Ou acabam as organizadas ou acaba o futebol
22/02/13 10:23Não interessa de que time é o “torcedor” que disparou o sinalizador que matou o menino Kevin, de 14 anos, em Oruro.
O que aconteceu lá poderia ter acontecido no Engenhão, no Mineirão, nos Aflitos, ou em qualquer estádio do país.
Reduzir o crime a um incidente isolado, ou culpar apenas um torcedor de uma determinada torcida organizada de um determinado time, não só é injusto, como imoral. O problema é geral.
A verdade é que o futebol, como nós o conhecemos, acabou. E a culpa é da violência nos estádios.
Já nos acostumamos a clássicos com uma torcida só, ou com a torcida visitante reduzida e espremida em um canto. Virou a regra.
Se você mora em São Paulo e tem um filho que começou a gostar de futebol agora, nunca – repito, NUNCA – poderá levá-lo para ver um clássico estadual como deveria ser, com o estádio dividido em dois e a emoção que só o futebol pode proporcionar.
De quem é a culpa? Só das organizadas? Claro que não. Todos são culpados: as organizadas, os clubes que as apóiam, a polícia que não as reprime, políticos que lhes devem favores, as federações que não as punem, os jogadores que lhes puxam o saco, e até os torcedores comuns, que cantam as músicas grotescas de louvor à violência.
Acabar com o poder das organizadas é necessário. Mas há vontade de fazer isso? Os clubes vão conseguir viver sem o apoio bélico desses torcedores profissionais? Os políticos terão coragem de ir contra essa massa que lhes dá votos?
Enquanto isso não acontece, os torcedores de verdade, aqueles que pagam ingresso, que gostam de seus times e querem levar seus filhos ao estádio com segurança, ficam reféns desses profissionais.
E assim vamos vivendo, tendo nossas liberdades individuais tolhidas diariamente. Já não podemos ir aos estádios. Se um cretino invade a apuração das escolas de samba e rasga envelopes, proíbe-se a entrada de torcedores. Como sempre, é mais fácil proibir que remediar.
Como acabar com as organizadas? Isso é tarefa para especialistas. Na Inglaterra, onde o problema era tão ruim quanto o nosso, deram um jeito. Acho que um bom começo seria cortar os benefícios delas, fichar os diretores, responsabilizar os clubes por atos de suas “torcidas”. E todos sabem da penetração de facções criminosas em diversas torcidas organizadas.
Mas a principal mudança teria de partir da sociedade: parar de enxergar esses grupos como “torcedores” e vê-los como o que são: profissionais dos estádios, para quem o futebol é só uma desculpa. Se o esporte mais popular do país fosse o críquete, estaríamos aqui discutindo a violência nos estádios de críquete. As organizadas gostam de futebol porque é onde arregimentam mais mão-de-obra, mais sócios. É um esquema empresarial.
Para finalizar: eu tenho uma filha pequena que gosta de futebol. Eu gostaria de levá-la a um clássico sem medo de levar um rojão na cara ou de apanhar na entrada do estádio. É pedir demais?
P.S.: Hoje, sexta, estarei sem acesso a Internet até o fim da tarde. Se o seu comentário demorar a aparecer, não me xingue, aguarde que, no fim da tarde, volto a moderá-los. Obrigado.
É isso aí, Barcinski. A gente, que paga para torcer, vai para o estádio com medo, quando vai. Há alguns anos, levei meu pai, que me ensinou a gostar do Maracanã, a um Flamengo e Vasco. O velho ficou apavorado e quase não entrou, porque nosso comitê de boas-vindas foi um bando com clavas, pronto para a luta. Eram vascaínos, mas poderiam ser rubro-negros. Estávamos sem a camisa do clube, é claro, outra proibição dos novos tempos, por isso sobrevivemos. Os estádios viraram espaços de gente que ganha para guerrear, depois ainda se discute por que estão tão vazios.
“Como sempre, é mais fácil proibir que remediar”. Foi isso mesmo que você quis dizer?
Lembro da frase de Millor Fernandes: “todo vascaíno tem o direito de assistir ao clássico no meio da torcida do flamengo”. É claro que ele se referia ao direito de expressão, mas é bem aplicável no contexto das organizadas “do crime”.
