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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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De Niro, Hoffman, Rodrigo Lombardi...

Por Andre Barcinski
08/01/13 07:05

Esse vídeo alegrou nosso Réveillon. Se você ainda não viu, vale a pena assistir.

Durante o especial de fim de ano de Roberto Carlos na TV Globo, o “Rei” canta a música “Esse Cara Sou Eu”, tema do par romântico da novela “Salve Jorge”, interpretados por Rodrigo Lombardi e Nanda Costa.

Preste atenção no canto direito inferior da tela, a 1:23: no meio da platéia, um homem (Lombardi?) aparece pingando algo no olho. Trinta segundos depois, um close no rosto do ator mostra uma “lágrima” escorrendo.


As redes sociais caíram matando: Lombardi teria supostamente usado colírio para dar uma forcinha no choro. Outros disseram que o autor da “pingada” não era o ator.

Sinceramente, não vejo nada de mal nisso. Na história das artes dramáticas, não foram poucos os atores e atrizes que usaram recursos extremos para chegar ao “âmago” de seus personagens.

Robert De Niro, por exemplo, engordou 20 quilos para interpretar a fase decadente do boxeador Jake La Motta em “Touro Indomável”.

Durante as filmagens de “Maratona da Morte”, onde interpretava um atleta que era torturado por um velho oficial nazista (vivido por Laurence Olivier), Dustin Hoffman costumava correr vários quilômetros antes de filmar cada cena, para “entrar no personagem”.

Em “Meu Pé Esquerdo”, Daniel Day-Lewis ficou tão obcecado pelo papel do escritor com paralisia cerebral, que continuava a atuar mesmo fora das câmeras. O ator exigiu que seus companheiros de elenco o alimentassem e quebrou duas costelas em uma cena onde caía no chão.

Comparada aos papéis de De Niro, Hoffman e Day-Lewis, a tarefa de Rodrigo Lombardi – chorar de emoção em um especial de Roberto Carlos, que faz o mesmo show há quase 40 anos – seria a mais dura. Força, Lombardi!

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Comentários

  1. jocker-rj comentou em 10/01/13 at 9:42

    Considere q o “Rei” pode ser um Carlinhos Brown II, a Missão. Alguém lembra da horrenda novela “Viver a vida”, com o Zémayer e a Taís Araújo e aquela música horrorosa “Essa mulher que eu amo”? O casal nem terminou a novela junto. Agora a história se repete… novela horrenda, música horrorosa e…

  2. Paulo Camargo comentou em 10/01/13 at 8:13

    Andre,
    E o Mickey Rourke nao se estropiou todo para fazer Burfly? Na verdade esse eh o cara.
    O meu pé esquerdo nao eh sobre um pintor?
    Abraços,

  3. Cassiano comentou em 09/01/13 at 15:23

    Eu também choro de decepção todas as vezes em que ouço algo do RC nos últimos… 15, 20 anos?

  4. MARCELO comentou em 09/01/13 at 14:09

    Nossa,com tanta gente malhando o RC aqui,parece
    aqueles militantes pagos pelo PT pra puxar o saco
    do Lula nos blogs “petralhas” que tem na Net.Mas
    pro Dicotômico,o Bob Esponja Dylan é melhor que RC.
    A gente somos vira-lata,dizia Nelson Rodrigues.

  5. Sr Dicotômico comentou em 09/01/13 at 6:34

    Mal que assola a humanidade: “Esse cara sou eu”.
    Antídoto: “It Ain’t Me Babe” – Bob Dylan.

  6. Roubocoop comentou em 09/01/13 at 3:45

    Tem hora que o Fake vira verdade. Quem, com mil raios, não é fake? Tá certo que o Roberto é insuportável, assim como Xico Xavier, Zé do Caixão, Mazzaropi ( e Nosferatu que também foi debochado pelo públcio no Ibirapuera)…só que existem momentos de que o que vale são as emoções, que falsas por fora podem se tornar verdadeiras por dentro (Yes! We are brega), mas o caminho inverso não é possível.

  7. Régis Trigo comentou em 09/01/13 at 0:35

    Barcinski,

    É claro que não é o Lombardi.

    Repare que a pessoa que pinga o colírio está do lado direito da plateia (esquerdo do Roberto), o que o obrigaria a olhar para o palco da esquerda para a direita.

    Quando o Lombardi aparace, ele está olhando da direita para a esquerda, indicando que estaria sentado do lado oposto da plateia.

    Faz sentido, não?

    Abs.

    • Roubocoop comentou em 09/01/13 at 3:55

      Fora que o cara está chorando desde os O:37. Podia ter, enxugado e disfarçado mais, não precisava ser tão exibido. Mas isso “faz parte do meu show”.

    • Ana Lívia comentou em 09/01/13 at 6:31

      Era ele sim! Ele tirou os olhos do rei e cansado, chorou por ter que ouvir essa música mais uma vez…

    • Luciana comentou em 09/01/13 at 8:22

      Embora tenha amado a ironia do texto, também acho que não é ele não.

