"Les Misérables" é a comédia do ano
07/02/13 07:05No meu ranking pessoal de atividades mais desagradáveis, assistir a um musical da Broadway lidera com folga, seguido de extrações dentárias e exames de próstata.
Lembro com terror da noite em que, morando em Nova York, tive de levar um casal de amigos para assistir a “Cats”, e da frustração de não poder gargalhar no meio, já que eles estavam adorando a experiência.
Também não sou grande fã de musicais em cinema, mas só um rinoceronte não se emociona com Gene Kelly sapateando sob a tempestade em “Cantando na Chuva”, ou com as geniais composições de câmera que Bob Fosse usou para enquadrar Liza Minelli em “Cabaret”.
Quando soube da estréia da adaptação para o cinema de “Les Misérables”, meu plano era ignorar completamente o filme. Mas o “Guia da Folha” pediu uma cotação, e a obrigação profissional falou mais alto.
Sem exagero: foram as duas horas e meia mais punitivas que passei em frente a uma tela. Veja o trailer e sinta o drama:
O problema de “Les Misérables” não é Russell Crowe cantando, embora isso seja medonho. O maior problema é que o filme usa uma ambientação realista, com cenários e figurinos de filmes de época, enquanto os atores cantam o tempo todo, mesmo nos diálogos mais insípidos (“Me passa o saaaaaaaaaaal…”, “Boa noooooooooiteeeeeeee…”).
Se o filme tivesse optado por cenários mais estilizados e lúdicos, a cantoria não pareceria tão forçada e fora de lugar. Do jeito que ficou, mais parece um quadro cômico do Monty Python ou do “Saturday Night Live”.
A produção do filme fez questão de ressaltar que o diretor, Tom Hooper (“O Discurso do Rei”), optou por gravar a cantoria dos atores ao vivo, sem usar o recurso de dublagem.
Pode ter sido corajoso da parte dele e dos atores, mas só tornou a coisa toda ainda mais ridícula, uma baboseira melodramática interpretada com histrionismo, em que caras e bocas tentam substituir, a fórceps, qualquer traço de emoção genuína.
Se você assumir, de cara, que “Les Misérables” é uma comédia, vai se divertir pacas, especialmente nos “duetos” de Russel Crowe e Hugh Jackman.
Talvez uma boa dica seja esperar pelo lançamento em DVD e reunir os amigos para ver em casa. Desconfio que, daqui a algum tempo, “Les Misérables” será apreciado como uma obra-prima “kitsch”, a exemplo de “Barbarella” ou dos filmes de Ed Wood.
Enquanto “Les Misérables” não sai em DVD, fique com esse musical, quase tão pomposo e divertido…
André,
Respeito o seu trabalho e acho que devemos expressar nossa opinião, mas, acredito que você tenha sido um pouco indelicado com o elenco do filme. Não acha que exagerou um pouco comparando esta ida ao cinema com es atividades cotidianas mais desagradáveis?
Não assisti o filme, mas mesmo com sua crítica, ainda quero assisti-lo! Minha professora de história o indicou e disse ser muito bom!
Não gosto muito de musicais também, mas acho que esse tipo de filme acrescenta algo à nossa cultura.
Quando algo é polêmico, gosto de ouvir várias opiniões e, sobre este filme, já ouvi críticas boas e ruins e isso tem me dado mais vontade de ir vê-lo!
Abraços,
Fernanda.
O “estranho mundo de Zé do Caixão” que é bom. haaha lamentável esse Andre Barcinski.
Pelo menos o Mojica não canta.
Embora você não aprecie o gênero musical, a sua resenha sobre o filme “Les Misérables” poderia ter gerado menos polêmica se você tivesse desenvolvido a tese principal de sua análise crítica, Barcinski, qual seja: “O maior problema é que o filme usa uma ambientação realista, com cenários e figurinos de filmes de época, enquanto os atores cantam o tempo todo…”.
