O dia em que o taxista perdeu a cabeça
05/03/13 07:05Foi o assunto da semana na cidade: “O quê? Você não soube? O M. tá em cana, bateu em duas mulheres!”
Parecia mentira. M. é um taxista, muito conhecido e querido na cidade. Parece um sujeito calmo. Nunca o vi levantando a voz ou discutindo com alguém. Era difícil acreditar que ele havia batido em duas mulheres. Simplesmente não combinava com sua imagem.
Os detalhes do caso foram surgindo. E foi outro taxista, companheiro de M. no ponto de táxi, que me contou como tudo aconteceu.
Segundo ele, M. estava tomando café em um bar, quando viu as duas mulheres. Ele já as conhecia. Aliás, a cidade toda conhece as duas.
Há pelo menos três anos, as duas mulheres cumprem o mesmo ritual: chegam à cidade de manhã, acompanhadas dos respectivos filhos, dois meninos que não têm mais de dez anos de idade.
Elas vão para o bar, enquanto os filhos passam a tarde toda vendendo doces e balas na cidade. No fim da tarde, as mães recolhem o dinheiro arrecadado pelos meninos, pagam a conta das inúmeras cervejas que tomaram no bar, e voltam para casa com os meninos.
Todo mundo já sacou a história. Inclusive a polícia, que alertou as mulheres diversas vezes sobre as consequências de exploração de trabalho infantil. Mas o caso é complicado. Os meninos não acusam as mães, claro, e as autoridades locais não têm o que fazer.
Segundo o pessoal do ponto de táxi, M. sempre foi revoltado com a exploração das crianças e vivia discutindo com as mulheres. Até que, um dia, viu uma das mães reclamando com o filho que a grana arrecadada naquele dia não tinha sido suficiente.
“Foi uma coisa de cinema”, me disse o taxista, amigo de M.: “A mulher bateu na criança. Daí o M. ficou roxo que nem uma beterraba, entrou no bar e começou a bater nas duas. Estava fora de controle. Parecia coisa de desenho animado, ele até bateu a cabeça de uma na cabeça da outra!”
A polícia chegou e levou M. para a delegacia, mas ele não ficou lá por muito tempo. As mulheres foram embora e não prestaram queixa, certamente para não chamar atenção para a exploração de seus filhos.
Claro que não dá para aprovar a atitude de M. Mas espero que o incidente sirva, ao menos, para que as mulheres parem de explorar as crianças.
Posso viver 200 anos que nunca vou entender como alguém pode explorar, agredir, humilhar e descuidar do próprio filho… Amar, tratar, limpar, proteger e educar um filho é coisa que qualquer um pode fazer, independentemente de ser rico ou pobre. Nenhuma justificativa no mundo acoberta a exploração infantil. Note que explorar é diferente de contar com o trabalho do filho para ajudar em casa. Embora isso não seja nem de longe o ideal, quando eu era criança via outros meninos trabalhando para ajudar os pais. Quem nunca viu um pequeno engraxate, um vendedor de picolé, um embalador de compras, não morou no Brasil. Nenhum desses meninos se desvirtuou por causa disso. Trabalhar não mata ninguém, mas pedir esmola para mães vadias encherem a lata acabará por matar o futuro dessas crianças aí do texto. O mau exemplo arregaça com tudo.
Olá, André. Me lembra Falling Down. É isso! O taxista virou um tipo de William Foster! Pra concordar não dá, tá certo. O ruim é que dá pra entender.
Não devemos dar dinheiro às crianças porque ficam mal acostumadas, não estudam, além da questão da exploração de seus pais e outros. Com isso, elas também ficam cada vez mais traumatizadas em receberem tantas negativas na vida, as vezes até respostas muito brutas que já constatei de outros carros. Tudo issso, traz muita desesperança, qual a probabilidade delas não se tornarem criminosas no futuro?
Até na minha cidade que tem 600 mil habitantes tem essas mulheres que nem consigo chamar de mãe. Mãe não faz isso com o filho.
