Intriga e traição no quintal de Hitler
10/01/13 07:05
O livro saiu no Brasil em março de 2012 e não sei por que demorei tanto a recomendá-lo aqui: “No Jardim das Feras”, do norte-americano Erik Larson.
Larson conta a história de quatro anos (1933-1937) na vida de William E. Dodd, um professor e historiador norte-americano que, mesmo sem ter experiência diplomática, é convidado pelo presidente Roosevelt para ser embaixador dos Estados Unidos em Berlim.
Ainda adolescente, Dodd havia estudado na Alemanha e adorava a cultura germânica. Mas o país que encontrou em 1933 era muito diferente da Alemanha de sua juventude: Hitler era chanceler, com um controle cada vez maior sobre o país, e os ataques sistemáticos contra judeus eram prenúncio de que algo muito sério ocorria por ali.
“No Jardim das Feras” é um livro de não-ficção, mas parece um “thriller de espionagem”, com personagens misteriosos, traições, conspirações e reviravoltas surpreendentes.
A filha de Dodd, Martha, é a grande figura do livro: uma mulher sensual e de espírito livre, que enlouquece uma série de homens na Alemanha, incluindo um espião soviético e até o chefe da Gestapo, a temida polícia secreta nazista.
A narrativa de Larson é objetiva e jornalística. Ele vai traçando, pouco a pouco, o perfil de um país que começava a entrar num processo de loucura coletiva, que culminaria na Segunda Guerra.
É uma história cujo final já conhecemos, mas a forma como Larson conduz a trama, com perfis interessantes dos principais arquitetos do nazismo, como Hitler, Goebbels, Goring, Hess e Rohm , ajuda a entender como a barbárie tomou conta de uma nação.
É surpreendente também perceber como o governo norte-americano demorou a enxergar o real perigo da ascensão de Hitler, apesar dos inúmeros alertas dados por Dodd. Em 1933, seis anos antes de Hilter invadir a Polônia, Dodd já alertava Roosevelt contra a ameaça nazista.
Acontece que Dodd sofria um certo boicote dentro do governo de Roosevelt, por ter criticado a ineficiência e os luxos exagerados das embaixadas do país na Europa. Muita gente no governo pedia sua demissão, e seus relatos eram sistematicamente ignorados. Quando perceberam que Dodd estava certo, já era tarde demais.
Aproveitando o assunto, quem sabe um post sobre a proibição do Revisionismo em países “democráticos” como a Alemanha? Vai dar muito pano prá manga …
Pirando aqui com seu post sobre esse livro, que li ano passado e ja dei de presente pra varios amigos, de tanto que eu amei. me deu ate vontade de ir a berlim, cidade que adoraria conhecer, e que depois do livro virou urgencia.
André, mais um livro que entra para a minha lista de aquisições. Qdo vier a São Paulo e visitar a Livraria Cultura do Conjunto Nacional encontrará uma tampinha trabalhando no setor de pacotes para pagar as dívidas. Esta serei eu. A culpa é sua. Mil abraços.
Legal, vou sempre aí!
A ascenção do nazismo na Alemanha dos anos 30 é um dos assuntos mais fascinantes acerca do século 20. Na verdade, pode ser considerado o tema-chave para se entender o mundo da primeira metade daquele século, mesmo das décadas subsequentes. Particularmente, mesmo sendo apaixonado por História, e acostumado a ler muito sobre diversos temas, assuntos ligados à 2ª Grande Guerra costumam produzir certo impacto emocional sobre mim. As atrocidades nazistas desafiam qualquer senso de humanidade. Recentemente, vi alguma série de documentários a respeito da 2ª Guerra, salvo engano, no canal NatGeo. É impressionante o amontoado de rancor histórico, ódio racial, ignorância e nacionalismo cego que tomou conta da Europa pós-1ª Guerra. O nazismo foi o catalizador disso, entre muitas outras coisas. Tempos atrás, li um livro chamado “O Clã de Hilter”, de um escritor argentino. Não tenho parâmetros para saber se o livro é sério, mas o autor faz uma análise interessante sobre as fontes mitológicas, esotéricas, filosóficas, culturais e político-históricas das quais beberam Hitler e seus companheiros para formar o nazismo, uma ideologia que perpassava em algo muito maior do que um mero partido político de viés radical.
