Burocracia e corrupção também causam tragédias
27/01/13 13:32Acordei domingo, a exemplo de todo mundo, fulminado pela notícia arrasadora da tragédia em Santa Maria.
É um daqueles eventos que nos fazem ligar para parentes e amados, mesmo que estejam a milhares de quilômetros de distância do acidente, só para confirmar que estão bem.
Para os familiares e amigos das vítimas, fica nossa solidariedade, mesmo sabendo que nada pode diminuir a dor que estão sentindo.
Os detalhes da tragédia ainda estão nebulosos , e só serão revelados inteiramente daqui a algum tempo. De quem foi a culpa? O que poderia ter sido feito para ser evitado? O que fazer para evitar novos acontecimentos assim?
De uma coisa, tenho certeza: o governo precisa rever urgentemente o processo de liberação de alvarás. E não só para casas noturnas, mas para todo tipo de estabelecimentos comerciais.
Não conheço os meandros da burocracia em Santa Maria, mas conheço os de São Paulo. E a impressão que tenho é de que as leis e regulamentos para obtenção de alvarás são propositalmente absurdas e kafkianas, com o único intuito de dificultar a vida de quem deseja tirá-los. E quando isso acontece, sabemos as consequências: corrupção e falta de fiscalização adequada.
Não estou eximindo nenhum comerciante de suas responsabilidades. Mas desafio qualquer pessoa a entrar sozinha numa secretaria e conseguir um alvará, sem a ajuda de despachantes, advogados e “técnicos” e sem apelar, no fim das contas, para liminares judiciais.
Se os regulamentos forem levados a ferro e fogo, nem os prédios do governo seriam liberados. Faça um teste: procure na Internet notícias sobre prédios do governo que estão sem alvará, e você terá uma surpresa.
Se tiver tempo e disposição, faça mais: vá a prédios da prefeitura de sua cidade e verifique se todos os extintores estão posicionados de acordo com a lei, se o corrimão da escada está na altura devida, se as rampas para cadeiras de rodas estão no ângulo adequado e todas as luzes de emergência estão sem seu lugar.
Com uma legislação mais simples e menos burocratizada, os comerciantes não passariam anos ou gastariam absurdos para tirar o alvará, e acabaria a verdadeira “indústria” dos alvarás que hoje, infelizmente, existe.
São em momentos assim, quando o país todo está chocado e sensibilizado por uma tragédia, que governantes correm o risco de tomar decisões populistas e que, no fim, não levariam a nada: fechar comércios, trancar lojas, fazer ajustes cosméticos e sem efetividade a longo prazo.
O que é preciso fazer, de verdade, é mudar o processo todo, rever a longa cadeia de burocracia que existe hoje, e acabar com as dificuldades. Só assim, “limpando” tudo, poderíamos ter uma fiscalização eficiente.
Uma lei complexa é uma lei corrupta.
PERFEITO!!!!! Já disse mil vezes: burocracia, legislação confusa, cifrada, extensa demais, indecifrável são terreno fértil para corrupção, desvios, atalhos. Ontem escrevi sobre isso tb: http://gabinetesoninha.blogspot.com/2013/01/segunda-29.html (PS: por mais que vc responda, SEMPRE vão dizer que vc não responde)
Valeu, Soninha, lerei com certeza. Beijo.
São questões bastante complexas e a burocracia sempre complica tudo.
Por outro lado, historicamente, não damos a mínima nem para nossa própria segurança; o que dizer sobre a dos clientes de nossos estabelecimentos.
Os critérios que definem as escolhas para nossos negócios são sempre os financeiros… então… a lei pede isso e aquilo, isso pode custar menos se não for a prova de fogo? Perfeito, então… é o mais barato… é só para inglês ver mesmo… ou o fiscal não multar…
O que? Tem um fulano que enche de novo os extintores e troca a validade? Perfeito… é só para o fiscal não multar mesmo…
Não… extintores servem para salvar a vida das pessoas, em caso de incêndio… aliás… pessoas… não carteiras que andam e sustentam essses estabelecimentos…
E enquanto os comerciantes daqui não aprenderem que do lado de lá do balcão existe gente e não só carteiras, as coisas continuarão como estão… entendeu?
