Quando os Rolling Stones metiam medo
14/11/12 07:05
Não tenho mais paciência para os Rolling Stones.
A cada anúncio de uma nova turnê ou de um novo disco, tenho menos apreço pelos Stones. Ou melhor, pela empresa que a banda se tornou, há pelo menos 30 anos.
O grupo acaba de anunciar mais uma turnê e o lançamento de músicas novas, celebrando meio século de atividade. Já sabemos o que vem por aí: o mesmo show de sempre, com duas ou três músicas novas para tentar empurrar alguns CDs.
A autobiografia de Keith Richards deixou claro que ele e Jagger não se dão bem há décadas e nem parecem se respeitar muito. Estou curioso para ler a recente biografia de Jagger, escrita por Phillip Norman, para saber o outro lado.
O filme-concerto de Martin Scorsese, “Shine a Light”, foi uma chatice. Parecia um comercial de carro, de tão limpinho e asséptico. Os Stones, príncipes das trevas da contracultura, transformados em atração nostálgica para yuppies cinqüentões. Uma vergonha.
Em meio a tantas novidades sonolentas, pelo menos uma boa notícia: acaba de sair em DVD um documento fundamental para se conhecer os Stones na época em que eram os cabeludos mais perigosos do mundo: “Charlie is My Darling”, primeiro documentário sobre o grupo.
Filmado em dois shows na Irlanda, em setembro de 1965, captura os Stones antes de se tornarem celebridades.
Não vi o filme ainda, mas as poucas cenas disponíveis em Youtubes da vida são reveladoras: Mick Jagger falando para jornalistas que existe uma “coisa sexual” entre a platéia e o grupo; fãs adolescentes praticamente implodindo de tensão sexual e desejo reprimido; a banda destruindo em cima do palco, com Brian Jones eclipsando Keith Richards como o Stone mais “cool”.
Dá para ter uma idéia do que os Rolling Stones simbolizaram em 1965: a chegada do “novo”, de mudanças culturais e comportamentais profundas. Quem ouve “Satisfaction” embalando festas de firma mal pode acreditar que já foi o hino rebelde de uma geração.
Não posso esperar para ver “Charlie is my Darling”. Quem sabe me faz esquecer o filme do Scorsese.
Então fica a pergunta: Porque será que eles sempre voltam? parece q talento não esta faltando;algumas musicas novas q estão rolando são muito boas; muito menos de faltar grana ou diversão em todas as áreas; porque então? minha resposta pessoal é que para brindar a vida e o talento deles; que os Mick e Keith não se batem bem desde dos fins dos 70s; mas; um simples: E AI, VAMOS ROLAR DE NOVO? e os acertos são feitos e as pedras rolam de novo! no fim todo mundo irá dizer; os opostos se atraem e tem sucesso! abs.
Pois eu acho que os Stones metem muito mais medo é nos dias atuais. Me apavora a idéia de presenciar o Mick Jagger levar um tombo em uma de suas corridas pelo palco, ou o Keith Richards ter uma síncope e cair duro enquanto se engasga com a fumaça de seu trilhonésimo cigarro. Aterrorizante!
É bom mesmo que sua paciência com os Stones tenha terminado, daí não precisamos ler matérias como essa. Comparar Charlie is my Darling com Shine a Light é a mesma coisa que achar que o sucesso é eterno, e que o dinheiro não pode fazer parte dos nossos interesses. Ou com você é diferente? Atire a pedra quem está no auge a vida inteira e livre de críticas.
Precisamos tirar o chapéu para os Stones, não importando o tamanho da conta bancária deles. Quebraram muitos tabus e preconceitos por conta da idade, mas muita gente deve se sentir desconfortável assistindo Jagger e Richards no palco com mais de 70 anos. Quando na verdade preferem ficar assistindo tv vendo a barriga crescer, acreditando que cada nova música ou álbum transforme-se obrigatoriamente em outro sucesso. Sucesso é resistir esse tempo toda a tantas críticas e matérias que nada acrescentam.
Zzzzzzzzzzzzzzz……..
