“Muito Além do Peso” e a tragédia da obesidade infantil
15/02/13 07:05Dia desses, vi um filme assustador: “Muito Além do Peso”, um documentário brasileiro sobre obesidade infantil.
Dirigido por Estela Renner, o filme está disponível para download gratuito, aqui.
Os números mostrados no filme são chocantes: 56% das crianças brasileiras com menos de um ano de idade tomam refrigerantes. Um terço das crianças está acima do peso ou obesa. Já temos uma geração de crianças condenadas a morrer cedo ou ter problemas de saúde por toda a vida.
Especialistas culpam a propaganda de refrigerantes, salgadinhos e “fast food” na TV, a falta de uma política de educação alimentar nas escolas e a ignorância de muitos pais.
Publicitários contra-atacam: no filme, um deles diz que é errado privar as crianças da propaganda a que elas, enquanto consumidoras, têm direito.
Não posso concordar com isso. É óbvio que uma criança não tem discernimento para saber se aquilo que está sendo anunciado na TV é bom ou ruim para a saúde. Pessoalmente, sou a favor da proibição de comerciais para o público infantil. Se as empresas querem vender produtos para crianças, que anunciem para os pais, e não para as crianças.
Mas acredito, também, que os pais têm muita culpa nesse cenário triste da obesidade infantil. Se os filhos não ficassem largados na frente da TV o dia todo, anestesiados, sem brincar ou fazer esportes, a realidade poderia ser outra.
E estou bem longe de seu um fanático por comida “saudável”. Adoro comida de boteco e frituras em geral. Mas é aí que entra o bom senso: se seus filhos quiserem comer uma coxinha de galinha de vez em quando, ótimo. O problema é quando frituras, refrigerantes e salgadinhos viram a regra, e não a exceção.
Que criança não gosta de refrigerante? De pipoca? De açúcar? Alguém vai levar o filho para o cinema e comer cenouras cozidas? Claro que não.
A questão é que o hábito alimentar de grande parte da população já inclui refrigerantes e salgadinhos. Em muitos lares, não se toma água, mas refrigerantes; crianças, como algumas mostradas no filme, são incapazes de distinguir entre um abacate e uma laranja.
Uma das cenas mais reveladoras do filme mostra um menino de quatro anos que pesa, se não me engano, mais de 40 quilos e já tem problemas de colesterol alto.
Na hora do almoço, o menino se joga no chão e esperneia, até os pais lhe darem um copo gigante de refrigerante e um saco de batatas fritas. Daí o pai diz: “Tá vendo? É só isso que ele come”, antes de virar-se para o filho e pedir: “Filho, dá uma batatinha pro papai, dá?”
P.S. Estarei sem acesso à Internet por boa parte do dia. Por isso, alguns comentários podem demorar a ser publicados.
Que miimimimi idiota ..São obesas pq não fazem porra nenhuma o dia todo ..Ficam direto no computador ou jogando videogames..Se queimassem calorias ninguem estaria preocupado em querer banir comerciais de fast food.. Destesto essa mania que muitos brasileiros tem de querer sempre que uma instancia superior os orientem a saber o que comer , o que vestir , como se portar aqui , como se portar ali ..Ah politicamente correto chato do caralho ! eu sou livre !
Sedentarismo é um aspecto do problema. Outro é a qualidade da comida. E é claro que é função do governo estabelecer programas de educação alimentar.
estava comentando isso com minha mãe agora, mas sobre a tal classificação indicativa de programas de tv… pôhammm, será que não temos a capacidade de escolher, para nós e nosso filhos, o que queremos assistir, sem que alguém nos indique o que é adequado ou não?
Num mundo ideal, concordaria com vc. Infelizmente, muita gente não tem a menor ideia e que é errado uma criança de 4 anos tomar refrigerante o dia todo, ou trabalha fora o dia todo e precisa deixar as crianças sozinhas.
bebês não ficam no computador e não podem ser responsabilizados pelo que os adultos lhe dão para comer.