Andre,os acontecimentos com torcidas organizadas ,vem de tempos,torcida organizada não compra nem a camisa oficial do time,os diregentes tem culpa nisso,tem acabar,não pode afastar o torcedor ,as crianças,mulheres e idosos doestadio,eles sim dão retorno para o time,organizadas só servem para tumultuar.
Concordo com quase tudo o que você escreveu, mas não concordo em acabar simplesmente com as organizadas. Acho que até fere a liberdade de expressão, as pessoas devem ter o direito de se organizar. O que precisamos é copiar o que foi feito na Inglaterra. Por exemplo, lá se você invadir um campo de futebol, vai passar os próximos dois anos na cadeia, é rito sumário, não tem julgamento nada. Se adotassemos uma lei assim, acho que talvez as coisas pudessem mudar um pouquinho.
Acredito que esses documentários mostram um pouco a realidade do que você fala nesse post, André. Já assistiu? Se não, vale a pena.
Esse primeiro doc. sobre as organizadas da Argentina, e como estão alinhadas com polícia, governo entre outros. 70 euros por policial, veja essa cena depois reflita sobre o caso.
Documentário: Con Barras Bravas 2012. Jon Sistiaga:
http://www.youtube.com/watch?v=AA6f-l0dyBw
The Real Football Factories é um doc da espn sobre as organizadas no mundo inteiro. Esse episódio aborda as organizadas do Brasil. Só tem gente “boa”.
http://www.youtube.com/watch?v=5sP_P8Z8Pgg
Detalhe, frequento estádio há mais de 20 anos e só tenho saudades quando podia ir em clássico 50 mil, 60mil pra cada lado dividido por meia dúzia de policiais e uma corda.
Levar fogos de artifício, sinalizador a um estádio é muito. Levar a filha ou filho ao estádio seria muito melhor.
A tragédia em Santa Maria foi provocada entre outras estupidas razões pelo fogo lançado para cima e essa tragédia no estádio foi provocada pelo fogo lançado quase que na horizontal em direção ao público.
A paixão por um time não pode ser superior a vida de uma pessoa. É simples, basta querer.
Solução bem simples e prática: no lugar de tentar extinguir “a torcida organizada”, responsabilizar “o clube” e clamar pela conscientização “da sociedade” – todos entes abstratos e, como não poderia deixar de ser por estes trópicos, coletivos – o que se deveria fazer era responsabilizar INDIVIDUALMENTE os bandidos dessas facções e os dirigentes de clubes que as ajudam a financiar. CADEIA para CADA UM dos vagabundos, independente de medidas paralelas – muitas vezes cabíveis – contra a instituição, a organização etc. Mas é que isso não serve em país bananeiro…
Cada vez que há uma blitz em dias de grandes clássicos, a polícia encontra com esses nobres cidadãos das organizadas armas de fabricação caseira (às vezes, de fogo) e drogas. Muitas vezes, há confronto direto entre as facções rivais, com espancamentos, ferimentos e mortes. Rara vez a polícia faz algo de efetivo, em parte porque a lei favorece esses bandidos, não havendo dispositivos legais para prendê-los; em parte porque a polícia trabalha, pelo menos aqui em São Paulo, sim, com “seleção de bandidos” a serem encarcerados. Explico: se os oficiais fossem prender, sob a égide da lei, cada um dos bandidos com os quais eles se deparam todos os dias, não haveria onde colocar toda essa gente. Neste sentido, quando uma turba com centenas desses integrantes das “torcidas” agem criminosamente ao mesmo tempo, o que a polícia faz é, na medida do possível, fazer cessar o confronto, apreender as armas, segurar esses caras por algumas horas na delegacia para, em seguida, soltá-los, sem que haja maiores conseqüências. A prisão mesmo de um criminoso fica para aqueles casos mais graves de homicídio, seqüestro, tráfico, sempre que o sujeito seja pego em flagrante.