Realmente é impressionante, principalmente na Alemanha, o nacionalismo e desejo de vingança (alimentado pelos “senhores da guerra”) na época. Lembro daquela história do Einstein, em que ele se recusou a apoiar um manifesto, assinado por 93 (!!) de seus colegas da comunidade científica, a favor do conflito armado. Muitos desses cientistas acabaram trabalhando para o exército alemão. Einstein, pacifista (e judeu além disso) tentou organizar um contra-manifesto e tres ou quatro pessoas assinaram, impressionante. O próprio Einstein, logo depois quando o nazismo se consolidou realmente, saiu escondido do país e nunca mais voltou.
Mudando de saco pra mala, mas ainda dentro do tema, essa semana por coincidência encontrei e baixei um filme estilo sado-pornô-terror-trash, estilo Mojica : Ilsa – A Guardiã Perversa da SS (Ilsa, She Wolf Of The SS) de 1975…rss…conheces?
Tenho o VHS dessa belezinha desde os anos 90. E tinha uma camiseta tb, que é sensacional.
Barça…na sua oipinão qual é a curiosidade quase irresistível que o assunto “nazismo” desperta em todos nós? Deixe-me explicar melhor: todos execramos o que aconteceu na época, os fatos quase sempre são inacreditáveis, de tempos em tempos surgem novas descobertas chocantes sobre as barbaridades cometidas pelos nazistas…mesmo assim ou até por isso mesmo, sempre lançam novos filmes e livros sobre a época e sempre desperta enorme atenção do público em geral. Eu mesmo se estou zapeando os canais da tv e vejo algum documentário sobre a época simplesmente não consigo mudar de canal, não gosto da explicação simplória de que o tema atrai para que tenhamos a consciência disso nunca mais voltar a acontecer, pra vc qual a explicação pro fascínio quase hipnotizante que o nazismo nos desperta?
Livros, filmes e séries de TV já foram feitos tentando explicar isso. Pra resumir, acho que a Alemanha nazista foi o estopim do maior conflito armado da história da humanidade e afetou todo o planeta. Os personagens, embora fossem uns psicopatas sádicos, são fascinantes, assim como as histórias de quem sobreviveu a eles e os derrotou. E tenho certeza que o assunto é popular hoje porque existe muito material de arquivo também, ou seja, é uma história que não vai deixar de ser exibida.
A curiosidade de todos é porque foi algo único na história. Guerras sempre houveram, milhões de pessoas morrendo em virtude de guerras também. Mas nada como o extermínio de pessoas em escala industrial como no Nazismo, outra coisa é o conceito de raça pura e eliminação dos diferentes. racismo e xenofobia sempre existiram mas no Nazismo isso tomou proporções absurdas.
A curiosidade de todos acho que é conhecer melhor e entender as razões de como isso pode ter acontecido. Como surgiu, porque e como os alemães aceitaram/permitiram isso.
A segunda guerra é o evento histórico, na minha opinião, mais fascinante da história mundial. Mas um ponto que gostaria de conhecer melhor é como um país completamente destruído, social e economicamente, em 1918, consegue, em menos de 20 anos, está pronto para desafiar o mundo outra vez.
