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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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“Hotel California” e a era dos excessos

Por Andre Barcinski
14/02/13 07:05

A primeira metade dos anos 70 foi uma época de ouro para o pop-rock: Bowie, Lou Reed, Stevie Wonder, Neil Young, Leonard Cohen, Iggy Pop, todos fizeram seus melhores trabalhos nesse período.

Foi também a época de uma cena musical muito forte e influente em Los Angeles, mais especificamente em Laurel Canyon, onde se concentravam as mansões de superastros como Eagles, Joni Mitchell, James Taylor, Jackson Browne, Crosby, Stills & Nash, Linda Ronstadt e vários outros.

Veja esse documentário que a BBC fez sobre a cena de Laurel Canyon:

 


 

Confesso que não sou muito fã da tal cena de Laurel Canyon. Gosto demais dos discos de CSN&Y e de Joni Mitchell, mas não me importaria passar a vida sem ouvir Jackson Browne ou Carole King, por exemplo. Mas não dá para negar que a história dessa turma seja fascinante.

Acabei de ler “Hotel California” (2006), do inglês Barney Hoskins, um livro espetacular sobre a ascensão da cena dos “cantores sensíveis” de Laurel Canyon. Hoskins escreveu livros sobre Tom Waits e Led Zeppelin e hoje é editor do site “Rock’s Back Pages” (www.rocksbackpages.com), um arquivo que reúne mais de 20 mil artigos sobre o pop-rock, escritos nos últimos 50 anos,

O personagem mais fascinante de “Hotel California” não é um músico, mas um executivo, David Geffen, que percebeu, antes de todo mundo, o fim do ciclo das superbandas dos anos 60 e concentrou seus esforços em criar uma gravadora, a Asylum, que reunisse a nata do som folk-pop que surgia.

Com o fim do sonho hippie de paz e amor, a escalada da Guerra do Vietnã e a evidente derrota da geração do LSD, Geffen sacou que o pop estava pronto para uma turma musical mais introspectiva, que não cantasse mais sobre os sonhos de liberdade, mas sobre a tristeza de não tê-los atingido.

Geffen também foi um dos grandes responsáveis pela transformação da rebeldia hippie em um produto vendável e pela conseqüente corporatização do rock.

O fim dos anos 60 e início dos 70 foi uma época turbulenta: Brian Jones, Janis Joplin, Jim Morrison e Jimi Hendrix morreram num espaço de dois anos; Charles Manson e sua gangue circulavam pelas festinhas de embalo nas montanhas de Hollywood, e David Crosby cheirava metade do PIB da Colômbia (Dennis Hopper até se inspirou nele para criar seu personagem em “Easy Rider”).

Hoskyns mostra como, por trás das canções aparentemente plácidas e contemplativas dessa turma, havia gente muito, mas muito atormentada: James Taylor tinha impulsos suicidas e um pesado vício em heroína; Joni Mitchell deu sua filha para adoção e passou a vida toda abalada por isso; Stephen Stills tinha um ego do tamanho da Califórnia e um apetite por cocaína igualmente gigante; Gram Parsons e todos os Eagles não ficavam muito atrás.

Foi uma época de hedonismo incomparável. Tudo que se dizia que rolou de sexo, drogas e loucura nos anos 60, na verdade, ocorreu nos 70. A descrição das turnês de CSN&Y, com 90 pessoas na equipe e tapetes persas para decorar o palco, é reveladora.

E a melhor frase sobre a música da época talvez seja a de Phil Spector, que sempre criticou o estilo confessional da turma: “Essas pessoas não escrevem canções, escrevem idéias.”

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Comentários

  1. Marcelo13 comentou em 16/02/13 at 22:17

    Carole King não entra neste rol não dos loucos 70?
    Sobre a ausência de sexo e drogas nos 60 coincide com o que fora dito por Erasmos Carlos sobre a jovem guarda.

  2. Thiago Pessoa comentou em 15/02/13 at 21:39

    Barcinski, pelo que já li e escutei, Los Angeles foi “o lugar” nos anos 70, ou abrangendo mais, a Califórnia. Elton John descreveu isso em Tiny Dancer, Bowie morou lá e vivia na sua “dieta branca”, o Led Zeppelin com “Going To California” em homenagem à Joni Mitchell etc.