De qualquer forma, volto ao ponto: o certo é pegar CADA UM dos bandidos, puní-lo e processá-lo individualmente, seja o “mano” da organizada, seja o dirigente que dá dinheiro do clube para a facção. Punir “o clube” é dar, mais uma vez, o velho recado: “aí, ‘presida’, você faça o que quiser no clube, o responsável não será você mesmo”. Utopia: imaginem se um dia são mandados para a cadeia – e mantidos lá até o fim do processo – de uma vez só, os presidentes dos grandes clubes, responsabilizados por mancomunação com as organizadas. O impacto e o efeito seriam tremendos, a ponto de os futuros dirigentes ficarem com um pé atrás antes de roubarem dinheiro dos clubes para dividi-lo com seus pares uniformizados.
Tentou-se várias vezes acabar com as organizadas. Não funcionou. Eles dão um jeitinho e voltam. Mesmo extinguida a instituição, nada impede que centenas de bandidos se unam para ir juntos ao estádio. Por isso, a responsabilização individual é importante: cem criminosos soltos vão juntos a um estádio, mesmo com a uniformizada “extinta”; cem criminosos presos não vão a lugar nenhum, existindo sua entidade de origem ou não.
O argumento é muito bom, principalmente porque tem a ressalva “…independente de medidas paralelas – muitas vezes cabíveis – contra a instituição, a organização etc”. Ou seja, a punição do clube ou da torcida não exclui a punicão individual do sujeito que comete o delito. É isso aí.
Eu sou Corinthiano e estou de acordo com a decisão. O Clube vai pagar pela atrocidade cometida por esses torcedores que sustenta, paga passagens e ingressos. Esses caras, não fazem nada na vida, a profissão deles é assistir aos jogos do Corinthians.
Discordo de vc em um ponto: acho que o lamentável comportamento das torcidas organizadas é uma consequência do declínio do futebol, e não a sua causa. O que não é desculpa pra nenhuma estupidez que cometeram nos últimos anos nem afasta o dever de baní-las. Não vão fazer nenhuma falta. Já ficou sem graça a “festa” nas arquibancadas. É preparado demais, perdeu a espontaneidade. Cantar os 90 minutos “pra apoiar o time” é uma coisa forçada. Nunca existiu partida de futebol que fosse empolgante o tempo todo. O jogo sempre fica mais devagar em algum momento, isso é uma característica do futebol. E mesmo nessa hora tá lá um bando de otário berrando e pulando como se tivesse acabado de sair o gol do Basílio em 77. Não faz o menor sentido. Ódio ao futebol moderno a às torcidas organizadas.
Ah, tá. Futebol ruim leva as pessoas a se estapearem. Se fosse assim,o campeonato austríaco seria uma pancadaria só.
Ah, tá. Briga de torcida faz o time jogar mal. Se fosse assim, o campeonato brasileiro seria pior que o austríaco.
Não era esse o ponto. Ou eu não te entendi ou vc não me entendeu.
Campeonato austríaco foi um bom exemplo…huahuahuahuahua
kkkkk. Boa!
Típica opinião de quem não frequenta estádio, torcedor de poltrona. Muito fácil generalizar torcedor organizado como marginal. Se fosse um frequentador saberia muito bem que a violência dentro dos estádios acabou há muito tempo.
Frequento estádio desde 1978 e nunca entrei sem pagar em um estádio. Pare de tapar o sol com a peneira. De que adianta não ter briga dentro se tem morte no entorno e torcida visitante inexistente ou minúscula?
André, parabéns pelo texto, muito bacana, e seria coincidência que os grandes tumultos em competições sul-americanas tivessem o envolvimento de clubes brasileiros???? (agressão do Elano do Grêmio ao árbitro, final da Sul-Americana e o rojão de Oruro) e imagino que quando o caso esfriar, o tal “efeito suspensivo” entrará em ação novamente…
Sou corinthiano e achei pouco a punição. Acho que o clube devia ser tirado dessa Libertadores. Pô, ficou sem clima demais continuar na competição. Até dar um giro pela América do Sul ficou tenso. Imagina ir por aí com a camisa do Corinthians e ter que ouvir: “Assassinos”.
O presidente perguntou se achamos justo punir o clube. Respondo:
SIM, PRESIDENTE. ACHO JUSTO.
1- Existe e sempre existiu apoio da MAIORIA DOS CLUBES (não só o Corinthians), seja financeiro, político, moral, etc..a essas facções que servem de disfarce para muitos bandidos. Se você faz parte dessas facções, e não for um bandido, é um apoiador de um grupo que esconde e protege bandidos, que nunca fizeram nada de eficaz para erradicar essa bandidagem dessas uniformizadas. Portanto, é um CÚMPLICE.