André, o livro é estupendo, com certeza, e mostra a miopia politica da época com relação ao nazismo, mas isso não foi privilégio dos americanos, todas as democracias europeias enxergavam Hitler e a Alemanha nazista como um paredão contra o comunismo soviético (as barbaridades civis cometidas pelo governo nazista contra seus próprios cidadãos eram tidos como “problemas domésticos”, inclusive a violencia anti-semita), e com certeza a filha de Dodd, Martha, deu novo sentido a palavra ‘vadia”. Estou lendo “O Terceiro Reich no Poder”, de Richard J. Evans (ja li o primeiro, “A Chegada do Terceiro Reich”) mas precisa folego, são uns tijolos (1023 paginas o que estou degustando, então…), mas é uma verdadeira radiografia da Estrela da Morte, aterrador, e responde bastante bem como uma nação inteira, desde operarios a intelectuais, se deixaram seduzir por uma ideologia de privilégios e assassinios (o desmonte das universidades alemãs no periodo de Weimar traz uma luz peculiar e sinistra, nossa conhecida, no preparo das mentes, tétrico!!). Erik Larson, em entrevista, disse que passou um periodo assombrado e deprimido, pelo contato com o material de pesquisa necessario. É compreensivel, muitas vezes, quando fecho o livro, sinto um frio na espinha, quando se entende que o nazismo foi muuuito mais que Hitler e sua corte, mas um regime que floresceu nas ruas, entre cochicos de comadres e alegres copos de cerveja. Vc ja ouviu falar na “lei dos mexericos maliciosos”? Trevas, muitas…
Sem dúvida, Celso, os míopes não foram só os americanos. Mas achei legal no livro do Larson o fato de ele usar histórias pessoais para falar de uma época tão conturbada e rica. As descrições dos namoros de Martha, o nojo crescente que Dodd passa a sentir pelos nazistas, a humilhação que Dodd sofre do próprio governo americano, são impressionantes. E vc tem razão, Hitler pode representar o nazismo, mas é só uma pequena parte dele. Abraço.
André, um aspecto interessante que o Larson mostra (e eu estou encontrando novamente no Evans, bastante detalhado) é o espanto e deslumbre dos Dodd quando chegam a Berlim, a modernidade arrojada da cidade, e de fato, a Alemanha nazista foi um pais extremamente moderno no sentido urbano e tecnológico. Vc viu o video que tem no you tube que o próprio Larson, surpreso com o filme estar tão acessivel, viu e fala sobre ele em entrevistas, a cidade de Berlim sendo mostrada em 1932? É uma cidade linda, vibrante… Não é isso o assustador? Observar que cultura e tecnologia não nos protege nem como individuos e muito menos como sociedade? É de fato tenebroso…
Não vi o vídeo, vou atrás. Vc já viu “Berlim: Sinfonia de uma Cidade”?
André, é belissimo, até impressionante como cinema mesmo (bem, Fritz Lang fazia “Metrópolis” nesse ano tb, e a fotografia do filme é do mesmo Karl Freund), é até penoso assistir, imaginar que essa cidade sera palco de uma ópera de terror alguns anos mais tarde (a semente ja plantada). Mas com relação a modernidade da Alemanha, meu Deus, a Bauhaus foi fechada em 1932, então…
Verdade. Deu até vontade de rever o filme, vou ver se consigo. Abração.
Olá André,
Valeu pela dica, eu vejo muitas coisas legais no seu espaço aqui e sigo algumas. vou ler este livro com certeza.
Só uma objeção, quando pensamos em democracias, Inglaterra e França teriam um custo político muito alto se resolvessem agir antes. Não podemos ignorar as questões internas destes dois Estados, ainda mais quando consideramos que ao final da Primeira Guerra, todos estavam exaustos de assistir a carne moída sendo rolada pelos territórios.
Claro que a não intervenção gerou o caos posterior, com fortalecimento dos Nazistas.
Vale também lembrar que caso França e Inglaterra tivessem “destronado” Hitler antes, seriam eles os intervencionistas, imperialistas, inimigos, etc. E que o tratado de Versalhes contribuiu muito para alimentar o ódio.
Sempre me recordo da descrição de Chamberlain chacoalhando o papel exclamando “É A PAZ EM NOSSO TEMPO” após assinar o acordo com Hitler em 1938. Pobre rapaz, mal sabia que tinha sido enganado.
