Não veja esse filme antes do jantar...
17/01/13 07:05…ou seu jantar certamente será uma decepção.
Falo de “Jiro Dreams of Sushi”, um documentário de 2011 sobre a vida de Jiro Ono, 86 anos, considerado por muitos o maior sushiman do Japão (leia aqui minha coluna sobre o filme no caderno “Comida”, da “Folha de S. Paulo”).
O diretor, David Gelb, disse que sua idéia inicial era fazer um filme sobre os grandes mestres do sushi em todo o mundo. Mas, assim que entrevistou Jiro pela primeira vez, decidiu focar o filme nele.
Mais que um filme sobre a arte de fazer sushi, o documentário de Gelb é sobre a busca pela perfeição.
Há mais de 70 anos, Jiro Ono só pensa em sushi. Pensa tanto que até sonha com ele.
É fascinante acompanhar o trabalho insano de preparação dos alimentos e a escolha de ingredientes.
O filho mais velho de Jiro, Yoshikazu, é o responsável por ir diariamente ao mercado de Tsukiji, em Tóquio, comprar os peixes que serão servidos.
O restaurante de Jiro, o Sukiyabashi Jiro, tem apenas dez lugares e fica escondido numa estação de metrô em Tóquio.
Dei uma fuçada na Internet para ver o quão difícil é conseguir uma reserva. Os sites que encontrei dizem que é uma tarefa quase impossível, se você não conhece alguém para lhe indicar. Mesmo se conhecer, pode levar meses.
Uma refeição de Jiro custa em torno de 400 dólares, sem bebida, e dura menos de 20 minutos. Consiste em 20 peças de sushi, que são servidas uma a uma e devem ser consumidas no ato. Não há pratos quentes.
No filme, Jiro conta que faz cada peça de sushi de acordo com o tamanho de cada cliente. E, pela cara de alegria deles, o jantar parece ter valido cada centavo.
O leitor Ricardo Vieira escreveu para a “Folha” dizendo que o filme é exibido de vez em quando pelo canal Max, com o nome “O Sushi dos Sonhos de Jiro”. Se tiver chance, não perca.
Se ele descobrir que no Brasil alguns sushis são elaborados com maionese, cream cheese e morango, o velho morre de desgosto!
Olá André, td bem!
Parabéns pelo livro Guia da Culinária Ogra…boas dicas.
Talvez vc conheça, mas gostaria de te indicar o maravilhoso picadinho feito pela Vera do Bar do Costa…para mim o melhor arroz com feijão, picadinho e ovo frito de SP.
Boteco pé sujo na esquina da rua Wizard em frente a imobiliária Pacheco na Vila Madalena, a comida é ótima e tem tbém o Wilson ( vulgo mirandinha ) que fica atrás do balcão servindo e adora um bate papo.
Inclusive lá foi gravado parte do clipe Sem ( des ) Esperar, do cantor Léo Cavalcanti.
Abraço.
Não conheço, valeu demais pela dica.
Pior que o preço é o tempo para comer…
André,
onde consigo comprar esse filme?
20 peças de sushi, servidas uma a uma, custando 400 dólares, sem bebida… acho que esse restaurante não entraria no “Guia da Culinária Ogra”, rsrs
Sei lá, esse negócio de preço estratosférico e vaga missão impossível para comer me lembra demais os restaurantes vips, premium, master, ouro e que tais. A fachada de simplicidade não esconde a frescura. É mais um lugar descolado inacessível aos mortais. Mas nada disso impede o filme de ser bom, claro.
Barça, mudando de assunto: já tentou levar o Ratinho no Estranho Mundo? Acho que seria bacana, gosto muito dos dois!
Ele já foi no Garagem, mas nunca no Mojica, ótima idéia.
E o Rogerio Skylab?
Já rolou.
Glóoooooria Mariaaa!
Barcinski, fiquei impressionado com Jiro Ono – vi o filme, além do trailer! – e, mais impressionado com as pessoas que dizem que não pagariam 400 dolares para comer a comida de um mestre…será que sabem o que estão falando?
Você já comeu a comida dele? Você que não sabe o que está falando…
Nem de graça… Odeio sushi. É perigoso para a saúde.
Essa é boa, Vera. Alguém precisa avisar isso aos japoneses, então.
Ah, deve ser por isso que eles morrem tão cedo!
kkkkkkkkkkkkk Você leu isso em alguma “corrente” que recebeu por e-mail? Quem “assinava” o texto: algum médico de Paraísolândia ou alguém que disse que aconteceu com o amigo do filho do vizinho?
