Tarantino erra o alvo em “Django Livre”
18/01/13 07:05Goste ou não de Tarantino – e eu gosto de alguns (“Cães de Aluguel”, “Pulp Fiction”, “Bastardos Inglórios”) e nem tanto de outros (“Kill Bill”, “Prova de Morte”) – uma coisa é preciso admitir: o cara sabe escrever diálogos.
Ou melhor, sabia: porque os diálogos de “Django Livre” parecem ter sido escritos por algum aluno de cinema, imitando Tarantino. São ruins de doer.
E a história? Duas horas e quarenta e cinco para contar uma trama chinfrim de revanche? Com o mesmo tempo, Kurosawa contaria a saga de 37 gerações de samurais.
Mas o que mais me incomodou não foi tanto a ruindade do roteiro ou a história arrastada, mas a opção de Tarantino em fazer um filme tão fiel aos princípios do “faroeste spaghetti”, que copiou até os defeitos do gênero.
Todo mundo sabe que Tarantino é um plagiador talentoso, à Brian de Palma: faz filmes sobre outros filmes.
Mas uma coisa é assistir a um faroeste italiano dos anos 60, dublado mal e porcamente em inglês, com locações na Sicília imitando o Arizona, vilões mais canastrões que o Sargento Pincel (há exceções, claro) e diálogos pomposos e ridículos. Isso é divertido e faz parte do charme do gênero.
Outra coisa é ver uma produção de quase cem milhões de dólares fingindo ser um filme vagabundo, mimetizando diálogos ruins, com cenas de tiroteio propositalmente exageradas (um dos tiros arremessa uma mulher para fora do quadro, parecendo a Linda Blair em “O Exorcista”) e bandidos absurdamente caricatos. Mel Brooks fez isso melhor em “Banzé no Oeste”.
Faroestes são simples: homem é injustiçado, homem jura vingança, homem se vinga. Não é preciso arrastar uma história por quase três horas só porque Sergio Leone ou Sam Peckinpah fizeram isso antes.
Em alguns momentos de “Django Livre”, os diálogos eram tão ruins, que achei que Tarantino estava pregando uma peça na gente. E quando ele próprio aparece, “atuando” com a desenvoltura do Cigano Igor, tive a certeza de que aquilo era uma piada. Mas uma piada sem graça ou leveza.
E a cena da explosão? Alguém mais achou que Jamie Foxx, depois de explodir uma casa e mandar bandidos pelos ares, vira para a câmera e dá um sorriso safado igual ao do Pica-Pau?
Acho o comentário do sabe tudo do ANDRE BARCINSKI, que tem a capacidade de falar mal do quentin, dizer que “Outra coisa é ver uma produção de quase cem milhões de dólares fingindo ser um filme vagabundo, mimetizando diálogos ruins, com cenas de tiroteio propositalmente exageradas” Ah francamente você é sim um cara que não tem o que falar e tem inveja da inteligência e das sacadas do quentin. Lamentável
adorei o filme engraçado divertido e uma fotografia linda
Bom ,
Não concordo muito com as críticas , aliás concordo que um filme é mais longo do que deveria , mas não achei os diálogos ruins apesar de já ter feito melhores e os exageros são comuns nos filmes do Tarantino , são feitos propositalmente e , pelo menos na minha opinião deixam os filmes mais legais ..
Putz…Ferrou Barça…A manchete do seu post está na home da Uol, vai passar de 200 comentários fácil…Bom final de semana p/ você…rsrs.
Eu lembro que umas das melhores sessões de comentários raivosos foi quando um post sobre o Nicolas Cage foi parar na home do UOL. Esse também parece que vai fazer sucesso. Veremos…
Eu gostei quando o post do último Batman foi à home. Raras vezes ri tanto na vida. Era tanto defensor do homem de cueca de borracha que fui obrigado a fechar a janela por estar no trabalho e não poder rir alto. rsrsrsrs
Not Quite Hollywood: The Wild, Untold Story of Ozploitation!
Esse é o nome do doc, assista, por favor.
Abs.
Já escrevi sobre esse filme no blog há muito tempo.
Entao voce esta ciente de que, segundo o proprio tarantino:
“I live my life to stick my finger in the asshole of those kind of people”
Se referindo a quem critica a inventividade pura em detrimento do academicismo cinematografico (Kurosawa).