André, o seu ponto de vista é pertinente, afinal, você deve ser um pai cuidadoso. Por outro lado, qual propaganda não engana — ao menos em grande parte –, nem que seja em um ‘detalhezinho’? Sabe-se que a publicidade (maketing, propaganda, enfim) tem como um de seus objetivos induzir o consumo daquilo que não é uma necessidade imediata. Roupas, carros, cosméticos, eletrônicos, cartões de crédito, medicamentos, e toda uma gama de bens e serviços que potencializam o consumismo que existe (muito ou pouco) em toda pessoa. Sou pela regulamentação do horário em que essas mensagens (no caso dos refrigerantes e guloseimas) são veiculadas, nunca pela proibição. Se formos levar esse caso ao pé da letra, conforme defini no início, só irá restar publicidade governamental para encher o bucho da criançada! Se é para controlar o consumo desses alimentos por parte das crianças, que se comece a pensar em educar os pais delas, acredito é neles que elas se espelham.
Eu disse que as propagandas devem ser feitas para os pais decidirem, não as crianças.
nenhuma propaganda mostra pais dando mamadeiras com refrigerantes e eu já vi muitos adultos fazerem isso.
Dois fatores importantes. Um e’ o fator genetico. Algumas pessoas tem a tendencia de acumular mais gordura que outras, independente se a comida e’ saudavel. Outro e’ o psicologico: uma criança obesa vai ser bombardeada pela propaganda dizendo que o ideal de beleza e’ uma pessoa magra. Vejam tantas modelos anorexicas.
Jamie Oliver fez um trabalho de catequização alimentar em escolas públicas, implementando mudanças de hábitos e cultura sobre os alimentos. Tanto para as crianças quanto para adultos. É uma série bem interessante de ser ver.
Percebo que com esse avanço financeiro recente das classes mais baixas no Brasil, as pessoas estão mais gordas, crianças e também adultos.
Antes o problema do Brasil era a fome, agora é a obesidade em virtude de uma alimentação nociva, barata e com um forte apelo de consumo, fazendo com que o indivíduo se sinta até mesmo “incluso” numa esfera da sociedade a qual ele estava apartado por questões financeiras, o mundo dos fast foods e porcarias.
O unico problema de reprimir no Brasil eh que a decisao e a implementacao cabera a algum sub do sub do Aurelio Miguel, do Renan Calheiros, do …
Detesto admitir mas nesse caso tambem sou paternalista,tinham que proibir mesmo essas propagandas para crianca. Eh uma tragedia para a familia afetada, e um atraso de vida para quem educa o filho, pois ele vai ter que pagar a conta dos pais idiotas via impostos. Mas vou alem, deveriam reprimir drogas e drogados, propaganda de cerveja, os programas de TV que fazem apologia de tudo o que termina em atraso, tipo Big Brother e Regina Case. De novo, quem faz a coisa certa acaba pagando a conta da tragedia alheia, logo se todos perdem, melhor reprimir.
isso não tem nada a ver com censura, é um caso de saúde pública. Também acho um absurdo, embora seja legal, a seleção brasileira fazer propaganda de cerveja ou o McDonald’s ser o “restaurante oficial” da Olimpíada. Associar esporte a bebiba alcoólica ou fast food é uma desonestidade sem tamanho.
Espero que consiga ajudar os meus filhos a não sofrerem com este problema. Muito embora a propaganda interfira no comportamento alimentar das crianças, e o objetivo dela é esse mesmo, creio que não seja saudável proibi-la de nenhum desses prazeres, desde que elas aprendam que não podem se alimentar só de porcarias, e claro, o diálogo tem que entrar em cena nessa hora, afinal, moderação e bom senso não fazem mal a ninguém.
Fui uma criança bastante gordinha e uma adolescente, que aos 17 anos, com 1,58 m, chegou aos 79 kg. Resultado de uma alimentação desregrada, com pacotes e mais pacotes de biscoitos recheados. Graças a Deus e muita disciplina, consegui me livrar de 24 kg, mas agora, aos 39 anos, acabei recuperando 8 deles, e no esforço para perdê-los, observo que cresceu assustadoramente a oferta de alimentos calóricos, como torradinhas temperadas, palitinhos de queijo e croissants dos mais inúmeros recheios, além de outras várias guloseimas. E sem dúvida isso é mais atraente aos olhos e ao paladar do que saladas com pepino e palmito. E está difícil recuperar a disciplina com tantas ofertas atraentes.