      Sendo assim, como disse o Ricardão aí embaixo, acho que ele merece o Oscar e todos os outros prêmios citados, porque pra chorar com essa música sem usar colírio… rs

  8. Ricardão comentou em 08/01/13 at 23:29

    Haja colírio para chorar com essa música. Qualquer um que conseguir chorar com uma música dessas sem colírio leva o Oscar, Festival de Gramado, Cannes, o Leão de Ouro e o Urso de Prata. Também sou obrigado a concordar com o André que filme histórico dirigido pelo Spielberg é sacal. Afinal, depois que se aposentou dos filmes de ação se tornou apenas mais um diretor. Sem emoções como a música do vídeo. O velho Spielberg dirigindo o jovem Roberto da época da jovem guarda ainda poderia dar algum samba, ou melhor, alguma bossa. Com relação ao Lombardi, sou mais o finado Lombardi do Silvio Santos, pois fazia sol ou chovia canivete, a entonação do cara jamais se alterava, tanto para avisar notícia triste ou alegre. Não deixou de ser um grande ator oculto.

  9. edgar pantoja comentou em 08/01/13 at 18:06

    Chamar o Lombardi de “gênio da atuação”, é forçar demais.

  10. Luiz Fernando comentou em 08/01/13 at 18:02

    Na minha opinião, o Lombardi deve ter mesmo chorado, e de tristeza. Deve ter pensado no fracasso da novela, na péssima música que estava ouvindo, da inclusão da música como tema da sua personagem na novela e de ter que aguentar assistir ao show inteiro.

  11. Flávio Alves comentou em 08/01/13 at 17:08

    Entendi a ironia contida no texto. Claro que a intepretação de um personagem inserido numa obra ficcional não se compara a uma siutação real onde o sujeito tenta enganar o público com fingimento. Em tempos de internet enganar o público está cada vez mais difícil.

  12. Aline Viana comentou em 08/01/13 at 16:44

    Coitado, André! hahahaha sou mocinha e curto a música, mas a leitura que os meninos fazem dessa canção é que ela é a maior melô de frouxo da história. Pobre Lombardi!

  13. Luiz Eduardo Galvão comentou em 08/01/13 at 16:30

    kkkkkkkk
    Eita! Se for ele mesmo que foi flagrado pingando o colírio, então Rodrigo Lombardi é o rei da gafe!
    Já viram isto?
    http://www.youtube.com/watch?v=X-uLTdsJRJE

  14. Cássia comentou em 08/01/13 at 16:07

    André, você falar que o especial do Roberto não leva ás lágrimas é uma tremenda calúnica! Eu acredito que várias pessoas sentem uma vontade incrível de chorar quando, todo ano, na época do natal, houvem aqueles famigerados primeiros acordes de “Emoções”…

    • Andre Barcinski comentou em 08/01/13 at 17:14

      Pode ser, não tinha pensado por esse lado…

      • Cássia comentou em 08/01/13 at 17:58

        Chorar de raiva, eu esqueci de esclarecer…

        • marcelo comentou em 08/01/13 at 21:29

          chorava antes…só de lembrar tantos natais terriveis ouvindo rc…so salvava o pernil e o refri—nao podia nem tomar cervas.lembrar do john hurt em elephant man…p.s. nao é o william. so p lembrar…vi neil young and crazy horse no austin city limits em outubro e lembrei-me de vc.abs

  15. Daniel CMS comentou em 08/01/13 at 15:14

    ahahahahahaha, post sensacional.

  16. Alexis Peixoto comentou em 08/01/13 at 13:53

    A lágrima vá lá, mas não venha me dizer que o catarro é fake também…

  17. Ricardo comentou em 08/01/13 at 13:52

    Será que o saudoso Rogério Cardoso baixou nele? hehe. Ou melhor, Rolando Lero? Repare a boca do cidadão, parece que está esperando o professor Raimundo dar a dica depois da notícia da morte.

  18. Marcel Augusto Molinari comentou em 08/01/13 at 13:52

    Barça, desculpe o off-topic, mas reassisti nesse FDS “Bons Companheiros” e lembrei de um post seu sobre o filme Boogie Nights. Nesse post comentei contigo sobre uma cena do William H. Macy com o Paul Thomas Anderson usando uma steadycam… e assisti uma cena do Goodfellas utilizando o mesmo recurso. Porque hoje em dia é tão difícil ver cenas longas, sem cortes, com as câmeras pegando perfis diferentes de diálogos? Me parece que os diretores fogem um pouco disso…. Seria a capacidade dos atores em fazer cenas longas ? Ou é uma questão financeira, pois uma cena longa tende a demorar mais para ser filmada, gerando um custo maior? ou é preguiça mesmo?? rs

    • Andre Barcinski comentou em 08/01/13 at 14:09

      Acho que é influência do estilo narrativo das séries de TV, que costumam ter edição mais fragmentada.

  19. celso comentou em 08/01/13 at 13:06

    hahaha. Essa foi ótima!