Acho a obra cinematográfica do Tarantino simplesmente fantástica. É certamente um dos cineastas mais inventivo de todos os tempos. Seus diálogos são criativos, engraçados e envolventes. Tenho todos os seus filmes e os assisti várias vezes, às vezes os coloco para assistir apenas algumas cenas. Ninguém faz igual, ainda que não seja original e/ou homenagens.
Deve ser muito fácil ser crítico de cinema, pois não precisa de nenhum talento.
Pra quem é fã de Tarantino, o filme está excelente. Di Caprio, Jamie Foxx e Waltz estão excelentes. Diálogos ruins? Reparem no diálogo entre Foxx e Di Caprio, na cena em que o escravo é dilacerado pelos cachorros. Excelente! O filme compensa, e muito!
Não concordo com essa análise não. Achei o filme muito bom, principalmente ao mesclar o lado trash dos filmes de faroeste com a trilha sonora de rap e os diálogos engraçados de interior sulista americano. Não sou nenhum especialista em cinema, mas curti muito o filme, bem ao estilo Tarantino de entretenimento e surrealidade.
Sou fã do Tarantino, mas ainda não assisti ao Django…
Quer dizer assisti ao Django original, com o Franco Nero de protagonista, que entra na cidade arrastando um caixão de defunto.
Esse é imperdível.
Ô Barcinski, mas tu não exagerou na crítica?
Tarantino não é bem melhor do que 90% do que temos hoje em matéria de diretores?
Barça, acredito na sua crítica. Vc tem muita credibilidade. Mas mesmo sabendo q Tarantino – que não vejo como herói cinematográfico, autêntico – irá nos embebedar com antigos erros, achando tbm que fará de propósito, os que gostam, irão certamente conferir. Sabe disso certamente.
Pra quem é fã de Tarantino, o filme é excelente. Di Carprio, Jamie Foxx e Waltz estão excelentes no filme.
Cara, você falou muita bobagem.
Plagiador?
Tarantino faz citaçoes em seus filmes, o que é bem difrente de plágio, por que ele faz tudo de maneira absolutamente original. Tao original que ele mudou o cinema nos anos 90, e foi muito copiado. É ridiculo dizer que ele é um plagiador. Voce nao esta entendo o conceito de antropofagia cinematografica.
Voce nao deve ter entendido as sutilezas dos dialogos do filme, e sugiro que voce reveja o filme. Todos os dialogos do Dr. Schultz sao simplesmente geniais. E a cena do aperto de mao é brilhante. Tarantino puro, um detalhe que causa tensao.
Realmente, as duas obras primas dele sao pulp fiction e bastardos inglorios.
Mas o cara é um genio. O pior filme dele, Kill Bill, é ainda assim muito acima da media. E principalmente, criativo, inventivo, sem medo.
Ele toca as questoes raciais nesse filme de maneira destemida, por vezez comicas e por vezes incomoda tambem, tudo que se espera de uma pessoa criativa, e genial.
Quanto a linguagem do filme, ele gosta de incorporar elementos que remetam as suas fontes de inspiraçao. Foi assim em Kill Bill (filmes de Kung-Fu) e a Prova de morte (cinema australiano).
Sugiro que voce assista o documentario “The untold story of australian cinema”, ou algo assim, e tente entender um pouco mais como opera a mente desse genio do cinema.
Claro, ele nem plagiou “City of Fire” em “Cães de Aluguel”, imagina…
André, quem dirigiu esse City of Fire? Procurei na internet e não achei. Gostaria de assistir.
Acho que foi Ringo Lam.
O TARANTINO VAI PERDER O SONO E RECOLHER OS FILMES PQ UM BANDO DE TUPINIQUINS NÃO GOSTARAM … NÃO NÃO … EU VEJO COISA!
Discordo. Não vi o tempo passar. Achei bem divertido. Gosto quando as pessoas não se levam a sério.
Gosto do Tarantino, mas vejo falhas em todo filme dele. Assistir ao final de Bastardos Inglórios me fez sentir um prazer imenso de revanche pró-semita… mas o filme não é nenhuma obra-prima e Brad Pitt está péssimo, caricato e canastrão… Já Um drink no Inferno estava sensacional até surgirem aqueles vampiros, quase desisti de ver o final… Vamos ver se tenho paciência pra quase 3 horas de Django…
Ai meu pai… Porque todo “crítico” de sinema é assim?
