme rolando e aquele holofote no meio da plateia atrapalhando os outros… Que praga!
Eu estava com bastante receio de assistir um dos meus filmes favoritos em um evento desse tipo. Mas me surpreendi. Embora a imagem estivesse, sim, um pouco lavada, a experiência foi bem interessante, especialmente para o público que pretendia atender. Cheguei cinco minutos antes do começo do evento, me instalei na grama, junto com uma amiga, e aonde estávamos o silêncio só não era absoluto porque estávamos em um parque onde havia grupos de pessoas dedicadas a outras atividades. Não ouvíamos conversas, não houve esse tipo de desrespeito do público – pelo menos onde estávamos. Confesso que isso até me surpreendeu, porque sabemos que eventos – sejam gratuitos ou pagos – tendem a alguma certa baderna por parte do público. O som da orquestra estava num tom adequado, embora estivéssemos a uma distância considerável, de forma que a experiência não pareceu prejudicada. Talvez tenhamos tido mais sorte. No entanto, acho importante ressaltar que quem se propõe a ir a um evento desse tipo deve entender que haverá todo tipo de gente, inclusive crianças que, ocasionalmente, podem fazer algum barulho. Acho uma grande prepotência esperar um comportamento “erudito” de uma plateia tão diversa, especialmente porque a existência de eventos assim, do meu ponto de vista, serve à socialização da arte. Eventos como esse seriam melhor aproveitados se as pessoas se levassem menos a sério.
Votou no PT ? AGORA AGUENTA , NÓS VAMOS INVADIR SUA PRAIA.
É A “CRASSE” C querendo adquirir cultura sem saber ler e escrever e muito menos como se comportar.
Brasil , país de idiotas
Para de falar besteira. Desde quando classe social tem a ver com educação?
E de chorar de rir !
Perfeita a sua resposta, Barcinski. Adorei.
Aposto q esse “Luka” buzinha em tunel, da propina pra policial não prende-lo por dirigir embriagado e vive dizendo q brasileiro é “tudo” corrupto.
Outro erro que ele cometeu foi dizer que era a Classe C querendo adquirir cultura, ficou obvio que as pessoas presentes nao estavam interessadas em adquirir cultura
Quem disse isso? Pare de inventar.
Ele estava se referindo ao comentário do tal Luka, André. O luka afirmou que era a classe c interessada em adquirir cultura. E, concordo, ninguém ali estava interessado em adquirir cultura, A, B ou C.
ou melhor: raros estavam interessados e não tem a ver com classe social.
Cara,porque tudo descamba para esse preconceito bobo?Conheço muita gente “de bens”que não tem um pingo de educação.
Julio, por favor, me diga no texto onde está escrito qualquer coisa sobre a classe social dos presentes.
Caro André,estava me referindo ao comentário do ou da Luka…me diga onde no meu comentário citei o seu texto como referencia…
Desculpe.
Desculpe-me,mas vou discordar de você.Sou da antiga e posso comprovar.A falta de educação generalizou-se.Difundiu-se por todas as classes sociais,infelizmente.
Ué, e quem disse o contrário?
Com o perdão da palavra, Andre, mas a ideia de que ‘falta de classe’ e ‘evento gratuito’ andam lado a lado com ‘gente sem tanto poder aquisitivo’ é mais do que explícita em seu texto.
Se alguém aqui falom em classe social – com a maestria de se utilizar de eufemismos -, esse alguém fou você. E, se não consegue ser sociável num lugar pretensamente público, então que fique em casa e chame seus amigos críticos-de-cinema (isso se não tiver alguma vernissage no dia, é claro).
Diego, numa boa: eu respondo pelo que está no texto, não pelo que você entendeu do texto. Até porque vc parece não ter entendido que o texto não é meu. Não há NENHUMA menção a classe social no texto. Pare de inventar. Isso é feio.
apoiado, andré barcinski!
Desde sempre Andre! Quanto maior o grau de escolaridade, maior a classificação que é atribuída ao cidadão/família.
Além disso, geralmente, quanto maior a escolaridade, melhor o entendimento que se tem das regras da sociedade, suas normas não escritas e a conduta esperada de dos indivíduos que a compõe.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_social
http://www.abep.org/novo/Content.aspx?ContentID=301
Pare de falar besteira. Dentro de cinema de shopping classe AAA só tem gente tuitando.
perfeito! eu desisti de ir ao cinema a não ser em salas bem distantes de shoppings. e raramente.
