Bom Lollapalooza para vocês!
28/03/13 07:05Amanhã começa o Lollapalooza. Bom show para quem vai.
O festival tem várias bandas que eu gostaria de ver – Flaming Lips, Tomahawk, Queens of the Stone Age, Hives, Black Keys – mas só de pensar em fila de banheiro químico, fila de bar e fila de táxi, desisto. Verei em casa mesmo.
Quando escrevi aqui no blog que festival não é para quem gosta de música, mas para quem gosta de festival, muita gente chiou. Mas a verdade é que festivais, especialmente esses gigantes, não são os lugares ideais para apreciar música. O som não costuma ser dos melhores, o desconforto é grande, e as melhores bandas geralmente têm shows encurtados para abrir espaço para atrações mais populares.
Outra coisa que irrita são shows simultâneos. No sábado, por exemplo, é difícil saber que show perder, se o Franz Ferdinand ou o Alabama Shakes. Farei questão de perder os dois.
Ontem, meus colegas Lucas Nobile e Matheus Magenta fizeram uma matéria ótima na “Folha” sobre a crise dos festivais e megashows no Brasil (leia aqui).
A coisa não está fácil: SWU e Sónar cancelados, shows de Madonna e Lady Gaga encalhados, The Cure transferido para lugar menor, e o próprio Lollapalooza vendendo menos que o esperado (vi promoção de ingressos em sites de compras coletivas, o que é péssimo sinal).
Talvez o mercado de grandes shows no Brasil tenha, finalmente, chegado ao limite.
Acho que o principal problema são os custos envolvidos, que encarecem demais o preço dos ingressos.
E as razões são muitas: em primeiro lugar, o “custo Brasil” (impostos, frete, passagens aéreas, burocracia) realmente dificulta a vida dos promotores.
A lei da meia-entrada, como já escrevi aqui no blog, é uma falácia, um trambique que só serve para enriquecer associações estudantis e punir quem tem a decência de não usar carteirinha falsa.
Mas o principal culpado pelos custos abusivos dos ingressos são os próprios eventos, que há anos fazem leilões para garantir artistas e, com isso, tornaram o Brasil um oásis para agências de artistas. Nenhum país do mundo paga cachês tão altos.
E isso aconteceu devido à guerra entre grandes eventos corporativos, que atingiu seu auge no meio da década passada.
A loucura por atrações de peso era tanta que eventos pagaram fortunas para ter artistas tocando em lugares pequenos. Quem pode esquecer o Tim Festival escalando artistas gigantes como Kanye West, Strokes e Beastie Boys em shows para 2 a 4 mil pessoas?
Quando um evento não precisa da bilheteria para se pagar, acontecem essas barbaridades.
Por muitos anos, os grandes festivais brasileiros pagaram cachês inflacionados e irreais. E como todos os artistas se conhecem e trabalham com as mesmas agências, essa farra do boi se espalhou pelo mundo.
Cansei de ver bandas recusarem propostas para fazer turnês no Brasil, na esperança de encher o bolso em algum festival.
O Wilco, por exemplo: conheço um promotor que estava negociando três ou quatro shows, por um cachê compatível com que a banda recebia lá fora. Daí, um grande festival corporativo ofereceu à banda três vezes mais, por apenas um show. Detalhe: o festival colocou o Wilco para tocar depois do Arcade Fire, e 90% da platéia foi embora depois do Arcade Fire.
Diferentemente do promotor do Lollapalooza, que comemorou a derrocada do SWU, torço para que o festival dê certo e tenha uma vida longa no Brasil. Mas alguém precisa frear a insanidade do preço dos ingressos. Pagar 990 reais (mais “taxas de conveniência”) por três dias no Lollapalooza é uma barbaridade.
Quem quiser acompanhar meus comentários do Lollapalooza pelo Twitter, é só acessar @andrebarcinski. Bom feriado a todos e até segunda!
Fui no sábado. Vi Alabama Shakes, Queens of the Stone Age e Black Keys, três ótimos shows. Cheguei 3 da tarde, fui embora 11 e meia, de busão, sem problemas. Havia fila sim nos banheiros (especialmente o feminino, claro) e nos bares, mas tudo andava e bastava ter paciência e, no caso das bebidas, esperteza de comprar todos os tiquetes logo de uma vez.
