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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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David Bowie inaugura o pop invisível

Por Andre Barcinski
11/03/13 09:26

Chega hoje às lojas “The Next Day”, o primeiro disco de músicas inéditas de David Bowie em dez anos.

O CD marca uma nova etapa para Bowie: pela primeira vez em quase 50 anos de carreira, ele se tornou invisível. Se Bowie foi o maior expoente pop do “sound and vision”, o David Bowie de 2013 é só “sound”.

 


 

“The Next Day” não tem imagens para acompanhar. Não há fotos de publicidade. A capa é uma brincadeira com a imagem icônica da capa de “Heroes”, seu disco de 1977. Ninguém sabe como Bowie está ou o que veste.

Será uma nova jogada do camaleão? Chamar a atenção pela ausência?

Na história do pop, ninguém usou a imagem como ele. E é sempre bom lembrar que, antes de mudar o mundo pop, ele foi publicitário.

Bowie percebeu, antes de qualquer um, o caráter frívolo e superficial da imagem no pop. Foi ele que aniquilou o conceito sessentista de ídolos “reais” – Beatles, Stones, Hendrix – substituindo-o por personagens.

Os anos 70 não mereciam heróis de carne e osso, mas “produtos”, que Bowie inventou a rodo: o alienígena Ziggy Stardust, o profeta “glam” Aladdin Sane, The Thin White Duke, o hedonista crowleyano e cocainômano de “Station to Staton”, o vampiro Expressionista da trilogia de Berlim…

Suas várias faces o deixaram livre para se esconder atrás dos personagens, e Bowie se tornou o astro pop menos autobiográfico que já existiu. Música confessional não era a dele. Bowie sempre foi um cronista, um observador, uma testemunha.

Muitos o acusam de se apropriar de estilos, tendências e pessoas (Little Richard, Judy Garland, Lou Reed, Iggy Pop) para benefício próprio. E ele não nega: sua arte é a arte do mimetismo, da cópia, da homenagem, assim como fez Warhol, seu grande ídolo.

Bowie inaugurou a genialidade pop na cultura de massas. Mais importante que sua música, foi a forma como fez sua música, assumida e maquiavelicamente pensada para chocar, para sugar todo o talento que enxergava à sua volta. O modus operandi de Bowie sempre foi o mesmo: ele identifica tendências, se apropria, espreme delas a última gota de possibilidades e parte para outra. É o capitalismo selvagem do pop.

Depois de sumir por dez anos, Bowie ressurge com “The Next Day”. Será um de seus maiores discos, como estão dizendo alguns críticos? Não sei. Ainda não deu tempo de saber. Até porque os discos de Bowie precisam de algum tempo de apreciação.

O que sei é que não consigo parar de ouvir três músicas: “Valentine’s Day”, “Boss of Me” e “You Feel So Lonely You Could Die”. O resto do disco me parece ótimo, mas ainda não me chamou a atenção como essas três belezas.

O primeiro impulso quando se ouve “Valentine’s Day” é dizer como parece cópia do Pixies. Mas aí você lembra que Black Francis passou a vida toda tentando copiar “Scary Monsters”, e percebe que a comparação é injusta.

“Boss of Me” é outra pérola pop à Pixies, com aquela guitarra elegante que monstros como Carlos Alomar e Robert Fripp cansaram de gravar para Bowie. Morrissey comeria um bife para fazer uma música dessas.

E “You Feel So Lonely You Could Die” é dessas baladas épicas à “Five Years”, que Bowie faz como ninguém, com um clima meio espacial, um coral que soaria cafona com qualquer outro cantor e aquele piano no meio para dar sentido a tudo. Uma jóia.

Musicalmente, achei que o disco parece uma continuação de “Scary Monsters (and Super Creeps), o disco que Bowie lançou em 1980: tem uma pegada pop com pitadas de eletrônica, e um clima meio soturno nas letras. “Scary Monsters” foi o disco que abriu as portas para o som gótico e fez a cabeça de gente como Robert Smith, Siouxsie, Trent Reznor, Marilyn Manson e do já citado Black Francis.

