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André Barcinski

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Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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Soderbergh vai ao “Clube das Mulheres”

Por Andre Barcinski
07/11/12 07:05


 

Entre os cineastas que transitam no “mainstream” hollywoodiano, Steven Soderbergh é um dos mais interessantes. Um dos poucos que consegue fazer filmes comerciais não direcionados a seres lobotomizados.

“Traffic”, “Irresistível Paixão”, “Onze Homens e Um Segredo” e “Contágio” são filmes que conseguem unir apelo comercial a um mínimo de qualidade artística. Não mudaram o mundo, mas pelo menos não ofendem a inteligência de ninguém.

O filme mais recente de Soderbergh, “Magic Mike”, estreou sexta em São Paulo.  Fui ver sem grandes esperanças. Mas tenho de dizer que o começo me surpreendeu.

A história gira em torno de um meio raramente explorado no cinema: o dos “strippers” masculinos.

Dallas (Matthew McConaughey) é um “stripper” e dono de um clube de “strip” na cidade de Tampa, na Flórida. Dallas sonha em expandir os negócios e abrir um clube na principal cidade do Estado, Miami.

Para isso, conta com a ajuda do maior astro de sua casa, Magic Mike (Channing Tatum), um veterano da cena e que também tem suas ambições.

Um dia, Mike conhece Adam, um vagabundo que vive desempregado e mora de favor com a irmã. Percebendo “potencial” no rapaz, Mike o convence a tentar a sorte como dançarino.

A primeira metade do filme é surpreendente: Soderbergh mergulha fundo nos segredos do ramo, mostrando a dura realidade por trás das luzes e do néon. Vemos as drogas, os trambiques e os excessos.

Pena que o filme, despenque para soluções fáceis e moralistas em sua segunda metade. Parece que, no cinema americano, tudo termina em mensagens positivas e lições de moral.

Enquanto se limita a relatar o dia – ou melhor, a noite – dos “strippers”, o filme funciona. É engraçado, ágil e interessante. Soderbergh consegue até a façanha de extrair uma boa atuação de Matthew McConaughey, um Cigano Igor que fala inglês.

Mas quando “Magic Mike” apela ao tom condescendente e vira uma fábula moralista, põe tudo a perder. Uma pena.

P.S.: Hoje estou com acesso limitado à Internet e, por isso, comentários podem demorar a ser publicados. 

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Comentários

  1. fabrizzio comentou em 10/11/12 at 7:53

    Soderbergh é um talento pleno ainda não realizado. Um realizador ainda à espera, ainda à procura, ainda em débito. “Traffic”, seu melhor filme, é muito bom, mas apenas o suficiente para ser respeitado, não admirado. Ele ainda vai ser dono de um grande filme de verdade. Pode escrever.

  2. Rafael Amaral comentou em 09/11/12 at 18:44

    Sei que pode parecer bobagem para um filme sobre um “clube de mulheres”, mas o que o Soderbergh deseja, mesmo, é falar do consumismo, com o americano de fundo, com a constatação de que tudo está à venda. Fala sobre a crise e usa um clube de mulheres para mostrar essa América vazia, onde o que vale é o dinheiro. Os rapazes acreditam que têm poder quando são eles, veja só, os comandados, em busca das “migalhas” lançadas pelas mulheres no palco. A cena em que Mike alisa suas notas explica bem isso, tal como o número do 4 de julho, com os rapazes vestidos de soldado.

  3. Luiz comentou em 08/11/12 at 7:27

    Aposto que em Despedida em Las Vegas todo mundo ficou esperando soluções fáceis e mensagens positivas.

  4. jAH comentou em 07/11/12 at 22:11

    Eu deveria saber o que é um cigano igor?

    • marcelo comentou em 08/11/12 at 10:01

      deveria.

    • jAH comentou em 09/11/12 at 8:31

      Midnight Cowboy pra quem não viu o original.

  5. ary comentou em 07/11/12 at 21:01

    e ai barça , assisti recentemente o filme do wes anderson não sei se você gosta desse diretor mas moonrise kingdom é muito bom vale a pena assistir http://www.youtube.com/watch?v=7N8wkVA4_8s
    abço

  6. Diógenes Cesar comentou em 07/11/12 at 18:20

    André, 2012 alguma estrela cadente caiu no McConaughey, porque no novíssimo filme do Friedkin, “Killer Joe” (meu filme favorito em 2012 até agora, aliás) ele toma a tela como um monstro, numa atuação que eu jamais esperaria de alguém com o currículo como o dele.

    Aliás, fica aqui o pedido de um futuro post comentando “Killer Joe” e a irregular carreira do Friedkin.

  7. Pedro comentou em 07/11/12 at 17:57

    André,
    Concordo com vc, o começo do filme realmente é muito bom, mas, infelizmente, termina naquela melação estilo comédia romântica.

    Mudando de assunto, sei que vc não gosta de seriados, mas parece que nesse próximo sábado volta ao ar a série Mandrake da HBO. E aí, o que vc acha?