Resumidamente: é dever de qualquer adulto capaz comunicar o fato às autoridades, independentemente dos menores. Por autoridade aqui: polícia, Ministério Público ou Vara da Infância e da Juventude.
Mas as autoridades sabem.
Discordo da conclusão do texto. Dá SIM para aprovar a atitude de M.
Barça, só aproveitando o post aqui pra comentar que ontem assisti Project Nim e dizer que o filme deixa a gente com uma sensação estranha, não tão triste como Dear Zachary, mas um certo incômodo, porque nos faz pensar não somente no chimpanzé, mas nas pessoas envolvidas no projeto. Todos os rostos são tristes, de fracasso e abandono. Muito, muito interessante. A cena em que o cara que melhor cuidou dele o reencontrando e o Nim fazendo o sinal de “brincar”… Excelente documentário.
“Claro que não dá pra aprovar a atitude de M.”? Ora, claro que dá…e muito. Aliás, esse tipo de atitude é exemplo. Barcinski PC?
Cara, desde quando bater em alguém, especialmente em mulher, pode ser um exemplo?
Uma vez estava na feira de artesanato, que acontece aos domingosaqui em Manaus, na Av. Eduardo Ribeiro, numa barraquinha que vende comidas, quando apareceram duas crianças pedindo comida. Havia um senhor na mesa ao lado que ofereceu pra comprar um prato pras duas crianças. Ele começou a conversar e perguntou onde estava a mãe deles. Tava numa praça ali perto. O senhor disse pra que eles chamassem a mãe pra que ela pegasse junto com os meninos duas marmitas de comida. Os meninos foram e voltaram com a mãe. Foi quando o senhor gentil se identificou como policial civil e deu voz de prisão para mãe por explorar as crianças.
O dono da barraca disse que os meninos iam pedir comida enquanto ela ficava na praca deitada nos bancos, esperando por eles.
Eu sou contra a violência, mas posso entender perfeitamente o sentimento desse motorista – afinal, esse negócio de ver as coisas erradas acontecendo, e nenhuma das nossas “otoridades competentes” tomar uma atitude para combater o problema é exasperante – principalmente, quando envolve gente safada como essas “mães”. Tá todo mundo no limite…
Lá onde trabalho, pais e parentes diversos colocavam crianças a beira das rodovias para “sensibilizar” motoristas e nesse estado de mendicância, as crianças (algumas menores de 5 anos) arrecadarem mais esmolas.
Após conversas com o MP, Conselho Tutelar, Justiça e Polícia Civil, estabelecemos a seguinte estratégia:
maiores (pais ou não) encaminhados para a Delegacia de Polícia por maus tratos. art. 136 do CP, visto que essas crianças ficavam sob forte sol, a beira de uma rodovia federal correndo risco de serem, no mínimo, atropeladas. Crianças encaminhadas para o conselho tutelar. Fizemos antes, durante 15 dias, um trabalho de concientização levantando dados sobre essas pessoas (descobrimos que a totalidade delas já recebiam benefícios sociais como bolsa família e bolsa escola) e quando começamos a realmente fiscalizar só precisamos fazer três encaminhamentos. Hoje o problema não existe, mas tem que estar sempre fiscalizando. Se afrouxar, volta tudo como era antes.
O taxista M. merece nosso profundo respeito e admiração. Parabéns pela atitude.
Infelizmente elas irão explorar os meninos em outro lugar.
Aqui em São Paulo, em uma das pequenas praças que circundam o parque do Ibirapuera, tem uma mãe que faz a mesma coisa com dois guris que não passam dos dez anos. Ele fica deitadona de baixo das árvores e os guris no sinal vendendo balas…o mais impressionante, foi o dia que vi essa mãe, reclamando que os guris estavam tentando se esconder do Sol absurdo daquele dia em uma sombra afastados do sinal…nesse momento de revolta que eu tive, penso no Motorista M, e entendo sua atitude (gostaria de fazer o mesmo). Mas tenho certeza que não é o melhor caminho, pq na verdade, vc está expondo as crianças…acho que a denuncia ao poder publico é a melhor via de solução. Mas minha pergunta barça: O ser humano, por mais incauto e insensível que seja, não proteger sua prole, beira ao absurdo, o absurdo de vida sem sentido…tem remédio, a raça humana??