Concordo 100%! enquanto o lucro estiver acima do respeito à vida não existe lei, fiscal ou qualquer outra coisa que possa garantir que poderemos ir a um show, cinema, casa noturna sem correr riscos.
Pintar o empresario como um pobre coitado oprimido pelo Sistema é apelação desnecessária.
Existe sim, Isabela, o ponto é justamente esse. Se a fiscalização fosse bem feita, lugares ilegais não estariam abertos.
Existe sim, Isabela, o ponto é justamente esse. Se a fiscalização fosse bem feita, lugares ilegais não estariam abertos. Ninguém é “pobre coitado”. Como disse, acredito que existe uma longa cadeia de culpados.
Só pra ilustrar: conheço “empresário” (e já ouvi da boca dele, contando como se fosse o cara mais esperto do mundo) que ALUGA extintores pra colocar em seu estabelecimento apenas na época de renovar o alvará.
No resto do ano trabalha com nro de extintores bem abaixo do exigido, alguns inclusive vencidos. Enfim, só pra inglês ver…
Na época fiquei pasma com a malandragem e cara de pau dele, até ficou uma situação chata nesse encontro social pq muita gente criticou a postura dele enquanto outros o defenderam. Hoje me pergunto se ele se identificou de alguma maneira com o que aconteceu em Santa Maria.
Agora pergunto: existe fiscalização ou lei que possa dar jeito em pessoas com essa mentalidade???
Acredito e também conheço gente inescrupulosa e irresponsável. Mas nunca ouvi falar em alugar extintores, até porque a fiscalização não avisa o dia em que vem.
Grande Barça! Penso que, infelizmente, o incêndio em Santa Maria é mais uma daquelas tragédias anunciadas. O triste evento do Gran Circo não resultou em aprendizado. Ou pelo menos, alguns proprietários e fiscais não levam a sério o que aconteceu em Niterói. Daqui a pouco vem o Carnaval, a mídia mata sua vontade de sangue e a nau segue seu curso. Até a próxima tragédia de comoção nacional. Meus sinceros sentimentos às famílias, pois eu tenho certeza que é muito difícil para as vítimas que partiram, mas é um inferno ainda maior para os seus familiares e amigos que aqui estão.
mais um aspecto de toda essa discussão é uma cultura de espetacularização de qualquer evento desde festas de crianças a casamentos tudo precisa ser uma “megaprodução” geralmente de péssimo gosto. A banda que estava tocando na boate, devia ser das mais fuleras, mas tinha que ter uma produção, com fogos pra chamar atenção. lógico que várias bandas excelentes fazem superproduções, mas essa necessidade ostentação besta entra no bolo dos alvarás, burocracia e irresponsabilidades que essa tragédia levanta.