    • Andre Barcinski comentou em 16/02/13 at 1:33

      Vc tem razão. Já viu o documentário “Sound City”, do Dave Grohl? Vou escrever sobre o filme semana que vem.

  3. Geneuronios comentou em 15/02/13 at 19:57

    O verdadeiro rock sempre transmitiu a sensação de raiva, frustração,etc.
    Ou alguém acha que Ian Gillan gritava “…into the fire!!!” para agradar a família?

  4. Jair Fonseca comentou em 15/02/13 at 17:49

    David Crosby foi o mais sincero, nessa cena, já quando fez “If I Could Only Remember My Name”, no fatídico ano de 1971. Os anos 70 foram de uma grande ressaca histórica. Inclusive no Brasil…

    • Andre Barcinski comentou em 15/02/13 at 18:45

      Discaço, aliás.

      • Jair Fonseca comentou em 16/02/13 at 21:57

        Realmente, desses discos de tocar direto, por vezes seguidas. Mas uma canção divina do David Crosby, anterior, é “Guinnevere”, da qual Miles Davis fez uma versão matadora.

  5. Gugelmin comentou em 15/02/13 at 13:27

    “vc”…..Como é feio ler por essa maneira de escrever

    • Ribeiro comentou em 17/02/13 at 11:45

      A sua vida deve ser beeeem chata…

  6. Vladimir Cunha comentou em 15/02/13 at 5:36

    Um filme bem simpatico sobre essa turma de Laurel Canyon e Under the Covers, sobre os caras que faziam as capas dos discos dos Eagles, CSNY e essa turma toda.

    Nao tem grandes valores cinematograficos (as vezes chega a ser ate meio tosco), mas as historias sao divertidas.

    Tipo quando o Glenn Frey comenta uma contracapa dos Eagles que mostra algumas das drogas que a banda tomava na epoca dizendo “isso nao era uma capa de disco, era uma prova do crime”.

    Da pra ver o filme aqui:

    http://www.youtube.com/watch?v=H9wJrqC7tXI

    V

  7. Romero melo comentou em 14/02/13 at 21:10

    Na autobiografia do Neil Young ele sequer alude à cena do documentário. É difícil imaginar o que passava na cabeça daquela criatura!

    PS.: você começa o post comentando acerca de algumas figuras da época. A propósito, quando vamos “trazer” o Leonard Cohen ao Brasil? Daqui a pouco o mestre bate 80 anos.

  8. João Gilberto Monteiro comentou em 14/02/13 at 19:44

    André, sei que vc não quer antecipar muito sobre isso, mas os artistas brasileiros dos anos 1970 tb eram chegados na loucura, como os colegas de Laurel Canyon, ou não chegava a tanto?????

    • Andre Barcinski comentou em 14/02/13 at 19:53

      Alguns chegavam, tipo Raul e Nelson Ned. Só falo mais no meio do ano.

      • Jair Fonseca comentou em 15/02/13 at 17:31

        A loucura era grande mesmo, apesar da ditadura, e até por causa dela. Nelson Ned está vivo porque se tornou evangélico. Já o Raul…

  9. Cassiano comentou em 14/02/13 at 19:19

    Até os Carpentens, com aquela doçura toda, tinham uma faceta bem atormentada, embora não fossem nem um pouco hedonistas. Chego à conclusão de que a música pop, leve ou pesada, se alimenta desses infernos pessoais mesmo. Pode ser viagem minha, mas eu vejo reflexos dessa época “hippie desiludida” até na cena americana dos anos 90. Lemonheads, Soul Asylum, Pearl Jam,até o Chilli Peppers, todos me parecem ter algo de flower children tardios. Neil Young é o principal elo entre uma época e outra. Eu nem conheço muito sobre a tal cena de Laurel Canyon. Vejo mais como esse fim do sonho hippie permeou o pop rock americano por toda a década de 70, no Fleetwood Mac, Eagles, America, James Taylor. Música calma para pessoas nervosas.

    • Andre Barcinski comentou em 14/02/13 at 19:34

      Concordo com vc. E gosto muito dos Carpenters.

