Michael Jackson e o mito do bilhão de discos
23/01/13 07:05O blog da revista “The New Yorker” publicou recentemente uma matéria muito interessante sobre venda de discos no mundo (leia aqui).
O “gancho” foi a divulgação de uma nota de representantes de Michael Jackson, que dizia que o artista havia atingido a marca de um bilhão de discos vendidos. Outro número impressionante: o álbum “Thriller” teria vendido mais de 100 milhões de cópias.
A reportagem entrevistou o francês Guillaume Viera, um designer de web que, em suas horas vagas, coleta obsessivamente material sobre venda de discos em todo o mundo.
Os números calculados por Viera são bem menores. Segundo ele, “Thriller” é o LP mais vendido da história da música, mas não chega nem perto dos 100 milhões vendidos: tem “só” 66 milhões e uns quebrados.
E o número total de discos vendidos por Jackson seria de 515 milhões, empatado com os Beatles, mas abaixo de Paul McCartney, que lidera a lista com 670 milhões.
Aqui vai a lista dos 30 LPs mais vendidos em todo o mundo:
1. Michael Jackson, “Thriller”: 66,200,000
2. Trilha Sonora de “Grease”: 44,700,000
3. Pink Floyd, “The Dark Side of the Moon”: 44,200,000
4. Whitney Houston, “The Bodyguard”: 38,600,000
5. The Bee Gees, “Saturday Night Fever”: 37,200,000
6. The Eagles, “Their Greatest Hits 1971-1975”: 36,900,000
7. Bob Marley, “Legend”: 36,800,000
8. Led Zeppelin, “IV”: 35,700,000
9. AC/DC, “Back in Black”: 35,700,000
10. Shania Twain, “Come on Over”: 35,400,000
11. Michael Jackson, “Bad”: 34,700,000
12. Trilha Sonora de “Dirty Dancing”: 33,300,000
13. Dire Straits, “Brothers in Arms”: 33,200,000
14. Alanis Morissette, “Jagged Little Pill”: 33,200,000
15. Fleetwood Mac, “Rumours”: 33,000,000
16. The Beatles, “1”: 32,400,000
17. Pink Floyd, “The Wall”: 31,900,000
18. ABBA, “Gold”: 31,400,000
19. Guns N’ Roses, “Appetite for Destruction”: 30,800,000
20. Simon & Garfunkel, “Greatest Hits”: 30,700,000
21. Queen, “Greatest Hits”: 30,600,000
22. Celine Dion, “Let’s Talk About Love”: 30,300,000
23. Michael Jackson, “Dangerous”: 30,200,000
24. Celine Dion, “Falling into You”: 30,200,000
25. The Eagles, “Hotel California”: 30,000,000
26. Bruce Springsteen, “Born in the U.S.A.”: 29,100,000
27. Metallica, “Metallica”: 28,900,000
28. Meat Loaf, “Bat Out of Hell”: 28,700,000
29. Trilha Sonora de “Titanic”: 28,500,000
30. The Beatles, “Abbey Road”: 28,300,000
Se nos Estados Unidos e Europa a contagem de discos vendidos é sujeita a todo tipo de erro, no Brasil a situação sempre foi caótica.
Se você perguntar para “x” pessoas envolvidas na gravação de qualquer disco no Brasil quanto vendeu tal disco, receberá “x” respostas diferentes. Ninguém sabe.
Um exemplo: na lista divulgada pela ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos) dos artistas que mais venderam discos no Brasil, Tonico e Tinoco aparecem em primeiro lugar, com 150 milhões de cópias. Por mais que eu admire Tonico e Tinoco, não dá para acreditar que eles tenham vendido 30% do que os Beatles, que fizeram sucesso no mundo todo, venderam.
Em segundo lugar na lista da ABPD está Roberto Carlos, com supostos 120 milhões de discos vendidos na carreira. Mas Roberto, que tem cerca de 55 LPs lançados, entre discos de inéditas e coletâneas, não tem um LP sequer na lista dos 16 mais vendidos no país publicado no livro “Os 10 Mais”, de Luiz André Alzer e Mariana Claudino (o 1º da lista é “Músicas para Louvar o Senhor”, de Padre Marcelo Rossi, com 3,3 milhões de cópias). A conta simplesmente não fecha. E agora?