Boa! e digo mais: se não tem paciência pro stones, vai ouvir e ver lady gaga…
Aconteceu com os Stones o mesmo de centenas de estrelas. Muitas delas subiram ao pedestal construído durante a fama e ficaram repetindo as mesmas músicas dos tempos áureos, pois já perderam a criatividade e vitalidade de contestação. Patético como o pasteurizado filme de Scorsese e as ofensas do sr. Alex que nada contribuem para a evolução da espécie, limitada praticamente ao mesmo estado pscicológico de milênios atrás. O descontentamento pode levar à evolução, entretanto as ofensas gratuitas são apenas palavras escritas na areia.
Putz,não acredito que lí um texto tão bobo até o final! Eu devo ser mais bobo ainda!
Os Stones não são os mesmos,eles só tocam por dinheiro,blá blá blá blá…
Então escreve sobre outra coisa,uai!
Saquei, é uma comunidade de fãs. Que lindo.
Qual é, André? tava esperando uma comunidade de fãs seus para concordarem com cada palavra q vc escreve aqui? Eu nem sou fã de Stones (gosto de algumas músicas) mas achei sua crítica um tanto ranzinza, sem fundamento.
Isso mostra que vc não lê o blog. Ponho todos os comentários que discordam do texto, menos quando são xingamentos.
Cara para não ouvir sertanejo arrocha universitário vindo de supletivo qualquer coisa vale!!!
André, eu tenho 51 anos e nunca gostei dos Rolling Stones. Hoje, então, acho o fim da picada! Admiro as poucas pessoas que sabem envelhecer e que não vivem uma eterna adolescencia. Por estas e outras é que sou um super fã do Supertramp. Um abraço!
Cara, cê já ouviu “Doom and Gloom”? Qual é a nóia, que não tô entendendo?
GENTE OS STONES CANTAM PARA OS MILHARES DE FAS ,QUE ELES ADQUIRIRAM AO LONGO DOS 50 ANOS,NO AUGE QUE ELES ESTAO NAO PRECISAM MAIS DE NADA,NEM DE DINHEIROCANTAM POR PRAZER,QUEM AMA OS STONES NAO VAI DEIXAR NUNCA DE IR NO SHOW DELES SO DE VER E OUVIR ME BASTA..ISSO É SER FA…E VC NAO PRECISA COMPRAR CD DELES E NEM IR AO SHOW ,é um favor que faz
André, uma sugestão: vc podia fazer como o Juca Kfouri no blog dele, bloqueando esses comentários feitos em CAIXA ALTA. São invariavelmente feitos por pessoas que querem chamar a atenção mas não tem nada de útil a dizer. Exatamente como esse comentário: vazio, inútil e que só serviu para poluir o blog…
Eu só gosto dos Stones entre ’65-69, ou no mais tardar até Black and Blue. Concordo plenamente com o texto.
como muitas bandas importantes (who, kinks, Éric burdon dentre tantas outras desta época) os stones sem sombra de duvidas tiveram seu melhor período fértil até o black and blue, dai em diante se tornaram somente diversão, creio que vale pelo que representam historicamente. Creio que melhor que o shine e o concerto em altamente.
Há uns dois dias atrás me perguntaram se eu havia gostado da nova dos Stones…bem, a resposta foi praticamente igual ao seu post! E o AC/DC está indo pelo mesmo caminho! A lista de “empresas” é imensa…pior são as “reunion tours” sem vocalistas originais (estilo The Doors sem o Jim Morrison!!!), bandas sem seus guitar heros, etc…
Não tenho mais paciência para o Barcinski. Um careca de queixo duplo que escreve para a Folha reclamando que os Stones não são mais os mesmos? Faça-me o favor. Não sei o que é mais triste: os velhotes em cima do palco em busca de mais dinheiro ou um coxinha sem vergonha como o André vir lamentar, como se isso fosse minimamente relevante, que a época em que os Stones eram capazes de fazer com que até coxinhas sem vergonha como o André se sentissem rebeldes e perigosos já tenha passado.
Difícil é aturar um analfabeto funcional que nem vc. Eu não reclamei que “os Stones não são mais os mesmos”, até porque ninguém fica igual por 50 anos. E quando eu nasci eles já estavam tocando em estádios, então nunca me fizeram sentir “rebelde e perigoso”, ou o que quer que a sua gramática claudicante tenha tentado sugerir com esse parágrafo confuso e pessimamente escrito. E se não tem mais paciência, ótimo, assim tem mais tempo para algum curso de interpretação de texto.