    • neder comentou em 14/02/13 at 19:53

      Engraçado é que muitas pessoas nem imaginam que James Taylor era doidão e a dupla central do Kiss era careta, homens de negócios fantasiados.

    • jAH comentou em 15/02/13 at 8:48

      Karen Carpenter tinha uma voz maravilhosa, e a dupla com Burt Bacharach rendeu alguns clássicos.
      A vida dela é uma tragédia. Morreu de anorexia quendo ninguém, salvo médicos, sabia o que era isso.
      Reason to Believe, que não é do BB, é uma das melhores do álbum Close to You, talvez o melhor álbum da dupla. Mas tem uma versão do Rod Stewart que vale a pena ouvir, especialmente por aqueles que não botam fé no baixinho narigudo.

  10. Mauro comentou em 14/02/13 at 15:42

    Sobre o Geffen, interessante o Neil Young declarar, no seu livro Waging Heavy Peace, que, apesar de tudo que rolou entre eles, os caras ainda são amigos….Este artigo do Lefsetz sobre a cena Laurel Canyon tb é interessante: http://lefsetz.com/wordpress/index.php/archives/2012/08/02/from-the-byrds-to-the-eagles/

  11. mdv comentou em 14/02/13 at 12:59

    No Brasil tb a década de 70 foi gloriosa para a indústria do disco. Sei que vc não curte mpb, mas artisticamente tb. Os grandes nomes soltando discos todo ano etc. abs

    • Andre Barcinski comentou em 14/02/13 at 13:16

      Depende do que vc chama MPB. Raul Seixas, Novos Baianos, Secos & Molhados, Mutantes, são MPB?

      • Cristiano comentou em 14/02/13 at 13:45

        Sugiro a leitura do livro do André Midani, eminência parda da música tupiniquim nos anos 60 e 70. Ele seria então o nosso David Geffen.

      • neder comentou em 14/02/13 at 15:27

        Mas mesmo outros artistas com perfil menos roqueiro lançaram ótimos discos na década de 70 (Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Jorge Ben, Chico Buarque, Tim Maia, Fagner…). Depois vieram as trevas (com alguns lampejos do talento de outrora).

        • Andre Barcinski comentou em 14/02/13 at 17:22

          Sem dúvida. Tô fazendo um trabalho justamente sobre esse período…

          • Mark comentou em 14/02/13 at 17:44

            Não sei se vc já ouviu falar, mas tem uma análise sociocultural a respeito da produção musical dos Mutantes e do rico cenário artístico da época: o livro se chama “Não vá se perder por aí”. Como não li, não posso dizer se gostei, mas talvez te ajude na pesquisa; saiu uma resenha dele na folha:
            http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/905625-nao-va-se-perder-por-ai-cavuca-experimentacoes-musicais-dos-mutantes.shtml

          • Andre Barcinski comentou em 14/02/13 at 17:55

            Não conheço o livro, parece demais, valeu pela dica.

          • Maurílio comentou em 14/02/13 at 18:06

            É livro?-—Acho que dá um livro necessário e que quero muito lêr.

          • Andre Barcinski comentou em 14/02/13 at 18:12

            É sim, mas não posso dar muitos detalhes ainda. Mais pro meio do ano…

  12. Rogério Moraes comentou em 14/02/13 at 12:36

    Gosto muito do Jackson Browne desse período, o que ele fez depois não gosto muito. Um letrista muito talentoso que surgiu no mesmo período foi o Warren Zevon, que nunca alcançou o mesmo sucesso. No livro Easy Riders and Raging Bulls há uma relato muito bacana sobre Canyon, na época frequentada por Scorsese, De Palma, Spielberg etc. Valeu pela dica do documentário, André.

    • Preto comentou em 14/02/13 at 13:00

      o warren zevon tem discos excelentes ignorados pela mídia. em 1980, dedicou um disco ao vivo ao martin scorsese (“stand in the fire”), por ele cobrir suas despesas numa clínica de reabilitação. quem também ajudou na recuperação do cara foi o pessoal do REM.

      • pabloREM comentou em 14/02/13 at 13:42

        O REM inclusive gravou um disco com o Zevon com o nome de Hindu Love Gods. Já ouvi e vale a pena.