E esse comixão de tuitar, instagran, facebook e etc é muito coisa de mané. O ser nem sabe o que está se passando no evento pois fica mais interessado em demonstrar que tem vida social…
E desde quando PeTist@ tem cultura!!!
É, Luka, pode ter certeza de que todos os mal educados ali eram pobres. Aliás, todos sabem que neste país só pobre e preto é mal educado, criminoso, anti-social, não é mesmo?
Eu estava lá, meu amigo, e o que vi foi a reacionária e classe média paulistana, que quando viaja para Miami saber ser civilizada, mas no Brasil age como o bando de predadores que sempre foi, achando que o espaço social não é de ninguém, é pra ser destruído, sujo abusado. Se o PSDB representa essa gente, eu tenho orgulho de ter votado contra, meu caro!
bem por ae mesmo Andre, fora que quem cola nesses eventos é o pessoal “cool” de iphone que vai em qualquer evento cultural para posar de cult, igual o publico do show do Dylan no Brasil
e desde quando classe social tem a ver com educação ?????
dinheiro não compra cultura e conhecimento
E onde vemos mais falta de educação ? No teatro Municipal ou em um baile funk ?
Classe social não tem a ver com educação mas é um ótimo indicativo.
Falou besteira grande! Essa conversinha de classe social é um saco mas a falta de educação é generalizada. Municipal…talvez…mas vai ver quem para carro em vaga de deficiente no shopping.
Mantenho meu comentário. Hípócritas os que dizem que falta de educação é generalizada. Vá ao shopping Iguatemi e terá 10% de mal educados. Vá ao shopping Interlagos e terá 90%. Ou você se encaixa na categoria dos mal educados já que “falta de educação é generalizada”. Eu tenho noção de convívio social e vou a lugares onde encontro a maioria das pessoas assim, e não o contrário. Cada um no seu quadrado.
Alguém precisa avisar nossa presidenta que agora ela já pode se dedicar ao saneamento básico e a saúde, que são que ainda faltam nesse país, já que pelo jeito as escolas públicas estão gerando cidadãos de boa educação e cônscio de seus direitos e deveres. Salvo apenas uns 10% que não aprendem, mas isso a gente também vê nas escolas particulares. A proporção é a mesma pois classe social não quer dizer nada em educação.
Presta atenção no que você está falando, cara. A maioria desse pessoal que esteve neste lugar nem deveria ser da dita “classe c”, deve ser todos como você: um bando de aculturados da classe média que se acha um monte, sem ter m… nenhuma na cabeça!
É, dá para se ver que é uma questão de classe quando se vê os “educadíssimos” frequentadores dos cinemas dos Shoppings dos Jardins e adjacências…
Reacionarismo, preconceito de classe, síndrome de vira-lata…
Parabéns “luka”, você já pode voltar para a caverna de onde veio.
comentário estúpido…
mesmo em show pago, a “crasse aaa” (da qual o comentarista deve se achar representante) é um péssimo exemplo de comportamento…quanto mai$, pior…
eric clapton, porto alegre, ano passado: pago (e bem pago) e o povo “crasse aaa” nem aí pra ele…fotos pro feice, bate papo como se estivessem num bar com um cantor voz e violão qualquer, risadas, bebedeira de cerveja long neck a 10 reais…
tá difícil ser educado…eu desisti de qualquer coisa de graça ao ar livre…
Acho difícil acreditar que quem estava no Ibirapuera era a “CRASSE C”, a falta de EDUCAÇÃO travestida também em preconceito atravessa todas as classes sociais.
nesse comentário você demonstra toda a sua classe superior, luka.
Luka, se preconceito resolvesse alguma coisa o Brasil estaria entre os melhores países do mundo!
O que eleitores do PT fariam num filme sobre o Serra?
O que tem uma coisa com a outra?
Meu, na boa… Não tem nada inteligente pra falar, cale a boca…!
Quem dá diploma do ensino médio pra analfabeto é o PSDB com aquela palhaçada de “Aprovação Continuada” o luka, sua anta.
Que beleza de comentário cheio de preconceito!!
Na sua opinião a classe C não deve ter acesso a cultura porque não sabem ler??
Elitismo sem sentido… a gente vê por aqui.
Nas minhas férias de agosto, assisti “Faça a coisa certa” no Central Park – Nova York.
Muita gente estava no parque, houve uma palestra antes da exibição com o ator Dany Aiello, muito aplaudido.
Além disso, a prefeitura deu gratuitamente, pipoca de 3 sabores.
Do início ao fim do filme, todos deitados ou sentados. Ninguém se moveu.
