Sabrina Sato e seu problema cabeludo
21/02/13 07:05A notícia é tão ridícula que fico até com vergonha de divulgá-la. Mas vamos lá: o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) abriu um processo para avaliar denúncias de suposto preconceito contra homens peludos, cometido por uma famosa marca de lâminas de barbear.
No anúncio, veiculado na TV, luminares da cultura pop mundial como o cantor Psy, Sabrina Sato e as gêmeas do nado sincronizado, Bia e Branca, incentivam a depilação peitoral masculina.
O Conar diz ter recebido nos últimos dias 15 reclamações – 14 de homens e 1 de mulher – que consideraram a propaganda preconceituosa.
Nas mensagens encaminhadas ao Conar, os consumidores classificam a propaganda como “preconceito contra os peludos” e afirmam que o filme “tacha” o grupo de homens com pelos no peito como “nojentos”.
Em uma das reclamações, o consumidor lembra que numa propaganda anterior a empresa já havia se referido aos homens peludos como “homem das cavernas”.
Democracia é isso. Mas quem disse que viver em uma é fácil?
Fico imaginando que tipo de pessoa tem tempo e paciência para escrever a algum órgão reclamando sobre esse tema tão importante quanto a defesa da dignidade dos peitos cabeludos.
Será que Tony Ramos parou as gravações de alguma novela para ligar para o Conar? Acho que ele tem mais o que fazer, não?
Será que os defensores dos peitorais capilarmente privilegiados também gastam seu tempo reclamando da qualidade da escola dos filhos? Ou do transporte público?
E a liga dos defensores das pessoas com verruga no queixo, onde está? E o sindicato dos calvos?
Onde estavam os defensores das aves comestíveis quando Costinha, maldosamente, posou nu ao lado de uma ave indefesa na capa de “O Peru da Festa”, submetendo o pobre animal a um trauma terrível?
Finalmente, cadê o sindicato dos míopes, que nunca reclamou do Silva de Chico Anysio? E a liga de defesa dos vesgos, que nunca protestou contra o Cocada?
P.S.: Hoje, sexta, estarei sem acesso a Internet até o fim da tarde. Se o seu comentário demorar a aparecer, não me xingue, aguarde que, no fim da tarde, volto a moderá-los. Obrigado.
Não sei o que é mais lamentável: o comercial tendo toda essa repercussão, essas 15 pessoas que tentam lutar por uma censura desnecessária ou esses comentários de pessoas dizendo que o jornalista não tem direito de expressar opinião na sua coluna/blog. Apenas lamentável.
Na verdade o que é lamentável pra voce é saber que existem pessoas com visões diferentes da sua.
Gente parem de ver televisão e vão ler um livro!
André Barcinski, deixa eu ver se eu entendi. Se um comercial de clareamento de pele dissesse que é feio ser negro e que todos que tem pele escura deveriam clarear, então você acharia que é tudo bem, é isso?
Honestamente, a Folha paga para você escrever isso ou você escreve essa porcaria de graça mesmo?
Luis, não invete o que eu não disse, isso é feio e intelectualmente desonesto. Se vc não consegue ver diferença entre racismo e a questão de peitorais cabeludos, problema seu.
O Luis não disse o que você não disse…
ele só criou uma outra coisa trazendo a mesma situação… Só que com algo mais sério…
Andre, desculpe pelo insulto à qualidade do seu artigo, é por que eu sou peludo e levei para o lado pessoal.
Entretanto, eu questiono sim a qualidade da sua argumentação e da motivação desse artigo. Primeiro, acredito que se você defende a irrelevância da discriminação relativa ao pelo, pode-se inferir (não afirmar) que você também defende a irrelevância da discriminação por cor. É uma analogia perfeitamente lógica e cabível. Segundo, acredito que você deveria ter defendido os peludos e incentivado os calvos a fazerem o mesmo e não ridicularizado uma atitude democrática, do Conar e desses indivíduos. Meu e-mail está aí agora, mas era só o que eu tinha para dizer, e talvez seja só rancor de um peludo mesmo.
Sempre tem alguém procurando oportunidade para aparecer na mídia, querendo ganha um dinheiro processando as empresa e pessoas formadoras de opinião. As vezes sinto que estamos entrando em uma ditadura passiva onde nada pode-se falar, agir pois poderá ofender algo, alguém na sociedade.