      • Rogério Moraes comentou em 14/02/13 at 14:15

        É verdade. O Scorsese colocou Werewolves of London na trilha do A Cor do Dinheiro. Ele vive sendo citado/homenageado na série Californication.

  13. Carlos comentou em 14/02/13 at 12:33

    Na minha ignorância, quando ouvia Neil Young falar sobre Laurel Canyon em “Revolution Blues” achava que era uma pessoa.

    Well, I hear that Laurel Canyon
    is full of famous stars,
    But I hate them worse than lepers
    and I’ll kill them
    in their cars.

    • Andre Barcinski comentou em 14/02/13 at 12:37

      Bom, o Neil Young diz que odiava Laurel Canyon, mas ficou lá um bom tempo, ia às festas de todo mundo, e chegou a recomendar o chapa Charles Manson para sua gravadora, a Reprise.

      • Preto comentou em 14/02/13 at 12:48

        e, politicamente, o neil young apoiava o ronald reagan.

        • Andre Barcinski comentou em 14/02/13 at 12:54

          Em uma época, sim, mas já apoiou Democratas também. Mas NY não foi o único a apoiar Reagan nos anos 80.

          • Preto comentou em 14/02/13 at 13:15

            eu me lembro que o pete townshend também apoiava, dizendo coisas como “o mundo é livre graças aos eua”. vale lembrar que o reagan foi um dos maiores caçadores de comunistas na época da guerra fria (a caça às bruxas do mccarthismo). ou seja, será que young e townshend não tinham ideia de quem estavam apoiando? quero deixar claro que sou fã dos dois e tenho quase todos os seus discos.

          • neder comentou em 14/02/13 at 15:05

            O tema Ronald Reagan é mais complicado do que um eventual simplismo ideológico pode concluir. Apenas para ilustrar: Reagan se opôs à Proposição 6 quando era governador da California. A medida foi idealizada pelo político John Briggs para expulsar gays e apoiadores dos direitos civis das escolas públicas da California. A proposição foi derrotada graças à oposição de Reagan. Já como presidente anistiou e legalizou a situação de milhões de imigrantes. Como diz a sabedoria popular, com Reagan era “uma no cravo e outra na ferradura”.

          • Marcelo13 comentou em 16/02/13 at 22:15

            O pior legado de Reagan só veio agora com a crise de 2008 ocasionada por bancos e corretoras sem regulamentação alguma.

    • jAH comentou em 15/02/13 at 8:36

      Carlos, a letra de Revolution Blues é uma fantasia de NY sobre o que se passava na cabeça de Charles Manson & The Family. É posterior ao episódio de Sharon Tate, e não é o NY falando mas a personagem que ele criou para descrever a piração dos caras. On The Beach para mim é um dos três melhores discos do NY e só tem uma música que eu descarto, que é Vampire Blues. A rabeca alucinada de Rusty Kershaw em Ambulance Blues é uma das coisas mais bizarras que já ouvi.

  14. Daniel Coutinho comentou em 14/02/13 at 12:22

    Caro Barcinski- com certeza vc sabe do que vou dizer agora, mas acho bom relembrar. Carole King, mesmo se não houvesse essa onda do Laurel Canyon, muitos anos antes já tinha feito a grande dupla de compositores Goffin/King criando os maiores clássicos dos anos 60, como “will you still love me tomorrow” para as Shirelles entre outras canções para aretha Franklin, Ronettes e outras feras! Essa já tinha seu lugar garantido na história do Pop, do Soul e do Rock…aliás tem um filme baseado na vida dela e de outros como Phil Spector…já viu?

    • Andre Barcinski comentou em 14/02/13 at 12:31

      Sim, mas ela surgiu para o público na cena de Laurel Canyon.

