Por que a Nouvelle Vague importa
26/02/13 07:05Se você quer conhecer mais sobre a Nouvelle Vague e entender por que foi um dos movimentos mais radicais e influentes do cinema, não perca o documentário “Godard, Truffaut e a Nouvelle Vague”, que o Telecine Cult exibe hoje, às 22h.
O filme conta, por meio de imagens de arquivo, a trajetória dos dois maiores expoentes do cinema francês dos anos 60, François Truffaut e Jean-Luc Godard, e relata a amizade que os uniu e as brigas que acabaram por separá-los para sempre.
Truffaut, Godard e mais uma penca de diretores talentosos – Claude Chabrol, Agnès Varda, Eric Rohmer e Jacques Rivette, Alain Resnais, entre outros – injetaram ânimo, inconformismo e liberdade criativa no cinema, enfrentando a banalidade do cinemão comercial e propondo novas formas de filmar.
A turma surgiu entre o fim dos anos 50 e o início dos 60, com filmes esteticamente inovadores e tematicamente radicais, como “Acossado” e “O Desprezo”, de Godard, “Os Incompreendidos” e “Jules e Jim”, de Truffaut, “Nas Garras do Vício”, de Chabrol, e “Cléo de 5 às 7”, de Varda.
Vários cineastas da Nouvelle Vague escreveram críticas de filmes para a revista “Cahiers du Cinéma”. Eles idolatravam o Neorrealismo Italiano e a época de ouro do cinema de Hollywood, especialmente diretores como Orson Welles, Howard Hawks, John Ford, e rebeldes como Samuel Fuller e Nicholas Ray.
A década de 60 foi um período de intensos debates estéticos, políticos e sociais. E o documentário mostra como Godard e Truffaut acabaram se vendo em campos opostos da batalha.
Godard era um iconoclasta e inconformado; Truffaut tinha um gênio mais pacífico e tolerante. E os dois, que no início de suas carreiras foram os maiores defensores do cinema do outro, terminaram brigados e nunca fizeram as pazes (Truffaut morreu em 1984).
O filme tem imagens de arquivo raras e que hoje parecem até ingênuas, ao mostrar jovens artistas que realmente acreditavam que podiam mudar o mundo com o cinema. Todo o radicalismo e espírito de combate da Nouvelle Vague hoje parecem peça de museu, totalmente fora de sintonia com o cinema contemporâneo.
E se a história da Nouvelle Vague é empolgante e os trechos de filmes selecionados são capazes de nos fazer correr à locadora ou ao torrent mais próximo – não ao cineclube, infelizmente – para assistir a alguns dos grandes filmes da época, ver o documentário deixa uma ponta de melancolia por um cinema que já significou mais para as pessoas.
Youre so cool! I dont suppose Ive read anything like this before. So nice to come across somebody with some original thoughts on this subject. realy thank you for beginning this up. this web-site is something that’s required on the web, somebody having a small originality. beneficial job for bringing some thing new to the world wide web!
christian louboutin outlet