Em resumo: achei o festival bem organizado e os shows valeram a pena. Por 160 reais, três shows de ponta, tá valendo. O único porém foi a lama que tomou conta de partes do joquei, mas nada que atrapalhasse meu dia.
Vamos ver como será no Rock in Rio (cogito ir no dia do Metallica)…
O grande problema é que os grandes promotores de eventos parecem não fazer parte do mesmo mercado. O ato de fazer leilão com os cachês das atrações é nocivo pra todo mundo – até pras bandas que caem nesse papo.
Outro exemplo veio do sr. Leonardo Gabem, organizador do Lolla, que no ano passado comemorou em seu Twitter o cancelamento do SWU e do Planeta Terra. Ele não percebe que cancelamento de festival não é diminuição de concorrência, mas sim de mercado.
De resto, só não acho válido incluir o SWU entre os exemplos de como o mercado anda mal porque é um caso isolado. O festival sempre foi “inflado” pela prefeitura de Paulinia, que tem MUITO dinheiro por ser um polo petroquímico e começou a bancar eventos, como o SWU e o festival de cinema. Se davam ao luxo até de esnobar leis de incentivo: era tudo com dinheiro vivo, da prefeitura. E quando veio o período de eleições municipais, a grana precisou ser enviada para outros propósitos e cancelou-se tudo. Enfim…
Engracado como aqui vc se comporta neh blablablarcinsky! Nem parece o velho chato e ultrapassado dos comentários do twitter! Custo Brasil e ladainha do jornal para o qual vc trabalha, afinal, faturam mas não querem pagar impostos neh? Aproveitar a lei de incentivo a cultura todo mundo quer. Vc tem de assumir a sua decadência, seu tempo passou, não só as bandas que tem de terminar! Qualquer moleque de 21 anos da um banho em críticos modorrentos como vc. Assuma a sua decadência rapidamente!
Nossa, que hipster nervosinho! Que banda horrível vc gosta e eu detonei no Twitter? Perfect Circle? Two Door Cinema Club? Magoou, santa?
Mas ele tem razão. Barcinsky não passa de um velho chato e ultrapassado que escreve como um adolescente retardado de 14 anos. E ai se discordar dele. Fica todo nervosinho e vai te xingar de fã de Tarantino, de Os miseráveis, de Restart, de hipster nervosinho, botafoguense, santa magoada, essas coisa finas… Noves fora, ainda sobra o recalque dele com o Marcio Guedes, verdadeira obsessão.
Fala, Klebinho: Perfect Circle ou Two Door Cinema Club? E fica a pergunta: por que lê? Masoquismo?
Quem e o criador do hipsterismo é o Pastor Feliciano Barcinski. Fundamentalista travestido de critico cultural. Xiita da mídia cultural. Vejam a definição de hipster e reparem que ela se encaixa como uma luva pra ele. 1) não gosta banda que mais 10 pessoas gostam 2) e avesso a festivais 3) sempre tem na manga uma banda desconhecida da Finlândia.
O Pastor Feliciano Barcinski tem 10 senhas pra quem se interessar pelas suas bandas. Sao apenas 10! Porque ninguém mais pode conhecer estas bandas.
Da sua cabeça brilhante sao twitadas em profusão vários comentarios interessantes sobre as bandas e publico do Festival. Não percam! Sua igreja e esse blog e seu twitter!
Gozado, o hipster me segue no Twitter e no blog. Vai entender.
Ano passado quando a pré-venda estava disponível, o preço de cada dia era R$ 260,00, e para os três dias o preço total era de R$ 700,00 (salvo engano). Eu já achava um absurdo, mas fiquei tentado em comprar, sabendo que a organização ia aumentar para tal preço agora.
Olha, fiz bem em não ter fechado, usei o dinheiro para pintar a casa, e estou aqui curtindo uma de pintor. Dá trabalho, mas não me aborreço!
