Filmes fazem justiça ao Mudhoney
09/11/12 07:05
Um leitor me avisou, e eu agradeço: este mês, será lançado um documento importante da história do “grunge” e do rock alternativo: o DVD “Mudhoney – Live in Berlin – 1988”.
Gravado na capital alemã em 10 de outubro de 1988, foi o primeiro show do Mudhoney fora dos Estados Unidos. Muito provavelmente, é o primeiro concerto internacional de uma banda associada ao movimento “grunge”, que tem o Mudhoney como seu pioneiro.
O DVD tem 40 minutos de duração e uma entrevista com o cantor e guitarrista Mark Arm.
Curioso é que, no mesmo mês em que fazia sua estréia européia, o Mudhoney lançava seu primeiro disco, o EP “Superfuzz Bigmuff”, que trazia músicas como “Touch Me, I’m Sick” e “In’n’Out of Grace”. Um clássico.
Assistindo ao Mudhoney tocar “If I Think”, em 1988, impressiona como uma banda tão nova podia ser tão boa de palco. Claro que seus integrantes já tinham experiência em outros grupos, mas a intensidade da performance não parece a de uma banda novata.
As boas notícias sobre o Mudhoney não param por aí: dia 11 de dezembro, finalmente será lançado “Mudhoney – I’m Now”, o primeiro documentário sobre o grupo. Veja, abaixo, um “teaser” (o cara de “dread” elogiando a banda é Keith Morris, do Circle Jerks).
Já era hora de o Mudhoney ganhar um filme. Acho que a atitude totalmente despretensiosa de seus integrantes, que não têm a marra de mil bandinhas um milhão de vezes menos importantes, inibe uma avaliação crítica mais sólida sobre sua influência e legado.
Para mim, Mudhoney e Nirvana são as melhores bandas da geração 1988-91. O único “pecado” do Mudhoney foi ter sobrevivido, construído uma carreira longa e sem grandes sucessos comerciais.
Tivesse o grupo encerrado as atividades em, digamos, 1997, e voltado dez anos depois, estariam milionários, faturando horrores no circuito nostálgico dos grandes festivais.
O mais legal é que eles sabem disso. São as pessoas mais inteligentes e esclarecidas que já conheci no meio da música. Não fizeram isso porque não quiseram, porque sempre gostaram mesmo é de tocar e nunca tiveram a “carreira” como prioridade.
O Mudhoney fundou o “grunge”, mas não se limitou ao estilo. Vejo-o mais como uma banda punk, e adoro as canções mais psicodélicas e lentas. O grupo é um dos pilares do rock alternativo americano, junto com Fugazi, Melvins, Black Flag e outros que nunca mudaram suas convicções de acordo com a onda passageira.
Li outro dia que o Blind Melon, uma bandinha mequetrefe cuja fama fugaz tem mais a ver com a morte de seu cantor do que, com sua música, está voltando em shows concorridos. O Blind Melon. Imagine se fosse o Mudhoney…
André, por falar em surgimento do grunge… ontem fiquei animado com um tweet seu sobre a possibilidade do relançamento do Barulho!!! Será legal demais!!! Vou comprar umas 5 edições pra dar pros amigos!!!
Deve rolar em 2013, uma editora me procurou. Aviso aqui, pode deixar. Abraço.
Que ótima notícia!
existiram algumas coisas que saíram na bizz, que não foram pro livro? essa nova edição será expandida?
abraço.
E poderia rolar um incremento na edição, novas fotos etc; e uma visão tua, sobre aquela época e os dias de hj…
Ótima iniciativa. No estante esse livro sai na média por 130,00R$. Dei sorte de ter comprado há 2 anos atrás por 30,00R$.
Dei sorte também. Comprei por $55 no mercado livre.
Sempre quando o pessoal aborda o tema grunge, eu cito o Alice In Chains. Em minha opinião fora a banda mais rica do período, com as letras mais soturnas e melodias muito bem estruturadas – vide o EP Sap. Talvez – como o André cita que não aconteceu com o Mudhoney – a carreira da banda tenha decolado um pouco mais além do que já tinha devido a morte do vocalista – a pausa – e a subsequente volta com o novo.