Nenhum do Elvis entre os 30 mais vendidos? Hummm…
Qual o número de vendas dos Rolling Stones e de Bob Dylan e suas respectivas colocações no ranking geral ?
Ô Barça, é meio “off-topic”, mas vá lá…
Pra variar eu peguei mais uma indicação sua (maldito, está me levando à falência… hahaha) e comprei a autobiografia do Steve Martin “Nascido Para Matar… De Rir” (pois é, esse é o título no Brasil).
Bueno, eu li a lista acima e ela coloca em 6º lugar “The Eagles”. Só que ontem mesmo eu li uma passagem do livro do livro que achei sensacional que dizia o seguinte, in verbis: “Um dia, tarde da noite, eu estava no bar conversando com Glenn Frey e ele, que havia acabado de desmanchar a sua dupla chamada LongBrancn Pennywhistle, me contou que tinha tido a idéia de um nome para o quinteto que estava formando. “Que nome?”, eu perguntei. “Eagles”. “The Eagles”, você quer dizer.” Não”, ele disse, “Eagles.” E eu insisti: “Não é The Eagles?” “Não, eu quis dizer Eagles mesmo.”
Afinal, quem errou nessa história ?
Outra coisa, lá pelo fim do livro tem uma foto do Steve Martin, de costas, com um turbante na cabeça, se apresentando para uma multidão em Nova York. A legenda diz “…fazendo o Rei Tut”.
Eu jamais vi uma apresentação dele fazendo esse tipo, mas só de ver a foto (e saliento que ele está de costas, de TERNO) e ler a legenda eu começo a rir.
Devo procurar logo um psiquiatra ?
Acho que é Eagles, mas vai saber… Quanto ao Rei Tut, procure no Youtube, era um quadro clássico dele, engraçado demais.
O filme “Titanic” nao causou um estrago enorme somente no cinema, mas na musica tambem ao sacramentar a carreira de Celine Dion. Obrigado James Cameron.
Mas por quê há tanta divergência assim? Ingenuidade minha, mas sempre achei que as gravadoras tivessem um controle sobre esses números.
Corrigindo meu comentário:Mesmo com essa tecnologia de hj que não tínhamos nos anos 70 e 80,a contagem de vendas de álbuns ainda é muito confusa,e no mundo todo!
Em setembro de 2012 na edição especial de Bad consta 45 milhões,e agora 34 e uns quebrados… Acho que essa lista deve ser lá pelos anos 80.Pq os registros de 30 e tantos anos atrás eram bem precarios tbm.
“o 1º da lista é ‘Músicas para Louvar o Senhor’, de Padre Marcelo Rossi, com 3,3 milhões de cópias”, eis a nossa cultura pop.
André, a divulgação dessa lista me fez recordar que a maioria dos grandes petardos sonoros da história do rock’n’roll foram lançados entre 72 e 74. A lista é extensa e você certamente sabe disso melhor que eu. São discos que estão completando 50 anos e, acreditando que todos gostam de uma efeméride dessas, sugiro uma matéria a respeito na Folha ou aqui no seu blog. Que tal?
Estou fazendo um livro justamente sobre isso, mas na música brasileira.
40 anos gente, 40. Não façam eu me sentir mais velho, eu já existia nessa época, rs
40 anos.
Se for para comparar “Triller” com a obra completa dos artistas brasileiros:
1)Tonico e Tinoco 150 milhões
2)Roberto Carlos 120 milhões
3) “Trhiller”…………66 milhões
André, fora do tópico do post, mas não do blog, viu que a Anvisa vai classificar restaurantes usando a higiene como critério?
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1219031-restaurantes-serao-classificados-pela-higiene.shtml
Taí um bom motivo para vc atualizar aquele seu post sobre os fiscais… 😀
Não vi, mas vc tem razão, isso vai dar mais desculpas ainda…
A indústria musical no Brasil é um caso de polícia, isso se nao for no mundo todo…
No livro Soldado do morro, Bezerra da Silva descreve a forma como as gravadoras amarravam os seus artistas, oferecendo-lhes bens no inicio dos trabalhos, como casa e carros, para serem pagos com descontos nos futuros lucros.