Creio que outro problema dos grandes festivais que também tem afastado o público são os abusos cometidos “do lado de fora”. Serviços de estacionamento caríssimos, taxistas que cobram absurdos, flanelinhas que não se sabe se são bem intecionados. Moro numa cidade pequena em Santa Catarina. Nunca fui num grande festival. Gostaria muito de ir, mas essas coisas me deixam muito receoso.
É vergonhoso ir em shows e encontrar pessoas com mais de 30, 40 anos entrando com ingresso de estudante, o brasileiro acha imoral o valor dos ingressos mas acaba agindo da mesma forma, quem compra ingressos com carteirinhas de estudantes falsas não tem moral para reclamar dos preços. O Brasil virou o país dos “Valinhos”, é vale cultura, bolsa família, vale isso, vale aquilo, esse assistencialismo demagogo está acabando com as iniciativas privadas no país.
Barcinski, não pude deixar de ficar espantado com uma resposta dada a você nos comentários, em que, mostra a quantas anda a incapacidade nossa, aqui no Brasil, em discutir alguma coisa. Incrível!:
“Ok, Andre, até concordo que você não disse que “quem vai em festivais não gosta de música”. Contudo, ao dizer que “festival não é para quem gosta de música”, talvez você tenha deixado a impressão (ao menos em mim, talvez não na maioria) de que quem gosta verdadeiramente de apreciar música, necessariamente não gosta de festivais. Nisso eu, que adoro apreciar música e também gosto bastante de festivais, me senti excluído do seu conceito de o que é apreciar música de verdade.
Mas enfim, pode ser que eu tenha entendido errado…”
Como assim? Não entendi. Eu respondo ao comentário e vc diz que existe uma “incapacidade de discutir”?
Barcinski, não de sua parte. Mas do rapaz, que diz coisas como, “… até concordo que você não disse…” e termina com, “Mas enfim, pode ser que eu tenha entendido errado…”. O ponto aqui é, não importa o fato – o que você escreveu e está no texto – mas sim, o que foi interpretado.
Barça, não sei se gosta hip-hop, mas vale a pena conferir um grupo chamado Death Grips, que vai pra um canto que só pode ser chamado de extremo (pra ter uma ideia, eles assinaram com uma gravadora – a Epic – , liberaram o álbum no site, a gravadora reclamou e eles mandaram o presidente tomar naquele e inclusive publicaram a troca de emails na internet). A música faz o qualquer gangsta rap parecer Gabriel O Pensador. Vale a pena nem que seja pela curiosidade.
Conheço, claro, bom demais, vai tocar num próximo ATP, se é que já não tocou…
O grande problema dos festivais brasileiros, além de todos os já citados, é que Globo, através da sua (terrível)empresa Geo Eventos, arruinou com a atmosfera desses eventos.
Temos agora o Globopalloza e depois o Rock(sic) in Rio.
Seria como assistir um show do Dead Kennedys patrocinado pela McDonald´s ou coisas do tipo…
A maior parte das pessoas que eu conheço também já não suporta mais ir nesses eventos. É como pagar para participar de uma grande propaganda.
Não faz mais sentido.
o empresariado brasileiro é ganancioso…se ñ tiver carteirinha de estudante, impostos, taxas, etc, eles deixaram o ingresso alto do msm jeito, em nome da ganancia…
Discordo, Marcelo. O que importa é o lucro, não o preço do ingresso. É claro que, se os custos fossem menores, os preços diminuiriam também, até porque criaria uma competição maior no mercado, com mais gente participando. Com os custos atuais, só grandes empresas se arriscam a produzir shows maiores.
Na boa, acho uma palhaçada essa farra de “ingresso de estudante”, mas DUVIDO de que o preços baixariam após um eventual fim (ou ajuste) da meia-entrada. Claro que os promotores de show inventariam desculpas como momento econômico, custo-Brasil, logística, etc., pra manter os preços lá em cima.
E paulistano é trouxa mesmo e adora pagar caro porque “afinal trabalha pra isso né”. A culpa é também é muito de quem aceita pagar esses preços indecentes. Se eu posso cobrar R$ 900 porque o pessoal vai, por que vou cobrar menos?