Enfim, é difícil o assunto, por isso é sempre surpreendente o quanto temos a aprender.
sds!!
parece ser um livro muito interessante. Contudo duvido que o livro forneça uma explicação sobre “como a barbárie tomou conta de uma nação”. Há livros melhores para isso na academia: a personalidade autoritária de Adorno, Os Alemães de Elias.
Queria saber sua opinião sobre a não-nominação de Leo Dicaprio nos Oscars….
Deixa eu ver se entendi: você não leu o livro, mas afirma que há livros melhores?
Kkkkk…!! Na “academia” é assim que faz, André. Não sabia…?
ahahahha, duvido sobretudo da abordagem jornalística para produzir um análise sociólogica
para ser mais claro, é o “como” que me parece problemático.
abraço…
Na boa, não ficou nada claro. Ainda não consigo entender como você pode comparar um livro que você não leu a alguma coisa, mas deixa pra lá…
Grande Barcinski, com licença – não tem nada a ver com o assunto do post, mas queria te perguntar. Sou fã do Garagem, e estava procurando os programas antigos para ouvir. Encontrei alguns na Rádio UOL, da época do estúdio Som Livre, mas gostaria de ouvir os programas antigos, quando eram feitos na rádio mesmo. Vocês tem esse material disponibilizado em algum lugar, ou planejam disponibilizar? Abraços e parabéns pelo ótimo blog!
No próprio UOl tem um monte da época da Brasil 2000, vc não achou?
Os que encontrei estão nesse link: http://www.radio.uol.com.br/#/programa/garagem
São todos da fase UOL, de 2010 pra cá.
Nesse site aqui tem alguns programas da época da gazetafm e também da Brasil 2000. http://acervogaragem.wordpress.com/author/acervogaragem/
Valeu! 🙂
André, tenho lido muito sobre os dois conflitos mundiais, em especial o da segunda guerra mundial. Considero Joachim Fest um dos autores mais isentos. No entanto, ainda acho que carecemos de autores com esta qualidade sobre os fatos históricos. Com certeza sua indicação fará parte da minha biblioteca.
Strattenhoff, eu no seu lugar não me fiaria muito em Fest, ha estórias estranhas envolvendo sua pessoa, inclusive na palhaçada que foi o show de midia em torno de Albert Speer, quando saiu da prisão. Ha suspeitas inclusive do envolvimento de Joachim Fest na trama de dinheiro envolvendo obras roubadas de judeus e amealhadas por Speer. Quanto a sua obra sobre Hitler, ja existem paginas inteiras colocadas sobre suspeita. Da uma pesquisada, ok
Caro André,
Segui sua dica, e como sempre foi ótimo. Não consegui largar o livro. Como o governo fez vista grossa para os relatos de violência, mesmo contra americanos?! Por mais que se escreva sobre o nazismo, parece que nunca terminaremos de nos chocar. Abraço!
Sim, é impressionante: vários americanos foram atacados por nazistas em Berlim e Roosevelt não fez nada.
Marcelo, ficaremos realmente chocados quando a verdade sobre o Holocausto vier à tona e ela vem vindo devagarinho…
As falsas testemunhas, o falso diário da Anne Frank, as câmara de gás que até hoje ninguém provou existirem, judeus que cobram $2.000 para dar palestras sobre a perseguição dos judeus.
E o povo alemão TOTALMENTE proibido por lei de discutir a HISTÓRIA dos alemães !!!
Numa boa, é estupidez demais para um comentário só. Chega.
As pessoas que dizem que o holocausto não existiu esquecem de que naquele tempo já existiam, maquinas de fotografia, rádio, jornais, filmadoras, etc. É um fato fartamente documentado.
Lamentável que pessoas “Semneurônios” ainda pensem assim. E se acham muito inteligentes e informadas por isso. Se houvesse ocorrido com a avó dele…
André,
sem relação com o assunto de hoje, no link http://www.americanas.com.br/produto/7521572/livro-nao-por-acaso-colecao-aplauso-cinema-brasil consta vc como autor. Vc tem participação na empreitada ou foi confusão do site por força do parentesco?