Algo que me espanta é que o cara “não tem mais paciência”, mas ao invés de simplesmente deixar de ler o blog, perde um tempo danado dando luz às suas críticas mal escritas. Ainda bem que o blog é frequentado em sua maior parte por leitores com opiniões contrárias, mas lúcidas. Imagino, no entanto, se não houvesse moderação.
Folks,
Ninguém, repito, ninguém, aos 70 anos de idade, faz algo extraordinário apenas por dinheiro. Faz prá se sentir vivo, prá provar que ainda pode, apenas isso. Fazer rock’n’roll ao vivo num palco é a essência dos Stones. Outras bandas famosas tinham suas essência no estúdio. Então parabéns aos Stones pois ainda são the greatest rock’n’roll band in the world.
Não tem botão “curtir” aqui? Esse também é o meu ponto de vista.
É isso mesmo, Antônio.
Cês tão doido!!!
Rolling Stones é principalmente uma empresa, depois uma banda de rock! Filhos, cunhados, tios, esposas, cocunhados… Só o Mick Jagger deve pagar 10 milhões de libras de pensão por mês pra ajudar seus 30 filhos e 50 netos!!! então eles não tem opção de parar, muita gente depende deles pra viver ou pra serem ricos.
[off]: muito bom o livro “Uma Confraria de Tolos”. Tanto que acabei a leitura e já estou relendo. O autor merecia melhor sorte quando ainda estava vivo. Talvez hoje tivéssemos várias outras obras de sua autoria e mesma qualidade.
Mas não devo agradecer apenas pela indicação deste livro que, confesso, desconhecia completamente.
Conhecia algumas músicas do Neil Young, mas nunca tinha parado para ouvir, comprar cd’s e lp’s. Por causa de um post aqui do blog, fui atrás, começando pelo primeiro album, de 1968, como o encontrei na mesma ocasião, também o Harvest.
Poxa há duas semanas não ouço nada a não ser Neil Young. E não pensava ser ainda possível me surpreender com algo gravado nos anos 60/70.
Muito obrigado por essas e muitas outras!
P.S.: conhece o Spirogyra?
Ôpa, spirogira é o spairojaira, já dizia jorge ben jor,,,
Refiro-me ao grupo de “folk psicodélico” (detesto esta denominação) que gravou três ou quatro álbuns no final dos anos 60 e início dos 70.
Gostei demais do seu texto, excelente, parabéns! Procurarei assistir o documentário quando estiver disponível.
André, vi o “Shine a Light” e achei uma pena uma parceria que tinha tudo pra dar certo (Scorsese x Stones) virar uma coisa tão insípida e inodora como ficou…
Foi mesmo.
exato… fui no cinema empolgadão com namorada e amigos… dormi no meio do filme…
uma morte há 30 anos atrás cairia bem aos Stones…
Acho que não, Brian Jones morreu e pouca gente se lembra dele… Aproveitando, estava vendo um show antigo do Small Faces (lógico!) e me impressionei muito com a performance do Ronnie Wood, muito mais criativo e contagiante do que nos Stones, sem sombra de dúvidas!
Gosto dos Stones, mas o Ron wood é claramente contido na banda. Até porque ele é meio coadjuvante. É muito mais tecnico do que o Keith. A vantagem do Keith é a de ter criado aqueles riffs todos.
Olha, não sei porquê mas sabendo dessas turnês dos Stones, me lembra os tais shows do Roberto Carlos do fim de ano. Chega. Não acrescenta mais nada.
Barça, muito difícil uma banda de 50 anos de estrada manter-se sempre “atual”. O desgaste e a decadência (até pela idade) são naturais.
E não vejo nada contra os caras quererem continuar ganhando dinheiro com o q sabem fazer, mesmo q sem a mesma qualidade de antes.
Enfim…
Por ser um pouco mais novo vejo algumas diferenças e analiso de outra forma. Hj em dia acho q as coisas ficaram mais sem graça, as pessoas estão mais passivas, não lutam muito por ideias, liberdade ou algo de valor. E a música é o reflexo disso, hj em dia pra se fazer um hit basta 3 acordes, 2 vogais e já ta valendo.