Tem um menino no semáforo que sempre fica vendendo os doces dele. No caso quem fica de olho é a avó. Outro dia chamei ela de canto e disse: “Ele estuda também?” Ela: “Sim.” “E a senhora, além de olha, o que faz?”. “Tenho meu comércio aqui, vendo umas balinhas também”. Achei justo… sempre ajudo o menino, ajudo para ele comprar material de escola e brinquedo. Quando ele compra, sempre me mostra o que comprou com o dinheiro.
Barça, OT:
Já escutou The Strypes e o Dance à La Plague?
A chapa esta quente tem gente calma e ou aparentemente controlada andando no limiar do inflamavel dia apos dia.
Ótimo comentário! É bem por aí mesmo…
Isso mesmo Paulo, dia desses um entregador de gás quase me agrediu porque achou que soltei de propósito meu cachorro para mordê-lo, na vila onde moro. Detalhe: meu cachorro tem apenas 10 kgs! Ele veio para cima de mim e por pouco não fomos às vias de fato. Fiquei com a impressão de que o cara estava no limite, esperando uma oportunidade para explodir. E o pior é que eu também estou no limite, aí já viu…
Esses dias o gari que recolhe o lixo da minha casa ficou irritado com o meu cachorro no portão latindo e fazendo barulho e em vez de levar o lixo embora jogou o saco para dentro do terreno. Só para constar que o lixo fica para recolher em um local da calçada onde o cachorro não alcança.
M perdeu a cabeça e “até bateu a cabeça duma na cabeça da outra”, provavelmente para verificar se havia algo dentro das cabeças. Será que se M tivesse um bom advogado poderia alegar, “legitima defesa”, “tortura nunca mais”, “cadê a assistência social?”, sei lá mil coisas…
O taxista merecia uma medalha! Essa gente canalha que explora crianças (filhos!) tem mais é que apanhar de laço dobrado! Acreditar na justiça e nas leis brasileiras demandaria uma fé transcendental, quase igual a que se usa nas manifestações religiosas. Acreditar em algo que não se vê, que ocupa um altar inatingível por quase todos, é um exercício de fé, pois não? Falando nisso, comparo a ira desse taxista a do próprio Jesus, que expulsou os vendilhões do templo a chicotadas. Eles, tanto quanto essas vadias, ganhavam a vida explorando algo puro e sagrado. Este mundo precisa de mais gente brava como esse taxista!
travis bickle de paraty
Pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), quem tem que tomar atitude para que algo aconteça não é a criança. Até porque, muitas vezes ela é violentada e sequer sabe falar. Mas a polícia ou qualquer cidadão pode levar o fato ao conhecimento do Promotor da Infância e da Juventude, ou do Conselho Tutelar. Tanto o Ministério Público quanto o Conselho têm o poder – e no caso o dever – de tomar providências. A mais extrema é a de entrar com uma ação na Justiça, se após a investigação, ficar constatado que houve abuso ou exploração infantil. Essa ação, inclusive, pode ser para retirar o poder familiar da mãe (ou pai) nos casos mais graves.
Esse é o Brasil na teoria. Algumas vezes ele sai do papel, noutras tantas não. Já trabalhei ao lado de uma Vara de Infância no João Mendes aqui em SP, e pelo que ouvia das psicólogas e assistentes sociais, acredito que uma intimada com selo do Judiciário para um “bate-papo” lá no Fórum ainda é mais didático do que a cabeçada. Aposto que elas iam sentir bem mais…
abraços
Claro, Victor, na teoria é isso aí. Na prática, infelizmente, as coisas demoram um tempão, o staff da Promotoria é pequeno e não dá conta de todos os problemas. E, infelizmente, existem muitos casos bem piores, de abuso, violência, etc.
