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André Barcinski

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Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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Ty Segall: MC5 para a geração Instagram

Por Andre Barcinski
16/01/13 07:05

O dia de Ty Segall deve ter 72 horas, não é possível.

O sujeito tem 25 anos, começou a gravar em 2005 e já lançou uns 40 discos. Só em 2012 foram três LPs, com vários projetos diferentes.


Segall toca em pelo menos sete grupos e acaba de criar mais uma banda, Fuzz, pela qual lançou um compacto com duas músicas muito boas. Ele lança discos com mais rapidez do que eu consigo ouvi-los.

Não sou maluco e nem tenho tempo para falar de tudo que ele gravou. Deixo isso para quem tem 20 anos e mais tempo livre. Mas posso dizer o seguinte: tudo que ouvi de Ty Segall é muito bom.

A praia dele é o rock de garagem sessentista, o pré-punk de Sonics, MC5, Stooges, 13th Floor Elevators e seus discípulos, como Mudhoney, Dinosaur Jr. e Scientists. Mas Segall não parece ser um daqueles obsessivos que acha que qualquer coisa gravada depois de 1974 não presta.

Ele também tem um pé no lado mais podre do rock. A prova é que colaborou num disco de tributo a G.G. Allin.

Torço para que Ty Segall diminua o ritmo. Não é possível gravar tanto sem comprometer a qualidade. Tomara que ele não vire um Guided By Voices, banda que eu desisti de acompanhar por falta de estamina (minha, claro, não da banda).

Vendo os vídeos de Ty Segall no Youtube, percebi três coisas: a primeira é que o sujeito faz ótimos shows. A segunda é que boa parte de seu público é de moleques de 15, 16 anos. Fantástico. A terceira é que  é impossível não se sentir um decrépito: o cara tinha um ano de idade quando o Mudhoney lançou o primeiro disco. E você sabe que está ficando velho quando as bandas de que gostava já viraram “old school”…


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Comentários

  1. andrews comentou em 17/01/13 at 9:50

    a Uncut incensou bastante o cara no ano passado. ouvi os discos, mas me animei bem mais com a volta de Jon Spencer: “Meat+Bone”.

  2. RalphB comentou em 17/01/13 at 0:25

    Impossível não pensar no Jay Reatard ao ouvir o Ty Segall. No estilo, na atitude e na quantidade de material lançado. 2 moleques geniais. Pena que um já foi.

  3. Gabriel Marques comentou em 16/01/13 at 22:59

    Ah , que pena . É sobre um tal de Ty Seagal . Quando li o titulo “Ty Seagal” interpretei como ‘Thank You Steven Seagal’ , um post agradecendo as contribuiçoes dele ao cinema e tals …

    • Carlos Augusto comentou em 17/01/13 at 9:05

      Tenso.

  4. Raphael comentou em 16/01/13 at 20:41

    Como você mesmo diria no Garagem: “Bem Legal Hein Pauleta”. Muito bom André, esse blog é altamente viciante.

  5. Armando comentou em 16/01/13 at 19:27

    O que tem a ver o Instagram com a música do cara? Seria o mesmo que alguém falar sobre um tipo de som que você gosta como “que aquele pessoal da geração telefone à base de fichas gosta”. Nada a ver.

    • Andre Barcinski comentou em 17/01/13 at 8:16

      Armando, leia devagar: é a “geração Instagram”, não fiz relação nenhuma com o som dele.

  6. gabaman comentou em 16/01/13 at 15:59

    Pensei que hoje você falaria alguma coisa sobre o Nagisa Oshima.

    • Andre Barcinski comentou em 16/01/13 at 16:14

      Não deu tempo, estou no meio de um trabalho e deixei os textos da semana agendados. Tá muito corrido aqui.

  7. Mauro comentou em 16/01/13 at 14:53

    André, conheces esta turma: http://stpaulandthebrokenbones.bandcamp.com/album/greetings-from-st-paul-and-the-broken-bones? O branquela é novinho e canta como um Wilson Pickett. São do Alabama, como os ótimos Shakes!

    • Andre Barcinski comentou em 16/01/13 at 15:17

      Não conheço, valeu a dica.

    • andrews comentou em 17/01/13 at 9:39

      http://www.youtube.com/watch?v=nkJULXCqX9U

  8. Adriano B. Oliveira comentou em 16/01/13 at 14:25

    Barcinski, você ouviu o trabalho do dueto David Byrne & St Vincent? A fusão dos instrumentos de cada estilo e as sonoridades individuais de cada um fizeram um excelente álbum. Vale conferir. St Vincent não é indie, ufa.

    • Andre Barcinski comentou em 16/01/13 at 15:16

      Ainda não ouvi, várias pessoas disseram que é legal. Vou ver se supero minha bronca do David Byrne…

      • neder comentou em 16/01/13 at 19:41

        Valerá muito a pena superar esta bronca. Ele é muito melhor que “certos amigos” (todos nós temos “certos amigos”)… E se conseguir superar a bronca, ouça o Talking Heads novamente e boa viagem.