Aí já sabem, por mais que se lucrasse a dívida era interminavel, nunca estava pago.
Outra informação dada pelo saudoso Bezerra era a forma clandestina que os discos deixavam as gravadoras na calada da noite, de modo a omitir o controle da tiragem por parte dos artistas.
Na reportagem cita aquela empresa Nielsen SoundScan que tem os dados de vendas nos EUA a partir de 1991, onde o “Black Album” do Metallica está primeiro lugar. O que você acha desse disco, Barcinski? Apesar de não ter a mesma influência de um Nevermind, é um fenômeno comercial impressionante!
Pessoalmente, não gosto, mas é um disco importantíssimo e que mudou o metal.
Seria legal se o Uol publicasse o link desse post em sua capa com um título sensacionalista do tipo “blogueiro diz que MJ não vendeu tanto assim”. Imagina o chorume que ia virar esses comentários hahahaha.
Gênio.
Gostei da lista. Não tem nenhum indie. Considerando que, atualmente, a massa que consome música não a compra, só baixa de forma gratuita, daqui a 50 anos, esta lista será a mesma.
Olá André. Vi na lista que o 13º era o Dire Straits. Já te pedi umas 5x (que eu lembre, rsss) pra vc escrever algo sobre eles. Alguma entrevista que vc tenha feito….. o que vc acha do trabalho deles, o que fazem atualmente. Tenho 39 anos e não sei de ninguém da minha geração que não tenha o “brother in arms” Acho que foi um som que toda uma geração curtiu.
Abraço.
Gosto muito de Dire Straits, mas toda vez que falo isso me olham como se isso fosse antiquado…rsrsrs Seria uma boa uma reportagem sobre os Dire Straits ou sobre as bandas de Newcastle num geral.
Dire Straits! som meio coxinha. Gostaria que o Barcinski escrevesse sobre o Paisley Underground que teve bandas maravilhosas e hoje esquecidas como o Dream Syndicate, Green on Red, Rain Parade e outras. Lembro também do Jason & The Scorchers -que não fazia parte do movimento mas era uma bandaça (http://www.youtube.com/watch?v=w22v6wkTeSM)
Barcinski, me corrija se eu estiver falando bobagem mas pelo que lembro foi o Led Zeppelin que “consagrou” a fórmula do LP. Até lá grande parte das vendas eram (e continuaram sendo por um bom tempo) de compactos.
Então pra considerar vendas totais de um artista eu acho que temos que considerar os compactos. Limitar a LP/CD tira alguns figurões da lista como Elvis ou Bing Crosby por exemplo.
Aqui no Brasil pela longevidade da carreira boto fé no Robertão como nr.1
“Esse cara sou eeeeeuuuuuuu…”
Mas ninguém limitou. A lista dos 30 é de LPs. A lista “total” inclui compactos. E cv tem razão, LPs começaram a vender mais a partir do início dos anos 70.
Quanto ao Led, o que ocorria, segundo o Jimmy Page, é que a banda gostava de vender “o peixe” através do LP, queriam que o público tivesse uma idéia geral do som. Mas não até que ponto chegou a ter influência decisiva no mercado.
O Led Zeppelin foi fundamental para a predominância do LP no mercado. Outra coisa que Jimmy Page fez os caras engolirem (desde o primeiro disco) foi um esquema onde a banda gravava o disco do jeito que queria, bancando o estúdio, e depois levava o resultado para a companhia fazer o que realmente sabe: vender.
Sério? Nunca tinha ouvido falar nisso antes. Pensei que fosse um fenômeno tecnológico, com a popularização do microssulco e a generalização dos LP’s (e dos equipamentos domésticos) em estéreo. Aliás, os Beatles inauguraram muito antes uma série inédita de lançamentos em LP’s, apesar daquelas técnicas bizarras de colocar vocais em um canal e instrumentos em outro, (se não me engano, binaural) e que não era propriamente estéreo, pois não simulava a sensação espacial sonora.