Gostei do termo “staff” da promotoria. Nunca achei q fosse usado para descrever as tiazinhas da reparticao.
É raro, mas segue um caso semelhante em que o casal perdeu a guarda dos filhos.
http://www.sintese.com/noticia_integra_new.asp?id=258499
Impossível ser a favor da violência. Mas eu não tiro a razão de alguém que perde a cabeça com esse tipo de situação…
Fora do tópico: Dadá Maravilha já foi no seu programa, Barça? Cara, esse sujeito é uma fonte inesgotável de frases antológicas!: http://esporte.band.uol.com.br/futebol/noticia/?id=100000579399
Geralmente, por trás de um par de olhos tristonhos e chorosos, tem um pai ou uma mãe omisso ou explorador. É por isso que eu jamais dou dinheiro para crianças/adolescentes em lugar nenhum. Nenhuma justificativa que deem por estar ali ao invés de estarem na escola me comove a ponto de dar nem que seja 1 real, pelo simples fato de que elas deveriam estar na escola, e não ali. Simples assim.
Concordo com você! Não caio nesse apelo dos olhos chorosos. Nesses casos, infelizmente a criança é só uma marionete. Acho que a solução desse problema passa por atacar sua “base econômica”, por assim dizer. Se ninguém der dinheiro, certamente as crianças não mais serão exploradas. Invertendo o raciocínio, é óbvio que só existe exploração infantil porque ela de fato rende dinheiro. Sequemos a fonte do dinheiro que secarão os olhos chorosos…
Perfeito, penso exatamente da mesma maneira.
Concordo, mas esse argumento também é uma ótima forma de justificar a não vontade de ajudar aqueles que sequer tem a opção de ir para uma escola. E em muitos casos é mais fácil ver essas crianças indo parar nas mãos do tráfico ou cometendo pequenos delitos nas ruas do que vê-los nas escolas…
Acho que o ponto é que não concordamos com a esmola, que não resolve a vida de ninguém e só fomenta o ócio (principalmente dos pais). Suponhamos que uma criança não tenha “a opção de ir para escola”… dar-lhe uns trocados no sinal soluciona o problema? Nesse ponto acho válido o sistema do Bolsa-Escola, que era um mecanismo de transferência de renda atrelado à frequência escolar das crianças. Bem ou mal, ensino público ainda existe, e se a presença do filho nas aulas pode render um dinheirinho aos pais, eles que corram atrás disso e não da esmola dada nos sinais.
O complicado nesse caso Peter é que mesmo se alguém ajudar as crianças dando uns trocados, nada irá para eles ou para alguma coisa que possa ajudá-los como a compra de um lápis, caderno ou até na compra de algo que qualquer criança gosta como um chiclete.
Pelo contrário, vai para os pais aproveitadores que dão o básico a eles só para ficarem de pé no dia seguinte e repetir o ciclo.
Nós sabemos disso e a “não vontade de ajudar” é pelo fato que todos nós somos tão enganados diariamente que qualquer tentativa de evitar
novas dores de cabeça e stress são utilizadas.
Falamos de escola que como se isso fosse resolver o problema dessas crianças. As escolas públicas estão abandonadas. A escola hoje não ensina mais nada.
Acho que simplesmente não dar esmola não resolve, a sociedade deveria exercer pressão para que os nosso impostos fossem utilizados de melhor forma, por exemplo, planejamento familiar, educação descente, fima da impunidade e etc.
Deixar esse pessoal ao Deus dará será pior, só vamos alimentar ainda mais esse sistema, que amanhã nos vitimizará.
Mas, preferimos fechar o vidro ou dar uma moeda. Está na hora de começarmos a pensar de forma coletiva.