Se você tivesse se aprofundado nessa linha analítica, explicando (por meio de experiências bem sucedidas no cinema) como transformar uma obra realista (baseada em fatos históricos reais do final do século 19) em uma obra CONCEITUAL MUSICAL, creio que a sua crítica seria bem sucedida e, talvez, até tivesse grande chance de ser aceita pelos fãs ardorosos e ortodoxos do gênero. Mas, na verdade, o leitor se depara com uma sucessão de adjetivos depreciativos, em seu texto, que apenas tiveram a finalidade de achincalhar o filme. Não há fundamentação crítica para esse achincalhamento. A abundância de expressões desnecessariamente depreciativas como “exames de próstata” , “medonho”, “baboseira melodramática”, entre outras, só colaboraram para, ironicamente, denegrir o seu trabalho de crítico (e bem sei que você é capaz de textos melhores, pois já li resenhas ótimas escritas por você).
Apenas para finalizar, não acho que é preciso gostar do gênero para se escrever uma ótima resenha, mesmo desfavorável, ao filme. O que é preciso, de fato, é reunir elementos consistentes para sustentar uma crítica que não se limite a “achismos” e ao emprego de uma adjetivação sem base argumentativa.
E daí que o texto “gerou polêmica”? Quer dizer que texto bom é aquele com que todos concordam? Eu, hein…
Não, André! Texto bom é texto que apresenta consistência na análise crítica (favorável ou desfavorável), qualidade INEXISTENTE em seu texto .
Já vi que você é o típico redator impermeável às críticas. E antes que eu me decepcione com você por completo, encerro por aqui o que tinha a dizer sobre a sua resenha. Se serviu para algo o que eu comentei, ótimo; se não, continue blindado por sua presunção cognitiva e por sua percepção distorcida dos fatos. Um bom sábado para você!
Acho gozado essa atitude pedante de “antes que me decepcione com vc por completo…” Que é isso? Você por acaso é o árbitro supremo do certo e do errado? Ou fica ofendido com discussão?
Será que ele ganharia também o troféu Framboesa se estivesse indicado?
Eu, não assisti ao “Os Miseráveis”, talvez por eu não ter um grande interesse em filmes desse gênero (musicais).
Mas pelo meu entender, você critica muito apenas por ser um musical, perém esquece de analisar suas partes históricas expressadas e demonstradas através das músicas.
Contudo devemos considerar, que por alguns bons motivos teve oito indicações ao “Oscar”.
E desde quando indicação ao Oscar é sinônimo de qualidade?
hahahaha Sempre respondo isso acerca de “qualidade”, Oscar é uma festa idiota que macula a arte, onde já se viu classificar filmes por idioma?!
Ao ler a resenha, de início, acreditei que não valeria a pena ir assistir ao filme. Tendo em vista que mesmo que André Barcinski não goste de musicais, ele não deixou de citar que realmente ja gostou de filmes do gênero.
Embora o filme não o tenha agradado, quando assisti ao trailer, fiquei com uma imensa vontade de ir vê-lo. Até porque, oito indicações ao oscar não devem ser ignoradas, e muito menos a escalação dos atores, a qual é muito boa. E pelo o que percebi no trailer, as partes musicais são muito bem cantadas, mesmo sem ter edição nenhuma. Como, por exemplo, Hugh Jackman que concorre ao oscar como melhor ator.
“Bem cantadas”?
Assisti ao filme hoje e achei, em partes uma comédia, o filme em si é muito lindo, ele conta uma história muito bem interpretada pelos artistas, mas acho que por ser um musical, a encenação ficou muito forçada.
Não acho que o cenário tenha se destacado muito, mais não seria um aspecto que teria deixado o filme ruim. Estava adequado a época em que se narra a história. Por fim, recomendo a todos que assistam, pois é um filme muito diferente de tudo que se passa hoje em dia.
insuperável mesmo é a versão do monty python para “wuthering heights” (o morro dos ventos uivantes). confiram aqui http://www.youtube.com/watch?v=kqiUGjghlzU
Pergunto-me o que Victor Hugo diria sobre a resenha escrita por André Barcinski.
Em 1800, não havia internet, nem baboseiras a serem lidas nela. Entretanto, havia o escritor francês, uma mente brilhante capaz de criar tão grandiosa obra.