Que acham de nas escolas publicas de sp ( estaduais ) servirem refeições balanceadas no intervalo e também uma “cantina” licitada, que vende uma variedade de tentações de frituras e salgadinhos?
Acho que o velho Aristóteles ainda tem razão, não há nada que temperança, ou bom senso (artigo em falta na nossa época), não resolva. O problema não é comer pipoca no cinema, é comer com educação (como disse o Barcinski); não é um saco de salgadinhos, refrigerante ou deixar o filho na frente da tv, é a quantidade e a frequência. Pais que precisam se ausentar devem instruir muito bem quem fica com as crianças. Na justa medida tudo se resolve.
André, acho que a questão é até mais profunda, é de se pensar quais as opções que se podem dar a essas crianças, e aos pais também, diante dele estilo de vida maluco que temos nas grandes e médias cidades e também com as coisas que faltam no Brasil (saúde, educação, segurança, etc.)
Quando era criança, com 15 anos cheguei a ter 80kg. Tinha 1,60m. Meus pais davam total liberdade para eu comprar qualquer coisa na mercearia e diariamente levava para casa um pacote de bolacha e outro pacote de salgadinho. Isso desde os meus 9 anos.
Lógico, não jantava e comidas “corretas” somente comecei a comer após meus 22/23 anos, após ter problemas estomacais.
A propaganda realmente é uma grande arma para a venda desses “lixos comerciais”, entretanto se não houver uma atenção paterna, de nada adianta.
André, como pai, o que você acha da ”palmada”? É a favor ou contra?
Cara, meus filhos são muito pequenos e, mesmo assim, não dão trabalho. A princípio sou contra, claro, as coisas deveriam ser decididas na conversa. Mas eu já aprontei tanto quando era moleque que entendo quando um pai perde a cabeça.
Penso a mesma coisa, apesar de eu não ser pai. Acho que, em hipótese alguma, é justificável violência contra uma criança, mas, ao mesmo tempo, me lembro de tudo que eu aprontava quando pirralho…
Tenho uma posição radical sobre isso: toda propaganda é enganosa. E não é preciso falar do fetichismo da mercadoria, segundo o grande filósofo da práxis. Quanto à propaganda pra criança, além de enganosa é criminosa. Concordo com o Barcinski a respeito da necessidade de se controlar esse tipo de propaganda, claro, e não há cerceamento à genérica e ilimitada liberdade de expressão publicitária, advogada por alguns aí. Essa é uma questão de saúde pública.
Ao lado da atuação dos pais (principalmente pela autoridade do exemplo), por que não há propaganda educativa obrigatória, como antídoto a essa defesa do indefensável pela propaganda de mercadorias deletérias?
Pior, as propagandas “para adultos’ também são infantilizadas.
Seja de cerveja com caveiras na praia ou o Neymar vestido de pernilongo.
Tudo para crianças de 30 anos…
Comerciais brasileiros não têm sarcasmo, bons textos nem mesmo um pingo de non-sense, como em alguns países.
Concordo em gênero, número e grau…publicitário brasileiro é em sua quase totalidade um iletrado, provinciano e ególatra….e fazem propaganda para um povo ídem…Pior…se acham os tais!! Sinistro!!!
Parabéns pelo tema de hoje no blog.
Saúde é o que interessa e o resto não tem pressa!
abs
Controlar sim, proibir nunca.
Engraçado que depois do incidente em Connecticut muitas pessoas discutiram a influência de jogos de video-game violentos sobre os jovens, mas ninguém reparou que foi UMA pessoa que causou a tragédia.
Agora com 1/3 das crianças acima do peso as pessoas ainda acham que restringir comerciais vinculados ao público infantil uma afronta à “liberdade de expressão”.
André fico muito feliz que vc tenha visto este verdadeiro filme de terror e postado no seu blog pois ele tem grande visibilidade.
Esta é a minha realidade profissional: tentar fazer as pessoas enxergarem que não é normal trocar água por refri e que salgadinho não é lanche que se mande para a escola na lancheira das crçs. São como vc bem disse, para serem ingeridas exporadicamente! O ritmo de vida alucinante faz as pessoas procurarem alimentos de preparação “rápida” e isso acaba se transformando neste cenário terrível: um grande parte das crçs hoje morrerão antes dos seus pais.