André, acho que a partir desta trajédia podemos analisar várias pontos de vistas, que embora sejam bem diferentes acabam sendo convergentes no sentido de um complementar o outro. Você explanou muito bem as dificuldades de se cumprir as legislções existentes já que existe todo um sistema que sobrevive do não cumprimento das leis. Alguns explanaram as falhas de fiscalização, a ignorancia de pessoas despreparadas em realizar seu trabalho de forma correta. Mas o que acho principal nisto tudo é que as vezes apontamos culpados e esquecemos de usar o maior poder que temos, o de dizer Não, o de não comprar um produto duvidoso, o de não frequentar um local perigoso. Por mais que os governos sejam falhos e as pessoas irresponsáveis, nós enquanto consumidores abrimos mão do maior direito que temos, direito esse capaz de prevalecer sobre qualquer lei falha, qualquer sistema corrupto, qualquer ato de irresponsabilidade, o direito de escolha. Agora por exemplo parece óbvio que o local era inapropriado para o tipo de evento, como apenas uma saida? como não tem janelas? como não tem luzes de emergencia? Mas quantas vezes várias pessoas ali estiveram, e nunca perceberam isso? Quantas vezes nós vamos a uma casa de espetáculos, a um shopping, a um restaurante e nos atentamos as condições do local? Quantas vezes verificamos se as autorizações de funcionamento do local, que devem estar expostas em local vísivel lá estão? Não quero dizer aqui que as pessoas que perderam suas vidas ali são culpadas, elas são vitimas, vitimas de uma legislação falha, de um sistema corrupto, de empresários inescrupulosos, e de sua, ou nossa, ingenuidade em achar que não precisamos tomar certas precauções, nos atentarmos a certas coisas, pois alguém que deveria faze-lo já o fez. Infelizmente vivemos em um país onde os governantes não são capazes de entregar o básico, que diga-se de passagem são muito bem pagos para fazer, o que dizer então sobre legislar e fiscalizar sobre a iniciativa privada. sim, eles tem esse dever, mas não são eficazes em faze-lo. Cabe a nós exigir sim que eles façam, que as coisas melhores, que os “irresponsáveis” sejam punidos, porém cabe mais ainda como consumidores sermos mais cuidadosos, mais exigentes, esse poder é nosso, e é muito grande, muitas vezes mais eficaz que qualquer lei.
André, eu sou a amiga do Renato Lopes que estava com ele e mais uma amiga no Conjunto Nacional. Esqueci de beijar a sua mão por conta do que você fez com o Mojica, o qual obviamente sou MEGA FÃ. O tico não comunicou com o teco e eu não te reconheci. rs Mas fica aqui, então, o registro. Vou seguir o seu blog. O meu trabalho está ai também (endereço do site segue), motivo pelo qual não posso abrir uma Pizzaria em Goiânia. Parabéns pelo seu trabalho. FO-DA! Lydia
Foi um prazer te conhecer, mesmo que tão rapidamente, Lydia. Beijo.
Parabéns Andre. Belíssimo texto. Concordo com você.
Abraço
Marisa
Concordo muito com essa linha de pensamento. Um sistema de alvará simples e mais barato, focado principalmente na segurança básica, evitaria muito a necessidade de burlar a lei.
Até porque num modelo mais simples, os estabelecimentos que estivessem na ilegalidade, seriam a minoria, o que facilitaria muito a fiscalização e consequentemente, a interdição em tempo hábil.
Agora, num universo com maioria de estabelecimentos ilegais, fica inviável qualquer fiscalização efetiva.
Marcos Rondinelli escreveu “….evitaria muito a necessidade de burlar a lei…”.
A sua frase, Marcos, caracteriza bem a sua safadeza e a do brasileiro em geral!!!
Espero que você não seja proprietário de uma boate!
O titulo é:
Burocracia, Currpção e Vocalista que acende fogos em um ambiente fechado e com acustica inflamavel, tbem causam tragédia.
Como não ficar revoltado com as explicações dadas quando percebemos total falta de dedicação e excesso de indulgência nas suas próprias respostas?
“Falta de dedicação”? É brincadeira isso. Eu respondo a muitos comentários, diferentemente de muitos blogueiros. Seria muito mais fácil simplesmente não responder. O problema é que algumas pessoas não aguentam opiniões contrárias e confundem argumento com briga.
Ficou todo mundo insistindo na história do alvará. É importante? Lógico que é. Tem de estar tudo dentro de especificações de tamanho, altura, quantidade, etc. Agora, alvará impede que um imbecil solte foguete em local fechado? Alvará informa seguranças de que eles devem liberar as saídas? E será que alvará abre porta de emergência, assim, do nada, quando a situação aperta? Alvará por acaso impede que entrem 1000 pessoas onde caberiam 600? Se a casa estivesse com alvará em dia, todo mundo teria morrido do mesmo jeito, só que com a papelada regular. Ou seja, a questão não é alvará — parem de discutir isso e insistir nesse nonsense.
