Ele conseguiu melhorar até a Vera Fischer...
25/01/13 07:05Sem ele, o cinema brasileiro teria sido perdido muito da graça: José Luiz Benício da Fonseca, o Benício, foi o ilustrador de dezenas de cartazes de filmes nacionais. E conseguiu a proeza de deixar mulheres que já eram lindas, ainda mais irresistíveis.
Quem não lembra Vera Fischer de pernas cruzadas no cartaz de “A Super Fêmea”? Ou Marlene Silva de decotão em “A Dama da Zona”? Ou Adele Fátima cercada por anões – e por Costinha – no cartaz de “Histórias que Nossas Babás não Contavam”?
Quem foi criança nos anos 70 e 80 certamente lembra os coloridos e engraçados cartazes dos filmes dos Trapalhões. Foi Benício quem desenhou.
Leia aqui uma ótima entrevista por Benício, feita pelo ilustrador Orlando.
O jornalista Gonçalo Júnior, especialista em quadrinhos, lançou recentemente o livro “E Benício Criou a Mulher”. Comprarei imediatamente.
Numa época de censura e regime militar, Benício fez a alegria de muita gente, com suas deusas voluptuosas. Se você passasse pela Cinelândia e visse um grupo de homens parado em frente à fachada de um cinema, sabia que estavam olhando para algum cartaz de Benício.
E Benício continua na ativa, aos 76 anos, apesar de ter sofrido um AVC há dois anos. Espero que o livro de Gonçalo ajude uma nova geração a conhecer o trabalho do rei das “pin-ups” brasileiras. Benício merece.
Benício é gênio da raça. Sempre adorei o trabalho dele. A memória afetiva do cinema nacional passa pelos pôsteres do Benício. Vou comprar o livro com certeza!
“Ele conseguiu melhorar até Vera Fisher” … pô, meu caro ! Qual é ? Vera Fisher nessa época – retratada no cartaz de “A Super Fêmea” – já era uma “deusa” ! Já era uma verdadeira “Vera Fisher” ! Tudo bem que ela não é mais a mesma – e só nesse caso é que o título do texto pegaria bem, desde que o cara desse uma “melhorada” na atual Vera Fisher – mas parece que esse título foi pouco ou nada generoso com a mulher … rsrsrsrs
Falando em anos 70, este filme, adaptaçao do livro Meninos de Kichute, é uma visão da década sob o olhar de um grupo de meninos.
http://www.youtube.com/watch?v=HZjoXrM-DBg
Deve estreiar este ano. Pariticipou em 2010 da Mostra Internacional de Cinema de Sao Paulo onde ganhou o premio de melhor filme (juri popular).
barcinski, mestre. sei destes cartazes,infancia lembro cartazes trapalhoes…risos…nada a ver mais comprei todos filmes coffin joe dvd in UK..so falta seu livro maldito,de preferencia autografado,(honra)…pelo menos sonhar eu posso…MAIS E SERIO…E LIVRO BARULHO..IDEM
Olhai Barça. Fiquei super a fim de ver depois da critica ai!! Agora é só assistir e passar vontade http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=gX6rHKjSIGI
Bem loco!
Barça, totalmente off-topic: você que gosta de um bom doc já viu ‘The Imposter’? Nada menos que genial! Corra ver 🙂
Sobre o que é?
Sobre um menino que some de uma cidade no Texas e tem sua identidade roubada por um con-man… não direi mais nada pra não estragar. Impressionante imaginar que essa história é verdadeira…
Parace sensacional, vou ver isso urgentemente.
Demais André. Sabe que nunca me passou na cabeça saber quem era responsável por esses cartazes (que são todos sensacionais).
Agora fiquei com vontade de saber mais.
Off: Barça, como fez quase que em primeira mão uma crítica do Django semana passada, não rola de fazer uma sobre “O Mestre”do PTA? Tô a fim de ver esse fds.
Abs
Publiquei hoje na Ilustrada e farei aqui no blog na segunda. Adorei o filme.
Li sua resenha, André. Uma dúvida: o Joaquin Phoenix tá mesmo digno de levar esse Oscar? Claro que Daniel Day-Lewis ao que tudo indica deve faturar, mas quero dizer, a indicação foi merecida? Porque sei lá, o cara me parece completamente maluco da cabeça… li também a entrevista da repórter do Guardian na Folha e minha impressão só piorou, ele fala coisas desconexas o tempo todo. Será que ele só se sai bem em filmes em que representa ele mesmo, ou seja, algum biruta, como parece ser o caso de “O Mestre”?
Tá sim. Segunda vou escrever sobre o filme aqui no blog e falo sobre o Phoenix.
Já tinha lido essa entrevista, bem legal mesmo. Vou comprar esse livro! Os cartazes do Benício são sensacionais!!! Por que não se fazem mais cartazes assim nos cinemas??? 1 abraço e bom final de semana!