Mas ainda tenho duas coisas a dizer:
Alice In Chaine é foda!
Melhor do grunge!
🙂
Fora que… o Layne era um dos melhores cantores de rock da época e estilo… o Dave Jerden concorda.
E o “bacana” também é que a banda mesmo não gostava do rótulo de Grunge, citavam que eram uma banda de metal e hard rock; vide as influências – Sabbath, Van Halen….
* Chains
Alice in Chains era metal.
Exato! Acho que era por isso que eu sempre gostei mais…
Falando em metal… o que acha do “That Metal Show”? É um dos programas que mantém aquele espírito dos anos 80/90… muito bom!
Ranking das bandas de Seattle:
1ª divisão:
1º Nirvana
2º Pearl Jam
3º Soundgarden
4º Alice in Chains
5º Screaming Trees
2ª divisão:
1º Mudhoney
2º Melvins
3º Mother Love Bone
4º Green River
3ª divisão:
1º Candlebox
2ª Tad
Candlebox e TAD juntos. Tira o tubo!
Screaming trees era muito bom , Vocal demais.
André, pensei a mesma coisa! Colocar Tad e Candlebox no mesmo saco é o mesmo que misturar, guardadas as devidas proporções, Wilco com Simple Plan. Que fique claro: Tad como Wilco e Candlebox como Simple Plan.
Eu vivi a adolescência nos anos 90 mas da onda grunge só curtia o Nirvana, mesmo assim eu só achava a banda uma imitação do Pixies, o que depois vi que não era bem assim.
Poderia citar a cena de Boston nos anos 90 com Pixies, Throwing Muses, Buffalo Tom, Lemonheads, Galaxie 500, Juliana Hatfield, etc….
Pô, esqueci do Morphine, falha imperdoável!
pqp, no mad season o layne arregaça muito! que discão foi aquele.
ainda bem que será relançado em março de 2013.
Sério véi? Que massa!!!
Momento histórico: Mudhoney e Kurt Cobain juntos!
http://www.youtube.com/watch?v=Gc0sfGTuVfs&feature=related
Completamente OT (em contraste com a discussão sobre música de qualidade), acabo de me deparar na web com algo que me deu uma vergonha alheia daquelas (olha o nome do treco.. argh)…
“Após o enorme sucesso do disco “Músicas pra Churrasco Vol. 1”, Seu Jorge registra em DVD o show da turnê ao vivo na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro.
Com participações mais que especiais de Caetano Veloso, Zeca Pagodinho, Alexandre Pires, Racionais MC´s, Sandra de Sá, Trio Preto + 1 e da sua filha Flor de Maria.
Incluindo grandes sucessos de sua carreira como “Carolina”, “São Gonça”, “Mina do Condomínio”, “Burguesinha”, “Quem não quer sou eu” e “A Doida”, além de releituras como “Desde que o samba é samba”, “Deixa a vida me levar” e “Sossego”, entre outras.”
PQP…
“uma vergonha alheia daquelas”
Cara, deixa de ser mala.
Qual é o problema com o título ? Se o cara quer chamar o cd de musica para se tocar em churrasco, e dai ? Não é ofensivo e não é fora da realidade uma vez que a maioria dos churrascos tem pagode e samba. Talvez não nos churrascos da sua turma, nem na minha, mas na turma de muita gente é.
Mas não te irrita o fato de que claramente algum produtor ligou A + B e eureka! resolveu vir com esse nomezinho “genial” pra vender mais o DVD??? principalmente (e isso é o que há de maior por trás do meu comentário) se aproveitando de que mta gente nao sabe o que tocar no bendito churrasco.. daí quando carinha passar na gondola do Carrefour ele vê esse treco e falar “po, ó que legal”… Ou seja, cristaliza a falta de cultura musical (e por consequência de opção musical) do brasileiro (ou do mundo, sei lá)… yep, sendo meio mala mas essa é a triste verdade…
Agora, porque não é de seu gosto musical não é música de qualidade?