Não, Rodrigo, claro que não impediria. Mas dizer que alvará é “nonsense” é que é nonsense. O alvará poderia exigir, por exemplo, um plano de saída de emergência e testes periódicos no staff da casa. O problema, também, é que muitos dos alvarás que existem não valem nada, por terem sido conseguidos de forma suspeita. Se tudo fosse mais transparente – tanto as exigências para conseguir o alvará quanto as normas de segurança e exigências na construção – o processo inteiro se beneficiaria.
É sem sentido, sim, continuar discutindo se a casa estava ou não com alvará em dia, especialmente se eles estavam em um alegado “processo de renovação”. O que aconteceu nesse entremeio, entre o vencimento e a tragédia? Sumiram extintores? Uma porta de emergência se fechou sozinha? Os funcionários desaprenderam as coisas? Mais uma vez, o dono do blog põe palavras na boca de quem não falou. Falta habilidade na sua interpretação de texto. No começo, eu deixo claro que alvará é importante (e reforço que é fundamental). Quando digo que falta sentido é na discussão atual. Porque nada daquilo que eu mencionei no post original seria mudado pela presença de alvará — morreriam todos exatamente do mesmo jeito, mas com documentação limpinha. A DISCUSSÃO SOBRE ISSO NESTE MOMENTO (e não a obtenção do certificado em si) é que é nonsense, porque não faria qualquer diferença. O que fez a diferença é a completa falta de bom senso e inteligência dos envolvidos.
Também publiquei algumas das regras dos Bombeiros em São Paulo que certamente impediriam uma tragédia dessas dimensões – determinam, por exemplo, a distância máxima até a porta de emergência mais próxima: http://gabinetesoninha.blogspot.com/2013/01/a-regra.html . Se a regra não for razoável, a fiscalização já começa prejudicada!
Eu concordo… Um imbecil acender um sinalizador em um local fechado e com teto baixo… Deveriam solicitar a ele um laudo para andar livremente na rua…
Aliás, sou contra essa merda até em estádios, onde é bem mais comum de ver e ninguém fala nada.
Alvará expedido (de localização, da vigilância sanitária, dos bombeiros) significa que um estabelecimento está apto a funcionar, ou seja, ele atesta que NAQUELE DIA da vistoria o estabelecimento estava de acordo com a legislação
Cabe ao proprietário manter estas condições.
Por isso os alvarás têm duração de um ano. Na teoria, a cada 365 dias os fiscais precisam vistoriar o local de novo. Agora responda: isso acontece?
Desabafo
Senhor, neste domingo fiquei estarrecido com o que aconteceu em Santa Maria
Fiquei observando a imprensa, seu procedimento, em relação a esta Tragédia.
Apresentador de uma certa emissora ansiava, anunciar cada vez mais mortos, sem saber que ali estava sendo interrompido vários sonhos, ideais de famílias inteiras
Não se tem mais respeito pelo ser humano, pelas famílias, a ânsia de noticiar mais e mais mortos, a segunda maior tragédia do Brasil, tal frieza que se trata ser humano, uma família que anos e anos se despira de sua tranquilidade para dar o melhor para seus filhos
Eu como pai me vi naquela situação, desespero, onde vários pais deixaram seus filhos a noite,ao retornarem se deparam com seus entes mortos devido a fatalidade. Me perdoe este comentário, mas tais jornalistas, com curso superior em varias faculdades, pós, estágios, esqueceram de ensinar o sentimento, o amor ao próximo, o respeito as famílias.
Gente imprensa marrom deturpando tudo.entrevistando mães desoladas, chega disso .