Nunca está nada bom, todos procuram o filme perfeito, com os diálogos perfeitos. Mas perfeitos para quem.
O filme diverte, tem bom ritmo e tem uma pegada de filme italiano. Coisa que o Tarantino já vem fazendo faz tempo.
Se eu quiser coisas extremamente de alto nível, melhor ler um livro ou Godart.
Dá-lhe tiro e pancadaria.
Dá-lhe Django… Muito bom!!!
cinema
Godard.
Gostei do filme, só achei demorado demais.
Barça…vc deve conhecer o filme: Eles a Chamam de Caolha / Hooker’s Revenge / They Call Her One Eye / Thriller: A Cruel Picture de 1974…dizem que ele inspirou algumas partes do Machete, Kill Bill e À Prova de Morte…putz tentei assistir mas achei tão tosco…tão mal feito…tem até cenas de sexo explícito, dos anos 70, aí já viu né? estilo Claudia Ohana ou Regina Casé nos 7 Gatinhos… enfim o filme é grotesco nem consigo imaginar como um filme desses pode ter marcado uma época a ponto de inspirar um cineasta talentoso como o Tarantino…
Depois de Pulp Fiction, não sobrou nada do Tarantino, com um suspiro pré-morte em Bastardos Inglórios.
Kill Bill é um daqueles lixos que não dá para assistir.
TARANTINO É O MELHOR CINEASTA DO MUNDO. É LÓGICO QUE O MELHOR NUNCA É UNANIMIDADE. QUANDO SE É O MELHOR, OS CRÍTICOS SÓ FICAM PROCURANDO DEFEITOS E ESQUECEM DO GÊNIO. ATÉ HOJE EU VEJO GENTE CRITICANDO A GENEALIDADE DO MAIOR ATLETA DO SÉCULO.
Vc contou a história!
Achei um dos melhores do Tarantino.
Dou nota 8 (de 0 a 100).
Deu 8 de 0 a 100??? Então não é tão dos melhores assim… hahahahahahaha
Parei de ler quando vi escrito que Kill Bill é ruim.
Tarantino é um diretor de vanguarda e não nos apresenta enlatados, como fazem a maioria dos diretores de hollywood em busca de bilheteria e oscars.
Achei que ele derrapou um pouco em “A prova de morte”, mas nem assim deixou de ser autêntico.
Ô loco, o que mais tem no “A Prova de Morte” é derrapagens….
Desculpe..Não resistí.
Esta crítica lavou a minha alma.
Ok André. Eu quero saber, na verdade, o que foi que aconteceu com o DiCaprio, já que ninguém menciona a atuação dele. Você acredita que ele foi mal? Será que foi por conta do roteiro ruim, ou é a Academia que tem uma birra com ele?
Se fossemos ver filmes pela crítica, assistiríamos as 37 gerações de samurais de Kurosawa, e só. Equivocado, é o que digo a vc.
Você é um critico ruim. Não por sua falta de argumentos (diálogos ruins, mimimi) mas por não saber fazer uma crítica sem contar todos os detalhes do enredo do filme. Obrigado!
Ja tinha achado Bastardos Inglórios bem ruim ( tirando a cena na taberna que é muito boa ),acho que daqui pra frente a mascara dele vai cair cada vez mais,e aquele charme de referencias pop e de cinema dos primeiros filmes vai ficar no passado mesmo !
Não consigo assistir a qualquer filme do Tarantino como um todo. Meu delírio são nas pequenas coisas que nenhum diretor pensa em focar. E com o cada ator se supera mesmo em cenas simples. Sem dizer que os defeitos das produções do Tarantino, para a crítica, são as qualidades e o diferencial do cara. Filmes tensos com um toque de humor ácido. Mas é aquela, nada que ele produzir vai superar Pulp Fiction.
É por ser “Tarantino” que o Tarantino compõe a elite de Hollywood.
Se esses críticos de cinema, metidos a “Shakespeare”, fossem realmente competentes e “gênios da arte” (como realmente se sentem), lá estariam eles no lugar do Tarantino, produzindo dirigindo filmes melhores que os dele.
Como bem recitou Benjamim Disraeli: “Sabes quem são os críticos? Os que malograram na literatura e na arte.”