Quem escuta Seu Jorge não tem “cultura musical”??
É cada um!
Barça, lendo o seu post sobre o Mudhoney me bateu uma certa saudade de quando o rock alternativo era algo despretensioso e feito pelos tais “losers”. Na minha opinião o rock alternativo hoje se tornou uma coisa sem emoção, sem diversão e sem aquela sensação de algo perigoso que o verdadeiro rock tem. Hoje não passa de uma “confraria de hipsters” pretensiosos metidos bunda mole. Abraço! Excelente post!
Eles exalam sinceridade! São pessoas normais, que tem uma banda e não seguem nada que gravadora manda (mandaria, se estivessem em uma major). As entrevistas deles são sempre sensacionais! Eu estava no show do Olimpia, em 2001! Que noite antológica!
Muito engraçada a camiseta escrito “Loser”. Imagine circular com uma dessa no universo competitivo do Tio Sam. Parece dizer “ok, vocês venceram sei lá o quê, me deixem em paz”.
Não, o Blind Melon ficou famoso antes da morte do vocalista, com aquele clip da menina vestida de abelha. Era uma banda meio hard meio folk, na cola do sucesso do Pearl Jam. Já o Mudhoney sempre foi garagem mesmo, são teimosos feito umas mulas, não vão mudar nunca. Ainda bem.
Sim, mas é daí? Ficarak muito mais famosos depois que o Shannon Hoon morreu de overdose.
E daí que fizeram um hit. Sobrevivem por causa dele até hoje. Não por causa da overdose do vocalista.
Não tem UMA matéria recente sobre o Blind Melon que não cita a morte do vocalista.
Claro, né meu? Se o Mother Love Bone voltasse, todos falariam da overdose do Andrew Wood. Mas quase ninguém conheceu a banda de fato. Ao contrário do Blind Melon.
Escuta, que diferença faz se ficaram mais ou menos famosos depois da morte do vocalista? Não tem nada mais pra falar? O Blind Melon não tem nada a ver com grunge, com Pearl Jam nem com Mudhoney, segue uma linhagem totalmente diferente da música americana.
Essa menção à banda no artigo é totalmente despropositada, algo tipo assim “tava com vontade de falar mal dos caras e vou enfiar uma frase no fim do texto pra mostrar como sou cheio de atitude”. Pior são os puxa sacos que vão na onda…
Claro que tem a ver. A primeira coisa que se lembra sobre a banda é o clipe da abelhinha e a morte do cantor. Por que será?
Porque o cantor resolveu morrer pra homenagear o Kurt Cobain? Ah, agora tá explicado…
Bom, nem vc sabe nada sobre a banda. Ele morreu de overdose, não se matou.
André, se você não entendeu, isso foi apenas sarcasmo. Não acho que os fatos tenham qualquer tipo de relação entre si, e não vejo como isso pode ser a coisa mais importante a se dizer da banda.
Se é só isso que se lê por aí, só tenho a lamentar e lembrar o que o Zappa dizia: “jornalistas de música são pessoas que não sabem escrever de pessoas que não sabem falar pra pessoas que não sabem ler.”
Nada pessoal, até gosto bastante dos seus artigos, mas desta vez não dá pra deixar passar…
Deixa de ser chato. Entendi sim, e não concordo. A banda era uma porcaria e só lembram de uma gordinha vestida de abelha e do cantor que morreu. Duvido que alguém lembre de outra música dos caras. E chega, por favor.
Olha ela aqui ó:
http://media.tumblr.com/tumblr_m7bup8zT2Z1qa9l7b.jpg
A abelhinha!
Concordo com vc Barcinski, duvido que alguém se lembre de outra música do Blind Melon que não a da menina de abelhinha. Prova disso é que ninguém se lembra do nome da dita música. Eu que não tenho nada a ver com grunge, aliás pouco gosto, me lembro do clipe. Diferente do Nirvana e do Pearl Jam, que tem várias famosas, mesmo para “leigos”.
Blind Melon é bem melhor do que Mudhoney! Puta banda!
É sim. E vc só pode ser fake, não é possível.