2- o torcedor é a razão da existência de um time de futebol, seu público apaixonado é o maior patrimônio dos clubes. Sei que os bandidos são uma pequena parcela, que a grande maioria são de pessoas de bem (eu me considero uma pessoa de bem), mas essas pessoas estão sendo a cada dia excluídas dos estádios por esses bandidos, um grupo cada vez maior e mais barulhento, e mais agressivo, e mais badalado como “o povo” das arquibancadas. Infelizmente em ocasiões como essa, de extremos, de morte de um garoto inocente que só queria ver o time do coração jogar contra o campeão do mundo, os bons acabam pagando pelas atitudes dos pucos ruins. E não tem outro jeito. Os responsáveis diretos tem que ser presos, e banidos dos estádios. Mas esse é um fato extremo, que requer medidas extremas.
ESSES MONSTROS, QUE SÃO POUCOS, MAS QUE FAZEM TODA DIFERENÇA, SÃO CRIAS DOS SEUS ANTECESSORES, E NUNCA VI NENHUMA MEDIDA EFICAZ TOMADA PELA SUA DIRETORIA PARA ACABAR COM ESSA VERGONHA.
Por isso, ACHO JUSTO.
Eu ia muito ao Pacaembú no início dos anos 90. Nunca me filiei nem convivi com torcida organiza. Quando explodiu a violência em meados daquela década, parei de frequentar.
De 2008 para cá voltei a ser torcedor de estádio. Melhorou muito, quase tudo. Não presenciei situações de violência NO estádio do Pacaembú em jogos do Corinthians (fui a TODOS desde o primeiro da segunda divisão).
Fora do estádio (bem longe na verdade) soube que houve sim confronto em dia de clássico. Na minha opinião torcida organizada e escola de samba deveriam deixar de existir (note-se : não disse proibir). Eu sei a que se prestam de verdade e em nada contribuem para a sociedade.
A violência no estádio, contudo, não é fruto inequívoco da organizada. É apenas mais uma seara onde se materializam mudanças na sociedade. Antigamente as pessoas comportavam-se menos violentamente, havia mais formalidade e respeito.
Diversos fatores alteram a maneira das pessoas interagirem com seus semelhantes e uma das consequências é que, hoje em dia, existe uma cultura ampla de violência que antes estava restrita a nichos.
Reparem : na maioria dos casos, quando agressores, como os de Oruro (e condutores bêbados causadores de mortes em acidentes, adolescentes agressores de homossexuais na Av.Paulista, etc), se manifestam publicamente, não há “remorso” ou “arrependimento”, não há lamento pela(s) vida(s) que se perdeu.
Deles só se percebe a angústia “da casa ter caído”. De terem se envolvido numa encrenca. De terem sido pegos.
Vivemos em guerra, pois a natureza humana cada vez mais soçobra das profundezas que séculos de controle social tentou relegar.
Parabens Decio,seu comentário foi corretíssimo.Esse é o mundo que vivemos e o Brasil está muito presente neste contexto.Educação zero,povo sem perspectiva.
Realmente, se começassem também a punir os times de uma maneira séria, como a eliminação da Libertadores, os torcedores se sentiriam mais responsáveis pelas suas atitudes dentro do estádio. Atirou objeto no campo? O próximo jogo será de portões fechados. Houve briga e fatalidade? Eliminação no campeonato. Fui no Engenhão recentemente e fiquei feliz de ver muitos bebês presentes no estádio. Entretanto, para adultos que ainda se portam como crianças, a punição deve respingar no que ele mais preza, que é o seu time.
Justamente.
Vc está correto e da sua inferência podemos concluir : vivemos uma crise de valores. Se nesta sociedade “o que ele mais preza é o seu time”, prefiro não participar.
Independente de qualquer paixão ou fervor (religioso, esportivo, político, etc), o valor predominante deveria ser a vida e a integridade física e moral do semelhante.
A completa e estúpida inversão destes valores inviabiliza esta sociedade.
Melhor que morram todos mesmo.