Ouvindo “The Next Day” é fácil perceber como a fase “Scary Monsters” de Bowie influenciou também gente como Arcade Fire, Smashing Pumpkins, TV on the Radio e tantos outros que tentaram fazer um indie pop sombrio e – perdão, puristas – de arena. Duvida? Então ponha “Dancing Out in Space” para tocar, e veja se não é 100% Arcade Fire.

Se “The Next Day” vai ficar como um dos grandes triunfos de Bowie, só o tempo vai dizer. Mas que é engraçado ouvir Bowie sem vê-lo, é. E estou gostando da brincadeira.

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Comentários

  1. Pdr Rms comentou em 11/03/13 at 16:59

    Minha empolgação por esse lançamento é tanta que pela primeira vez em anos estou pensando seriamente em comprar um cd (a última vez foi em 2006).

  2. Dum comentou em 11/03/13 at 16:33

    Também tive essa percepção que ele resgata Scary Monsters!! Mas, me lembrou Lodger, também. E as guitarras a la Carlos Alomar e Fripp estão de volta. Um disco que coloca no seu devido lugar as mediocridades que andam fazendo hoje em dia. Um tapão no lixo indie.

  3. Régis Schwert comentou em 11/03/13 at 16:26

    Sir Jones é um ótimo ator que compôe e canta, mas, convenhamos, nunca deveria ter tentado tocar sax

  4. Fernando Maia comentou em 11/03/13 at 16:20

    Barça…será que a ausência do Bowie não seria por ele estar doente? se não me engano foi vc mesmo que comentou algo sobre isso…

  5. Patrícia comentou em 11/03/13 at 16:09

    Barcinski, total off topic, mas já viu o curta “A verdade sobre a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos 2016 no Rio”?
    http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=TX70xwCtqHU

  6. Agostinho F Teles Júnior comentou em 11/03/13 at 15:28

    Caramba, André. Eu também tive impressão de ser continuação do “Scary Monster”. Bowie quando muda o som preciso escutar várias vezes para indagar, compreender e amar se for um grande álbum. Esse é o caso de “The Next Day”. Meu herói voltou com grande expectativa e me deixou novamente apaixonado, como há quase 30 anos .

  7. Pedron comentou em 11/03/13 at 14:49

    Meta para 2013: ouvir alguns discos do David Bowie.

    • Adriano B. Oliveira comentou em 11/03/13 at 16:02

      Você vai se perguntar por que não fez isto antes, rsrs

  8. Afranio Azevedo comentou em 11/03/13 at 14:07

    A arte de hoje, muito mais do que outrora, vive de transformações e a arte de transformar foi tão bem desenvolvida pelo Bowie, a ponto de lhe atribuir uma identidade por tanto. A concepção mais completa do “artista” foi pouquíssimas vezes alcançada quanto ele o fez. Entre erros e acertos, o Midas da arte é inconfundível.

  9. Adriano B. Oliveira comentou em 11/03/13 at 14:06

    Apesar da música “Stars…” não ser lá essas coisas perto das demais, o clipe considero muito relevante. É Bowie tirando sarro da mídia e ao mesmo tempo brincando com ela.

    Eu ainda estou pegando cada quadro deste clipe e fazendo uma leitura do quanto ele diz para nós desta geração.

  10. Fausto comentou em 11/03/13 at 13:57

    Barça, estava procurando algo sobre Bowie, lembrei que Caetano dizia que não gostava muito dele, resultado, fui cair nessa conversa entre Caetano e Beck, achei muito legal, dá uma espiada, fala sobre Bowie, Scott Walker etc: http://www.beck.com/irrelevant/index.php/caetano-veloso-x-beck-hansen-pt-2

  11. pabloREM comentou em 11/03/13 at 13:57

    Bowie é foda. Já ouvi quase todas as músicas do disco e achei muito bom. Tenho três coletâneas do cara: 69/74, 74/79 e 80/87. Nenhuma música ruim.