São estes caras que me criticam todo dia… rs
A banda da abelhinha?Cara eles podiam ser tecnicamente perfeitos(não eram),mas mesmo assim eram chatos pra burro. O Mud com todas as distorções e nenhum bonitinho sobreviveu.
Os caras estão certos em criticar você ou as coisas que você diz. Quem dera eu tivesse tempo de criar 100 fakes, 100 “tarzans”, para ficar criticando você o dia inteiro aqui. 🙂
Tarzan… tu é engraçado cara! Sério…
Sabia que vc ia ficar puto rs….achava legalzinho o som dos caras….marcou minha adolescência…assim como algumas músicas do Mudhoney.
Não fiquei puto, achei engraçado.
Esse Roberts é o cara que me atacou dizendo que eu não gostava de nada, só porque não sou fã de Legião Urbana e detonei o disco do Muse…
Vai eu falar o que eu acho do Blind Melon… ele vai me chamar de anticristo.
De 1988 a 1991… foi um momento genial da música, foi muito inspirador pra mim, foi como uma “ressaca-punk”, algumas músicas ecoam na minha cabeça (Freak Scene do Dinosaur Jr é uma) e meu ouvido ainda esta zumbindo. O Mudhoney fez parte! Eu era curioso e tinha tanta coisa boa! O mundo era novo pra mim também! rsrsrs
Tive o privilégio de assistir 3 vezes o Mudhoney. Em 2005 eles abriram os dois shows do Pearl Jam no estádio do Pacaembu. Mas o melhor show foi em 2010. Os caras tocaram na represa municipal de São José do Rio Preto,pela Virada Cultural. Mark Arm desceu do palco e veio no meio da galera cantar. Não havia mais do que 100 pessoas assistindo, foi surreal!
Acho que os discos mais recentes do Mudhoney são mais “facéis” de digerir do que os antigos (isso não quer dizer que os discos sejam ruins ou pops, pelo contrário, são porradas ótimas. Apenas “menos esquisitos”). Começe pelo “The lucky ones” ou o “Under a billion suns.”
Meus favoritos são justamente estes, os mais recentes, da década 2000. A veia pop torna qualquer barulho perfeito.
Só de ler o nome Mudhoney, me dá vontade de abrir uma latinha de cerveja. Que banda foda. Se gostam de Mudhoney, confiram Lecherous Gaze, rock bagaceiro fudidaço.
fui num show do mudhoney em BH em 2002 (ou 2000,agora não lembro) que foi um dos melhores -se não O MELHOR- que já vi! num lugar pequeno, no maximo umas 2 mil pessoas , a banda destruiu no palco. Pra começar que eles entraram pela porta da frente,desceram da van carregando guitarras e passando no meio da fila.No final do show , os caras que estavam em frente ao palco (e eu estava,mas um pouco ao lado) e o Mark Arm mais o guitarrista começaram a CUSPIR uns nos outros !! era cuspe pra lá, cuspe pra cá, dedos médios levantados da banda pros caras e vice-versa e os caras da banda “rachando” de rir ! e engraçado é que era tipo um jogo ,não havia um clima tenso , era tipo um mosh de cuspes…. nojento e surreal. showzaço.
Provavelmente o show do Mudhoney que eu fui em Curitiba seja dessa mesma turnê. As lembranças são parecidas. O show aconteceu em um lugar não muito grande e estava até meio vazio. Foi uma das bandas mais competentes que já vi ao vivo. Curti do começo ao fim mesmo sem conhecer boa parte das músicas. E também vi os caras chegando (ou indo embora, não me lembro direito) carregando os instrumentos. Só não teve a sessão de cusparada. Depois eles voltaram pra cá para abrir pro Pearl Jam na Pedreira, mas eu fiquei com preguiça de aguentar os fãs do Eddie Vedder. Achei melhor ficar só com a lembrança desse show em lugar pequeno. Até hj tenho vontade de montar uma banda pra tocar com o fuzz no talo.
Opa, o Blind Melon não é bandinha mequeterefe coisa nenhuma. Você tá falando isso por que não é músico.