Abs.
É do meu primo, Philippe. Sério que colocaram meu nome?
Tem a capa do livro com o nome do autor e depois, nas informações do produto, consta seu nome como autor.
Tá famoso demais. O pessoal lê Barcisnki e já pensa em André!
Essa confusão rola direto. Mas o cineasta é ele.
“É uma história cujo final já conhecemos…”
Escrevestes bem, todos já sabemos que Hitler foi o pior ser humano que já existiu, a encarnação de Lúcifer, e que os Judeus são as pessoas mais sofridas da face da Tera, etc, etc, etc… Talvez seja a hora de também darmos atenção a uma história mais recente e que se estende até hoje e cujo final não conhecemos. Acredito que vale a pena também saber como vivem os Judeus e Palestinos hoje , será q para os Palestinos o Estado de Israel é muito diferente da Alemanha de Hitler?… Poucas pessoas tem coragem, ou sabem que terão pouco retorno na mídia, para contar histórias como as que podemos ver em Notas sobre Gaza:
http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=65021
Nelson, por favor não suponha que escrevi o que não escrevi. Quando eu escrevo “história cujo final já conhecemos”, me refiro à ascensão de Hitler e à Segunda Guerra.
Eu entendi o q vc disse, apenas quis enfatizar que todos realmente já conhecem isto. Quantos filmes, livros, artigos, etc já falaram disto? O q me incomoda é que pouquíssimas pessoas tem coragem/interesse de falar sobre o depois… será tabu??? Acredito que Joe Sacco fez um excelente trabalho e que vale a pena ser lido, apenas isso.
Abraço!
Sim, mas eu momento algum eu disse que um povo era mais sofrido que outros, só pra deixar claro.
Nelson, de demagogos e ignorantes o mundo está cheio, quer entrar para o clube?
O Estado de Israel não é perfeito. Ponto. Faz suas cagadas como qualquer outro país. Agora, comparar o nazismo com o Estado de Israel revela o quê sobre a sua pessoa?
Revela que você nunca pisou por lá, ou seja, já não tem nenhuma credibilidade pra falar sobre o lugar e seus conflitos. Revela que você já tomou um partido, ou seja, imparcialidade mandou um abraço.
Fica a dica para preguiçosos iguais ao senhor: não dá pra conhecer, de modo verdadeiro, o mundo, através da internet; e muito menos através de um único livro. Mesmo que os relatos no livro sejam reais, chocantes, escandalosos, etc, me diz aí, cadê o outro lado da moeda? Você sabe que existe, mas prefere ignorar.
Parem tudo o que estiverem fazendo!!!
UOL: “Seu Jorge viverá Jimi Hendrix no cinema.”
Deve ser pegadinha.
É o fim do mundo!
Nâo tenho dúvida.
Caro Andre. Ja tinha anotado sua dica em dezembro e comprei o livro imediatamente. Ja está na fila para ser lido. Os Imperfeccionistas eu li e gostei muito. Hoje estou terminando de ler deus não é Grande do Christopher Hitchens, gostei muito tb. Sem comentarios o estilo dele. ! Muito bom. Voce ja deve ter lido alguma coisa dele. Algum comentario sobre os outros livros dele.? estou pensando em comprar 2 livros dele. O que vc acha??? Um gde abraço. !
André, esse livro deve ser bem interessante mesmo, já entrou na fila hehehe.
Sobre esse período, não só os EUA mas a Inglaterra, a França e as outras potências fecharam os olhos para a ascensão do nazismo, pq o inimigo número 1 era o comunismo soviético, e o regime alemão era tb anticomunista, então combatê-lo não era a prioridade…
Faz sentido… Já falaram por aí que corremos sérios riscos de EUA fazer parte do eixo também. Mas optaram lutar contra os Japas e comunismo deixaram para depois. Americanos “planejaram” bem o antes, durante e depois a II guerra mundial.