  12. carlos rangel comentou em 11/03/13 at 13:14

    S E N S A C I O N A L !!!! Um dos melhores post seu Barça. E o Bowie merecia um desses faz tempo. Penso o Bowie como uma ‘antena” que td capta e filtra e destila de uma forma que só ele é capaz. Quero ouvir ansioso.
    ah..”Morrisey comeria um bife para compor” foi ótimo!

  13. Luis Carvalho comentou em 11/03/13 at 13:12

    Entre tanta gente falando da volta de Bowie (já está enchendo um pouco o saco, né?), o seu texto foi o mais preciso, informativo e interesssante. Nunca deixei de amar Bowie (nem em seus momentos mais caretas) e acho, sinceramente, esse papo de que ele nunca fez nada de original pura bobagem. O cara fez da reciclagem a obra de arte definitiva. Nada mais contemporâneo e genial.

    • Agostinho F Teles Júnior comentou em 11/03/13 at 15:31

      Meu caro, sei bem que você fala. Hoje se fala de excesso de informação. Leio sobre música desde que Barça era da revista Bizz e que aprendi é que tem muito jornalista afim de fazer publicidade/relações públicas. DA mesma forma como tem excesso, tem que escolher quem devemos ler (e ainda assim com senso crítico – nem sempreconcordo com o Barça)

  14. jaime junior comentou em 11/03/13 at 12:59

    Caro André,

    O Bowie é foda.Depois de ouvir Ziggy,passei a considera-lo entre os dez mais do rock.

    • carlos rangel comentou em 11/03/13 at 13:14

      Ele É um dos 5 na verdade.

  15. João Gilberto Monteiro comentou em 11/03/13 at 12:46

    André, o Bowie não sumiu da mídia nestes anos todos como dizem por aí, ele só uma nova faceta, chamada Tilda Swindon, atriz talentosa e premiada…

    • Matias Blades comentou em 11/03/13 at 15:39

      KKKKkkkkk!!

  16. Carlos Moller comentou em 11/03/13 at 12:31

    Além do disco ser do caralho, tem o Tony Levin em várias faixas, incluindo ‘Boss of Me’, na qual ele usa os funky fingers (que ele inventou) para tocar o baixo… Pena que ele parou de fabricá-los…http://www.papabear.com/pbtlff.htm

  17. Magno comentou em 11/03/13 at 12:24

    Legal Barça! Scary Monsters é o meu disco favorito do Bowie, já vi gente falando bem deste album, mas colocando-o em segundo planpo em relação à obra de Bowie. Puta injustiça. Ele é de 1980 e ninguém lançou nada tão legal a década inteira e isto para mim é uma proeza. Tem Robert Fripp, Pete Townsend, cover do Tom Verlaine e “Teenage Wildlife” a canção que ouço dia sim dia não há 32 anos !!!

  18. Gustavo Chamati comentou em 11/03/13 at 12:17

    “Morrissey comeria um bife para fazer uma música dessas.” Genial.

    • Adriano B. Oliveira comentou em 11/03/13 at 16:07

      Será que o André trocou o “o” pelo “i” nesse bife do Morrissey?

  19. Willian comentou em 11/03/13 at 11:43

    Robert Fripp é um guitarrista cuja fama ainda não foi ajustada à sua importância. Tenho um amigo que é frippmaníaco e se impôs a tarefa de conhecer tudo do guitarrista, dos discos do King Crimson até as participações em discos de outros. Desisitiu depois de alguns meses pois, segundo ele, não teria tempo de ouvir tudo, muito menos de comprar, que era sua ideia inicial.