Existe japoneses doentes também.
Barça, me desculpe nada a ver com o texto mas ontem fuçando na net, encontrei o blog do Tom Leão que era critico da finada bizz,lá encontrei uma historia maravilhosa sobre a Hellradio que era comandado por ele e por você, divida essa historia com nós leitores
Hellradio? Eu? Não tenho nada a ver com isso.
Era o André Müller, da Plebe Rude.
Primeiramente agradeço pela indicação de livros. Estou lendo ‘Confraria de Tolos’, ‘A Geração Superficial’ e ‘No jardim das feras’.
Em relação ao post de hoje segue um interessante artigo com a perspectiva dos japoneses em relação a Jiro Ono: http://www.forbes.com/sites/quora/2012/08/08/is-jiro-ono-really-acknowledged-by-his-contemporaries-as-the-best-sushi-master-in-the-world/
Obrigado pelo artigo, muito bom!
“Jiro” foi um dos melhores docs que vi no ano passado, sem dúvida.
É muito mais um filme sobre o homem de Tóquio do que um restaurante três estrelas Michelin.
O número de “clichês” (na acepção de ideias pré-concebidas aqui) sobre o Japão que a fita reúne é imenso. Sempre tenho a tendência de não generalizar qualquer povo, mas vendo “Jiro” tudo se confirma: a dedicação e busca incansável pela perfeição, os espaço restritos da cidade de Tóquio(notou como deve ter sido árdua a tarefa de filmar num restaurante e cozinha tão pequenos? É claustrobófico depois de uma hora), a manutenção das tradições e o cotidiano (“ele pega o mesmo metrô no mesmo horário na mesma plataforma há 70 anos…”), os mistérios das tradições e o assédio do Ocidente (“eles compram o nosso arroz, mas do que adianta? Eles não sabem FAZER o nosso arroz…”, num dos melhores diálogos do filme), o eterno problema do oriental com a figura do pai na família, etc., surpreendentemente, também uma fita sobre o tratamento com a natureza, explicitado na questão da caça marítima excessiva. A questão da tradição está até na questão das três estrelas Michelin: não existe qualquer possibilidade de um restaurante chegar a esse nível e não ceder às pressões por uma estrutura maior. O fato das três estrelas e o lugar contar com os mesmos dez lugares é único e bizarro no mundo gastronômico da atualidade.
As tomadas dos pratos de Jiro beiram o pornográfico, são sensacionais!
Concordo plenamente.
Achei o filme muito bom. A dedicação e simplicidade do cara impressionam. O cara nasceu para fazer aquilo é feliz e não pretende parar tão cedo.
Quanto aos filhos pelo filme dá para ver que tiveram uma educação rígida, mas que curtem o que fazem. E ainda tem um pai que é uma lenda.
E o papo de fazer 50 minutos de massagem num polvo para tirar o gosto de borracha? Sensacional!
André, já que você trabalha no Caderno de Comida da Folha, por que você não dá a ideia de uma reportagem in loco com este sushiman? Diga a seu editor que você, num esforço de reportagem, se dispõe a ir ao Japão para fazê-la e experimentar se o sushi é tão bom assim.
Vai que cola…
Deve ser sensacional! Entrando no site da Amazon right away…
Andre, para quem tem Apple TV esse filme ta disponivel no iTunes.
O Jiro e’ demais, os pratos perfeitos mas o filme e’ muito arrastado. Chato.
Barça! Beleza? Mal a “sumida” aí… estamos reformando os arquivos da empresa e eu estava sem tempo de opinar aqui… certeza que o pessoal sentiu falta! kkk
OT: “Teclei” com o Pauleta! Ele me explicou sobre o processo de recuperação e a negociação da volta do Garagem a rádio! Fiquei feliz com ambos!
Abraço!
O lá quem sabe, a “Radio Rock” está de volta, vai que dá certo.
É lá mesmo que mostraram uma proposta. A Kiss não se interessou pois não querem mexer na grade…
Acabei de voltar do Japão, fui conhecer o país, ver meu time ser campeão mundial e deixar a minha irmã que esta morando la trabalhando em um escritorio de arquitetura agora! E é uma país INCRIVEL! ´´E maravilhoso e muito interessante. E a primeira coisa que fica claro é que JAMAIS podemos tentar entender ou julga-los sob a nossa otica ocidental. A cultura, as relações sociais e familiares, o modelo mental são tão diferentes que com certeza a relação que o filme ( belissimo) mostra entre os dois é incompreensivel pelo nosso olhar! Me empolguei com o post, e estou tentando conseguir uma reserva para minha irmã, que me mostrou o filme. Com certeza será um presente inesquecível.