Fábio, pense bem: se a maioria esmagadora das pessoas paga meia entrada, vc acha que todo mundo passaria a pagar o valor da entrada cheia, é isso? Já disse 50 vezes, e juro que é a última: quando fazem cálculos de arrecadação de shows, muitos promotores nem levam em conta a entrada inteira, porque é um valor irreal, colocado ali somente para possibilitar a cobrança de 50% do valor na meia. Tem show no Rio de Janeiro que só tem meia, eles fazem um trambique de doação de alimentos.
….”trambique de doação de alimentos”?? pagar 70 paus e mais 1 kilo de arroz pra ver Alabama Shakes ou Primal Scream é trambique? com quem? agora fiquei curioso, Barça!!!
É trambique porque a lei não permite esse artifícios espertos para pagamento de meia-entrada.
Ok, é verdade, mas pra gente, sedento de boa música estrangeira ao norte de SP, é um maná!! A cena aqui é tão pobrinha…. veja só a diferença entre o RiR (que tem só The Boss, de bom rock) e o Lolla. Não dava pra trazer os Lips? ou Black Keys ao Rio???
Barça, o Alabama Shakes no Circo ontem foi incrível. Eu, que já gostava, fiquei assombrado com a voz e o estilão de cantar da menina Brittany. Puta personalidade!!
Acredito.
Nos anos 60, pelo equivalente a 30 reais, você veria um show dos Beatles. Por 50 reais, eles tocariam na sua casa. Por 100 reais, eles não só tocariam na sua casa, como ainda passariam as suas roupas e lavariam a louça
Desde que não levassem a Yoko Ono, eu pagaria cem dilmas de bom grado.
Resumindo o seu texto e os comentários: grandes festivais harmonizam com banheiro químico e otários que pagam pra ir, pois já pagaram via lei rouanet.
Do set todo, só me interessaria ver Tomahawk. Tenho andado chato… aliás, tá tudo muito chato. Nem pelo desconto que rolou na pré-venda tive vontade de pagar. Vou passar o feriado revendo uma leva de filmes do Abel Ferrara, graças a uma dica sua de tempos atrás. Abraço e força pro Noel.
Impressionante esse leilão do cache do FF que começou em R$1,5 mi e terminou em R$5 mi! Bota surreal nisso
Poderia ter um limite para meia-entrada entre 40 a 50 porcento.
A crise na Europa também influencia quando um empresário de uma banda sabe que é do Brasil acho que ele aumenta o valor para vim.
Há outro problema muitos artistas vem na mesma época fazendo com que o público escolha o artista.
Quando um artista está em evidencia ou no auge e nunca veio a procura será alta.
Lady Gaga cometeu o erro de não tem vindo no auge diferente do ano ]passado.
Quando é pra ferrar os outros ou burlar leis, brasileiro é o povo mais criativo do mundo. Se vc limitasse o percentual de meias-entradas, a lotação dos locais iria subir misteriosamente.
Acho que, além do preço, o “phoda” é a inevitável mistura de bandas muito boas com lixo puro. Para cada Flaming Lips tem sempre 5 “Cidade Negra” ou uma trolha dessas. É como pagar para comer Salmão e ter cheetos sabor jiló de entrada. E ainda pagar caro por isso!
Ouso (ser mais um a) discordar quando você diz que quem vai a festivais não gosta de música. O desconforto, o perrengue e pequenos problemas técnicos com o som até ocorrem, porém, as pessoas passam por tudo isso justamente por gostar de música, sobretudo quando acompanhada da energia que um show com o artista certo e para a platéia certa proporcionam. Só quem tá lá, só quem é de lá! Agora, que é perrengue pra tudo, isso é indiscutível!!
Por favor, leia direito: eu não disse que quem vai a festivais não gosta de música. Eu disse que quem vai a festivais gosta de festivais. Claro que tem gente que vai a festivais e gosta de música, mas festivais não são os lugares adequados para apreciar música.