Vamos respeitar a dor das famílias chega de mídia oportunista , autoridades façam a sua parte para que não ocorro mais, mas não explorarem a dor alheia como fizeram nos desabamentos do rio e as famílias continuam a ver navios.
é isto mesmo, Luiz Fernando! você mencionou jeitinho brasileiro e o André falou sobre a indústria de alvaras. Exatamente a mesma coisa. Melhor ler direito antes de publicar comentário bobo!
é mesmo Luiz Felipe! pensei exatamente o que o André disse: ele falou da indústria de alvaras e vc falou do jeitinho brasileiro. Ora, exatamente o que o André disse. Melhor ler direito antes de publicar comentário bobo.
Exemplo maior do que o da Rosinha, amiga de Lula que vendia alvarás.
Depois da construção efetuada, ou do imóvel reformado, é a maior dor de cabeça solicitar um alvará, pois o projeto apresentado não é adequado para o fim desejado, muita coisa deverá ser mudada, e não terá como por N motivos. Para não ter problemas futuros, solicite a aprovação do projeto na vigilância sanitária antes de conclui-lo, assim evitará dor de cabeça na hora de solicitar o alvará. Experiência própria!
Irresponsabilidade, biritas, drogas e doideiras diversas também causam tragédias. Tanto ou mais que burocracia e corrupção. Força às famílias.
Muito boa sua colocação. Discuti esse assunto hoje com meus alunos e foi exatamente esse o tema.
nao seja infantil, eu trabalho na area de segurança do trabalho e posso te dizer uma coisa bem clara: a complexidade da lei e da burocracia é muito maior que culpar governos ou empresarios. e pra cada linha da lei existe uma fuga que gera uma nova lei pra tapar aquele buraco que gera uma nova burocracia. ou você nunca ouviu falar em jeitinho brasileiro? ele nao existe e nao sobrevive a toa.
“Infantil” é voc~e que reclama do meu texto e depois diz exatamente a mesma coisa que eu.
Caramba, o cara disse exatamente a mesma coisa! Acho que a galera comenta sem ler o text, não é possível.
A lógica perversa da burocracia que gera corrupção:
“Criar dificuldades para vender facilidades”
É bem por aí mesmo, Fábio. Para alguns, quanto mais complicado melhor, pois assim é mais provável que a situação entre naquela etapa de dito pelo não dito, gerando a brecha jurídica para que o “jeitinho” e a impunidade apareçam.
ARRASOU.
PRESADO SENHORES,SOU BOMBEIRO CIVIL EM SP,CAPITAL ESTAMOS SOLIDÁRIO PELA TRAGÉDIA ,FALTOU ATITUDES SE TIVESEM EQUIPE DE BOMBEIROS CIVIS,TALVÉZ ISTO NÃO TINHA ACONTECIDO,TRABALHEI EM VÁRIA CASAS DE SHOLL,ANTES DA ABERTURA FAZEMOS
UM CHEK LISTE,PRINCIPALMENTE TODAS AS SAÍDAS DE EMERGÊNCIAS,BLOCOS AUTONOMOS
5 MINUTOS ANTES DE COMESAR O SHOL,E INFORMADO EM UM TELÃO SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO,ROTA DE FUGA,EXTINTORES,ENFERMARIA BOMBEIROS CIVIS.
Mto bem dito e escrito andre!!!
a necesidade de mudancas esta mais do que nunca sendo pedida a gritos desesperados!!!!!
Nao apenas a burocracia,onde estao os jovens hoje que nao vão as ruas protestar contra tudo de errado que vem ocorrendo no Brasil nos últimos anos?estao pagando com a vida.lutam para mudar as leis? Acabar com propina,corrupcao,por mais segurança?preferem ir as baladas ouvir musicas de muito maus gosto,que os alienam mais,
Barcinski, e eis que o bom e velho analfabetismo funcional agora nos proporciona momentos de extrema vergonha alheia em níveis internacionais. Se tiver um minuto, leia o texto abaixo, do Financial Times, bem como os comentários de nossos diletos compatriotas:
http://blogs.ft.com/beyond-brics/2013/01/28/brazil-club-fire-idiocy-and-progress/#axzz2JIEaWeOl
Que história é essa de…
“DETECTADO COMENTÁRIO REPETIDO. PARECE QUE VOCÊ JÁ DISSE ISSO.” ?