    • Régis Schwert comentou em 11/03/13 at 12:22

      Podicrê, o Fripp é o cara. Ele tocou até no primeiro solo do Peter Gabriel

      • Carlos Moller comentou em 11/03/13 at 12:32

        e produziu e tocou todas as guitarras no segundo do PG, diga-se…

  20. Gus comentou em 11/03/13 at 11:42

    Ótimo texto Barcinski. To curioso pra ouvir. Será que esse disco vai ser mais um “o melhor disco de Bowie desde Scary Monsters”?

  21. Guilherme Braga comentou em 11/03/13 at 11:28

    ‘‘… and you, Marcus, you have given me many things; now I shall give you this good
    advice. Be many people. Give up the game of being always Marcus Cocoza. You
    have worried too much about Marcus Cocoza, so that you have been really his slave
    and prisoner. You have not done anything without first considering how it would
    affect Marcus Cocoza’s happiness and prestige. You were always much afraid that
    Marcus might do a stupid thing, or be bored. What would it really have mattered? All
    over the world people are doing stupid things … I should like you to be easy, your little
    heart to be light again. You must from now, be more than one, many people, as
    many as you can think of …’’
    – Karen Blixen
    (‘‘The Dreamers’’ from ‘‘Seven Gothic Tales’’
    written under the pseudonym Isak Dinesen,
    Random House, Inc.
    Copyright, Isac Dinesen, 1934 renewed 1961)

  22. Régis Schwert comentou em 11/03/13 at 10:38

    Até o “Hours” é muito melhor, mas tudo bem, um Bowie é sempre um Bowie

    • F de I comentou em 11/03/13 at 10:57

      Tipo Rolex?

      O Hours tem um dos melhores encartes que já vi…

      • Régis Schwert comentou em 11/03/13 at 12:13

        Tipo Beatles ou Apple

    • Régis Schwert comentou em 11/03/13 at 12:21

      Se bem que eu ouço mais o “Earthling”

  23. Jean comentou em 11/03/13 at 10:36

    “Muitos o acusam de se apropriar de estilos, tendências e pessoas”

    Se fosse uns Titãs, Paralamas, Barão da vida, essa frase seria facilmente trocada por “plágio”.

    A chupada que ele deu em “Stairway To Heaven” para se “inspirar” no refrão de”Ziggy Stardust” é impressionante… apesar de eu gostar bastante de Bowie…

    • Andre Barcinski comentou em 11/03/13 at 10:47

      Bowie não é plagiador.

      • Celso comentou em 11/03/13 at 11:06

        Eu diria que ele não é “só” um plagiador. Primeiro, é preciso saber quem na música pop nunca pegou nada de ninguém (a começar pelo citado Led Zep). Segundo, é preciso ver o que resultou da gatunagem estética. O que acho chato é que às vezes o cara leva crédito por uma genialidade que não é exatamente dele. Por ex: eu achava Low o disco mais incrível do mundo, mas nunca tinha ouvido Kraftwerk. Depois que ouvi, continuo achando Low um discaço, mas não acho tão genial assim. É mais genial no sentido de catalizar referências, não de originalidade, acho, ou não só de originalidade, o que realmente parece ser mais raro do que pensamos. Ainda assim, um gênio, sem dúvida.

        • Andre Barcinski comentou em 11/03/13 at 11:42

          E vc acha que o Kraftwerk criou tudo que lançou?

          • Celso comentou em 11/03/13 at 11:47

            Não, mas com certeza lançou coisas originais em cima das quais Bowie se inspirou depois, principalmente nos famosos “lado b” de Low e “Heroes”.

          • Andre Barcinski comentou em 11/03/13 at 12:04

            pergunta pra todo mundo que fazia música eletrônica antes do Kraftwerk e vê se eles não acham o Kratfwerk uns “plagiadores”…

          • Celso comentou em 11/03/13 at 12:22

            Ué, Barcinski, todo mundo sabe que Bowie copiou demais o estilo do Scott Walker, mas nem por isso devemos concluir que Scott Walker foi o primeiro cantor do mundo. O foco do Bowie estava nele (assim como no Kraftwerk, Lou Reed, Syd Barrett e tantos outros).