“Houve briga e fatalidade? Eliminação no campeonato.”
Não sei. Pense: Time Abacate em vias de perder o campeonato pro time Abóbora. Ai a torcida Abacate escolhe uns três infelizes, veste camisas Abacate neles, se veste de Abóbora e espanca e mata os coitados. Eliminação do time Abóbora por conta da atitude violenta de “sua torcida”, taça pro time Abacate.
E ai?
E você só escreveu abobrinha…
Não acredito que o fim das organizadas vai acabar com a violência. Os bandidos vão continuar agindo com ou sem a existência da organização. Para acabar com o problema devem ser tomadas medidas de prevenção e punição aos VERDADEIROS responsáveis, e não ao torcedor que curte tomar uma cerveja assistindo futebol. A polícia sabe muito bem quem são estes responsáveis, e também sabe onde costumam acontecer os encontros. Porém, nada é feito!!!
seria interessante se alguem fizesse uma reportagem investigando quem são essas pessoas que podem se dar ao luxo de viajar pelo mundo atrás de seu time. de onde vem o dinheiro das viagens? do que elas vivem? aparentemente não trabalham, pois um trabalhador comum não poderia viajar até a Bolivia numa quarta feira útil.
Cara, eu sempre penso nisso. Vi uma fila para compra de ingressos que durou 3 dias (é ao lado do meu trabalho), durante a semana, com barraquinhas de camping, isopor com cerveja e tudo.
Existem algumas ocupações que são flexíveis e permitem a um indivíduo, mesmo com pouca instrução, faturar muita grana em pouco tempo… o tráfico de drogas certamente é uma delas
e contrabando de armas.
Há coisas que poucos torcedores comuns sabem. Por exemplo: TODAS as torcidas organizadas sabem endereço e telefone de TODOS os jogadores e dirigentes. Ligam para eles quando precisam de “contribuições” para viagens e para as escolas de samba – estas, verdadeiras lavanderias de dinheiro. Desnecessário dizer que essas contribuições são divididas, metade para a finalidade original, metade para o bolso dos líderes de torcida.
Mais: Há alguns anos, um time grande de SP queria se livrar de um certo jogador, que não queria sair. Fizeram um acordinho com uma organizada, que cercou o carro o jogador e lhe deu uns safanões. No dia seguinte ele assinava sua rescisão.
Sim, isso é verdade. Já vi torcedor do Flu recebendo ligação de um jogador de dentro do vestiário, na arquibancada.
André Veiga,
Esse jogador foi parar no Flamengo e é conhecido como “artilheiro do amor”?
Não, era um lateral esquerdo muito ruim que se achava melhor que o Roberto Carlos
Gostaria que essa punição fosse realmente aplicada, abriria um precedente importante, quem sabe assim, depois do prejuízo, uma eliminação, o resto da torcida não forçasse os dirigentes a limarem a organizada do futebol, mas, sempre tem o mas, já vejo a pressão nos bastidores da Globo, patrocinadores, políticos e etc. Vai ficar como está, ah, tem até gente importante no Uol dizendo dizendo que o cara talvez nem seja da torcida, pode ser um infiltrado. Tem muita gente com rabo preso.
No mundo do futebol circula uma grana pesada. Será que ninguém teve a idéia de contratar os responsáveis pela melhora da situação na Inglaterra para darem consultoria no Brasil…? Já que não temos soluções própria mesmo, o negócio é pagar bem os idealizadores do projeto britânico para nos assessorar. Não tem problema que as situações sejam distintas, pode ser o começo, pode gerar discussões e idéias mais apropriadas para a nossa realidade. Não precisam vir para resolver, mas para auxiliar.
Na Argentina, resolveram contratar o mesmo homem que “limpou” o futebol Inglês, um tal Taylor, cujo primeiro nome não me recordo. Este senhor ficou na Argentina durante um mês. Desistiu. Pediu as contas. Sua explicação foi simples:
“Na Inglaterra minha missão era apenas enfrentar deliquentes e marginais. Aqui eu teria que enfrentar dirigentes esportivos, policiais, juízes, prefeitos e diversas outras autoridades, todas envolvidas até o pescoço”
Triste realidade na America Latrina
Diz que o Boca tem uma torcida chamada “La 12” que manda em um pedaço do estádio, no time e na diretoria… parece que nem a polícia tem acesso ao tal pedaço do estádio.