Todas as bandas antigas passaram por isso. vide Skank, Titãs, U2… não fazem músicas fantasticas como antigamente. infelizmente. Continuam bons, mas não fazem mais.
Stones da época em que ainda eram chamados de: a banda do Brian Jones!!!!!!!!
Mas enfim, eu também vou ter que trabalhar a contragosto até os 80 anos, mas não para ganhar milhões de dólares.
Infelizmente…
Sou da geração que já conheceu os Stones nessa fase “empresa”. Por isso, mesmo vendo filmagens dos anos 60, e acreditando que já tiveram espírito, não consigo gostar desses caras. Nenhum documentário vai conseguir tirar a imagem que eu tenho dos Stones: um bando de tias velhas e decadentes fazendo tipinho de roqueiro e tocando músicas que ninguém aguenta mais ouvir…
mesmo assim concordo com quem tem dito nos comentários que é melhor que a grande maioria dessas bandinhas sem nenhuma criatividade atuais…
Realmente, eles parecem tias velhas. Quanto a fazer tipo roqueiro, não é bem isso. Eles apenas mantém o mesmo aspecto de seu início, pois estão entre os criadores do tipo.
Barça desculpe mudar de assunto mas dá uma olhada neste vídeo de um babaca chegando ao show da Lady Caga….artista medíocre fãs mais medíocres ainda…ri muito velho…abraço!
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=UNtAYbtZBfM
Barça, procede a informação do Explosions in the Sky tocando aqui no Brasil ano que vem?
Se sim, que bela notícia, hein!
Em vez dessa papagiada toda de mega-concerto em estádio e 38 músicos de apoio, seria muito mais legal se eles tocassem em lugares menores e, de preferência, com Mick Taylor e Bill Wyman.
Tenho uma coletânea de músicas dos Stones e para mim é o que basta. Acho que 90% dessas músicas são dos anos 60 e 70 o que diz muito sobre o que penso da banda.
Acabaram de fazer 2 shows em Paris em lugares pequenos. 350 pessoas.
Apesar de sempre entusiasta do Rock inglês e pela história dos Stones, tenho uma impressão parecida com a sua. Cerca de 70% das músicas dos Stones são de medianas para fracas, e mesmo algumas das boas, não são assim tão boas. Apesar dos méritos inegáveis, são mais cultuados hoje em dia pela longevidade do que por sua obra, ao contrário de Paul McCartney, por exemplo. Mas mesmo assim, os prefiro na ativa.
Concordo com a sua opinião. Mas, ainda sim, sou obrigado a dizer que os stones mesmo sendo uma marca industrial consumidas por yuppies vasilinas conseguem ser mais genuínos e assustadores que 99,99% das bandinhas que circulam no mainstream atual. O mais curioso é que a banda consegue ainda ser “outsider” e “maldita” vendendo shows em escala industrial. O que eu tentei dizer resumidamente foi o seguinte: Mesmo errados, estarão sempre certos….
Abraço e parabéns pelo “Guia da Comida Ogra”, companheiro de bolso nas minhas andanças.
Eu gostei muito da biografia do Lennon que também foi escrita pelo Phillip Norman.
O cara não popa ninguém e conta tudo nos mínimos detalhes.
A “japa” desaprovou a biografia quando soube que as tendências “pederásticas” de Lennon seria citadas.
digo.. seriam citadas…
digo … “poupa” ninguém… : )
Que tendências seriam essas?
Nada surpreedente pra um cara que fez uma música (This Boy ) prum ex parceirinho de banda (Beatles) – que aliás não tocava nada de baixo.
Os Stones estão há alguns anos juntos só por dinheiro, na minha opinião. Sou muito fã deles, mas, com raras exceções, não fazem mais música relevante há 30 anos. Para mim, os melhores músicos da banda foram Brian Jones e Mick Taylor, mas não existe Stones sem Jagger/Richards. Charlie Watts é o cara mais “sincero” de todos, diz que detesta há anos tocar rock e que gosta mesmo é de jazz. Os outros dois (Ronnie Wood e Bill Wyman não fedem e nem cheiram).
Bill Wyman saiu da banda há anos
André, falando em banda velha lançando disco novo, viu o do DINOSAUR JR? Os caras simplesmente lançaram o mehor disco da carreira deles (e o melhor do ano!!)