Ok, Andre, até concordo que você não disse que “quem vai em festivais não gosta de música”. Contudo, ao dizer que “festival não é para quem gosta de música”, talvez você tenha deixado a impressão (ao menos em mim, talvez não na maioria) de que quem gosta verdadeiramente de apreciar música, necessariamente não gosta de festivais. Nisso eu, que adoro apreciar música e também gosto bastante de festivais, me senti excluído do seu conceito de o que é apreciar música de verdade.
Mas enfim, pode ser que eu tenha entendido errado..
Pra resumir: festival grande não é lugar adequado para quem gosta de música. O que não quer dizer que quem gosta de música não deve ir a festivais grandes. Vai quem quer, ora.
qq um concorda q um show pequeno de 2 horas e’ muito melhor do q um mega festival de 12 horas na lama.
mas as vezes nao se tem opcao.
ai a pergunta deveria ser: vale tudo para ver um banda tocar ao vivo?
Conheci um advogado que trabalhou em outros eventos para a organizadora do Lollapalooza, a GEO Eventos. Ele disse que ela e’ da Globo, e que os caras sao bem inescrupulosos, tratam as empresas que montam o festival feito lixo, entre outras barbaridades. Voce por acaso conheceu ou ja ouviu algum relato semelhante sobre eles Barcinski? Abracos!
Não conheço a empresa, Otavio.
A Geo Eventos é da Globo, sim. Foi ela que organizou o sorteio dos grupos das eliminatórias nos vários continentes pra Copa 2014, em julho de 2011, no Rio.
Apesar de ser um evento particular, da FIFA e do COL (leia-se CBF), a Geo Eventos (Globo) recebeu pela organização 15 milhões de reais da Prefeitura do Rio e mais 15 milhões do Governo do Estado.
Barcinski, fui na edicao do ano passado, caos para entrar/sair e filas enormes pra comprar coisas. Nao vou mais. Quando fui no Sonar SP ano passado foi mais organizado e agradavel, entao conclui que os problemas tem a ver tambem com o tamanho do festival. Espero que o All Tomorrows Parties de fato venha pro Brasil mas que tenham um minimo de respeito pra quem pagar.
faltou o link! https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=JgKBKNLkyw4
off topic: André, você viu essa entrevista curtinha do Clapton pra promover o disco novo? Ele diz que o nome do álbum, Old Sock, veio de um agradecimento do Bowie depois dele mandar um elogio pela música “Where Are We Now?”. Clapton ouviu e adorou.
Barcinski, alguma consideração em relação ao local do evento? Tem uma rádio de notícias que está diariamente reclamando sobre a falta de respeito em realizar o Lollapalooza em uma área estritamente residencial, que incomoda os moradores e etc. Seria de interesse público essa reclamação constante? O coletivo sempre deve ser priorizado sobre o individual?
Olha, SP tem pouquíssimos locais onde é possível realizar shows. Quantos eventos desse porte acontecem no Jockey por ano? Um? Dois? Atrapalha tanto assim o bairro?
Pois é, não vou ao evento e penso a mesma coisa que você. Todo dia a caminho do trabalho escuto o noticiário dessa estação e precisa ver o sensacionalismo que estão fazendo, acho que deve ter acionistas ou patrocinadores que moram ali na Cidade Jardim.
O paulistano médio não sabe viver em sociedade. Por causa desse tipo de habitante, não se pode mais fazer shows no Pacaembu. Porque a pessoa mora ao lado de um estádio e reclama de barulho. É como morar do lado de Congonhas e reclamar dos aviões (e olha que esse tipo de reclamação existe também).
Outro lugar ótimo para shows é o estádio/pista de atletismo do Ibirapuera (vi Bowie lá em 1997, perfeito). Mas pela mesma falta de noção dos vizinhos, não há mais shows lá desde então.
O local onde foi feito o Terra em seu primeiro ano, aquela fábrica de PVC abandonada em Santo Amaro, foi um achado. Encheu e, mesmo assim, a circulação estava 100%, Pena que a especulação já pegou pra ela.
http://glamurama.uol.com.br/apesar-da-fama-tom-cruise-precisa-de-figurantes-em-estreia-no-rio/
Já não fazem mais ídolos como antigamente…
O que mais me enoja é que esses caras ainda pegam dinheiro público via Lei Rouanet pra vender ingressos por R$ 1mil.