LA 12 comanda todo os esquema de estacionamento – leia-se flanelinhas – em torno do estádio, bem como todo o sistema de ônibus para os torcedores que querem viajar. Elegem deputados, prefeitos e comandam juízes.
Essa é a America do Sul,com seus presidentes populistas e corruptos.
Vixe, Maria!!
Imagino que seja este Lorde Taylor de Gosforth, que desenvolveu o Relatório Taylor. Curioso ver que na Argentina como no Brasil a corrupção é endêmica. A questão é que tem muita gente ganhando dinheiro com isso de inúmeras formas e por isso é complicado mexer neste vespeiro.
André,
sou corinthiano e estou profundamente triste com o que aconteceu. Refletindo melhor, o que o Corinthians tem a fazer – apesar do absurdo prejuízo financeiro que terá (e já está tendo com a punição de jogar com portões fechados) – é retirar-se deste torneio. Não há mais clima para jogo. Por um criminoso de torcida organizada, pagam todos: o clube e os torcedores de bem que amam o time. A melhor homenagem que o clube pode prestar à morte desta criança não é usar fita preta no braço ou faixas com o nome da criança, é abandonar este campeonato.
Espero que este maldito torcedor/bandido seja identificado, preso, punido e permaneça na Bolívia por uns 20 anos encarcerado na pior cadeia. Nada poderá pagar a morte deste menino.
Finalmente a torcida do Corinthians conseguiu prejudicar de verdade o time e agora espero que o clube faça algo e pare de patrocinar facção criminosa fantasiada de torcedores.
Por falar em futebol…
Não sabia da história do Blackmore e lí ontem no Whiplash.
http://whiplash.net/materias/humor/105947-icedearth.html
CARA, VOCÊ É MEU HEROI!!!!!
ahahahaha sério isso?
Isso é verdade mesmo??….Barça, isso merece um filme!…Ahahhaah, você é doidão.
Concordo com você André. No final da década de 80 fui de uma torcida organizada. Era apenas um bando de amigos preocupado em balançar bandeiras, jogar papel picado e papel higiênico gritando o nome do time. Hoje em dia as “canções” das organizadas falam mais de violência e do nome do grupo do que propriamente do time que deveriam estar torcendo. Hoje em dia vou ao estádio e meu lugar é o mais distante possível da organizada.
É a pura verdade. Meu menino vive me pedindo para levá-lo para ver o clássico mineiro, mas confesso que não tenho coragem, temo pelo pior.
Punicao de estadio fechado naz faz sentido. Deveriam excluir o time da competição (por darem cobertura a esses torcedores. e todo mundo sabe que é assim que funciona); e indiciar criminalmente os reponsaveis.
Perfeito, Barça! Se me permite, gostaria de repostar minha mensagem nesse espaço mais adequado para essa discussão, caso alguém se interesse em debater:
Acho que a punição sofrida pelo Corinthians (jogos com portas fechadas – um prejuízo multimilionario) mais do que justa (foi até pouco), e espero (mas não acredito) que sirva de exemplo para no mínimo gerar uma boa reflexão e verdadeiras atitudes para que se acabe com a barbárie movida por futebol. E sou corinthiano. Mas o que me incomoda muito, e me deixa ainda mais desesperançoso são mensagens nas redes sociais e outras mídias com “pedidos” de punições movidas apenas por paixão e ódio clubistico, de pessoas “sem coração” que se aproveitam de uma tragédia, que deveria ser mais levada a serio por todos, para fazer uma provocação de torcedor…
E digo mais: como corinthiano, mas dizendo aqui sem nenhuma paixão clubística, não acharia nenhum absurdo (ainda não consegui formar uma opinião conclusiva) se o Corinthians fosse excluído da competição e até mesmo suspenso por mais um ano…
O problema é que esse tipo de tragédia acontece quase todo fim de semana, promovidas por “torcedores” de futebol, e nunca vimos tanto espanto de tanta gente. Para mim existem duas possibilidades de análise: a primeira, otimista, a de que finalmente as pessoas estão tomando consciência de que não se pode aceitar a violência e a bandidagem disfarçada de torcedores; e a segunda, realista, de que estão apenas se aproveitando de um triste episódio que aconteceu num jogo do Corinthians, time que o brasileiro não corinthiano “ama odiar”, pra fazer provocações baixas…
e me incomoda MUITO também as mensagens de corinthianos tentando justificar o injustificável, de defender o indefensãvel, apenas por ser um do “bando de loucos”…
Olha, Cesar, eu fiz questão de não citar o time, até porque o problema é generalizado. Não dá pra tratar isso como briga clubística.
sim, André, parabéns pela análise imparcial e realista.