Eu acredito na Educação como saída para tudo, sim. Escola tira uma pessoa da sarjeta e tira um país da mera condição de fornecedor de grãos e pedras (o que fez o país “surfar” no primeiro Lulalato foi a demanda chinesa por comida e minério). Nosso projeto de nação tinha que passar por investimento pesado, de qualidade, na Educação. Isso já deu certo em outros lugares, não é novidade alguma. É claro que as nossas escolas atuais são patéticas, mas não é possível que sejam um ambiente mais danoso e insalubre que as esquinas e os semáforos. Nisso eu não acredito, não.
Conheço pessoas que trabalham em escolas públicas e rola cada coisa… Talvez não seja pior do que ficar na rua, mas tem droga, sexo, violência e descaso, a diferença é que não vemos. Talvez isso nos conforte, mas não muda muita coisa.
Não dá para aprovar o ato da taxista, mas é difícil o camarada não se revoltar com tanta sacanagem e impunidade.
Caro André,
Certa vez presenciei coisa mais ou menos semelhante no cruzamento da Rua João Cachoeira com a Joaquim Floriano, no Itaim, em São Paulo.
Uma menina de uns 16, 17 anos, com um bebezinho no colo, em pleno sol do meio dia de dezembro, perambulava por entre os carros pedindo uns trocados.
De repente, de um deles saiu do banco de trás um senhor que abruptamente arrancou a criança dos braços da mãe que, aos berros, começou a gritar que estavam roubando seu filho.
Começou a muvuca, mas que foi rapidamente encerrada no momento em que o tal senhor gritou que era Juiz da Infância e Juventude, dando à mãe seu cartão, para que ela fosse posteriormente ao seu gabinete.
O que aconteceu depois não sei, mas esta cena também serviu de lição, acho que principalmente para a ‘mãe’.
Abraço.
Sérgio Augusto
O “senhor” não foi nada ortodoxo… mas se eu tivesse este “poder” faria o mesmo.
Tomara.
Violência nunca é o caminho, claro. Mas imagino a revolta que o taxista deve ter sentido e de certa forma, como culpá-lo? Se as autoridades não tomam providências e nem podem tomar, o senso de justiça acaba tomando conta da pessoa e ela perde o controle. Infelizmente, acho que essas mulheres não se arrependerão…
Dois comentãrios: 1) Toda a cidade conhecia o caso e as autoridades não têm o que fazer? As crianças não dão queixa? Polícia e Conselho Tutelar poderiam, sim, ter agido. Bastava constatar a exploração e enquadrar. 2) Sinceramente, acha que a peia que as duas levaram dará um banho de arrependimento nelas. Talvez por uns dias, talvez na mesma cidade. Mais do que isso, absulation.
Na teoria é fácil, David, mas a coisa não é tão simples assim, infelizmente. As crianças não dão queixa. Provavelmente fazem isso desde que se entendem por gente, não conhecem outra vida. E não acho que as mães se arrependerão.
Imagino que não seja fácil mesmo. Talvez uma variante da medida drástica do taxista fosse uma meia dúzia de pessoas falando firme com elas. É preciso ter algum tipo de mobilização social, todos temos responsabilidade nisso aí, inclusive os donos dos bares e quem compra das crianças.
Desculpe Andre, mas qualquer pessoa pode fazer a denuncia ao Conselho Tutelar: Disk Denúncia 0800 7705698.
As crianças nao sao obrigadas a dar queixa. Nem cabe isso, ja que sao menores.
Sim, mas vc acha que já não fizeram? O caso é conhecido há anos.
Se não fizeram, o serviço dos órgãos de proteção à criança não estão essas coisas todas.
Olha Barça, fazer justiça com as próprias mãos não é a atitude mais correta, porem com leis tão brandas e omissas o cidadão se revolta e segue este caminho. Um erro não justifica o outro, lógico.
Mas que ao menos sirva de lição pras duas larapias!
Espero é que ele não sofra exploração lá no xilindró.
Ele já saiu da delegacia, elas não deram queixa.
É real essa estória ai meu!
E a gente fica no dilema,dar dinheiro ou nao,nunca se sabe quem esta por trás destas crianças .
Não dou dinheiro nunca!!! Para não fomentar esta situação.