Sobre o colunista, não o critico, mas não entende absolutamente nada de musicais. Deve ser pelo pouco gosto ao gênero. Pois pelo que sei o filme é uma adaptação para o cinema que seguiu praticamente a obra apresentada nos musicais exibidos em 41 países e 21 idiomas desde 1980.
Quanto a Tom Hooper, lembro-me de sua ultima obra, O Discurso do Rei, em que George VI, então rei da Inglaterra, não permite que sua gagueira o impeça de pronunciar-se. O mesmo esforço se vê na direção e no desempenho musical de Hugh Jackman, Anne Hathaway e Russel Crowe, atores que até então não participaram de trabalhos em musicais, mas assim como George não aceitam tal impedimento, e realizam com méritos um filme com 8 indicações ao Oscar.
Pergunto outra coisa: o que Victor Hugo diria de um musical da Broadway e de um filme desses inspirados em sua obra.
Touché!
André, você tem talento para textos cômicos e não duvido que tenha bom gosto, afinal é um admirador de Monty Python.
O seu texto é bem escrito e engraçado, mas como critíco, ao menos dessa vez, você foi superficial, parcial e beirou o desrespeito. Pelo simples motivo de que você usou como base os seus gostos pessoais ao invés de fazer uma análise distanciada e imparcial do filme.
O musical é todo cantado, sim. Isso para você pode ser sacal, mas para muitos garanto que não é. Grande parte das óperas já escritas são totalmente musicadas tal como alguns musicais e muitas pessoas adoram o gênero, como eu.
O Russel Crowe canta muito mal, o Hugh Jackman pior ainda. A escolha foi muito ruim, de fato. Mas se você não gosta do gênero e não consegue se distanciar e ser imparcial, é mais justo com você e com os outros que se abstenha de criticar.
Não adorei filme, que fique claro, mas reprovo totalmente esta crítica.
Já eu acho desrespeito o Russel Crowe cantando. Posso? Você deixa?
Isso você acha, eu concordo, porém não vem ao caso. A sua resposta ou ausência dela, no entanto, já corrobora os meus argumentos. Gosto do seu sarcasmo, você é um cara engraçado, mas pelo menos nessa crítica, me perdoe, foi extremamente infeliz. Não se aventure a criticar e julgar as coisas que não conhece. Não seja contra as coisas simplesmente porque VOCÊ não gosta, é mesquinho.
Felipe, não sei se vc percebeu, mas sou eu que escrevo o blog. E é claro que exponho a minha opinião, assim como vc expôs a sua no comentário. Não sou “contra” nada, simplesmente não gosto, o que é bem diferente. Mesquinho é você querer decidir sobre o que alguém pode ou não escrever. Você nunca me viu dizendo a alguém que ela “não pode” opinar sobre algo.
Concordo contigo, você tem todo o direito e o espaço é todo seu, acredito que po direito e merecimento. Achei, no entanto, que sua crítica não eficaz porque não foi analisada de forma distanciada e imparcial. Eu não estou te julgando, nem querendo dizer que sou melhor que você – longe disso. Você tem um espaço de comunicação e abre um canal de troca de mensagem com seus leitores, normal que ele lhe tragam sugestões. Cabe a você acatar ou não. Simplificando o que eu quero dizer: o seu texto não ME pareceu eficaz para uma tomada de decisão entre ver ou não o filme, me pareceu apenas ofensivo e ponto.
Não cabe a mim “acatar”, eu não sou árbitro do que é certo ou errado. Se as pessoas quiserem discordar do que escrevo, ótimo.
E, complementando, como é possível alguém, uma pessoa qualquer, o maior Gênio das artes, sei lá, criticar e reduzir a quase zero, uma obra realizada por tanta gente competente nas suas áreas específicas e com tanto amor e carinho e durante tanto tempo de produção!?
Tem que haver alguma consideração e respeito pelo trabalho dessas pessoas.
É tão fácil reduzir o trabalho dos outros a cinzas, desconsiderá-lo totalmente.
É muito fácil criticar e descer a lenha, mas via lá fazer alguma coisa do gênero!!!