Quem pega dinheiro público deveria dar contrapartida social, ser obrigado a fazer uma versão pocket (seja show/festival/apresentação/circo/teatro/etc) aberta e gratuita em praças e parques da cidade.
Só pra constar: ticket pra 3 dias de Primavera Sound em Barcelona (com Blur, Bob Mould, Deerhunther, etc) a 200 Euros. Exatamente a metade do nosso Lollapaloser.
Verdade, até o Rock in Rio pega grana via Rouanet, é um abuso.
Nao vejo problema no preco dos ingressos. Se tem demanda tem mais e’ q bicar o preco la em cima.
A palhacada e’ entrar com incentivo fiscal para esses espetaculos.
Barça, você que frequentou festivais gringos… além das filas pra banheiro/comida e transporte, quais as principais diferenças entre os festivais de lá e aqui? Digo isso porque fui no Monsters of Rock, SWU 2010, SWU 2011, Lollapalooza e passei pro problemas somente em Itu, no SWU, por causa de chuva.
Festival grande é ruim em tudo quanto é lugar, com raras exceções. Festivais na Inglaterra costumam ser os piores, com mais lama e fila.
Austin City Limits é fantástico. O lolla Chicago soube que é bem legal. De resto é idade (mental) para aproveitar sem ficar de mimimi com banheiro químico, fila etc.
Banheiro qúimico e fila agora viraram “mimimi”. O gênio paga 330 reais e ainda acha que tá tudo bem. Tem louco pra tudo mesmo.
Vou não querido! Nem no Brasil moro. Se estivesse provavelmente iria Sábado e Domingo. Adoro ver banda boa. Ainda mais um monte em um mesmo lugar.
Todo festival tem lá seus perrengues. Alguns mais outros menos. Por exemplo não encaro um Glastonbury. Mas seu radicalismo de que em qq lugar do mundo festival é um sufoco e que é para quem não gosta de música é bobagem…além de ser uma mentira (ao menos que vc se considere a única pessoa que REALMENTE gosta de música do mundo inteiro). Eu vou, tenho muitos amigos criticos, músicos ou simplesmente entusiastas que vão.
O Sr. não vai por ser uma mala. Diga isso. Festival vai todo tipo de gente. INCLUSIVE fã de música.
Vou sofrer lá no sábado também. Concordo com tudo que você disse sobre os festivais, mas ainda acho que uma ideia bacana na teoria, tendo a chance de ver algumas bandas que eu não iria num show somente das próprias. Mas a questão de preço alto e falta de conforto é evidente. 1 abraço
André,
Você que já mexeu com espetáculos me explica uma coisa: segundo o site da Veja foram vendidos 140000 dos 180000 ingressos disponíveis para o festival. Isso dá quase 80% do total. Pergunto: o que explica que um evento que venda essa quantidade de ingressos e tenha patrocínios provavelmente robustos não consiga nem se pagar?
Em primeiro lugar: se o evento diz que vendeu “x”, pode descontar uns 40% aí. Se o Lollapalooza estivesse vendendo bem, não haveria promoções de ingressos em sites de compra coletiva. Quanto ao custo, continuo achando que os cachês pagos no Brasil são fora da realidade. As mesmas bandas, tocando na Europa, ganhariam muito menos.
Acho que não verei nem pela TV. Até tem umas bandas legais e até uma que gosto bastante, The Killers, mas que eu já vi em Curitiba alguns anos atrás. Aliás dizem que irão reabrir a Pedreira. Para mim é o melhor local de shows a céu aberto que eu já fui.
Achei até que já haviam reaberto. Realmente é um dos melhores lugares, mas para esse tipo de festival seria pequeno.
Meu primeiro show internacional foi na Pedreira (Close up Festival de 1997 com No Doubt e David Bowie).
Pdr fui nesse festival em SP. Tamanho bom, sem fila e entre as bandas tb tinha ERASURE!!!! hehe