  15. pabloREM comentou em 14/02/13 at 11:04

    Preciso mesmo ver esse documentário e o que será lançado sobre o Eagles. Gosto dessa rapaziada. Esses dias ainda estava ouvindo Gram Parsons, aliás outro que foi embora cedo.
    André, em relação a drogas, se forem somar tudo que o David Crosby e o Keith Richards usaram daria o PIB de alguns países além da Colômbia… rs

  16. Claudio Malagrino comentou em 14/02/13 at 10:50

    André, há uma série do History chamada “A História do Rock’n’Roll” em que a Stevie Nicks conta os “bastidores” da gravação do álbum “Rumours”, do Fleetwood Mac. Carreiras sem fim, festas e hospital. Segundo ela, “o Fleetwood Mac fez o melhor de sua música no pior de sua forma”…

    • Rodrock comentou em 14/02/13 at 11:54

      Claudio e André,
      acho que isso é uma história recorrente no rock. Muitos fizeram o melhor de sua música no pior de sua forma.
      A maioria dos clássicos tem muito álcool e drogas no processo de composição e gravação. A caretice não tem sido boa pro Rock and roll.

  17. Kin Cordeiro comentou em 14/02/13 at 10:35

    Sempre achei que o lance de decorar o palco com tapetes e a equipe enorme era coisa do Emerson Lake & Palmer.

    • Andre Barcinski comentou em 14/02/13 at 10:54

      Também.

    • Jean comentou em 14/02/13 at 12:12

      Os Rolling Stones fazem isso, o Urge Overkill também fazia…

    • Preto comentou em 14/02/13 at 12:20

      mas o caras do ELP tocavam pra caralho. não era só decoração e equipe enorme.

      • jAH comentou em 14/02/13 at 17:18

        O Carl Palmer era um puta baterista, basta ouvir Tank. Ele treinava com címbalos de orquestra. O Emerson nem se fale, o cara arrumou problema nas juntas dos dedos de tanto tocar. Acho que o piorzinho mesmo era o Greg Lake. Junte um Pete Sinfield e vc tem Karn Evil 9, uma das jóias do extinto progressive rock. Com capa de HR Giger, o cara que criou o Alien.

        • Eder K. comentou em 15/02/13 at 13:18

          O Emerson testava alguns dos primeiros sintetizadores Moog. E gostava até mesmo do Palmer tocando no Asia. Agora duro defender o Greg Lake… “C’st la vie” é uma das músicas mais bisonhas que já vi.

    • Carlos Eduardo comentou em 14/02/13 at 14:20

      Não sei se vcs concordam comigo mas… o Emerson, Lake & Palmer pra mim simboliza tudo o que tem de errardo no rock.

      • Carlos Eduardo comentou em 14/02/13 at 14:20

        ops.. errado

      • Tião Gavião comentou em 15/02/13 at 10:36

        Não concordo. ELP era uma banda inovadora no cenário da época, tanto que Jimi Hendrix quis fazer parte dela (mas o ego de Keith Emerson falou mais alto).

      • Eder K. comentou em 15/02/13 at 13:15

        Por que tu diz isso? Brain Salad Surgery e o primeiro álbum são álbuns inatácaveis. Argumente…rs

        • jAH comentou em 15/02/13 at 21:01

          E o Lado A de Tarkus também! (O B é um dos piores da história do PR…)

  18. Alex comentou em 14/02/13 at 10:19

    Barcinski. Acho que o post de ontem e’ consequencia do post de hoje. Explico: depois de uma era de excessos nos anos 70 e muitos danos causados levou a geraçao seguinte a ter mais os “pes no chao”. Rock star hoje tem PhD em economia ou fisica, e’ vegetariano, politicamente correto e procura um relacionamento estavel.

    • Andre Barcinski comentou em 14/02/13 at 10:57

      Acho que tem mais a ver com o domínio corporativo do pop, que surgiu justamente nos anos 70. É um tema muito interessante.

    • Claudio Malagrino comentou em 14/02/13 at 11:22

      Ser coxinha hoje dá bem mais ibope, sem dúvida.

      • Preto comentou em 14/02/13 at 12:42

        radiohead, coldplay e cia. estão aí pra provar isso. são certinhos, chatos e, quando dão entrevistas, falam bobagem demais.