Ninguém atendeu o celular e a única coisa que se ouvia, além do filme, eram as risadas que ele proporcionava.
Outra coisa.
E estou falando de uma cidade gigante como São Paulo.
Se fosse esse filme exibido no Ibirapuera talvez o comportamento das pessoas fosse diferente. Não estou querendo justificar a falta de educação generalizada. Mas um filme mais atual e comercial como esse, certamente seria alvo de atenção da maior parte das pessoas o que provocaria um outro tipo de comportamento. E quem estivesse incomodando teria a atenção chamada pelos outros.
3 sabores de pipoca? UAU!
Não entendi sua ironia.
Mesmo sendo fornecidas pipocas gratuitamente, não houve tumulto, filas cortadas, lixo jogado no chão, nem nada disso.
E o filme foi, do início ao fim, acompanhado de forma ordeira.
Você acha que é só porque é gratuito William?
No Iguatemi de Alphavile tem um cine VIP, custa R$49,00 a entrada e fui assistir um Os vingadores e ao meu lado sentou umas adolescentes que ficaram o tempo todo no celular e em determinado momento uma delas me cutucou o braço para perguntar que hora iria acabar o filme!
Ta certo que jamais seremos como ingleses, mais um pouco de respeito pelo proximo seria otimo!
Esse comportamento eu confirmei em eventos ao ar livre em Londres também… É outra educação…
Hoje as pessoas se sentem cheias de direitos mas estão se esquecendo que têm deveres também.
Katia, o problema é que a maioria das pessoas que encontramos hoje nas ruas ou em eventos são provenientes da cultura dos direitos. Sempre receberam tudo e agora que têm um pouco mais de dinheiro para frequentar novos lugares que antes não podiam, ainda acham que todos devem fazer tudo por eles.
Em relação aos problemas técnicos, talvez não fosse ali o lugar adequado para a projeção desse clássico. Isso pode ser um problema da produção do evento que devia ficar atento as questões estéticas do filme e o fato do espaço ser bem iluminado. São problemas que devem ser levados aos organizadores do evento para que não ocorra mais isso nas próximas edições.
Pensei em ir, fiquei com vontade de assistir a esse filme em condições tão especiais, interessante mesmo. Mas então lembrei da última vez que estive numa projeção de filme ao ar livre – também no Parque – e desisti. Fiquei passada com o comportamento do público, fiquei com a impressão de ter invadido a sala de estar de cada um, pois o comportamento da maioria era como se não houvesse ninguém ao redor. Voltei para casa triste, com a percepção de que estamos virando um povo mal educado, egoísta. Enquanto as pessoas não pensarem no bem estar coletivo, não tem condições de participar desse tipo de evento. Mesmo cinema, dependendo da localização, tem sido um bom exemplo de como as pessoas são capazes de invadir os espaço e direito do outro. Que pena, aqui podia ser um lugar bem legal de se viver.
Concordo plenamente com vc Patricia….temos uma população mal educada, que tem como slogan mental “os incomodados que se retirem” e assim eles vão poluindo todos os locais com sua presença acéfala. Infelizmente sair de casa se tornou um sacrifício e muitas vezes temos mais prazer enclausurados no nosso canto e com nosso sossego
Infelizmente é assim Mili.
As pessoas que incompatibilizam com a maioria tem que se recatar, refugiar em seus nichos.
A maioria se impõe e despreza os valores da minoria.
Em breve, a única maneira de desfrutar de uma sessão silenciosa de cinema será promovendo uma destinada a isso, a exemplo daquelas sessões para mães com bebês que periodicamente ocorrem em SP.
Cúmulo do paradoxo : eventos para misantropos.
Espero que um dia existam.
Creio que o problema com o público não é pelo fato de ser gratuito, mas pq o pessoal é mal educado mesmo. Se fosse pago essa mesma turma teria se comportado da mesma forma, o consolo é que poderíamos chamar o segurança e ficar batendo boca e exigindo a retirado dos mal educados. Ou seja o extress poderia até ser pior num evento pago.
Exato!
Acho que o fato do evento ter sido gratuito não tem nada a ver com a falta de educação das pessoas.
Fui ao show da Feist, cujos ingressos eram R$120, e muitos “hipsters” tiveram o mesmo tipo de comportamento, com o absurdo de fumarem maconha em um lugar totalmente fechado! Ou seja, dinheiro não tem relação direta com educação!
concordo plenamente com você. Em qualquer evento pago notamos um monte de atitudes do tipo, tambem. Outro dia quase sai de uma sessão de cinema pelo falatório durante o filme.