O que me impressionou no filme também foi a explanação de ptrofissionais de propaganda mostrando que essa guerra é totalmente injusta pois a indústria alimentícia tem um poder de fogo ( financiamento ) que não chega perto de nenhum programa de prevenção.
A frase mais assutadora foi: vamos ganhar as crianças pois quando chegarem a fase adulta já estarão todos doutrinados! Os que estiverem vivos é claro.
Desculpe escrever muito mas é um assunto que deve mesmo ser bem discutido.
Obrigada pelo espaço!
Trabalhei muitos anos em escolas estaduais na periferia de Sao Paulo e o número de crianças obesas era minúsculo.
Criança de periferia gasta energia pra caramba, brincam o dia inteiro na rua e são todos magros.
desculpe Thiago, mas vc está um pouco desatualizado. Atualmente o maior índice de obesidade é justamente nas classes mais baixas, onde o grau de instrução é baixíssimo e o acesso a alimentos gordurosos e calóricos cada vez mais fácil…
talvez eu tenha exagerado no termo “o maior índice”, mas o índice de obesidade nas classes sociais mais baixas estão aumentando assustadoramente.
Pensei a mesma coisa.
Acho que isso pode esclarecer:
http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2013/01/03/o-filho-so-come-carboidratos-e-ela-acha-fofo-e-ele-e-mesmo/
Thiago, assista o filme. Veja o que as classes mais baixas estão comendo. Lá mostra o quão assustadoramente baratos estão os refrigerantes, salgadinhos e bolachas, e não dá trabalho de fazer. É só consumir. Comida saudável é paradoxalmente mais cara. E elas passam mais tempo diante da TV do que brincando na rua.
Criança de periferia brinca o tempo todo? Não é bem assim. Há algum tempo, conversando com um menino morador do morro do Papagaio (favela de BH), fiquei impressionada como ele sabia de cor toda a programação dos canais abertos, horários, nome dos apresentadores, tudo. Tem casa que não tem geladeira, mas tem TV – a primeira opção de lazer para muitos que não têm como fazer balé, capoeira, natação etc. E não é só a classe média que teme a violência; a mãe desse menino tinha medo que ele ficasse na rua ou andando pelo morro e ele passava a tarde inteira vendo TV.
Quando o MPF trouxe à tona a venda casada de fast food e brinquedos, vi diversas manifestações em redes sociais dizendo que, com tanto político corrupto, os caras não tinham mais o que fazer. Por aí dá pra perceber o grau da alienação das pessoas (misturar assuntos e desqualificar algo que desconhecem). Tenho uma filha pequena e também sofro com esse bombardeio imoral da publicidade. Parece que qqr criança já sabe qual restaurante dá qual brinquedo grátis, e por aí vai. Mas acho que os pais da nossa geração têm dificuldade de impor sua autoridade. Não trata-se de totalitarismo e de não respeitar as vontades da criança, mas, como foi dito no texto, separar regra de exceção. Minha filha nunca experimentou refrigerante e não faz a menor questão. Toma suco e água o dia todo, come palitinhos de cenoura como se fosse batata frita e adora frutas, exceto mamão. Mas é óbvio que também pode comer seus doces e chocolates ocasionalmente. Quem tem que ter juízo e saber apresentar opções bacanas para a alimentação das crianças são os pais. Mas, infelizmente, a ignorância começa ainda com o bebê na barriga da mãe (basta lembrar que o Brasil é caso anômalo em número de cesarianas, e por aí vai).
Claro que essa propaganda é imoral e desonesta. E não vivemos mais numa época em que o papai ia trabalhar e a mamãe ficava em casa. Hoje, os dois pais trabalham fora, e têm menos tempo para ficar com os filhos. Isso é uma realidade, e dificulta mais ainda o trabalho de tomar conta dos filhos de maneira adequada.
Cresci ouvindo meu pai, que e’ pediatra, falando: “se a crianca e’ gorda a culpa e’ dos pais”.
Hoje com duas filhas tenho certeza de q o vovo nao poderia estar mais certo.