Tolo é aquele que se cala diante do que lhe constrange. O ser humano é naturalmente preconceituoso, imagina quando é incitado a sê-lo. Então, basta pensar em quantas pessoas morreram em cirurgias plásticas ou sofrem bullying diariamentepor por não se enquadrarem nos “padrões” estipuladoes por indústrias que querem vender, somente vender.
Recentemente havia um comercial da Skol onde pessoas eram devoradas por um tubarão. Certamente, essa empresa não se preocupou nem por 1 segundo com as famílias que perderam seus entes queridos ou as pessoas que tiveram seus membros arrancados durante um ataque desse bichinho.
na minha ótica, No minimo o jornalista e a empresa para que ele trabalha, estão recebendo verba para apoiar a tal empresa de lâminas na empreitada de transformar metrosexuais em padrão estético masculino
Sim, Emanuel, ganhei uma caixa de lâminas de barbear.
Nunca vi nada mais preconceituoso que o “politicamente correto”… q coisa chata!!!
É o tal problema da comunicação, cada um interpreta a coisa d’um jeito. Tem gente que fica ofendida, acha um absurdo e tem gente que deixa pra lá. O interessante é ver pessoas citando “imposição da moda” e não falar nada a respeito das mesmas propagandas direcionadas ao público feminino. “Ah, mas com mulher é diferente” posso até vê-los responder… Um tiquim de coerência e bem menos preconceito não faz mal a ninguém. Há espaço pra todos, peludos, não-peludos e quem quer rapá o peito ou o que mais lhe der na telha. Só acho desnecessária tamanha repercussão, num grada de rapar o peito? Ora bolas, num raspe! Ou não tens discernimento suficiente pra levar tua vida do jeito que achas melhor?
O post é tão medíocre quanto a idéia da propaganda vinculada.
Hahahahahaha Não da para acreditar que tem gente que se preocupa com isso !!! Vc é peludo, fica peludo ou raspa…simples assim !! Bla Bla Bla. Por isso que o Brasil está do jeito que está, muita gente preocupado com besteira !! Ótimo post André !! Abraços
Boa tarde Andre, concordo plenamente com o Senhor. Primeiro, na televisão você assiste se você quiser, segundo: por que essas pessoas que criticam e falam mau desta propaganda não levanta do sofá e procure defender o seu direito junto as autoridades que fazem a lei e que levam muito dinheiro pra não fazer nada lá em Brasilia não é mesmo, Acho que querem somente aparecer e defender o seu direito de consumidor e o direito de cidadão ninguém quer defender né. Tanta coisa errada nesse Brasil e as pessoas se preocupando com um simples comercial. Nesse caso é simples é só não assistir o comercial. Mude de canal na hora que ele estiver passando.
Pode parecer inofensivo, mas esse comercial pode influenciar a opinião de muitos e com isso tornar as pessoas com muito pelo alvo de piadas e chocarrices, muita falta de respeito e achei essa propaganda muito anti – ética.
Coitado do Chico Anysio então.
Vamos deixar a hipocrisia de lado um pouquinho? A Gillete fez a propaganda justamente com a intenção de vender o seu produto, como qualquer outra empresa. Empresas de cerveja estimulam as pessoas a bebê-la, assim como as empresas de refrigerante, ou seja lá o que for. Essa é a função da propaganda: estimular as pessoas ao consumo. O que a pessoa faz com isso, é única e exclusivamente culpa dela. As pessoas ignorantes bebem de mais e causam acidentes; as pessoas que bebem muito refrigerante tendem a ficar mais gordas, e assim por diante. Não se pode culpar a empresa ou a propaganda, e sim a ignorância das pessoas. Ou essas pessoas querem que a Gilette propague o peito peludo, a virilha peluda, sendo que o seu produto visa justamente eliminar tal desconforto? Seria um contra-senso, não?
Então pensando pela ótica dos “ofendidos”, de que a mídia determina o que os outros vão pensar, então acaba-se de vez com todo e qualquer tipo de propaganda, de novela, de jornal, de tudo. Assim nenhuma pobre vítima é influenciada por nada…
Essa ditadura do politicamente correto é um câncer!
O direito é inviolável. E cada um tem o poder de exercê-lo da forma que quiser, mesmo que seja de uma forma menos importante (no ponto de vista de alguns).