Caro André,
Li o primeiro livro da biografia de Hitler escrito por Joachin C.Fest.Este livro cobre o nascimento de Hitler até sua ascenção a chanceler.Creio que os EUA não subestimavam Hitler,a crise economica era um problema mais urgente a ser resolvido.
Claro que os EUA tinham medo de levar um calote da Alemanha, mas é óbvio também que os EUA subestimaram Hitler. O livro do Larson deixa claro que, se EUA, França e Inglaterra tivessem agido com mais rapidez, a situação na Alemanha teria sido outra.
André, você leu “A Guerra Contra os Fracos “de Edwin Black sobre o eugenismo americano?
Não li, vale?
Achei bem interessante. É do mesmo autor de “IBM e o holocausto” e segue a mesma linha. Interessante que fala do patrocíno do eugenismo nos EUA e do patrocínio dos eugenistas americanos aos nazistas.
Bacana, deve ser um bom livro mesmo. Também pensei no caso Bin Laden, que dizem que a CIA já tinha indícios de um ataque terrorista em território americano, mas não tomou nenhuma providencia. André, desculpe o off-topic, mas não vai ter post sobre a volta do David Bowie? Abraço,
tem tb a bibliografia de Hitler em 02 volumes
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/1391195/hitler-vol-2/
imperdivel…. em e-book, por favor
Cada vez mais se comprova que aquela teoria conspiratória; A da que Roosevelt sabia de tudo e deixou os EUA serem atacados; ganha mais o espectro de verdade e não de boato. Sabemos hoje que o movimento fascista dentro do EUA era vasto e influente com defensores como Henry Ford, e que a sociedade americana não entraria na guerra, para defender o estado d direito, o qual Roosevelt é um grande defensor, sem um grande trauma. E o gatilho foi Pearl Harbor, mas poderia ter sido uma base em Norfolk, que estava constantemente na mira dos U-Boats alemães. Vou comprar o livro hoje mesmo!
Estou lendo agora o 1º da trilogia Século, do Ken Follet, “Queda de Gigantes” é sobre a primeira guerra, com personagens reais e fictícios. O segundo é sobre a 2ª guerra, seu post me lembrou muito o clima desses livros do Follet. Pra quem se interessa sobre história do século vinte, são indispensáveis. Para mim está sendo uma aula, assim como esse livro do Erik Larson deve ser também.
Acho que vc já tinha indicado esse livro numa lista dos melhores lançamentos do ano, em dezembro mesmo, se não me engano.
De qualquer forma, como sou vidrado em História, em especial a desse período, já tinha colocado esse livro como o próximo da fila. Mas a desrespeitei e comecei há alguns dias a ler outra não-ficção sobre a Alemanha Nazista: “Quero Matar Hitler” de Roger Moorhouse. Ele trata sobre as diversas tentativas de assinar o ditador, muitas das quais bem pouco conhecidas. Estou gostando muito. Abraço
Já sim, mas não tinha feito um texto sobre ele. Acho que merece.
Gostei da dica, vou ler…
Desse autor também tem outros dois livros muito bons lançados no Brasil: Fulminado por um Raio e O Demônio na Cidade Branca.
Nunca li outro livro do Larson, mas agora me empolguei.
Andre
Ja anotei o titulo. Uma dica e’ ler Teenage do John Savage, autor de ‘England’s Dreaming’ (obviamente vc deve ter lido). Fala sobre a “lavagem cerebral” nas escolas na decada de 30.
O livro e’ bem irregular, mas esta parte e’ particularmente assustadora.
Abs
Muito boa a dica, valeu, não conheço esse livro.
Caro Barca, isso nos mostra que os USA nao aprendem com os seus erros, visto que décadas depois treinaram e armaram Osama Bin Laden. E o que aconteceu depois? Cerca de 3000 pessoas que nada tinham a ver com os desmandos de George W. Bush pagaram com sua vida em estratégia de Bin Laden.
Obrigado pela recomendação..vou aproveitar minhas ferias forcadas e vou ler o livro.