        • Moacir comentou em 14/02/13 at 13:29

          Não colocaria Radiohead no mesmo caldeirão do Coldplay. Por mais bobagens que Tom York ou o guitarrista lá digam durante as entrevistas, Coldplay é um pé no saco. E Radiohead tem muito mais talento do que os seus imitadores. Não os acho “certinhos” também. Apostaram em Ok Computer quando a gravadora dizia que seria o fim da banda, gravaram o Kid A, para desespero da mesma gravadora. Ao término do contrato com a gravadora, venderam um album pelo preço que o internauta quisesse pagar (eu paguei U$ só para testar se era verdade). Já estamparam capas de revistas especializadas em Jazz, Rap, Rock, Indie etc., visto que o seu som é difícil de rotular. Conseguem confundir até mesmo os que se consideram seus fãs, lançando albuns herméticos quando todos esperavam arranjos simples para guitarras, ou apostando na fórmula simples bateria-baixo-guitarra, quando a crítica apostava em algo mais fractal ou eletrônico. Enfim, achá-los chatos é subjetivo (gosto é gosto), mas certinhos, não acho que enquadre. Ainda mais tecendo comparação com o Coldplay.

          • Moacir comentou em 14/02/13 at 13:30

            corrigindo: paguei 1 dólar*

        • Carlos Eduardo comentou em 14/02/13 at 14:24

          No caso do Coldplay eu concordo que é banda pra quem foi criado pela avó em apartamento.

        • Eder K. comentou em 15/02/13 at 13:39

          Por favor, não coloque Radiohead e Coldplay no mesmo balaio.

  19. paulo silveira comentou em 14/02/13 at 9:36

    Blues from Laurel Canyon do John Mayall eh bonzao.

  20. Preto comentou em 14/02/13 at 9:34

    andré, também não sou fã do jackson browne, mas ele tem um disco muito bom e que vale a pena conferir: “running on empty” (1977). na minha opinião, a maior contribuição do browne pro rock foi a força que ele sempre deu pro warren zevon. entre outras coisas, ainda adolescente, browne tirou umas casquinhas da nico (mas quem não tirou?). depois se casou com a daryll hannah. dizem as más línguas que, durante as filmagens de “brincando nos campos do senhor” (do babenco), ele teria aparecido e enchido ela de porrada. o motivo? ele ficou sabendo que ela tava de namorico com um dos membros da equipe de filmagem. como diria o nelson rubens: eu aumento, mas não invento.

    • jAH comentou em 14/02/13 at 11:11

      Running on Empty é muito legal. E outras coisas de JB também. É pop(vade retro) de boa qualidade.

      • Preto comentou em 14/02/13 at 12:17

        exatamente, jah. o pop já foi mais inteligente e talentoso. não haveria, por exemplo, espaço para uma música como “cocaine” num disco pop de hoje (I was talking to my doctor down at the hospital / He said, “Son, it says here you’re twenty-seven / But that’s impossible / You look like you could be forty-five”). a música em questão está em “running on empty” (um disco gravado literalmente na estrada, em quartos de hotéis, ônibus, bastidores, etc.), não é o clássico homônimo do j.j.cale.

  21. Willian Ifanger comentou em 14/02/13 at 9:33

    Existe um filme recente chamado Laurel Canyon que se tem algo de bom é a atuação da Frances McDormand como produtora (acho) de bandas. Mas o filme em si é um cocô.

    Interessante um dia após seu “desabafo” quanto ao Grammy, a cena atual da música e sua indústria, você escreva de uma época tão louca e inspiradora. Antagonismo total – das épocas, logicamente.

    Já imaginou o Mumfords & Sons fazendo uma turnê com essa gente?

  22. F de I comentou em 14/02/13 at 9:23

    Barça, desculpe o assunto fora do tema principal.

    Estava lendo uns comentários daqui de seu blog de dias atrás. Percebi que muita gente que me criticava hoje tá fazendo algo similar ou pior.

    Legal isso!

    🙂

    • Andre Barcinski comentou em 14/02/13 at 9:51

      Sim, vc está fazendo escola. Abraço!

  23. jaime junior comentou em 14/02/13 at 9:20

    Caro André,

    A letra da música 4+20 de CSN&Y é uma amostra de quanto o periodo foi introspectivo e melancolico,mas fascinante do ponto de vista musical.