        • Andre Barcinski comentou em 17/01/13 at 8:15

          Talking Heads eu adoro. Me referia à carreira solo do Byrne.

          • neder comentou em 17/01/13 at 14:58

            Bem, na carreira solo há espaço para ressalvas mesmo, com uma ou duas exceções. Vamos ver onde se enquadra este disco com St. Vincent, então.

  9. Adriano B. Oliveira comentou em 16/01/13 at 14:23

    Nunca tinha ouvido falar deste cara, e olha que eu garimpo bastante, a Internet é uma via tão larga que a gente não sabe de onde sai tanta coisa. Difícil filtrar mesmo para quem tem a dinâmica dos tempos de hoje.

  10. Thiago Furlan comentou em 16/01/13 at 14:01

    Eu descobri que tava velho quando, ao passar uma música do Nirvana pruma aluna de guitarra ela soltou um “que música velha”!
    Quando eu disse que não era, ela mandou “eu tinha 3 anos quando essa música saiu”…
    Aí não tem argumento que fique em pé! ahhaa

    • Julio comentou em 16/01/13 at 14:42

      Música não envelhece…

    • roberts comentou em 16/01/13 at 14:56

      Putz que situação cara rs…da próxima vez você fala assim: Música boa nunca envelhece! rs….pra baixar a bola dessa molecada folgada…imagina se você tivesse mostrado uma dos Beatles. Abraço!

  11. regis comentou em 16/01/13 at 13:16

    eu conheci o som desse cara a alguns dias atras através dos videos da thrasher magazine muito bom.

  12. Beto comentou em 16/01/13 at 13:12

    Ops, é Seara.

  13. Beto comentou em 16/01/13 at 13:00

    E dessa ceara garage rock, uma das melhores e mais injustiçadas bandas é o Greenhornes. Gravaram recentemente um EP com o Eric Burdon.

  14. Beto comentou em 16/01/13 at 12:59

    Ao contrário do que escreveram abaixo, cito ao menos uma composição marcante do menino: Wave Goodbye, que parece o Lennon cantando no Black Sabbath. Essa música é foda.

  15. Agilberto Marcílio comentou em 16/01/13 at 12:44

    Barcinski, me desculpe sair do assunto. É que eu há algum tempo quero ler algo sobre o cinema nacional que me oriente e me dê uma noção geral sobre ele. Fiquei sabendo de um relançamento: “Enciclopédia do Cinema Brasileiro”, de Luiz Felipe Miranda e Fernão Pessoa Ramos. Você conhece? Seria indicado inicialmente para alguém que é leigo e deseja ter uma noção básica? Ou há outra obra mais recomendada?

    • Andre Barcinski comentou em 16/01/13 at 13:18

      Conheço, é muito bom, mas é uma enciclopédia, com verbetes. Se vc quiser um livro sobre a história do cinema nacional, tente esse: http://www.historiadocinemabrasileiro.com.br/livro-historia-do-cinema-brasileiro/
      Outro livro bom é o “Dicionário de Filmes Brasileiros”, do Antônio Leão da Silva Neto.

  16. Mark comentou em 16/01/13 at 12:40

    Taí, não conhecia o cara e, graças ao blog, mais uma vez, descubro coisas novas que dificilmente veria em outro lugar, valeu! Gosto muito do rock sessentista e o som dele é muito bom! Mas além das músicas, vou procurar também a cara do sujeito, para reconhecê-lo por aí, porque nesses videos não dá pra ver nada além do penteado “kurt cobain”. Abraço

  17. Carlos comentou em 16/01/13 at 12:35

    Barcinski, vc curte bastante o som de Detroit dos anos 60? Pergunto isso pq quando li o título do post percebi que não me lembro de outra vez que eu tenho lido aqui uma referência a essas bandas. Eu gosto pra cacete. Manda um post sobre eles.

    • Andre Barcinski comentou em 16/01/13 at 13:19

      é uma de minhas fases prediletas da música. Eu ajudei a trazer o MC5 pro Brasil, em 2005.

  18. Rafael comentou em 16/01/13 at 12:24

    Barcinski, concordo em gênero, número e grau. o Ty Segall encabeça uma nova geração de bandas de Garage Rock muito bacana. Os três (!) álbuns que ele lançou em 2012 são sensacionais. Acho que nos dias de hoje, em que é tão difícil achar alguém que “somente mantenha a chama acesa”, como disse o camarada ai de cima, o Ty Segall é mais que bem-vindo.

    E ele parece ser bem tranquilo… o moleque lançou tudo isso de disco ao mesmo tempo em que fazia faculdade!

    Pra quem se interessa por este tipo de som, tem um documentário bem legal no YouTube, “Garage Punk: In Love With These Times”, acho que o nome era esse. Também fala de outras grandes bandas como Black Lips, Oblivians e todo o pessoal da Goner Records.

    Abraço!