César, concordo em partes, mas o principal para inibir isso é o que foi feito na Bolívia: Quem foi o responsável por isso foi detido!
aqui no Brasil a polícia é extremamente conivente! temos imagens da televisão, mostram quem fez o que, a polícia TEM que punir essas pessoas.
punir o clube é bom pois faz o clube tomar medidas para evitar isso. Mas o torcedor que vai cometer um delito não se sente tão punido com um jogo sem torcida… ele se sentiria punido se fosse para a cadeia, cumprisse pena alternativa, etc…
isso resolve o problema do “as pessoas se juntam e vão para o estádio”. Se vão para cometer crimes, vão ser presas. Aí sim as pessoas começariam a pensar melhor antes de fazer essas m%*($
Paulo, eu acho justo punir o clube, primeiro pelo histórico apoio, financeiro e moral, dos clubes à essas facções (nunca chamo isso de torcida). E segundo, porque o torcedor é a razão da existência de um time de futebol, seu público apaixonado é o maior patrimônio dos clubes. Sei que os bandidos são uma pequena parcela, que a grande maioria são de pessoas de bem (eu me considero uma pessoa de bem), mas essas pessoas estão sendo a cada dia excluídas dos estádios por esses bandidos, um grupo cada vez maior e mais barulhento, e mais agressivo, e mais badalado como “o povo” das arquibancadas. Infelizmente em ocasiões como essa, de extremos, de morte de um garoto inocente que só queria ver o time do coração jogar contra o campeão do mundo, os bons acabam pagando pelas atitudes dos pucos ruins. E não tem outro jeito. Os responsáveis diretos tem que ser presos, e banidos dos estádios. Mas esse é um fato extremo, que requer medidas extremas.
César sobre “time que o brasileiro não corinthiano “ama odiar”, pra fazer provocações baixas”…Isso acontece da mesma forma quando é com Palmeiras, São Paulo ou Santos…O que me irrita nos corinthianos é essa mania de achar que todos não corintianos odeiam Corinthians e se agem como vítimas. Todos não São Paulinos odeiam São Paulo, todos não palmeirense odeiam Palmeiras, todos não santistas odeiam Santos.
Lino, não me acho vítima, concordo que aconteceria com qualquer outro time, e seria uma vergonha do mesmo jeito. O que eu disse que o Corinthians é o time que o brasileiro não corinthiano “ama odiar” não é nenhuma mentira. Não vou entrar em discussão clubística aqui com você. Não insista. Mas não falei nenhuma mentira.
Só p/ deixar claro, não te chamei de mentiroso, expandi seu mundo.
abs
Puxa vida, Lino. Me sinto outra pessoa agora, com horizontes mais abertos, agora sim sou uma pessoa melhor! Muito obrigado!
O futebol hoje envolve muito (muito mesmo) dinheiro e a melhor forma de punir e fazer com que comecem alguma ação é mexendo no bolso desse povo. Se houvesse alguem com culhões para extinguir, acabar mesmo com as organizadas, esse torcedores profissionais perderiam parte de sua renda. E no caso desse episodio em especial, se tirassem realmente a torcida do estádio e proibissem a transmissão do jogo via tv, com certeza o clube perderia os direitos de imagem que teria a receber e passaria a lidar com esses marginais de outra forma. Att.
Não concordo André. Você está generalizando e sem as organizadas, a média de público cairia vertiginosamente, pois o brasileiro médio quer o conforto de sua poltrona e não viver de verdade. Além disso, a proibição é muito complexa, pois mesmo sendo banidas, os caras podem se juntar e ir ao estádio como um grupo de amigos.