Que insulto é esse ?
Pela SEGUNDA vez, dou-me ao trabalho de redigir cuidadosa objeção à resposta de V.Sa.,
E, quanto tento enviá-la, V.Sa., numa fração de segundo, tem o despudor de interceptá-la, contrapondo-lhe, numa “janelinha”, tal afirmação ?
Quem conseguiu ler, num atmo, o meu texto, para afirmar, FALSAMENTE, que o texto é REPETIDO, ou REPETITIVO ?
Volto a tentar dizer-lhe (duas vezes impedido):
V.Sa. injuria-mke, desdenha de minha dignidade e cerceia minha liberdade de expressão.
Eduardo Sergio Carvalho da Silva.
Eduardo, numa boa, eu modero comentários com palavrões ou de pessoas que mandam diversos comentários de tom parecido. Se o seu comentário demorou a ser publicado, é porque eu não estava com acesso à Internet por um bom tempo, e incapaz de moderá-los. Peço que pare de acusar os outros.
Você manda comentários repetidos, o sistema avisa.
André, as vezes também acontece comigo. É problema no sistema de vocês.
Não é problema. Acontece quando vc manda um texto muito parecido com o que enviou anteriormente. O que houve é que fiquei fora da Internet a partir de 18h de ontem, o leitor mandou mensagens repetidas, que demoraram a entrar porque eu não pude moderá-las. E o sistema avisou que eram “repetidas”.
Acho q o pior de tudo, após, claro, o grande número de vítimas e o sofrimentodas famílias, é ler e ouvir pessoas falarem em “fatalidade”. Porra… FATALIDADE?
Acho q culpar destino, Deus, os astros, é uma falta de respeito inaceitável. Há culpados. Muitos. E TODOS devem ir para a cadeia, msm o vocalista da bandinha q provocou o incêndio.
“Tristes trópicos” É um estudo de antropologia, climatologia ou geografia social?
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321 mortos, isso é mais que dois Carandiru.
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Geografia trágica. Tinha uma porta. Por que só tinha uma porta?
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Para que as pessoas não saiam sem pagar. Se todo mundo sempre pagasse a conta, haveria porta para todo mundo, se não a casa faliria, o que seria uma boa, uma vez que essa casa não deveria nem ter entrado em funcionamento.
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Lá na América do norte existem construções com madeira e espuma. Tem casas em que a parede é um miolo de isopor. Então, por que ninguém morre queimado? Não morre porque uma parede de miolo de isopor some com o fogo e todo mundo pode sair correndo.
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Lá também existem várias portas de fuga que abrem automaticamente com o sinal de alarme.
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A nossa arquitetura (geografia) pensa em preservar a casa, mas não pensa em preservar os moradores. Pensa que tudo mundo tem que entrar, mas não pensa que às vezes as pessoas têm que sair correndo. Lá nos EUA eles também fazem as suas barbeiragens, prédios extremamente altos, não possibilitam fuga. Não tem elevadores que aguentem, não tem escada anti-incêndio que baste.
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A arquitetura desses lugares desses lugares é a famosa: “vai quem quer, sai quem pode”.
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Brar Braren
É verdade qua buracracia do sistema atrapalha, mas se começarem a investigar o enriquecimento ilícito dos fiscais não haveria cadeia suficiente . Não adianta rever a estrutura burocratica com as mesmas mafias atuando.
A questao nem é s´de impunidade , é mral e de conivencia.
Saudade do Ministro da Desburocratização Helio Beltrão! Pena que seu trabalho não vingou… É uma das prioridades para este país ser considerado sério!