Mas você está certo também, Jah. O LP ia vingar de qualquer maneira pela questão tecnológica. O Led Zeppelin apenas impulsionou o sucesso do formato, recusando-se a lançar singles e ter a chamada “música de trabalho”. E como o sucesso da banda veio das – então novidade – rádios FM dos EUA e da propaganda boca-a-boca (via shows), os executivos comiam na mão do Jimmy Page. Era só LP e independência total de criação e produção.
Olá,André.Lembra daquele post sobre o “Ódio Eterno ao
Futebol Moderno”?Não deu tempo de escrever naquele
post,mas digo que é sempre melhor ter Juventus,Portuguesa,
XV de Piracicaba,do que esses “times” tipo Oeste de Itápolis,
São Caetano,Audax,Red Bull,etc.É uma lástima o Comercial,a
Ferroviária,o Noroeste,o São José e a dupla Rio Preto-América
na série B do Paulista.Vergonhoso.Abraços!
O que tem de errado com o Oeste de Itápolis? Ele não é clube-empresa, nem é bancado pela prefeitura e tem muita identificação com a cidade.
misturou as bolas… o oeste veio subindo desde a série a3 de forma vertiginosa, é um dos times que mais merecem estar na a1, pois é competitivo mesmo tendo uma folha de pagamento modesta e um estádio acanhado. o são caetano deu uma caída nos últimos anos, mas disputou até final de libertadores. quanto ao norusca, meteu 4 no juventus hoje em plena rua javari, vai subir pra a1, lugar que nunca deveria ter saído.
Infelizmente meu comentário não foi publicado (provavelmente por ser grande, embora eu tenha resumido e dividido em três partes).
Uma pena, pois explicaria, de maneira séria, o tema debatido, o que deveria ser sempre o objetivo da imprensa.
Mas resumindo, o trabalho do Guillaume Viera diz respeito somente a estimativas dele com base em certificações defasadas. Ele não tem condições de apresentar éstimativas corretas e não é porque a The New Yorker” publicou isso que deva ser verdade.
Grato.
Disse duas vezes e repito: quer publicar um texto grande daqueles, sem problema, mas deixe aqui o link. E não venha dizer que o blog desincentiva a discussão, já que esta deve ser a sétima vez que te respondo.
Caro André,
Não é todo mundo que tem tempo.
Não tenho vergonha de admitir que teria que pesquisar primeiro para saber como publicar em outro lugar e passar o link, já que nunca fiz isso (não tenho conta em rede social).
Por isso resumi e repostei depois em três partes, pois facilitaria.
Querendo ou não, isso (e o fato de você ter publicado mensagens um pouco indelicadas no twitter) desincetiva sim a discussão.
Estudo os charts há muito tempo e conheço o trabalho do “francês”, por isso dei meus pitacos.
Mas não se preocupe, esse “fanboy” aqui não vai mais perder o seu tempo com quem parece que acreditar cegamente no que é publicado na imprensa gringa.
Sem lamentações ou vitimização, por favor. Já te expliquei que não dá pra eu publicar um bloco, mesmo em partes. Quem entra na seção de comentários, desiste.
Cara, não tem coisa mais fácil que isso: http://wordpress.com/
Vc vai perder mais tempo reclamando que não deram atenção aos seus dados do que perder 5 minutos para criar um blog no wordpress.
Independente dos números vendidos, a diferença é que nos EUA um artista conseguia ficar milionário com a vendagem de discos. Aqui, há tanta maracutaia, que todos os artistas reclamam que a vendagem dos discos nunca deu dinheiro mesmo vendendo muito. O que salva são os shows. Mesmo que tonico e tinoco tivessem vendido 150 milhões ( o que não creio), isso deveria torná-los multibilionários – o que não correspondeu a realidade, infelizmente.
Uma vez, ouvi, acho que o Peri Ribeiro, contando que conheceu um cara, no estrangeiro, que não tinha que vivia muito bem só com o que recebia de direitos autorais de UMA música que tinha estourado. E ele, tendo como pai o grande Herivelto, criador de inúmeros sucessos no rádio, ia morrer de fome se dependesse do dinheiro vindo dos direitos autorais de seu pai.