Bjos
Mesmo se fosse milionário, nenhum prato de comida vale R$ 400,00…. mesmo que seja feito por Jesus Cristo.
400 dólares!
Jesus Cristo sabia cozinhar ?
Cozinhar eu não sei, mas geralmente nas igrejas ele é a comida e a bebida…
E antigamente ele tambem sabia fazer render bastante tanto uma peixada quanto vinho tinto.
kkkk Boa!
A especialidade de JC era fazer a proteína e o carboidrato desses 20 sushis renderem refeição bastante para 200 estivadores…
Concordo… Adoro sushi, mas pagar US$ 400,00 p/ comer em 20 min??… Estou fora.
É um abuso mesmo. Ainda tenho a intenção de, uma vez na vida, em alguma viagem pra fora do país, investir meu capital em um jantar desses caros, só pra ver se a diferença de preço é tão evidente na comida. Mas vou escolher uma refeição mais ocidental.
Carlos, tem coisa muito melhor fora do Brasil pra pagar 400 doletas….rsrsrs Arrebente uns 2 stacker no Burguer King e gaste essa grana na farra!!!! rs
Deu vontade de comer sushi. Imagina se esse cara quisesse, podia ficar multimilionário abrindo filiais em todo o mundo!!! 😉
Maluco por perfeccionismo do jeito que é, impossível! Como é que ele faria para supervisionar tudo?
filmaço. tive a sorte de pegar ele começando na tv a cabono fim do ano passado
abs
Como sushi man o Sr Jiro pode ser uma sumidade e, por suas declarações e pelo trailer do filme, realmente parece ser, uma vez que sempre que prepara um sushi tenta fazer o melhor sushi que jamais fez.
Já como pai tenho minhas dúvidas. No trailer me pareceu que o filho faz o que faz contrariado, simplesmente, está a serviço do pai. Passar valores e tradições está entre as tarefas que um pai dedica ao seu filho, mas decidir o destino do filho como seu sucessor no que faz, acho opressor. Reforço que minhas impressões são a respeito do que pude observar no trailer, e que posso estar enganado, mas confesso que é motivo suficiente para não me despertar interesse nenhum pelo filme.
Pô, Fabiano, analisar um filme pelo trailer? Quanta preguiça. O filme fala justamente o contrário, que o filho quer muito ser o sucessor dele.
Pô, André, não analisei o filme, analisei o trailer. No trailer uma pessoa diz lamentar pelo seu filho mais velho e o próprio Jiro diz que o filho deve fazer aquilo pelo resto de sua vida, isso além da expressão melancólica do próprio filho. Não se trata de preguça, mas um critério para escolher o que vou assistir. Meu comentário não se trata de um ataque ao filme ou a quem o recomenda, apenas uma opinião. Pelo que vi do trailer eu não o assistiria, só isso.
E dois minutos de trailer te dizem tudo sobre o filme? A pessoa que lamenta pelo filho mais velho de Jiro o faz por causa das inevitáveis comparações entre o trabalho do pai e do filho, não porque o filho teria sido “forçado” a nada.
O que me assusta é uma simples opinião num fórum não poder se expressa com o caráter de opinião e não de veredito. É só a minha opinião, não estou dando veredito sobre nada. Se ao invés de ter me chamado de preguiçoso tivesse me dito que a minha impressão podia estar errada e me encorajasse a assistir ao filme valia a pena ter respondido ao que escrevi, do contrário acho que não. Devo a você e a esse blog algumas das coisas mais interessantes que ouvi e assisti nos últimos tempos, mas lamento que ele não abrigue uma simples opinião que, inclusive, pode estar equivocada. Deixa pra lá. Vida que segue. Abs e sds tricolores!
Vc pode expressar o que quiser, estou apenas discutindo com vc. Discutir não significa desrespeitar a opinião do outro, mas justamente o contrário. Só acho estranho vc decidir não assistir a um filme baseado em dois minutos de um trailer. E ficou claro pra mim que o trailer te passou a idéia errada sobre o filme. No documentário, o filho de Jiro diz justamente que seu sonho é, desde moleque, seguir os passos do pai. Se ele foi obrigado a isso, não sei.
Veredito de … é ôla!
ih!!!, Barça não custa nada retribuir o abraço e as saudações que o Fabiano mandou pra você
Ué, mas eu respondi, não?
Cada uma, vamos orar …
Não só um filho como os dois filhos. O mais novo até abriu uma “filial” idêntica ao do pai.