Entendi. Mais um do “se não faz melhor, cale-se”. Alguém perguntou pro Victor Hugo o que ele acharia do Russell Crowe cantando seu texto?
nossa, eu quase chorei lendo esse comentário…”com tanto amor e carinho…”!?!?
Vc não sabe o q é isso !?
É aquele sentimento q as mães tem por seus filhos.
Aquele sentimento q temos por alguém ou por algum trabalho q fazemos por q acreditamos bastante e, por isso, nos esforçamos!!
Percebe-se q este é um desses trabalhos pq?!
Pq sua estória é baseado num livro clássico muito querido até hoje. Pq seu autor tb foi e é muito querido na França e no mundo todo pq lutou, à sua maneira, pelos seus ideais. E pq nesta estória trata dos vícios e das virtudes básicas do ser humano de uma maneira muito direta, clara, pungente e até perturbadora.
São coisas como raiva, inveja, ironia, ciume, sarcasmo, cinismo, honestidade, fraternidade, pureza, carinho, gentileza, amor e consciência ética.
Então, acho q vc sabe sim o q são essas coisas e pq elas estão inseridas neste contexto.
Não vi o filme. Mas acho que foi muito severo não citando nenhuma qualidade do fime, um exemplo sao os cenarios , o figurino e a interpretação de Anne Hathaway.
É sempre hilario ver gente levando o Oscar, a sério.
Que pobreza.
Olá André!!
Conheço seu trabalho já faz um tempo. Gosto de algumas de suas resenhas, de outras nem tanto, o que é natural, pois diverso é o gênero humano em todas as suas manifestações e gostos. Eu, por exemplo, gosto bastante de música e de cinema, em especial de rock progressivo e de comédias românticas, dramas, desenhos animados e musicais.
Devo dizer que, agora aposentado, me forcei a ler o livro (Os Miseráveis) do Vitor Hugo. Gostei bastante da história, de sua temática humana, social e do modo de caracterização dos personagens, de suas motivações, sentimentos e dramas de consciência. Foi uma leitura muito intensa e emocional às vezes.
Fiquei muito curioso ao ver que havia um musical produzido pata o teatro. Adquiri o DVD e gostei do q vi. Tanto a produção qto as músicas são muito boas. Acima da média, é o que eu posso dizer.
Neste domingo fui assistir ao filme aqui comentado. Foram pouco mais de 02h:30min.
Confesso q gostei e gostei bastante do q assisti. Achei a performance dramática e musical dos atores muito boa, a produção ótima e as músicas muito bonitas. Enfim, me emocionei e curti muito o filme.
Aí eu pensei, como é q alguém pode dizer q assistir ao filme é uma das piores experiências de sua vida!?
Para quem não gosta de musicais (como vc), realmente, deve ser uma experiência muito ruim ter que assisti-lo. E eu não entendo como é q um jornal como a Folha (ou qq outro) manda um crítico de cinema q não gosta de musicais fazer a resenha de um musical.
Fiquei me perguntando como isso é possível!!! É claro q ele vai achar ruim. A crítica já está feita de antemão. O crítico não é imparcial, como deveria (em algum grau pelo menos). Outro profissional deveria faze-la.
Agora uma coisa é falar mal tecnicamente de um filme ou do desempenho de um ator, outra coisa é ridicularizar, ironizar, descrever o espetáculo com cinismo e com gargalhadas.
Isso não é uma crítica, isso é uma manifestação adolescente, de hormônios juvenis (qdo somos bem tolinhos ainda), de quem não sabe o que dizer para falar mal de algo, então ele faz piada, ele grita, fala alto, ridiculariza.
Isso é um trabalho de crítico (muitos fazem isso)!??
Na minha opinião, não! É apenas uma explosão emocional, hormonal, infantil.
Perfeito.
Eu concordo inteiramente com Pedro. Achei a crítica de André tão superficial, para quem escreve, como crítico de um um jornal, eu espero muito mais. Este texto está parecendo com os textos dos meus alunos do ensino médio, pobre, sem coerência. Por favor, não veja como negativa a minha opinião. Ela é positiva, para ser refletida e futuramente textos melhorados serem escritos.
Nossa, Miguel, sua sapiência é tão transbordante que vou pegar um pouco para mim. Muito obrigado por compartilhá-la conosco.