          • Andre Barcinski comentou em 11/03/13 at 12:25

            E quem concluiu que alguém é pioneiro em algo? Eu disse justamente o oposto. E Bowie se inspirava em Walker, assim como em muitos outros artistas. Não só no Walker.

          • Guilherme Braga comentou em 11/03/13 at 13:10

            Acho q os instrumentais de Low e Heroes tão mais para CAN.

          • Andre Barcinski comentou em 11/03/13 at 13:51

            Krautrock como um todo, acho.

          • Dum comentou em 11/03/13 at 16:38

            Krautrock: disse tudo.

        • F de I comentou em 11/03/13 at 11:50

          Não acha genial um cara como o Teló pegar algo que já existe e lucrar zilhões em cima e ser reconhecido no mundo todo? Eu acho! Quem dera eu ser genial assim em meu bolso…

        • Jean comentou em 11/03/13 at 12:04

          Pera lá , eu também continuo achando o Bowie ótimo!!!! Acho que vou continuar gostando mesmo se começar a se inspirar no seu Jorge…

        • Sávio comentou em 11/03/13 at 15:35

          “From station to station/Back to Dusseldorf City/Meet Iggy Pop and David Bowie/Trans-Europe Express”.
          Trans Europe Express foi lançado entre Low e “Heroes”. As coisas não são tão simplórias assim.

      • Jean comentou em 11/03/13 at 11:17

        Não, imagina… ele só se “inspirou” em uma “obscura” canção do Led Zepellin…

        • Willian comentou em 11/03/13 at 11:39

          Sou fã de Bowie e do Led. Mas o Led é a última banda do mundo que pode acusar alguém de plágio. Metade das músicas da banda são plágios, alguns descarados.

          • Jean comentou em 11/03/13 at 12:12

            Sim Willian. Eles se inspiraram e inspiraram diversos artistas… veja “Bron-Y-Aur Stomp” do próprio Led… é descarado que os Titãs a usaram quando gravaram “Polícia”…

        • Andre Barcinski comentou em 11/03/13 at 11:41

          Se David Bowie é “plagiador”, o que é o Led Zeppelin, que chupou músicas inteiras de velhos bluesmen? Reduzir um artista como Bowie a plagiador é uma injustiça.

          • Jean comentou em 11/03/13 at 12:09

            Sim Barcinski, não tiro o mérito tanto do Led Zeppelin quanto do David Bowie. Quem dera nossos artistas pegassem uma “Astronauta de Mármore” e fizesse desse um conceito um seguimento contínuo em sua obra.

            O que eu quis era apenas reforçar o seu “Muitos o acusam de se apropriar de estilos, tendências e pessoas” ao afirmar que acho o refrão de “Ziggy” muito parecido com o final de “Stairway”, a guitarra então…

            Que o Led se inspirou em uma cacetada de bluesmen, eu não duvido, principalmente vindo de alguém com uma bagagem e conhecimento muito mais experiente do que eu…

            Do Bowie adoro até a fase menos comentada, como Blue Jeans, Jump They Say…

          • paulo r. siqueira comentou em 11/03/13 at 12:17

            Essa coisa de plágio só vale para quem não tem talento e só copia, como o Lenny Kravitz pro exemplo. O que o Bowie e o Led fizeram nunca foi plágio, pois você ouve e não pensa que é coisa de outra pessoa, mas sabe que é deles, pois possui a visão estética deles. E isso vale para escritores, cineastas etc., que podem se inspirar em obrar diversas para fazer o trabalho deles, ou seja, plágio é uma coisa muito diferente do que o Bowie, o Led ou os Stones fizeram, os quais gostaram/gostavam de alguma coisa e colocaram sua forma de expor aquilo na obra deles. Sei que é uma linha fina entre plágio e originalidade, mas eles tem talento de sobre, são muito diferentes de Jamiroquai/Lenny Kravitz e outros similares.