Pensei em ir, fiquei com vontade de assistir a esse filme em condições tão especiais, interessante mesmo. Mas então lembrei da última vez que estive numa projeção de filme ao ar livre – também no Parque – e desisti. Fiquei passada com o comportamento do público, fiquei com a impressão de ter invadido a sala de estar de cada um, pois o comportamento da maioria era como se não houvesse ninguém ao redor,
nao concordo. em partes.
eu estava lá e realmente nao foi a melhor experiência de cinema da vida.
eu fiquei atras da torre, muito atras do caso relatado.
onde eu me sentei, todos a minha volta estavam em tolerancia zero, pedindo pra qq transeunte sentar, aos berros e coros pseudo engraçados, como se fossem os defensores da democracia. Com certeza os músicos da orquestra se atrapalharam com tantos berros de “senta!o de boné!”
esses que “zelavam pelo bem” atrapalhavam mais que os que foram para usar celular e comentar o filme.
apesar disso, foi uma experiencia coletiva, a ceu aberto, com orquestra para 20mil pessoas.
se nao estamos preparados para um evento a la européia, dizer para nunca mais ter é puro elitismo.
se estamos aprendendo a votar, pq não estaríamos aprendendo a participar de tal tipo de evento, com o passar do tempo? que venham mais experiências!
eu tomei meu vinho, sozinho, e revi um clássico que adoro, com som ao vivo, pela primeira vez.
a propósito, a projeção estava ótima.
Esta é a mentalidade dominante: se você defende a necessidade de respeito pelo semelhante, você é que é o culpado.
Por isso mesmo já não me empolgo e já não vou. Aqui em Banânia, se o espetáculo é pago, você é achacado nos preços e desrespeitado de várias formas desde o momento em que se dirige ao local da apresentação até o momento de sair (falo aqui, particularmente, dos shows). O público, claro, tampouco colabora, mas ante tanta provocação, acaba sendo um problema menor. Já nas apresentações gratuitas, são as próprias pessoas que comparecem ao espetáculo as protagonistas de tudo que pode haver de mais desrespeitoso e abominável no que diz respeito ao outro (já nem falo do artista ou do espetáculo em si): falar alto, usar drogas, celular-iPhone-smartphone-Twitter-“Feice”, dar um “f…-se” tanto para a apresentação quanto, principalmente, para quem está ali do lado com a única intenção de passar uma ou duas horas entretidas com a exibição. Bestas, ogros, animais. Esta é, sem dúvida, a geração mais estúpida de seres (pelo menos aqui no Brasil) que já puseram os pés (os quatro) sobre a Terra.
Concordo com o compatriota bananense.
Idem.
Essa de eventos grátis acabarem em balbúrdia começou há mais tempo, cerca de 10 anos atrás. A não ser que seja algo bem específico, como uma exibição de filme numa sala minúscula ou uma exposição de quadros de pintores ainda não conhecidos, sempre que algo atrai o mínimo de atenção popular o brasileiro, povo que cada vez está mais mal-educado, sempre dá um jeito de transtornar o evento.
Mas o pior mesmo é que essa prática está se espalhando pra eventos pagos. Hoje em dia sinto uma canseira danada de ir a um cinema (especialmente pra ver filmes mais populares), por exemplo, já que sei que, a menos que vá em horários que 99% das pessoas trabalham (eu incluso), sei que vou passar dor de cabeça.
A extrema falta de bom-senso dos seres humanos ultimamente me assusta demais.
Que tristeza! Não bastasse a falta de lógica dos organizadores, ainda tiveram aguentar o comportamento ridículo das pessoas. Sorte minha não ter ido.
Não importa o grau de instrução, o sobrenome, a “grife”, educação e respeito com o próximo vem da pessoa mesmo…..
Evento gratuíto?? Tô fora!!! Pagando já corremos o risco de nos dar mal….
Olá André,
Segui sua indicação para assistir “Nosferatu”. Inclusive, estava à direita do cara de camisa quadriculada no canto direito da foto publicada aí em cima.
Acho que o evento tinha tudo para ter sido ótimo. Por isso, acho que foi válida sua indicação. Não se culpe.
Todavia, concordo com o pessoal que foi um circo dos horrores!
Não aguentei a falta de educação e o falatório dos outros. Saí mais cedo, comprei um vinho e fui pra casa assistir ao meu DVD de Nosferatu.
Pelo menos assim não perdi a noite.
Abs!