Não vi e não gostei. Les Miserables por Hollywood só podia ser mesmo uma merda. Outra coisa que vc tambem tem razão Djando Livre é outra merda mesmo, Tarantino perdeu a mão, pelo jeito!!
eita, doeu André? :o)
A ironia e o cinismo nada fazem além de “aumentar o nível da testosterona” e comprovar tudo o que foi dito.
Parabéns pelo comentário, Pedro.
Realmente esse final de ‘A Vida de Brian’ é maravilhoso. É um paradoxo cantar uma música animada em uma situação de morte iminente, estando crucificado. No caso do Monthy Phyton, a música está propositalmente fora de contexto para gerar risada. Bem diferente do que acontece em ‘Os Miseráveis’. Mudando de assunto, tenho acompanhado os comentários aqui no blog desde o fenômeno Django. Gosto de ler critica no estilo do colunista e não entendo por que tantos comentários radicais querendo proibir o autor de escrever. Será que nunca aprenderemos a valorizar a pluralidade de vozes? Nunca veremos o quanto é benéfico que alguém pise em nosso filme ou série favoritos? Reconheçamos, opiniões contrárias às nossas possuem o mérito de iluminar o que não podemos ver, muitas vezes, por conta de nossa cegueira voluntária.
é incrivel ver um critico tao metido a intelectual…
Demais isso. Quem não gosta de “Les Misérables” é “intelectual”?
Pensando nessa lógica, que gosta só pode ser idiota…
O.o estava morrendo de vontade de assistir o filme, mas depois disso até desanimei… Mesmo assim vou ver 😉 não confio muito em críticos desde que me recomendaram cidadão Kane ( nada contra filmes preto e branco, apenas odiei este).
Você odiou Cidadão Kane?
Melhor usar algo mais “leve”.O filme não é tão ruim, simplesmente não acontece nada, não sei o por que da nota tão alta, pode até ter sido algo bom para a época mas para mim é horrível…
MELHOR FILME DE TODOS OS TEMPOS!!!FILME MUSICAL!!!!VI A PECA HA 20 ANOS ATRAS EM LONDON E NY E SEMPRE ADMIREI MUITO O MUSICAL, E O FILME SUPERA A PACA, DIFERENTE DO PHANTON OF THE OPERA QUE A PECA E MELHOR QUE O FILME!!!JA VI SEXTA ESTOU INDO VER HJ DE NOVO.ABS
Em sua resenha, você comenta que ”Les Misérables” é cômico. Mas, assisti o filme e devo discordar, devido a forma como a estória é narrada.
Sua crítica foi sem sentido, por causa da demonstração do gosto pessoal. Isto fica claro com a ênfase do histrionismo ao longo do filme, feito pela performance dos atores, o que não é verdade.
É melodramático, coerente com ás versões anteriores desse filme.
Também acho musicais um saco. Diálogos cantados é a coisa mais jacú que existe. Sobre este filme, tenho certeza que não vou ver. Aliás, que tal fazer uma lista dos piores e mais insuportáveis musicais do cinema? A Noviça Rebelde estaria no topo, fala aí.
Simplesmente um puxa saco do crítico. gosto das críticas do André, mas aqui ele expressou sua opinião pessoal por não gostar de musicais, não dá para levar a sério. e tem gente que ainda entra no embalo como esse Fabrizzio ae…
Antes não gostava de musicais. Nenhum. Hoje em dia, adoro assisti-los. Alguns são, realmente, mais maçantes; outros, não.
Acho que a melhor coisa desse blog é que tem muita coisa que concordo e muita coisa discordo. Deveria ser assim pra todo mundo.
Além do que, parece que o cara, só por ser crítico de cinema, tem que gostar de todos os filmes que são mais bajulados. Que grande piada!
André, você gostou de ‘Um Violinista no Telhado’ e ‘Amor Sublime Amor’?
No texto você escreve que “a obrigação profissional falou mais alto.”, infelizmente faltou profissionalismo na sua critica, que na minha opinião foi a verdadeira comédia do ano.