  8. Jose comentou em 07/11/12 at 16:26

    Andre, aqui em Tampa esse foi o maior lancamento do ano e tambem a maior balada. Filas de mulheres entupiam os cinemas e depois todas saiam e manadas para o bar mais proximo.
    Sem falar no frenesi nas duas semanas anteriores.
    O que isso tem a ver com a qualidade do filme? Nada.

    • Andre Barcinski comentou em 07/11/12 at 23:06

      Vai ver que é porque o filme se passa em Tampa…

  9. Marco comentou em 07/11/12 at 14:17

    Barça, já que vc gosta do Neil Young, (eu prefiro a Patti Smith), aqui não há o que dicutir, Uma “senhora” entrevista entre Young e Smith !
    http://youtu.be/xRXgHhRht9E

  10. Matias Blades comentou em 07/11/12 at 13:53

    Falando em cinema, no embalo de uma sugestão que peguei aqui (não me lembro se foi do Barça ou de leitor), COMPREI o filme “O General”, de John Boorman… mas eita filmezinho parado, enrolado e sonífero! Nem a cena da crucifixão do sujeito na mesa de bilhar me animou! Tudo chato demais, longuíssimo! Não recomendo nem para inimigo.

  11. Rogerio comentou em 07/11/12 at 12:21

    Concordo com o Andre sobre “Onze homens”. Um filme bem feito e divertidinho. Porém suas 2 continuações foram meros caça-níqueis a la Transformers. Naqueles casos o diretor foi apenas um fantoche bem assalariado.

  12. Paulo comentou em 07/11/12 at 12:19

    Barça, se você me permite o Regis Tadeu fez um post hoje sobre eventos gratuitos. http://br.noticias.yahoo.com/blogs/mira-regis/brasileiro-n%C3%A3o-merece-eventos-culturais-gratuitos-150110961.html.
    Quanto a esse filme prefiro a opinião do Rubens, grande abraço.

  13. Vithor comentou em 07/11/12 at 11:53

    Também o vi. A despeito do desfecho água com açúcar, me diverti bastante com o filme.

    Recentemente, reassisti Irresitível Paixão. Acho um filmaço. Albert Brooks, Don Cheadle, Ving Rhames, Luis Guzman, Dennis Farina e, claro, George Clooney, todos estereotipados, mas ótimos. Até a Jennifer Lopez está bem no filme.

  14. Axel Terceiro comentou em 07/11/12 at 11:50

    Sem contar que o Soderbergh é um cara que OUSA em seus filmes. O que é cada vez mais raro no mar de acomodação que é o cinema mainstream…

  15. Renato Sousa comentou em 07/11/12 at 11:17

    Barça, você disse que no cinema americano tudo termina em mensagens positivas e tal, eu concordo, mas já assistiu ao novo do Friedkin (Killer Joe), é sensacional! Acho que vai curtir!

    • Andre Barcinski comentou em 07/11/12 at 12:29

      Não vi ainda, muito obrigado pela dica, verei.

    • Fellipe De Paula comentou em 07/11/12 at 19:14

      Obra-prima mesmo, além de também ter uma grande atuação do Matthew McConaughey, como nesse. Não entendi a bronca do André com o ator hhahahhahah.

    • Renato Sousa comentou em 08/11/12 at 12:15

      o McConaughey está sensacional em Killer Joe mesmo, depois posta os comentários aí Barça. abs

      • Daniel comentou em 16/11/12 at 4:28

        Existe esse preconceito burro em relação a Matthew McConaughey. Na real até já tive, pelo jeitão texano-galã-marriga tanquinho e tal. Mas depois deixei de bobagem e vi que ele é de fato um ator super competente. Killer Joe, Dazed and Confused e The Lincoln Lawyer estão ai para provar.

  16. Gustavo comentou em 07/11/12 at 11:09

    André, Matthew McConaughey também está surpreendentemente bem em Killer Joe, que tive a oportunidade de ver no ultimo festival do Rio. Alias, alguns atores as vezes arriscam sair da zona de conforto (no caso deste, comédias romanticas) e se saem muito bem, mas logo voltam para a mesmisse. Outro que lembro que ja surpreendeu foi o idiota do Adam Sandler, que fez o bom filme de drama/humor negro “Ta rindo de que?” mas que logo depois voltou pras comédias débeis mentais, pois provavelmente devem encher o bolso dele mais facilmente…

  17. luiz comentou em 07/11/12 at 11:03

    Achei o fime um pórre!! Um Soderbergh menor. Boggie Nights de Paul Thomas Anderson, era para mim
    o inicio do fim da caretice americana, mas me enganei novamente.

  18. Gus comentou em 07/11/12 at 10:59

    Falando em cinema, já viu o iraniano “A separação”? Não sei se já passou ou vai passar no Brasa. Mas vale correr atrás. Imperdível. Abs

    • Diego comentou em 08/11/12 at 10:54

      Passou nos cinemas na temporada do Oscar do ano passado.