          • Régis Schwert comentou em 11/03/13 at 12:26

            Não é plagiador, é um vampiro mágico. Suga a essência da arte planetária e faz surgir músicas maravilhosas da cartola em um piscar de olhos de vidro

          • Andre Barcinski comentou em 11/03/13 at 12:38

            Um olho só de vidro!

          • Jean comentou em 11/03/13 at 12:37

            Paulo,

            Vc já teve a sensação de ver um show inteiro só com uma música?

            Eu tive essa sensação quando vi um show do Jamiroquai… todas as músicas são iguais… como diferenciar isso?

          • Gus comentou em 11/03/13 at 12:41

            Dizem por aí que os talentosos plagiam. Os gênios roubam. Acho que tá valendo.

          • Régis Schwert comentou em 11/03/13 at 16:05

            Num piscar de olho de vidro

      • xicano comentou em 11/03/13 at 13:24

        Ninguém acha “This is not america” legal ?

        • Régis Schwert comentou em 11/03/13 at 16:30

          Eu acho duca! Ele gravou com o Pat metheny

    • Júnior comentou em 11/03/13 at 12:41

      A sequencia de acordes é a mesma, o tempo quase igual, mas soa completamente diferente, a proposta é outra, na minha opinião. Acho que só quem toca vai sacar.

    • Paulo comentou em 11/03/13 at 21:33

      Peraí… o que tem a ver “Stairway…” com “Ziggy Stardust”? Ouço essas musicas a décadas e nunca havia notado tal semelhança… e mais, não concordo que o Kraftwerk plagiou (no sentido de copiar descaradamente). O fato inquestionável é que eles são um dos grupos que mais influenciaram a música na sua história recente.

      • Lao comentou em 12/03/13 at 9:17

        A única coisa que tem a ver é a sequência Lá menor-Sol maior-Fá maior, que está nos trechos “So where were the spiders” e “Making love with his ego”, em Ziggy, e de “And as we wind and down the road” em diante no caso do Led. Mas sequência harmônica não é propriedade de ninguém, que eu saiba.

        • Júnior comentou em 12/03/13 at 9:54

          Se fosse, não poderia mais ser composta nehhuma música, rs. Repito: eu só vi a coincidencia quando estava aprendendo a tocar a música, a sequencia de acordes foi usada num contexto completamente diferente, nada a ver.

          • Lao comentou em 12/03/13 at 10:39

            Sem falar que nesse caso ambos teriam plagiado o Dylan de “All along the watchtower”, que é toda feita nessa progressão.

        • Paulo comentou em 12/03/13 at 12:16

          Ok, Lao, agora lembrei. Mas deve haver umas 200 músicas com essa sequencia de acordes. Plágio é o que o Coldplay fez com “Computer Love” do Kraftwerk.

        • Rafael Marques de Souza comentou em 12/03/13 at 13:53

          E esta sequência de acordes tem em tudo que é lugar da música pop. Não pode ser considerado, em essência, plágio.

  24. Fernando comentou em 11/03/13 at 10:33

    pensei que o Andre ia falar do bicicleteiro da Paulista que perdeu o braço. E o Braço ficou preso no carro e foi jogado no rio da av. Ricardo Jaffet. É a imprensa incentivando o uso de bicicleta em uma metrópole saturada com transito caótico e violento.

    É inviável andar de bicicleta em Sao Paulo. depiis aparece ciclochato na TV citando a Dinamarca, Holanda e falando que Sao Paulo esta próximo da civilidade.

    • Andre Barcinski comentou em 11/03/13 at 10:48

      Ah, entendi: quer dizer que, porque um cara bêbado atropela outro, a “imprensa” deveria parar de incentivar as pessoas a andarem de bicicleta? Cada uma…

    • David Marques Oliveira comentou em 11/03/13 at 12:31

      Menos, Fernando.