Você não gostar do filme ou de musicais, é o seu direito, entretanto, deixou que a sua falta de vontade de assistir e ignorância afetasse a sua crítica do filme – ou seja, falta de profissionalismo.
O próprio fato de você começar comparando Os Miseráveis à Cabaret ou de Cantando na Chuva, já indica a falta de cultura. Dentro do gênero há vários estilos diferentes, neste caso compare a obra com O Fantasma da Opera, Rent e Sweeney Todd que são produções semelhantes. O que você fez ao comparar Os Miseráveis a Cabaret é quase como comprar Casablanca com Crepúsculo (ambos no gênero de drama).
Deixo claro que não estou defendendo o filme, apenas apontando que a crítica feita foi vazia e injusta uma vez que o autor deixou o seu gosto falar mais alto.
“O que você fez ao comparar Os Miseráveis a Cabaret é quase como comprar Casablanca com Crepúsculo (ambos no gênero de drama).”. Demais. Quer dizer que o Bob Fosse fez o equivalente musical a “Crepúsculo”? O Bob Fosse? Tem certeza?
Ah, ok. Vamos fingir então que foi isso que você entendeu.
Não, prezado Andre, me refiro a diferenças de estilo (escrevo novamente, pois o senhor obviamente se confundiu) Independente da genialidade de Bob Fosse (também como coreógrafo dos teus tão odiados musicais na Broadway), Les Miserables e Cabaret são dois musicais de estilos diferentes. Assim como Crepúsculo e Casablanca que são dois dramas de estilos diferentes. Ficou claro agora?
Entenda que não estou criticando Crepúsculo, Cabaret, Casablanca ou qualquer – não sou crítica de cinema. Apenas destaco (mais uma vez) que ao criticar uma obra especifica e fazer comparações se torna mais relevante ao compará-la com algo do mesmo gênero e estilo.
Leia sua frase, Miriam. Pode não ter sido sua intenção relacionar Bob Fosse a “Crepúsculo”, mas foi o que vc escreveu.
Tudo bem, se você entendeu isso, falhas de comunicação acontecem com todos. Claro que você está se prendeu propositalmente a uma frase colocada fora de contexto, pois a moral era exatamente não relacionar coisas de categorias diferentes para “make a point”. Portanto não seria congruente da minha parte se tivesse feito tal comparação.
Mas, eu agora vou parar de perder o meu tempo com este diálogo. Espero que você consiga tirar algo de útil dos feedbacks que tem recebido. Um bom carnaval.
Não teve falha de comunicação nenhuma, Miriam, você escreveu o que você escreveu. Se quis dizer outra coisa, ótimo, mas por favor admita que sua frase não deixou isso claro.
Sem querer me intrometer na discussão, mas já me intrometendo, concordo com você, Miriam. A comparação feita não é pertinente, pois, mesmo dentro de um mesmo gênero (musicais), pode-se ter filmes de estilos diferentes. E eu entendi perfeitamente a sua frase e a ideia presente em seu comentário. Dá a impressão de que o André lida mal com as críticas desfavoráveis ao texto dele, então ele começa a querer desviar o foco da discussão.
Leia, por favor: “O que você fez ao comparar Os Miseráveis a Cabaret é quase como comprar Casablanca com Crepúsculo”.
Oi andré. você está adotando uma postura reativa e diversionista às críticas. Está claro que o sentido dos termos usados pela Miriam é o de não se poder comparar coisas incomparáveis, e não igualando qualitativamente os pólos dos dois exemplos que ela usou. Você está forçando a barra. Sei que deve ser difícil e mesmo até impensável para um blogueiro como você dizer “ops, foi mal, acho que de fato me excedi…”, mas ao menos tente não torcer os argumentos alheios, está bem? Um abraço.
Não, só espero que ela admita que usou mal as palavras e que fez uma comparação equivocada. Possível?
Como você disse não há como não se emocianar com Gene Kelly na cena de “Cantando na Chuva” e a musica ajuda bastante. Também não curto musicais, mas tem alguns que são bem legais: Blues Brothes, a Pequena Loja de Horrores (acho que esse vc também deve gostar, somente a participação do Steve Martin já vale o fime.