O retorno deles pode até ser ruim, sei lá, mas essa banda bravou dois GRANDES albums nos anos 90, na tradição das jam bands americanas, que infelizmente acabou restrita a dois ou três obstinados como Gov’t Mule ou Phish… pisou na bola com esse comentário preconceituoso e pedante…
Você está certo, André. O Mudhoney é uma das bandas mais importantes da história do rock n’roll. Comprovei isso ao ler o livro “Our band could be your life” do jornalista Michael Azerrad. Tive a sorte de ir a um show deles no Recife em 2001. São 4 caras simples que fazem música sincera,poderosa e honesta. O Mudhoney é uma das poucas bandas ainda seguem a ética punk.
Falando em bandas pioneiras do rock alternativo, parece que o My Bloody Valentine finalmente vai lançar o sucessor do Loveless, tem expectativas com relação a isso Barcinski?
Só acredito vendo. Já anunciaram esse disco umas 20 vezes.
Mudhoney… Grande banda! Aproveitando que tocaram no assunto My Bloody Valentine, não custa tentar: tenho um show em vídeo (DVD) dos caras que comprei num desses ebays da vida, “Live at University of London Union”, em 16 de fevereiro de 89. Imagem não mais que razoável, mas dá para sentir o poder de fogo da banda. Há outro, em preto e branco, em Amsterdan no mesmo ano e ainda outro em 92 no You Tube. Alguém tem notícia se consigo alguma coisa deles em vídeo, dessa época, com imagem perfeita?
Barça, mas acredito que nos três últimos discos Since We’ve Become Translucent, Under a Billion Suns e The Lucky Ones todos dos anos 00s, eles atingiram a maturidade sonora.
Os discos não tem o mesmo impacto porque o grunge se foi, mas musicalmente são melhores que muitos lançados depois do Piece of Cake e do auge grunge. Especialmente em relação a voz do velho Arm, que está cada vez melhor com o passar dos anos.
Recomendo excelente texto publicado no The Stranger sobre o dayjob do glorioso vocalista: http://www.thestranger.com/seattle/touch-me-im-sub-pops-warehouse-manager/Content?oid=14595912
Verdade, gosto muito dos últimos discos sim.
Esses 3 discos são incríveis mesmo, Michel
Rá! Muito legal esse texto sobre o Mark Arm…
Banda obrigatória. Comprei às escuras o “Every Good Boy…”, um dos primeiros CDs que tive na vida, depois que saiu uma matéria (acho que assinada por você mesmo, André) sobre eles na Folha. Ótima notícia esse documentário!
Falando em bandas despretensiosas e em pilares do rock americano, saiu também um documentário sobre os Replacements, “Color Me Obsessed”. Você chegou a ver? Aqui tem um texto sobre ele: http://www.rollingstone.com/music/videos/the-replacements-self-destruct-in-color-me-obsessed-premiere-20121003
Excelente dica, não conhecia esse doc dos Replacements.
eles vão voltar, os ‘mats vão voltar.
http://www.rollingstone.com/music/news/q-a-paul-westerberg-on-the-replacements-reunion-and-being-a-middle-aged-rocker-20121009
Mudhoney e Melvins, duas bandas que se tivessem parado em 97 e voltado nos dias de hoje seriam atrações principais no Coachella. Esse é o preço por ser estar na ativa com boas música.
André, o que é que você acha da banda Dinosaur Jr?
Gosto demais. Até dos discos novos. E os shows são ótimos também.
André: em 2001 tive a honra de assistir ao memorável show do Mudhoney no finado Olympia, aqui em SP. E, na mesma semana, os carasparticiparam do programa Garagem e tocaram algumas músicas, no estúdio da saudosa rádio Brasil 2000 FM. Gravei essa participação deles numa fita k7 que guardo até hoje com muita devoção. Vc estava nessa edição do programa? E depois os revi no show do Pearl Jam no Pacaembu em 2005. Mudhoney é eterno!!
Claro que estava, o programa foi demais.
André, é possível encontrar na rede o áudio dos programas mais antigos do Garagem?
Tem sim, procura que vc acha.