  19. Beto comentou em 07/11/12 at 10:41

    André, anteontem revi Carlito’s Way e lembrei do seu tópico sobre filmes que “prendem” o telespectador. Que filmaço…

    Ah, e você chegou a ouvir o novo Jim Jones Revue?

  20. Leo PP comentou em 07/11/12 at 10:36

    Minha sensação é que ele, Soderbergh, de fato tenha se cansado de cinema. Ele já falou de aposentadoria várias vezes.

    Agora que o Matthew McConaughey é fraco, isto é fato. Mas devo confessar que sua atuação em Killer Joe do Friedkin me surpreendeu…

  21. Pam Beesly comentou em 07/11/12 at 10:35

    WHO CARES ABOUT QUALIDADE????? Queremos ver os strips dos meninos!!!!
    Matthew McConaughey pode ser o cigano Igor dos EUA, mas ai que bate um bolão… :o)

  22. Luciana Carneiro comentou em 07/11/12 at 10:09

    Infelizmente não vou poder assistir Magic Mike. Maridão está curtindo uma desavença com o espelho, e sobrou pra mim. Vou acompanhando as críticas e comentários.

    Deste diretor tenho que admitir que só assisti de fato as série homens e segredos, que, na minha humilde opinião, são diversão de primeira. O mais legal é ficar procurando as pegadinhas e easter eggs espalhados pelo filme. Sempre que passa, paro para assistir

    • Rodrigo comentou em 07/11/12 at 18:39

      Lu, deixa o Sr. Carneiro brigando com o espelho e vai ver uns homens pelados, ué!

  23. sskiller comentou em 07/11/12 at 10:05

    Consegui assistir 45 minutos e não aguentei mais (mas foi melhor que “Cosmópolis”, que não passou de meia hora).

  24. Diego comentou em 07/11/12 at 10:03

    Também nunca gostei do Matthew McConaughey. Com algumas excessões, só fazia filme meia boca. Mas acho que ele deu uma virada na carreira recentemente e pode surpreender muita gente.
    Ele tá ótimo no fora de série “Killer Joe” do William Friedkin e dizem que também manda bem em “Paperboy” de Lee Daniels, que passou em Cannes nesse ano.

    • Diego comentou em 07/11/12 at 10:16

      Outro filme que dizem que ele tá bem é “Mud” do Jeff Nichols, mesmo diretor do “O Abrigo”.
      Acho que deve ter tido uma crise depois dos 40 e tá procurando papeis interessantes.

  25. Jean comentou em 07/11/12 at 9:24

    Barça, vc assistiu “Confissões de uma Garota de Programa”, do próprio diretor e com a Sasha Grey?

  26. Anderson comentou em 07/11/12 at 9:23

    Difícil acreditar que vc tenha gostado minimamente desse filme. Fui assisti-lo com amigos, esperando rir um pouco, mas ao final ficamos todos surpresos com o roteiro raso, os diálogos mal escritos e as atuações incrivelmente ruins. Se tivesse como pedir reembolso nós teríamos pedido, certamente. E olha que adoro filme bagaceira. O filme é basicamente um Flashdance com piroca. Hmmm, não. Flashdance é melhor.

  27. Daniele comentou em 07/11/12 at 8:49

    Cigano Igor de hollywood? Essa definição se encaixaria melhor no ator principal, Channing Tatum, não? Em Killer Joe, achei McConaughey fantástico. Mas é questão de opinião, rs. Ótimas críticas, como sempre.

  28. Marcel de Souza comentou em 07/11/12 at 8:39

    Gosto muito do Soderbergh e quero ver esse filme. Estão dizendo que o McConaughey pode até ser indicado a algum prêmio pelo papel. O cara manda tão bem assim? Ainda sobre o Soderbergh, assistiu Haywire? O cara é mestre em pegar pessoas “normais” e colocá-las como atores pra desempenhar seus ofícios na tela, tipo a Sasha Grey em “Girlfriend Experience” ou a Gina Carano nesse Haywire. Deve ter algum stripper de verdade com papel de destaque nesse filme também. 1 abraço!

  29. ed comentou em 07/11/12 at 8:21

    Dizer que “Onze Homens e Um Segredo” não ofende a inteligência de ningúem é meio que ofender a inteligência de muitos hehe

    • Andre Barcinski comentou em 07/11/12 at 8:22

      Não acho. É um filme despretensioso, mas bem feito e divertido.

  30. Renzo comentou em 07/11/12 at 8:09

    Gostei da crítica, mas vale a espetada: por melhor que seja, todo blogueiro tem seus momentos de Milton Neves…

    • Andre Barcinski comentou em 07/11/12 at 8:13

      Não sei o que vc quis dizer, mas tudo bem.

      • Jean comentou em 07/11/12 at 9:26

        falou em jabá? Viajou, acho que vc o Renzo está confundindo o blog com o jabaload…

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