Até que enfim um opiniao sensata….. que proibir propaganda o escambau, tem que dar um pai/mãe decente pra essas crianças…… se o filho se joga no chao e chora pq quer dar um tiro na propria cabeça, que pai vai dar a arma????? Se acha que está errado, basta nao ceder as vontades de uma criança que não sabe o que o bom/ruim para si.
Ja experimentaram deixar chorando e dormir com fome???? só pra ver o que acontece????
Então Barça, fazer comercial de crianças voltados para os pais é meio que paliativo, pois muitos mais são tão facilmente influenciáveis quanto seus filhos – tudo em nome da preguiça.
Sim, mas aí é uma decisão tomada por adultos.
Já vi pai se encolher e fazer vozinha de criança ao pedir para trocar o brinquedo de uma lanchonete. Ele afirmava que o tal brinquedinho o “filhinho” dele já tinha…
Culpa dos pais. Quando eu era criança tinha doce, refrigerante e tudo o mais. Minha mãe sabia me mostrar quem mandava e o que era melhor pra mim. Enquanto os pais de hj em dia deixarem seus filhos lhes dizerem o que fazer, isso será dessa forma, ou pior.
Comida é a droga mais abundante que existe. Vivemos num ambiente obsogênico. Tudo aditivado cm muito açúcar, sal, gorduras, conservantes …. realçam ao máximo o prazer, a sensação de comer. Aguçam ao extremo o paladar que é uma “demanda” do espírito e não do corpo, por assim dizer.
A dúvida aqui em casa é se chocolate está no grupo das comidinhas calóricas e nutritivas, como frutas secas e suco natural de frutas, ou se está no grupo das porcarias. Por enquanto, está prevalecendo a opinião do meu marido, convicto de que chocolate é porcaria. De qualquer forma, nossa filha, de dois anos, ainda não gosta de chocolate. Refrigerante, nunca demos a ela.
Para chocolate vale a regra: quanto mais claro, mais porcaria (chocolate branco é pura gordura, de chocolate não tem nada), quanto maior a concentração de cacau (mais escuros), mais comprovadamente saudáveis e benéficos. Claro que o consumo deve sempre ser moderado, pois mesmo os chocolates mais escuros e saudáveis são alimentos calóricos e com açúcar…
O comentário do César está correto. Diariamente, o tolerável referente ao chocolate são 30g (por pessoa). Quanto mais cacau, melhor. Chocolate branco é realmente só gordura. Passe longe.
Institivamente, sempre defendi que chocolate branco não é chocolate, mas mais pelo sabor do que pelo conhecimento dos ingedientes, confesso 🙂 Aqui em casa comemos chocolate todo dia, mas pouco, coisa de um ou dois bombons, e não acho problemático se minha filha seguir nosso exemplo, até pq comemos muita fruta e salada… Mas se eu puder ajudá-la a se acostumar ao chocolate amargo, mais saudável, melhor.
O depoimento do publicitário é deprimente… Dá para perceber durante as falas que nem ele mesmo acredita no que está falando. A cara dele quando está falando que é errado privar as crianças do seu direito de escolha seria hilária se não fosse triste.
André, boa tarde.
Há um interessantíssimo documentário que analisa a relação entre o consumo de proteína animal (carne e laticínios) e comida industrializada com o crescimento mundial de câncer, Diabetes II e doenças coronarianas nas últimas seis décadas.
Chama-se “Forks over knives” (“Troque a faca pelo garfo”) e é fartamente documentado com base na vida de dois nutricionistas estadunidenses ex-pecuaristas.
Os grupos que fingem querer proteger as pobres crianças da publicidade de comidas pouco nutritivas, são os mesmos que promovem o consumo de drogas, o que é muito mais nocivo.
Portanto, não seja ingênuo, o objetivo não é melhorar a saúde das crianças, mas sim estrangular a liberdade de imprensa através da restrição das fontes de financiamento. O sonho do governo é que o único anunciante seja ele mesmo…
A responsabilidade pela educação dos filhos é dos pais. É óbvio que o pátrio poder pode ser questionado em casos extremos. Mas, só em caso extremos!
No Brasil, está na moda colocar casos de gravidades diferentes todos no mesmo balaio.
Se você bebe um lata de cerveja e vai para casa dirigindo devagar é tratado como um bêbado assassino. Se você dá um tapa na bunda do filho é um torturador sádico.