Pô, eu já vinha aqui botar banca por ter a apresentação do Mudhonye no Garagem num fitinha K7 de 90 minutos, daí vem um xará meu e me passa a perna! Hehehe
Mudhoney é uma puta banda que nunca teve seu valor reconhecido….ou vai ver que também nunca quiseram saber disso.
Agora: shows do Blind Melow concorridos? Putzzzzzz.
O cara que gostou disso um dia tá na faixa do 35-40 anos…..será que não aprendeu nada nesse tempo todo?
André,onde consigo a versão de In “n” out of grace que eles tocaram na Brasil 2000 ?
Tinha em fita cassete e perdi mas lembro que era sensacional.
André, a morte do vocalista galãzinho do Blind Melon aumentou a sua “fama”… O Mudhoney, além de não ter parado para uma volta bombástica, não teve nenhum integrante morto no meio do caminho. Haverá outro fenômeno musical como o grunge? Eu acho que não, pra mim foi o último movimento musical que existiu, daqui pra frente só se salvam pouquíssimas bandas e nunca teremos assim uma geração de boas bandas e que influenciem tanta gente.
Já tentei bastante, e não consegui gostar do Mudhoney.
Depois desse post, vou tentar de novo. Botar um Superfuzz Bigmuff pra rolar e ver no que dá.
Outro fato: de todas essas bandas do cenário grunge/alternativo do fim dos anos 80 e inicio dos 90, que ainda estão em atividade (ou voltaram à atividade), as únicos que ainda lançam discos que merecem ser ouvidos, são Mudhoney e o Mark Lanegan.
Pablo incluiria o Melvins aí também. Os últimos discos deles chutam traseiros!
Poxa Barça, fiquei louco pra assistir esse documentário. E também acho o Mudhoney uma puta banda, também mais associada ao punk do que ao suposto “grunge” (que nunca entendi direito o que foi, ou o que queriam que fosse) Fuzzzzzzzzzz
Fuzzzzzz
Rapaz… também sou um grande fã do Mudhoney. Assisti os caras em 2005 no Pacaembu – como abertura do Pearl Jam – e em 2011 na Clash club. Lembro que, em 2005, eles começaram o show com “In n out of grace” e comecei a cantar alucinadamente e as pessoas ao meu redor me davam olhares estranhos e cometavam “o aí atrás cara conhece essa banda”. Achei um sacrilégio as pessoas não conhecerem.
Isso não é nada. Meu primo foi no show do Pearl Jam só para ver o Mudhoney, depois foi embora sem ver a banda principal..rsrs.
Com toda razão, o Pearl Jam é chato demais (“Ten”, exceção) e o Mudhoney uma banda fantástica!
Ele foi embora e outras 50 mil ficaram para ver o Pearl Jam….O Mudhoney é legalzinho mas faz parte da 2ª divisão das bandas de Seattle…não consegue fazer músicas tão boas como Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden, Alice in Chains e Screaming Trees.
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!! DEMAIS!!!
C******. Épic win o teu primo 😛 Fui no show de sexta no Pacaembú. Curto PJ. Mas foi triste ver o Mudhoney passar despercebido pela multidão. Azar de quem não gosta. E nunca teve a chance de ver os mesmos no seu habitat natural…tocando o foda-se num lugar pequeno!!!
Corrigindo…fui no show de sábado no Pacaembú.
André, outra coisa que me chama atenção no Mudhoney é a sua postura. Lembro quando o Álvaro Pereira Júnior fez a resenha de “Piece of Cake” (1992) para a Bizz. Ele aproveitou para fazer comparações entre os expoentes do grunge. Segundo o Álvaro, o Nirvana queria destruir o mundo, já o Pearl Jam queria salvá-lo. Enquanto isso, o Mudhoney estava nem aí pra tudo isso. A banda ficava na sua, fazendo o seu som.
É bem por aí mesmo.
Andre, a impressão que eu sempre tive do mudhoney e que eles não conseguem passar a energia do seus shows para um CD , se tivessem gravado seus discos ao vivo seriam o Nirvana.abraco.
Que é isso? Acho os discos fantásticos.