Falta de não ter o que fazer… adorei o comentário. O povo tem que se preocupar mais com problemas sociais do que coisas inuteis como essa!
falta de serviço MESMO… e tem “homem” aqui reclamando… eu fico é ofendido com essa reclamação ae! carpir uma roça ninguém quer né?
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Z5dM5ccXZYE
Acho essa discussão saudável, mas o que me chamou a atenção foi o fato de 15 pessoas serem contra a algo e causar esse efeito, enquanto os mais de 1,5 milhão de assinaturas contra o Renan irem direto paro o lixo…
André, não quero polemizar mas seus argumentos não passaram de falácias. No entanto, respeito seu ponto de vista, mas discordo. Como publicitário (nem todos são vendidos) penso que a influência no comportamento e na cultura baseada em interesse econômico é por essência desprezível. Se os caros querem raspar ou não o pelo do peito isso é com cada um. Mas daí a esteriotipar o que não optou em raspar, de maneira a degradá-lo socialmente, penso que começamos a tanger a moral e saímos do território comercial da propaganda.
Com certeza todos temos mais o que fazer além de ficar falando de peito peludo, mas acredito que valha a reflexão pois independentemente do tema a ser discutido, devemos ter respeito e diligência com o poder da propaganda.
E o que tem de “falácia” nisso?
Concordo que exista assuntos mais sérios a se reclamar, mas negar que a a industria do consumismo esta ditando mudanças estéticas absurdas para vender mais é inegável e até pueril uma analise assim são superficial. Porque não tem logica associar homem peludo com sujeira, se for assim vamos todos raspar a cabeça também porque vai ser IMPOSSÍVEL ser limpo, mas ai não é interessante porque a Gillette não vai vender xampu.
Proponho aos homens que não gostaram da propaganda fazer um protesto e não depilar o peito! OU NÃO? heheh
Tem gente aí falando que é falta de higiene ter pelos… acho bom todo mundo começar a raspar a cabeça então, pois pra mim só é nojento de você NÃO tomar banho, porque existe uma coisa chamada SABÃO e isso ajuda na higienização de todo o corpo. Eita povinho abitolado viu, rs. Eu tenho pelos no peito, as vezes tiro, as vezes deixo, depende do meu humor rs. Matéria bem pobre, achei que tava lendo um blog e não um site de um grande jornal, hehe
Eu sugiro que a mulherada deixe de depilar pernas e axilas e que acabem com as propagandas desse gênero, pra ver se esses mesmos homens que estão reclamando agora não vão nos chamar de nojentas e relaxadas tb. Se for assim ok. Quanta falta do que fazer. Além de peitoral deviam depilar o suvaco também, pois é NOJENTO SIM. Simples.
Gostei da máteria…gostei dos comentários. Opiniões divergentes é que geram debates, q por sua vez fazem as pessoas pensarem e constroem opiniões. Uma obs. q pode parecer tosca mas eu tive…é o fato dos padrões agora começarem a incomodar o masculino…já q o feminino convive com isso ha tantos anos. É isso aí mesmo…não tah fácil pra ngm rsrs.
homem lisinho , hummmm sei…
Gente, eu AMO HOMENS PELUDOS haha e, mesmo, assim, adorei a propaganta.
Eta povinho sem imaginação..
André,
Nada como a liberdade de expressão. Mas considero o conteúdo da propagando ofensiva, sim!!! aposto que vc tem o peito depiladinho e deve ter nojinho do seus pelos para fazer uma matéria tão ridículo (MUITO MAIS RIDÍCULA QUE A RECLAMAÇÃO JUNTO AO CONNAR).. enfim.. sua esposa aposto que gosta de um peito cabeludo.. pergunte a ela..
Acho que as mulheres deveriam processar também o Veet e outras empresas por falar que elas tem que raspar as pernas! hahahaha
Que palhaçada né!
Reportagem desnecessária… Tanto quanto a Gillete ao rotular homens peludos como nojentos. Quanto esse jornalista recebeu da citada empresa para escrever sandices? Grotesco!
Sou rokeiro e tenho cabelo comprido, eu perdi a oportunidade de processar muita gente quando passam novelas e propaganda onde os os rockeiros são tratados como burros e porcos? Não, não perdi meu tempo, não sou oportunista e tenho mais o que fazer.