    • carlos lopes comentou em 17/01/13 at 19:55

      boa dica esse doc

  19. Alvaro Bodas comentou em 16/01/13 at 11:54

    Sensacional! Finalmente alguém fazendo rock nestes tempos de “fofura indie”, ou melhor: hipster. Tá faltando testosterona em 90% das bandas recentes, tanto aqui quanto lá fora. Parece que agora tudo tem que soar baixinho, delicado e intimista. Bem MPB…

  20. rodrigo comentou em 16/01/13 at 10:46

    daqui q pouco já surge um e fala que é o novo Cobain, o novo Nirvana…

  21. Afonso comentou em 16/01/13 at 10:36

    Geração Instagram foi ótimo. Podia fazer uma listinha de sons que representem outras gerações: myspace, sapatênis, camisa xadrez de flanela, veggies, ecochatos etc.

  22. roberts comentou em 16/01/13 at 9:49

    O som do cara é interessante…desculpe mudar de assunto, mas hoje faz vinte anos do show do Nirvana em São Paulo, você foi a este show? Valeria fazer um post sobre isto? Um Abraço!

    • Andre Barcinski comentou em 16/01/13 at 10:25

      Não fui, morava nos Estados Unidos.

    • Marcel de Souza comentou em 16/01/13 at 10:31

      Aí falei, somos todos tiozinhos! 20 anos!!! e eu estava lá…

      • roberts comentou em 16/01/13 at 12:49

        Comecei a gostar de Nirvana no segundo semestre de 1993 infelizmente não fui…tinha 12 anos apenas também…mas apesar de ter sido um fiasco o show em si, a atitude foda-se todo mundo do Nirvana neste show mostrou que eles não eram uma banda comum, tinha algo verdadeiro e espontâneo ali.

        • Danilo comentou em 16/01/13 at 18:06

          Eu fui nesse show e não achei nenhum fiasco… achei surpreendente. Verdadeiro e espontâneo, como vc falou.
          A verdadeira atitude Rock´roll está em desafiar as convenções e fazer o que se tem vontade, e não em montar um show bonitinho com seus maiores hits.
          Acho que muita gente que estava lá não entendeu isso ou achou que era algum descaso com o publico brasileiro, mas não foi nada disso… foi uma das poucas bandas verdadeiramente rebeldes que conseguiu aquele nível de sucesso.
          E se alguém quisesse ouvir as músicas certinhas, como foram gravadas, era só comprar o cd…rs

  23. Marcel de Souza comentou em 16/01/13 at 9:44

    Nunca tinha ouvido falar, vou ouvir. Mas concordo com você em 2 pontos: com esse ritmo de lançamentos, fica quase impossível acompanhar a carreira dos caras, e nós que presenciamos o surgimento do “grunge” e vimos aquelas bandas todas nascerem já somos todos tiozinhos…

  24. Kin Cordeiro comentou em 16/01/13 at 9:41

    Gostaei! Valeu a dica!
    PS: ele só tem que tomar cuidado com a maldição dos 27!

    • Andre Barcinski comentou em 16/01/13 at 10:26

      Não sei se é daqueles doidos, vamos ver…

  25. carlos lopes comentou em 16/01/13 at 8:41

    Ano passado não ouvi muito rock mas o disco do Ty Segall está entre meus prediletos do ano.Se puder postar meu blog tosco tem minha lista do que curti no ano de 2012,além disso como teve muitos relançamentos,coletaneas fiz tambem uma lista só com relançamentos em

    http://2palitos.wordpress.com/

  26. daniela comentou em 16/01/13 at 8:31

    valeu andré, assino a folha por sua causa.

  27. victorsounds comentou em 16/01/13 at 8:26

    Não se preocupe Andre, o Ty é legal, mas ele é tipo um resumo de todas essas bandas que você citou e não traz nada de novo, apenas mantém a chama acesa. O cara tem um milhão de músicas divertidas, mas nenhuma composição marcante.

  28. jonnymotherfucker comentou em 16/01/13 at 8:25

    Não conhecia. Mas só de ter participado de um tributo a G.G Allin vale a busca.
    Vivendo e aprendendo…e morrendo sem saber

    Abraço

  29. Willian comentou em 16/01/13 at 8:19

    Ty Segall é o Frank Zappa para a geração Ipad.

    • carlos lopes comentou em 16/01/13 at 11:28

      Não vejo nehuma semelhança entre os dois.Nem de longe.

      • Willian comentou em 16/01/13 at 22:22

        Na imensa produção, quantidade, só isto.

    • Carlos Augusto comentou em 16/01/13 at 12:12

      Cuma?

  30. Mateus comentou em 16/01/13 at 8:11

    Ty Segall realmente é demais! Sempre lembro muito do finado Jay Reatard quando ouço. Aliás, o que você acha do Jay Reatard?

    • Andre Barcinski comentou em 16/01/13 at 9:02

      Gostava muito do Jay Reatard, pena que morreu tão novo.

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