Conhece o Chacrinha, Regina Casé?
18/12/12 07:05
Você gosta de TV? E de um “quiz”? Quem não gosta, né?
Então, aqui vai uma pergunta para você: que apresentador de televisão disse ter sido responsável por levar a cultura popular para a TV brasileira?
a) Chacrinha
b) Sílvio Santos
c) Flávio Cavalcanti
d) Bolinha
e) Barros de Alencar
f) Raul Gil
g) Carlos Imperial
h) Gugu Liberato
i) Carlos Aguiar
j) Regina Casé
Se você escolheu a alternativa “J”, parabéns, acertou.
Foi Regina Casé que abriu as portas da TV para a classe popular. Ou melhor: foi Regina Casé que disse ter feito isso.
Não sei o que levou a apresentadora a afirmar tamanha barbaridade. Egotrip? Amnésia? Ignorância absoluta sobre a história da TV brasileira? Uma combinação das três?
Para ninguém achar que estou delirando, aqui vai um trecho da entrevista com a apresentadora publicada no jornal “O Globo”, por ocasião da nova temporada do programa “Esquenta”, apresentado por Casé:
“Se a cultura da periferia ressona em horário nobre, ela pode reivindicar a mais valia: — Não tenho falsa modéstia. A gente enfiou o pé na porta. Mas eu não fiz para ser boazinha.”
O trecho traz algumas informações questionáveis. Em primeiro lugar, o “Esquenta” é exibido aos domingos na hora do almoço, horário que está longe de qualificar como “nobre”.
Numa entrevista recente para o jornal “Meio e Mensagem”, Casé disse: “nas outras vezes em que desenvolvemos programas, a Globo falava ‘vê uma coisa que você quer fazer’. A gente fazia e eles encaixavam sexta de noite, sábado de madrugada, era uma coisa vaga.”
E “sábado de madrugada”? Também qualifica como “horário nobre”?
Quanto a “enfiar o pé na porta”, significando ser pioneira na divulgação da cultura popular na TV, basta lembrar que em 1957, quando Regina Casé tinha três anos de idade, Abelardo Barbosa estreava sua “Discoteca do Chacrinha”.
Claro que todo mundo é livre para dizer o que quiser. Mas, ao assumir uma posição de pioneira e ignorar a história, Regina Casé comete uma injustiça com personagens fundamentais da comunicação brasileira – alguns na ativa até hoje, como Silvio Santos, Raul Gil e Gugu – que trabalharam numa época em que as diferenças sociais eram mais pronunciadas que hoje, quando o país finalmente começa a ver uma queda nos níveis de desigualdade social.
Na mesma reportagem de “O Globo”, o antropólogo Hermano Vianna, parceiro de Regina Casé em diversos programas de TV, diz que “a cultura da periferia está com eles desde o piloto do ‘Programa Legal’, gravado em 1990.”
Detalhe: em 1990, Chacrinha estava morto fazia dois anos.
Salvo engano, é uma excelente atriz e uma pilantra.
Tá ficando velha, chata, sem assunto e esquecida…é isso! Vai trabalhar na Globo para ver mo que dá!
Como já citaram o glorioso filme 7 Gatinhos, uma nota: A Gorda morreu! Thelma Reston morreu hoje (20/12), aos 73 anos.
amsl
A Regina Casé trouxe o populismo para a TV, não o povo. Chacrinha era zombeteiro e divertia no estilo popular. Regina Casé tem a arrogância de quem “fala em nome” dos pobres, como se eles fossem mudos, uniformes ou incapazes. Mano Brown e Carlinhos Brown também sofrem da mesma mania de grandeza. Mano acha que gente igual a ele representa a periferia(só se for os que estão condenados pela justiça rs), Carlinhos idem em relação à Bahia. A Regina sempre trata o povão como quem exibe um animal exótico, uma girafa ou um camelo. Para mim esse “pobre de exibição” está é sendo ofendido e explorado em suas carências.
Muita chata, quer levar o Rio de janeiro para nossa mente, cultura carioca e muito chata, lembro uma entrevista dela, dizendo que acreditava mais no pessoal do morro, que quando fazia alguma coisa ia para o morro, MAS a idiota continuava morando na barra, uma verdadeira idiota e hipocrita.
Verdade. Moro no Rio de Janeiro e o progama Esquenta é praticamente um retrato dos bairros de suburbio, especialmente Madureira e Bento Ribeiro. É um progama bem segmentado e sem nenhuma inovação. Força humildade e ainda diz pro publico que é “bonito ser feio”. Prega orgulho do favelado e suburbano, mas o favelado e suburbano é do jeito que é por falta de opção e não porque achou seus costumes e cultura mais bonitinho. Não se tem que ter orgulho de ser favelado e sim lutar para que o local onde mora deixe de ser uma favela. Não tem que ter orgulho de fazer churrasco na laje em cima de um carrinho de supermercado e sim ter condições de fazer o digno para sua familia.
Comentário nota 10.
Acho um saco quererem enfiar goela abaixo de todos brasileiros essa cultura de favela que a Regina tenta apresentar como se fosse a coisa mais linda do mundo.
A globo é uma emissora nacional com foco regional. Só mostra a “cultura carioca”, vide seu produto principal de massa, as novelas, em que salvo raríssimas excessões, o cenário é sempre uma favela, suburbio ou zona sul do RJ.
E uma curiosidade: Regina Case mora na Gavea
Complementando:
Tem também casa em Mangaratiba….de condomínio.
Sem bairrismo mas é um programa bem “carioca” o da Regina Casé, bem regional. Quem não é do Rio as vezes pode ter identificação zero, inclusive os “populares” da “periferia” dos outros estados.
Surpreendente mesmo foi saber que alguém ainda fala em “mais valia”. hahaha.
Moro na periferia e digo: Hermano Viana e Regina Casé, dois imbecis que não fazem falta por nunca ter existido. Gente que se acha…