  24. F de I comentou em 14/02/13 at 8:58

    Esse Geffen sempre foi foda…

  25. Reginaldo Divino comentou em 14/02/13 at 8:33

    Andre
    E as várias teorias que existem a respeito da letra “hotel California”, como o autor utilizou a música como título do livro, ele elucida a verdade a este respeito?

    • Andre Barcinski comentou em 14/02/13 at 8:55

      Não, ele não entra em detalhes, até porque é um livro mais geral sobre a cena, e não só sobre os Eagles.

      • André Veiga comentou em 14/02/13 at 9:03

        A verdade sobre os significados “ocultos” da letra de Hotel Califórnia já foi devidamente esclarecida pelos próprios membros do Eagles. O lugar a que se referem não é o inferno, como acreditam muitos, mas o próprio mundo da música, ou melhor dizendo, do sucesso e ostentação, com todas as contradições e dramas que dele podem advir.

  26. the beat comentou em 14/02/13 at 8:33

    hei, barza. tem um libro fascinante sobre os stones a gravarem “exile on main st” na frança (“uma temporada no inferno com os rolling stones”, de robert greenfield, ed zahar) em que o autor conta como foi preciso mandarem embora o gram parsons, pois ele estava muito piradex por lá e estava atrapalhando o keith richards. daí eu pude ter ideia do naipe do sujeito: ele era má influência pro keith richards. e não deu outra mesmo, parsons morreu meses mais tarde.

  27. maa comentou em 14/02/13 at 8:28

    Barça. Aproveitando que suas criticas girma em torno do R’N”R, vc ja escreveu sobre o retorno do 89 FM de SP como RADIO ROCK, ja q tinha se disvirtuado e a UOL fez, em minha opiniao, seu melhor ato neste século.

    abs

    • little pink star comentou em 14/02/13 at 9:25

      rádio rock com a programação morna dos anos 90… fm no brasil é piada

      • F de I comentou em 14/02/13 at 10:00

        Nos anos 90 o rock dava seus últimos suspiros…

        … tens sugestão melhor?

        • Roberts comentou em 14/02/13 at 10:56

          Nos anos 90 a gente era feliz e não sabia….

          • F de I comentou em 14/02/13 at 11:13

            … mas “a gente era feliz e não sabia…” não é de uma música dos 80?

          • lucmes comentou em 14/02/13 at 12:43

            Bom mesmo era a rádio Brasil 2000, bem no começo dos 90, quando era “college radio”.

    • Jean comentou em 14/02/13 at 12:15

      A volta dos que não foram e não deveriam ter voltado…

      FM aqui é muito ruim. Jabazeira violenta…

      Tinha um programa livre disso, um tal de Garagem…

    • lucmes comentou em 14/02/13 at 12:41

      Na minha modesta opinião, a rádio está um lixo. Das diversas vezes que sintonizei no carro, não deu outra, voltava para o mp3.

      • Eduardo comentou em 14/02/13 at 15:03

        Boa mesmo era a Estação Primeira aqui de Curitiba .

        • Júnior comentou em 14/02/13 at 20:47

          Realmente. A Estação era algo tão bom que é até difícil de acreditar que existiu algo assim. Lembro de um evento de aniversário da rádio que teve shows do Mulheres Negras, De Falla, Nenhum de Nós, entre outros.

    • Cesar comentou em 14/02/13 at 20:39

      Fico muito feliz que ressurgiu uma rádio dedicada ao rock, depois da avacalhação que fizeram com ela, mas a 89 tá parecendo aqueles adolescentes que descobriram The Doors e Iron Maiden e agem como se fossem a novidade mais quente da semana…parece que estão meio fora de forma, a última pérola que eu ouvi na rádio foi que o Iron Maiden são punks que sabem tocar, querendo ressuscitar uma “polêmica” Punk X Metal que surgiu “semana passada”…

    • Augusto dos Anjos II comentou em 17/02/13 at 1:11

      Peguei bem no início a Fluminense FM, a Maldita. Só quem viveu a época tem idéia do que representou. Furaram o bloqueio da Disco Music, no inícios dos 80′, com um punhado de bandas ‘universitárias’ de nomes engraçados (Kid Abelha e os Abóboras Selvagens etc)…. Hoje, quem há de promover a mesma loucura?

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