  20. ZÉ FERNANDO comentou em 08/01/13 at 13:00

    Sejam dele ou não as lágrimas, Rodrigo Lombardi e demais globais e o RC de hoje, com essa musiquinha chinela e seu especial, pertencem ao mesmo universo insípido. Que vidinha …

  21. Dan comentou em 08/01/13 at 12:52

    No “Cruzeiro do Rei” ele usa bermuda?

  22. Paulo comentou em 08/01/13 at 12:15

    Mas a chave de fezes do especial mesmo foi a participação das Empreguetes. Tudo que é programa da Globo tem que misturar novela no meio, aí só nos resta o suicídio, ou melhor, desligar a tv e fazer algo útil.

  23. Antunes comentou em 08/01/13 at 11:58

    Para um ator, mesmo um meia boca, chorar é facíl. Quero ver fazer o público chorar.

  24. Pedro Ivo comentou em 08/01/13 at 11:55

    Visto a habitual cafonice da Globo (que já botou um par de globais na arquibancada em jogo da seleção, só para uma câmera boba ficar mostrando de vez em quando), não seria de se duvidar de uma armaçãozinha dessas. Seria até legal se fosse verdade.
    Mas a cena de Rodrigo Lombardi, por mais brega (e ridícula) que tenha sido (e por mais brega que seja o especial RC/Globo), não me pareceu falsa. O cara pode ser a personificação do canastra, mas conhecendo o jeitão dele em algumas entrevistas (pelo menos o que aparenta), ele costuma ser bem autêntico e emotivo. O tal do Lombardi pode não ter feito questão de segurar o choro – pra pegar bem -, mas pingar colírio, pra mim, já foi pura pegação no pé.
    De qualquer forma, Lombardi sai de 2012 um tanto queimadão, com um personagem meio insosso, numa novela com enorme rejeição, e a dita história do colírio.

  25. Rodrigo E. comentou em 08/01/13 at 11:44

    OT – Aproveitando a lembrança do gabaman as 10:44h, que papo é esse do Mojica dando aulas para formação de detetives? Assisti ontem à reportagem especial do Jornal da Band sobre a “profissão” e tomei um susto.

    • Andre Barcinski comentou em 08/01/13 at 12:19

      Isso é antigo, tem uns 20 anos. É na 7 de Abril.

      • neder comentou em 08/01/13 at 15:04

        É velho mesmo. Tive o prazer de ver parte de uma aula ao ar livre, na praça da Biblioteca Mario de Andrade.

        • Ricardo comentou em 08/01/13 at 18:47

          Seria uma mistura de Stanislavski com Buñuel e um “tiquinho assim” de Carimbó”?????

          😀

  26. José Horta comentou em 08/01/13 at 11:43

    André, confesso que gosto muito da fase ‘anos 60’ do Rei. Porém estes especiais dele são todos de doer. Não é de hoje que os atores globais fazem cara de embasbacados quando ele canta uma canção. Tem uns que fingem até conhecer a letra. Rodrigo Lombardi leva o Oscar de melhor interpretação masculina em especial do Roberto Carlos. Mas entre as mulheres este troféu vai para uma cantora que interpretou melhor do que todas as atrizes. Em 2010 Paula Fernandes aceitou os gracejos do Rei, fez cara de boba e alavancou sua carreira.

  27. Willian comentou em 08/01/13 at 11:36

    Barcinski, eu estava nesta gravação. O cara que pinga o colírio não é o Lombardi.

    Esse cara sou eu!

    • Raul comentou em 08/01/13 at 13:36

      Willian Bonner??…

    • Luciano comentou em 08/01/13 at 15:23

      Mandou bem!!! hahahahahaha

    • Peter comentou em 08/01/13 at 16:16

      Mandou bem!!! hahahahahaha (2)

  28. césar jacques comentou em 08/01/13 at 11:24

    Acontece que De Niro, Hoffman e Day-Lewis são seguidores do Método, criação de Konstantin Stanislavski desde 1898 quando foi um dos fundadores do Teatro de Arte de Moscou. O Método – a noção de que os atores devem mergulhar totalmente no papel que interpretam – não abarcava o ridículo recurso de mergulhar o olho em colírios genéricos.

    • Andre Barcinski comentou em 08/01/13 at 12:21

      Claro que abarcava. Marlon Brando, um dos maiores “method actors”, usou algodão na boca para mudar a voz de Don Corleone.

  29. Fernando Maia comentou em 08/01/13 at 11:22

    Já que o assunto é interpretação…já viu as fotos do Day-Lewis caracterizado como Lincoln ??? O nível de entrega do cara nos papeis é inacreditável…ele não parece ser desse planeta…nem sei se o filme é bom…mas parece ser prêmio certo no Oscar e demais premiações não acha?

    • Andre Barcinski comentou em 08/01/13 at 12:21

      Acho, mas não tenho saco pra filme histórico dirigido pelo Spielberg.

  30. paulo r. siqueira comentou em 08/01/13 at 11:19

    Se ele usou colírio ou não pouco importa, mas apenas constatar que se trata de um gênio da atuação, se chorou de verdade melhor ainda, digno de prêmio.

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