Lembrando que o Benício também fez ilustrações para capas de disco como aquela famosa do Erasmo Carlos com a pomba.
Há uns anos sairam dois livros com ilustrações do Benício
“http://reference-press.prestabox.com/product.php?id_product=20”
Uma das ilustrações que mais gosto é aquela do “Bacalhau (Bac)”, uma paródia perfeita do Tubarão.
Eu tenho aqui em casa um LP do filme “Os Trapalhões na Serra Pelada” cuja capa (que é uma reprodução do cartaz) foi feita por ele. E há vários detalhes que acho que ficariam meio perdidos numa capinha de CD…
14h07 e apenas 7 posts. Pelo jeito a maioria dos leitores do blog são paulistanos e o acessam do ambiente de trabalho.
Uma das coisas que mais curto neste blog são, além das dicas de filmes, as de livros (como a autobiografia do Steve Martin, que eu não sabia que tinha saído no Brasil). Valeu, Barça.
O livro já foi lançado? Numa busca aqui, só achei na Livraria Travessa, mas diz que eles não têm em estoque e levarão 20 dias pra entregar. Saraiva e Cultura não têm o livro também.
Esses cartazes são ótimos, parabéns ao Benício. Alguma loja especializada bem que poderia colocar umas réplicas para vender.
Fui ontem na Comix e esqueci de comprar esse livro.
O trabalho do Benício está no mesmo nível dos cartazes dos artistas gringos. O domínio técnico dele é absurdo. Um simples olhada já causa empatia imediata, mas também dá pra ficar horas analisando pra se ver as sutilezas.
Eu sou ilustrador e passo horas e mais horas pesquisando artistas pela net.
No final dos anos 90 (com a massificação dos computadores e programas tipo Photoshop) o espaço dos ilustradores caiu muito, mas parece que isso está voltando aos poucos. Particularmente, prefiro zilhões de vezes arte feita com as mãos do que usando técnicas digitais (exceções existem, claro).
Felizmente, o Brasil está com uma leva muito boa de novos ilustradores.
Mas o Benício merecia maior reconhecimento do que tem. Coisas deste nosso país…
Benício foi um cartazista de filmes fora de série. Por azar seu possuia uma daquelas quatro asneiras de que falou Lobato sobre Brecheret: “a asneira básica, fundamental, mãe de todas as outras: ter nascido no Brasil. O Brasil não é terra onde um artista nasça”.
Realmente, tivesse nascido na Italia, no ápice do cinema político, certamente criaria cartazes bem melhores do que eles faziam e hoje seria reconhecido mundialmente.
Pôsteres de filmes B, horror, adultos, etc: http://wrongsideoftheart.com/
Cara, muito bom esse site. Alguns (tá, a maioria) são de morrer de rir. Obrigado por compartilhar.
Nunca houve uma mulher como Brigitte Monfort, a espiã nua que abalou Paris.
A capa desse livro era a espiã nua no paredão e um pelotão nazista apontando para ele em posição de tiro. Essa obra deveria estar no Louvre.
Ops! era a Giselle. Leiam o post abaixo antes de falar besteira que nem eu.
Se não me engano a Brigitte Monfort era filha ou mãe da Giselle. Li muitas aventuras daquelas espiãs.
Não só os cartazes,mas as capas dos livrinhos de bolso que vendiam como água e ainda se acha muito nos sebos. O bom era que dava para “lêr´´ os livrinhos no banheiro…Uma cultura que desapareceu.Bang Bang,policial e espionagem foram um grande sucesso e ainda tem muitos leitores,lembro de uma série chamada´´ Giselle, a espiã nua que abalou Paris“,muito inspiradora ,com capas de Benicio, muito tempo depois descobri que era escrita por Cony,que acho que nunca vendeu tanto,deve ser item de coleção,não se acha em sebo.
PS_parece que o link da entrevista não está funcionando.
Fiz de novo o link, acho que agra vai funcionar.
Era a Giselle! aí sim.
Tenha uma coleção da Avec com essas mulheres na capa e com o subtítulo “Para ler deitada” “Para ler …assim e assado, com essas mulheres ultra eróticas na capa. Dentro do Livro estavam contos de Maupassant, Conan Doyle, Poe etc… essa era do caramba. Meu pai comprava o livrinho. Um dia levei na escola, só para mostrar as capas. Foi um sucesso de público e crítica. Tinha ilustração de mulher mostrando o cofrinho, um dos colegas se excedeu na admiração, o outro chamou a atenção para o excesso. Quando a gente vê hoje em dia uma mulher mostrando esse início do mau caminho, não tem jeito de não lembrar dessas mulheres do Benício.
Sempre quis saber quem desenhava esses cartazes… Muito bom!
Idem!