    • Marcelo-Goiânia comentou em 11/03/13 at 12:57

      Fernando, você mandou muito mal neste comentário preconceituoso e atrasado…vá ler o Código de Trânsito antes de falar bobagem e defender um cara que, como se não fosse suficiente dirigir bêbado, arrancou fora o braço de um cidadão e o jogou em um córrego…

    • paulo r. siqueira comentou em 11/03/13 at 13:13

      Realmente carregar o braço da vítima e depois jogar fora é uma coisa supercivilizada! Uma cidade como São Paulo deveria ter apenas bicicletas e transporte público, veículos aqui só servem para causar transtorno. A cidade é dos pedestres e das bicicletas, carro é uma máquina e pode tirar uma vida, a população tem a mentalidade mais errada possível e você só prova isso.

      • Adriano B. Oliveira comentou em 11/03/13 at 16:13

        Concordo.
        O Fernando queria que a imprensa incentivasse o quê? Um cara bêbado, estudante de psicologia que faz uma coisa dessas? Ah, tá…

  25. Marcel de Souza comentou em 11/03/13 at 10:32

    Impressionante como todos os veículos que tratam de música deram capa ou citaram o Bowie. O cara merece! O mais incrível disso tudo é que como conseguiu fazer esse album praticamente em segredo, sem vazar nada. Melhor ainda que está todo mundo elogiando! Não vejo a hora de pegar a minha cópia fisica do mesmo, de preferencia se for em vinil 😉 Abraço!!

  26. Fabio Ximenez comentou em 11/03/13 at 10:23

    “Morrissey comeria um bife para fazer uma música dessas”. Ri litros aqui.

    • Agilberto Marcílio comentou em 11/03/13 at 11:44

      Essa frase já valeu o texto. Barcinski, no final, você quis dizer trunfo mesmo ou triunfo?

      • Andre Barcinski comentou em 11/03/13 at 12:05

        Foi mal, faltou um “i”, valeu.

  27. carlos chagas comentou em 11/03/13 at 10:09

    Barça, qual disco de Bowie vc me indica. Mas, que seja mais rock. Abs

    • Andre Barcinski comentou em 11/03/13 at 10:46

      Mais “rock”? Ziggy Stardust, claro…

  28. daniel comentou em 11/03/13 at 9:58

    Não sei se é viagem minha, mas acredito que ele mais uma vez vai “contra a maré”.

    Enquanto muitos artistas hoje em dia ligam mais para a forma como seu trabalho aparecerá na mídia, o “pai” da idéia faz o contrário, se escondendo, o que chama também bastante a atenção.

    Sobre a música, acredito ser um erro meu, nunca me interessei em ouvi-lo.

    Tem algum álbum que indica pra começar a conhecê-lo?

    • Max comentou em 11/03/13 at 12:29

      Marc Spitz, autor de uma recente biografia de Bowie, diz que recomenda “Hunky Dory” para quem nunca ouviu um disco inteiro do homem. Eu acho um boa dica, mas meus preferidos ainda são “Scary Monsters” e “Outside”.

    • Felipe comentou em 11/03/13 at 13:04

      Não ouvi “Scary Monsters” e “Outside” como já citados, mas eu indico o “Hunky Dory” e “Ziggy Stardust”

    • Sandro comentou em 11/03/13 at 13:21

      Seria uma experiência e tanto você ouvir, na sequência, do primeiro até Let’s Dance. Pelo menos uns 3 ou 4 discos favoritos entre um e outro você deve achar.

      • daniel comentou em 11/03/13 at 16:51

        Pessoal, obrigado pelas dicas.

  29. Wilson comentou em 11/03/13 at 9:56

    E aí Barça, você viu o clipe de “The Stars (Are Out Tonight)“?

  30. F de I comentou em 11/03/13 at 9:43

    A boa crítica, seja ela musical ou gastronômica, nos faz ficar com mais vontade de apreciar o que resenhado foi… mesmo quando não é favorito nosso…

    … Bowie continua fodástico!

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