Até outro dia, por incrivel que pareça não tinha assitido ao E o Vento Levou. Assisti e gostei, principalmente da primeira parte do filme. Qual a sua opnião?
Abs
Ah, não que o O vento levou seja um musical, somente curioso para saber sua opinião.
Um dos piores musicais de todos os tempos é o Sweeney Todd.
Gosto de Jesus Christ Superstar.
Sweeney Todd é muito bom! mas é claro que se vc for como o autor da crítica e não gosta de musicais sua crítica simplesmente não é válida!
Gosto de musicais, mas não gosto de QUALQUER musical.
Falou!!! O tal Sweet Nescau é dose!!!
Sweeney Todd é fantástico!mas aqui vai do gosto de cada um. adorei também Jesus Christ Superstar, mas odiei Chigago!
Ignorância da sua parte, amigo.
MUSICAL tem essa classificação NÃO É A TOA, CERTO? E a especificação esta CLARA e não obriga “odiadores” como o senhor à assistir.
E ja que se propôs a ver esse gênero de filme, leve em conta como, quando, porque e por quem foi produzido, além de ser adaptação do livro de Vitor Hugo.
Achei defeitos no filme sim, porém chamar de comédia é um pouco demais, não acha?
Os atores estão IMPECÁVEIS, tem frames LINDOS, a trilha sonora nem se fale. Ache ALGUM desempenho sequer PARECIDO com o de Anne Hathaway em alguma outra montagem de Les Miserables pelo mundo.. E Hugh Jackmann?
Enfim,
Pobre de espírito sua crítica, assim como sua INCAPACIDADE de julgar um filme PELO QUE VIU não por não gostar do gênero.
Gostei da crítica. Não tem nada mais purgante que um musical, coisa que me dá vontade de vomitar tijolos. Estou até considerando a possibilidade de voltar a comentar regularmente os textos do Barcinski…
“Está considerando” nada, já voltou a comentar…
Vamos ficar de bem?
Matias, você é tão insistente que responde aos próprios comentários, reparou?
Na minha terra isso não se chama insistência, e sim carência.
Adoro os textos do André, leio todo dia, mas implico um pouco com esta história dele de que cool mesmo é ser cínico e debochado. Também não gosto de musicais, via de regra, mas estou muito a fim de ver Os Miseráveis. Não achei o trailer ridículo. Me arrepiei. Prontofalei. Pode me processar por ser tão babaca.
falta de profissionalismo foi ter ido ver o musical para avaliá-lo se odeia musicais. Só deveria fazer críticas quem realmente se intessa pelo tema e tem cultura suficiente para fazer avaliações… isto mostra que a Folha não sabe escalar os profissionais certos para fazer críticas!
Então.. também odeio musicais, mas vou discordar de um ponto. Acho que as qualidades (poucas) de Les Misérables não se sustentam fora do cinema. Para quem não gosta, assisitir o DVD será pior ainda! rs
Como tantos que aqui escreveram, incluindo o autor da resenha, também detesto musicais.
No entanto, é a primeira vez que me deparo com uma resenha crítica desfavorável a um filme desse gênero que, ao invés de reforçar em mim a decisão de não assistir a ele, desencadeou, CONTRARIAMENTE, um súbito desejo de vê-lo. Sabem por quê? Ainda que um trailer seja uma forma absolutamente insegura para julgar se um filme é bom ou não, observo que a crítica debochada de “Les Miserables” foi um tanto injusta.
Confesso que ri um bocado ao ler o texto do Barcinski, justamente porque detesto o gênero e a argumentação do autor leva o leitor a acreditar que o filme é ridículo, idiota.
Só que quando assisto ao trailer, me parece que os argumentos não se sustentam e a resenha perde toda a sua força.
Para tirar a dúvida, quero assistir.
Você não achou o trailer ridículo?
Ué! Isso não ficou claro em meu comentário? rsss
A Barça, e eu achando que estava sozinho nessa…
Fui ver essa droga pq tenho uma espécie de “TOC”: a alguns anos atrás eu decidi que todo ano iria ver os filmes indicados ao Oscar de melhor filme. Antigamente eram só 5 e nem todos passavam no país ou no Cine Torrent. Hoje em dia, se por um lado ficou mais fácil o acesso, por outro aumentaram os filmes.