Se você apóia medidas como esta, depois não reclame de que o Estado se imiscui em tudo, que não há mais liberdade, que o politicamente correto é uma merd@ e etc.
Abraço,
André
Não desvirtue a discussão. Fazer propaganda para criança é errado e fim de ponto. Não tem nada a ver com controle governamental.
Sempre quando falam em propaganda para criança lembro a da tesourinha que a criança ficava falando “eu tenho, vc não tem”….
Aquilo, que me perdoem os que gostaram, era para retardado.
Reinaldete Detected.
Reinaldete não! Olavete, com muito orgulho!
E aí vai uma pergunta para o colunista, cuja sinceridade realmente respeito:
Não seria o caso de proibir o Rock and roll para menores de idade? É sabido que muitos jovens enveredaram pelo caminho (muitas vezes sem volta) das drogas por influência dos seus ídolos. Não deveríamos proteger a juventude desta influência nefasta?
Você acha certamente que são coisas diferentes, e que isso é um exagero. Mas, isso é altamente subjetivo. Não esqueça que o politicamente correto estrangula a liberdade aos poucos. É a famosa técnica da rã na panela.
Se um dia o estado tiver controle total sobre os teus filhos, não reclame…
Numa boa, foi uma das coisas mais absurdas que já li. Quer dizer que vc compara música a propaganda para crianças? Parece os publicitários que chamam comerciais de “filmes”.
Numa boa, não precisa nem publicar, mas pensa um pouco. Quem tem maior influência sobre as crianças e jovens, os publicitários, ou os artistas (principalmente cantores)? Quem molda mais o comportamento da nova geração? Quem os jovens imitam?
Vou parar por aqui. Você é jovem, e eu mais ainda, por isso ambos teremos a oportunidade de testemunhar onde essa preocupação toda do governo e das ONGs com a saúde das nossas crianças vai dar…
Abraço
Você é “jovem”, mas fala como os velhos demagogos que vêem perigo na música. E pior: finge não perceber a diferença entre comércio (publicidade) e arte. Típico de quem quer usar a desculpa da “censura” para defender o indefensável, que é a publicidade direcionada a crianças que não têm discernimento para decidir se o produto anunciado é bom ou ruim para elas. Melhor parar por aqui mesmo.
Você fala em “arte” como se fosse algo inteiramente subjetivo, intocável, pertencente ao mundo das ideias. Artistas que influenciaram até em cortes de cabelo certamente tem um poder de fogo ao influenciar jovens (principalmente) bem maior do que podemos imaginar.
Para isso existe limite de idade que sugere o que uma criança pode ou não assistir. Meus filhos não assistem aos mesmos filmes e não ouvem a mesma música que eu. Isso é bom senso. E NINGUÉM influencia os filhos mais que os pais.
Verdade, mas considere que a influência paterna hoje em dia é bem menor do que em outros tempos. Em parte, os pais influenciam; em parte, amigos, vizinhos, colegas, internet, televisão. Em muitos casos, bem mais do que os pais. Depois estranhamos quando desconhecemos os próprios filhos.
Tal como toda olavete é ignorante e autoritário.
o Rock´n Roll é realmente uma influência nefasta. afinal, como seus próprios adeptos confessam: “o diabo é o pai do rock!”
Andrews, ouço rock desde 1983, nunca coloquei cigarro na boca, nunca usei ou experimentei qualquer tipo de droga, nunca fiquei bêbada, nunca participei de orgias sexuais com pessoas ou animais ou rituais satânicos. Meu melhor amigo gostava de MPB e desenhos animados, morreu decorrente do abuso de drogas e álcool…
Olha só…o rock voltou a ser “do mal” !!!! Quem sabe não é salvação dele!!!! Quando surgiu, na década de 50 era comum esse medo que os conservadores tinham, de que ele “corrompesse” a “juventude”, o que acredito ter dado uma publicidade extra ao gênero.
Minha cunhada fez uma reeducação alimentar severa na minha sobrinha que na época tinha 5 anos. Aprendeu a comer de tudo. Hoje, aos 13 anos, tem 1,80 de altura, é magra e saudável. Com minha cunhada não tinha choro e nem vela…