Filme expressionista e multidão não combinam. Quem foi lá não sabia exatamente o que iria ver, em sua maioria gente acostumada com filmes em 3D com muita ação, vídeo games e frases curtas em redes sociais. O comportamento inadequado foi consequência do tédio coletivo que se instalou no parque: a maioria não estava gostando do filme então, para não perder a viagem, preferiram ficar por ali mesmo “socializando”. Azar de quem foi lá para assistir o filme. Exibir Nosferatu ao ar livre é algo que talvez nem sequer na Finlândia ousariam. E São Paulo está longe, muito longe, da sofisticação intelectual, até mesmo em bairros “descolados”.
Sua opinião sobre video game demonstra falta de conhecimento, que pode ser até fruto de ignorância mesmo.
Não é de hoje que os video games trazem jogos com histórias complexas e personagens densos.
Te indico, pra começar, Bioshock, a Trilogia Mass Effect, LA NOIRE, Okami, Braid, REZ, Machinarium, Killer 7, Shadow of the Colossus, série Metal Gear, ICO, Heavy Rain, entre outros.
Cê tá de brincadeira, né, Willian? Eu gosto demais de video games, gosto muito mesmo, mas dai a dizer que os citados jogos trazem histórias complexas e personagens densos? Os roteiros são toscão igual qualquer filme de hollywood! Metal Gear, cara…. O maior clichê japonês do mundo! Historias completamente sem pé nem cabeça. Não deve nada para esses filmes que passam segunda feira na rede globo. Querer comparar video games com o filme Nosferatu é forçar a barra… E eu gosto de video games. Gosto mto mesmo!
Discordo de tudo.
Metal Gear tem clichês japoneses em relação à forma.
Mas com relação à trama e os personagens, é sim um jogo denso e complexo.
Não vou discutir uma série que tem quase 30 anos de existência e dezenas de títulos.
Histórias complexas, estratégias mirabolantes porém muita ação. Assim como os games, alguns blockbusters seguem a mesma linha de histórias complexas mas sempre recheadas de ação. Não estou desmerecendo o video game, mas sim apontar as diferenças. Jogar video game, por mais complexa que seja a trama, ou assistir um filme blockbuster, exige percepções bem diferentes daquelas necessárias para acompanhar e curtir um um filme como Nosferatu, “lento”, sem diálogos e em preto e branco.
Daqui a pouco aparece um defendendo a profundidade existencial, social e política, contida nos quadrinhos do Batman.
Bela oportunidade de ficar calado.
Vai jogar Bioshock e depois me conta.
Todos tem direito de não gostar do filme como também tem o direito de ir embora, mas ninguém tem o direito de desrespeitar os outros.
Infelizmente é isso aí, mesmo! Sair de casa tá tenso! E não só em evento gratuito. Há anos deixei de ir ao cinema, um dos meus programas preferidos. É muita gente mal educada, PQP! Até em show de rock é esse comportamento de merda, nego só fica tirando foto e twittando e conversando. Como é que o caboco se dá ao trabalho de pagar ingresso e se locomover até o lugar pra não ver a porra do show? Até em restaurantes as pessoas tem esse comportamento ridículo. Você chega cedo e pega uma mesa no cantinho, dixavada, pra ficar tranquilo com sua gata. Daí a pouco vem um casal, um grupo de amigos, o que quer que seja, e senta na mesa do seu lado, sendo que o restaurante todo está VAZIO. E o melhor de tudo é que você tem que ficar ouvindo TUDO que eles conversam, pq falar baixo eles não falam. Pronto, você já não consegue se concentrar em mais nada… Minha mina tem uma teoria, de que, diferente de nós que tentamos sempre nos afastar (por nós e pelos outros), a maioria das pessoas procura exatamente lugares onde já estão outras pessoas. Gente atrai gente. Bem, desculpa pelo desabafo. E parabéns pelo blog, leio sempre.
Tenho notado isso de uns anos para cá: as pessoas têm conversado cada vez mais alto em suas conversas em público. Antigamente ainda se procurava manter certa discrição e a gritaria não era tanta, mas hoje os mal-educados parecem fazer absoluta questão de que todos saibam o que ele pensa, fala e faz. Ou seja, não basta expor a vida nas redes sociais: é preciso bradá-la também nas conversas em público, o que é uma coisa execrável. Detesto gritalhões e conversadores “públicos”! Mas vá você reclamar e pedir um pouco de sossego! Se bobear, sai briga e até morte!
Será que algum dia o povo de São Paulo vai voltar a ter educação que já teve (faz tempo, mas aqui era um lugar quase europeu, no sentido cultural)?