Olha, eu nem abomino musicais tanto assim, mas ao ler as críticas que comentavam esse “excesso de cantoria”, que o filme tinha pouquíssimas falas, que para pedir um copo de água o cara tacava um sol sustenido eu já comecei a desconfiar da desgraceira.
Começa o filme e o Russell Crowe cantando e aquele coro medonho de prisioneiros. Bom, ali já vi que o troço ia ser complicado. E foi !
Além de tudo, mesmo eu que nunca li nada do Vitor Hugo, já ia sacando o que ia acontecer, que personagem ia morrer, qual seria o próximo “cantor principal”, quem iria se apaixonar por quem , etc. pois se trata basicamente de um romance antigo, uma espécie de “novelão”.
É como vc disse, como piada é ótimo, pq tudo é exagerado, superlativo e piegas.
E ainda não me convenci com a passagem de tempo do roteiro. O filme dava pulos de 8 anos e o Hugh Jackman e o Russell Crowe continuavam sempre com o mesmo rosto, parecendo não envelhecer nada. E isso numa época em que se morria mais cedo e um homem de seus 45 anos já era considerado velho.
Enfim, uma sucessão de erros que, como vc falou, só se aguenta se levar pro lado da comédia, do pastiche.
Eu só gostei de duas coisas: consegui me divertir com o casal feito pelo Sacha Baron Cohen e a Helena Bonham Carter. Sei que estavam ali como alívio cômico, mas parecia que eles eram os únicos que estavam se divertindo por ali e não se levando (nem o filme) a sério.
A outra coisa foi a tetéia da Samantha Barks. Não conhecia a atriz e dei uma fuçada no Google. É uma espécia de cantora que está virando atriz, não sei bem, mas é linda !
Ah, um fato engraçado é que enquanto eu ria sozinho no cinema, tinha umas mulheres nas poltronas atrás que se debulhavam em choro.
Eu só choraria de raiva se tivesse que rever essa droga…
E já vou logo avisando: “O Lado Bom da Vida” só vale para apreciarmos a beleza da Jennifer Lawrence, pq é uma sucessão de clichês que dá raiva. Mas a galera “indie” vai amar.
Imperdoável ler alguém dizer: “nunca li nada do Vitor Hugo”. Eu não consigo entender. André B, você não é um desses também, certo?
Numa boa, vc é livre pra ler o blog ou ignorá-lo. Mas não seja pedante a ponto de se achar dono do bom gosto. Se o cara nunca leu Victor Hugo, porque isso é “imperdoável”? E se eu li Hugo – ou Balzac, ou Zola, ou o raio que o parta – interessa a mim e a mais ninguém.
Bem,eu não assisti aos” Miseráveis”,e seria desonesto falar algo sobre que não assisti.Mas fica difícl curtir muito,sendo musical,mas so´vendo né?
André,agradeço pelo seu blog,não gosto de fazer média nem de elogiar,muito,mas vc está fazendo um trabalho espetacular.Eu tinha sérios preconceitos sobre sua pessoa,nos tempos da Bizz,que bom saber que me enganei,e pelo lado positivo.Já fazendo uma lista,com vários livros e filmes citados por vc aqui.Confesso que entendo lhufas de tênis e nem quero entender,mas já estou guardando grana pra comprar o livro do Agassi.O cara era punk e eu não sabia!
Fiquei chocado também ao saber que o temível delegado Fleury participou do filme”O despertar da besta”.Tenho que ver este filme de qualquer jeito.Sabe onde posso comprá-lo?Acho que esta foi a forma que o Mojica encontrou de não se dar mal na época,fazendo amizade com os caras “barra-pesada”.É uma forma válida e inteligente.Foi chocante também ler sobre Dee Ramone,e sua triste vida.É isso aí,mestre Barça,continue firme,nos iluminando com históris,comentários e dicas do mu
ndo pop.P.S:”A ilha do medo” é um lixo”.
Excelente… ao longo do dia de hoje, toda vez que lembrava desse post eu dava risada.