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André Barcinski

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Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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Quando os Rolling Stones metiam medo

Por Andre Barcinski
14/11/12 07:05


 

Não tenho mais paciência para os Rolling Stones.

A cada anúncio de uma nova turnê ou de um novo disco, tenho menos apreço pelos Stones. Ou melhor, pela empresa que a banda se tornou, há pelo menos 30 anos.

O grupo acaba de anunciar mais uma turnê e o lançamento de músicas novas, celebrando meio século de atividade. Já sabemos o que vem por aí: o mesmo show de sempre, com duas ou três músicas novas para tentar empurrar alguns CDs.

A autobiografia de Keith Richards deixou claro que ele e Jagger não se dão bem há décadas e nem parecem se respeitar muito. Estou curioso para ler a recente biografia de Jagger, escrita por Phillip Norman, para saber o outro lado.

O filme-concerto de Martin Scorsese, “Shine a Light”, foi uma chatice. Parecia um comercial de carro, de tão limpinho e asséptico. Os Stones, príncipes das trevas da contracultura, transformados em atração nostálgica para yuppies cinqüentões. Uma vergonha.

Em meio a tantas novidades sonolentas, pelo menos uma boa notícia: acaba de sair em DVD um documento fundamental para se conhecer os Stones na época em que eram os cabeludos mais perigosos do mundo: “Charlie is My Darling”, primeiro documentário sobre o grupo.

Filmado em dois shows na Irlanda, em setembro de 1965, captura os Stones antes de se tornarem celebridades.

Não vi o filme ainda, mas as poucas cenas disponíveis em Youtubes da vida são reveladoras: Mick Jagger falando para jornalistas que existe uma “coisa sexual” entre a platéia e o grupo; fãs adolescentes praticamente implodindo de tensão sexual e desejo reprimido; a banda destruindo em cima do palco, com Brian Jones eclipsando Keith Richards como o Stone mais “cool”.

Dá para ter uma idéia do que os Rolling Stones simbolizaram em 1965: a chegada do “novo”, de mudanças culturais e comportamentais profundas. Quem ouve “Satisfaction” embalando festas de firma mal pode acreditar que já foi o hino rebelde de uma geração.

Não posso esperar para ver “Charlie is my Darling”. Quem sabe me faz esquecer o filme do Scorsese.


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Comentários

  1. Julião Freire comentou em 22/11/12 at 21:28

    Oi André. acho o termo “mais perigosos do mundo” de uma caretice total, uma vez que todo mundo envelhece, todo mundo ficará um dia mais feio, mais fraco e tal. Seria muito pior ver os Stones hoje na casa dos 70, tentando ser o que foram aos 19. Esta história de ter que desaparecer, se aplica somente a quem não possui talento.E falo mais ninguém consome (paga) por musica hoje em dia, nada mais legal que um bando de setentões pegando na labuta, para manter os seus castelos e mansões em dia 😉

  2. Jair Fonseca comentou em 21/11/12 at 22:07

    Saber envelhecer é com Leonard Cohen.

    • Julião Freire comentou em 22/11/12 at 21:32

      Oi Jair Fonseca, comparar os Stones com o Cohen, é o mesmo que no Brasil comparar o Roberto Carlos com a banda Que Fim Levou o Robin ? 😉

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