Esse cara deve ser o Morris Albert que fez muito sucesso com a música “Feelings”. Barcinski quem era o brasileiro com nome gringo que cantava “i am so bad” pronunciando “bad” mesmo.
Nossa lendo os comentários, na boa, parece que ninguém sabe ler, ou sei lá, o cara já tem uma opinião formada e só enxerga blá blá blá.
Um diz que pelo fato de conhecer gente que só tem LP do Pink Floyd, eles venderam mais do que o MJ, caramba, o cara nunca teve aula de estatística na vida??? Tipo, eu não conheço ninguém que teve câncer por fumar, logo… Meu Deus!!!
Outros simplesmente não entendem que a lista mostra somente os “30 mais” e o cara que fez o levantamento levou em consideração todos os discos, isso quer dizer centenas, milhares e etc.
Ah, para quem não tem ideia do vem a ser um compacto, minha mãe tinha uma par deles, eram discos menores, só com duas músicas, uma de cada lado. Isso vendia como água.
Além disso, essa tática de inflar números sempre foi uma estratégia de mkt.
Pô, Barça, desculpa escrever demais, mas não aguentei…
Provavelmente ninguém aqui sabia o que é um compacto. Muito obrigado.
Não sei, tem gente que acha o circulo de amizades equivale a espaço amostral para desqualificar o trabalho do cara. Depois disso, não duvido de nada.
Ui….
Foi arrogante desde o começo. Merece.
Então o Júnior quer fazer amiguinhos? Comece saindo da sobra de seu pai.
Não entendi o que voce quis dizer. O que aconteceu foi que voce “se achou” desde o começo querendo esculachar os outros. Até o cara do Pink Floyd o André já tinha respondido, nem precisava.
Detalhe que o disco do bob marley, do pink floyd e do led zeppelin estão ainda “chartando” no HOT200 da Billboard. Acho que nunca mais vão sair de lá.
Esse tema sempre me fascina. Os números de vendagens sempre são discrepantes, a depender da fonte utilizada. Surpreende-me tb o fato de não existir métodos de aferição em escala global, em plena era da informática. Os rankings simplesmente não batem. Já ouvi falar que beatles vendeu mais de 1bi, já ouvi falar que não. Agora com os mp3 é que vai ficar impossível de saber quem está vendendo mais. Não tem como.
Se não me engano os registros de vendas de discos no Brasil só foram oficializados na década de 90, o que pode explicar a ausência do Roberto Carlos na lista.
O certo é que jamais iremos saber a verdade sobre os números. A indústria fonográfica é provavelmente o mercado mais sujo do mundo, o tráfico de drogas é café pequeno…
Reza a lenda que as gravadoras no Brasil pirateavam discos, Ou seja, mandavam prensar LP´s sem avisar ou repassar qualquer tipo de royalties para as matrizes estrangeiras. Acredito que esta seja uma prática comum no mundo inteiro.
Olha o exemplo do Sugarman. Alguém pagou royalties? Alguém recebeu?
Difícil, Luiz, porque as vendas de discos só cresceram nos anos 90, ou seja, o número 1 nos anos 70 não teria vendido mais que o número 1 dos anos 90.
Caro Barcinski,
você tem toda razão. A coisa é completamente caótica em termos de quantificação.
Apenas um porém, quanto ao seu comentário sobre Tonico e Tinoco. Eu também acho que eles não venderam tanto, mas por outro lado se temos pouca informação sobre o quanto Michael Jackson foi vendido, imagine esses nomes da música sertaneja dos anos 40 e 50 (Tonico e Tinoco, Cascatinha e Inhana, Tião Carreiro e Pardinho e cia…), consumidos a vida toda por uma população que só agora começa a aparecer nos registros como consumidor. Em suma, essas figuras da música sertaneja e aquelas da música brega dos anos 70 (do livro do Paulo César Araújo) venderam muito, mas muito mesmo. Mais do que a gente imagina.