Mentira. Nos anos 80 os estádios enchiam bem mais. Eles não enchem justamente porque ninguém é louco de ir mais.
Lá por 79, 80, eu, com 10, 11 anos, ia aos jogos do São Paulo com mais uns 5 moleques mais ou menos da mesma idade e só um adulto responsável. Numa boa. Com camiseta do clube e tudo. Nunca sofremos ou presenciamos qualquer agressão. E o Pacaembu e Morumbi, sempre cheios.
eu mesmo sempre fui a estádios, passei toda minha infância e adolescência frequentando estádios. E hoje simplesmente ME RECUSO a entrar em um estádio devido ao tratamento de gado que temos pelos organizadores e PRINCIPALMENTE pela presença desses bandidos travestidos de torcedores uniformizados.
é impossivel ir num estadio hoje. Fora o desconforto, a sensação de medo é constante. Levar uma criança? Loucura.
Concordo com o blogueiro. Antigamente qualquer Corinthians X Ferroviária ou sei lá, Flamengo X Madureira dava 40, 50 mil pessoas por um jogo que não valia nada… pesquisa em fichas técnicas de jogos dos anos 80 e verás…
David, tenha certeza de uma coisa: esses caras não são amigos, eles são um bando que se acham organizados… já tive a infelicidade de voltar do estádio com esses caras em ônibus público e a única coisa que eles comentavam era: onde encontrar os São Paulinos e quantos cada um ia “derrubar”…
Viu essa nota, Andre?
http://blogdopaulinho.wordpress.com/2013/02/22/dirigentes-do-corinthians-podem-ter-colocado-sinalizadores-para-dentro-do-estadio-boliviano/
Li a nota. É forte, mas não tem nenhuma informação concreta, me parece mais “achismo”. Mas precisa ser investigada, claro.
André e Leandro, esse “jornalista” costuma praticar o achismo com uma certa frequência. Recomendo apurar bem a informação…
Se for verdade a coisa é séria. Mas como é a conmebol que manda, umas das confederações mais incompentente do planeta, no máximo que vai acontecer é o clube perder os pontos ou fechar os portões.
Eu acho que no final não vai acontecer nenhuma das alternativas!!!! No máximo o Corinthians vai levar uma multa e pode até ser que o culpado apareça…
Mas parece que já foi punido, portões fechados. Vai ser a maior alegria da globo, audiência vai disparar.
Barcinski,
Em 1995, após incidentes que mataram um torcedor do Palmeiras no CAMPO do Pacaembu, fizeram um jogo que batizaram “Clássico da Paz” entre Corinthians X Palmeiras – válido pelo Brasileiro daquele ano.
Fora do estádio, tanto gaviões quanto mancha, juntas, ficavam balançando bandeiras, fazendo batuque e fingindo serem amigos.
No estádio a mesma palhaçada, um do lado do outro cantavam juntas. A falsidade era tão grande que só faltava os corintianos da uniformizada gritar gol quando o Palmeiras fez…
Eu não acredito nesses caras. Eles não vão para torcer, para eles o resultado do jogo pouco importa. Aliás, o jogo não importa. Eles se sentem donos dos times e os times estão na mão deles…
Gostaria de saber se Gaviões, Mancha, Independente, Jovem + as do Rio + as de MG, RS… pagam para os clubes os direitos de poder usar o escudo e o nome do clube em produtos que eles comercializam?
Vai você lançar uma camisa do Flu em comemoração ao 100º gol do Fred e ver o que acontece…
Sou Corintiano e acho que o meu clube deve ser punido sim. Aliás, já achava que deveríamos ser punidos em 2006, quando fomos eliminados pelo River Plate e a torcida quase quebrou o Pacaembu…
E também tenho pra mim que a manutenção das organizadas de certa forma é interessante para a TV, pois quanto menos gente indo pras arquibancadas com medo da violência, mais gente assistindo jogo pela Globo, assinando TV a cabo, comprando pacote de PPV…
Também penso nesse sentido, para os clubes também é interessante já que grande parte deles têm sua maior fonte de arrecadação proveniente dos direitos de transmissão.
Boa…
Vai ver que é por isso.
Quando será que os dirigentes serão eleitos pelo voto direto de TODOS OS SÓCIOS?