Bom Lollapalooza para vocês!
28/03/13 07:05Amanhã começa o Lollapalooza. Bom show para quem vai.
O festival tem várias bandas que eu gostaria de ver – Flaming Lips, Tomahawk, Queens of the Stone Age, Hives, Black Keys – mas só de pensar em fila de banheiro químico, fila de bar e fila de táxi, desisto. Verei em casa mesmo.
Quando escrevi aqui no blog que festival não é para quem gosta de música, mas para quem gosta de festival, muita gente chiou. Mas a verdade é que festivais, especialmente esses gigantes, não são os lugares ideais para apreciar música. O som não costuma ser dos melhores, o desconforto é grande, e as melhores bandas geralmente têm shows encurtados para abrir espaço para atrações mais populares.
Outra coisa que irrita são shows simultâneos. No sábado, por exemplo, é difícil saber que show perder, se o Franz Ferdinand ou o Alabama Shakes. Farei questão de perder os dois.
Ontem, meus colegas Lucas Nobile e Matheus Magenta fizeram uma matéria ótima na “Folha” sobre a crise dos festivais e megashows no Brasil (leia aqui).
A coisa não está fácil: SWU e Sónar cancelados, shows de Madonna e Lady Gaga encalhados, The Cure transferido para lugar menor, e o próprio Lollapalooza vendendo menos que o esperado (vi promoção de ingressos em sites de compras coletivas, o que é péssimo sinal).
Talvez o mercado de grandes shows no Brasil tenha, finalmente, chegado ao limite.
Acho que o principal problema são os custos envolvidos, que encarecem demais o preço dos ingressos.
E as razões são muitas: em primeiro lugar, o “custo Brasil” (impostos, frete, passagens aéreas, burocracia) realmente dificulta a vida dos promotores.
A lei da meia-entrada, como já escrevi aqui no blog, é uma falácia, um trambique que só serve para enriquecer associações estudantis e punir quem tem a decência de não usar carteirinha falsa.
Mas o principal culpado pelos custos abusivos dos ingressos são os próprios eventos, que há anos fazem leilões para garantir artistas e, com isso, tornaram o Brasil um oásis para agências de artistas. Nenhum país do mundo paga cachês tão altos.
E isso aconteceu devido à guerra entre grandes eventos corporativos, que atingiu seu auge no meio da década passada.
A loucura por atrações de peso era tanta que eventos pagaram fortunas para ter artistas tocando em lugares pequenos. Quem pode esquecer o Tim Festival escalando artistas gigantes como Kanye West, Strokes e Beastie Boys em shows para 2 a 4 mil pessoas?
Quando um evento não precisa da bilheteria para se pagar, acontecem essas barbaridades.
Por muitos anos, os grandes festivais brasileiros pagaram cachês inflacionados e irreais. E como todos os artistas se conhecem e trabalham com as mesmas agências, essa farra do boi se espalhou pelo mundo.
Cansei de ver bandas recusarem propostas para fazer turnês no Brasil, na esperança de encher o bolso em algum festival.
O Wilco, por exemplo: conheço um promotor que estava negociando três ou quatro shows, por um cachê compatível com que a banda recebia lá fora. Daí, um grande festival corporativo ofereceu à banda três vezes mais, por apenas um show. Detalhe: o festival colocou o Wilco para tocar depois do Arcade Fire, e 90% da platéia foi embora depois do Arcade Fire.
Diferentemente do promotor do Lollapalooza, que comemorou a derrocada do SWU, torço para que o festival dê certo e tenha uma vida longa no Brasil. Mas alguém precisa frear a insanidade do preço dos ingressos. Pagar 990 reais (mais “taxas de conveniência”) por três dias no Lollapalooza é uma barbaridade.
Quem quiser acompanhar meus comentários do Lollapalooza pelo Twitter, é só acessar @andrebarcinski. Bom feriado a todos e até segunda!
André,
Meio que inspirado por você, vou ver o Lolla no Chile.
O ingresso, passagens e hospedagem sairam só um pouco mais caro que valor dos três dias daqui de São Paulo.
Como brinde ainda dou uma passeada em Santiago.
Excelente idéia, também faria isso.
Pera lá Ronaldo.
fui pesquisar, o preço lá está 65 mil pesos chilenos.
Convertendo para real, dá R$ 280 reais por dia. Os dois dias fica R$ 400.
Dá para explicar a sua conta do “só um pouco mais caro”?
Jean,
Eu comprei o ticket que vale pros dois dias, por 85mil pesos,R$ 365,00
A passagem ida e volta pra lá saiu R$560,00.
Hostel pra 4 dias saiu 170,00
Aqui o passe para os três dias sairia mais de R$1000.
André, vc já falou sobre o assunto da meia-entrada X preços dos eventos culturais outras vezes, mas eu fico com a mesma opinião: se por um acaso, a meia-entrada morresse no Brasil não haveria uma diminuição substantiva do preço do ingresso, pois aqui geralmente as coisas são mais caras mesmo e o “olho grande” de alguns promotores tb não ajudaria neste ponto…
Não faz sentido, João, porque hoje o preço “oficial” que os promotores usam, quando vão calcular os custos vs. bilheteria, é o de meia-entrada. A lógica é simples: a entrada inteira, poucos pagam.
O problema que já tá enraizado que o custo é esse independente da meia entrada. Acho que mesmo se não tivesse,meia entrada, os preços não cairiam o justo (é só ver o custo da cesta básica após a desoneração). Fico triste pois faz 14 anos que não sou mais estudante e continuarei pagando, para lazer, um preço muito maior que o que seria certo.
Parabéns pelo comentário. Oportuno, realista, inteligente… Só o Pearl Jam presta no Lolla, o resto é tudo banda afrescalhada. Melhor guardar dinheiro para o festival do Clapton no Madison Square Garden… é mais caro mas compensa.
Putz,não sabia que o Franz Ferdinand é “afrescalhado”.kkkkk
Deve ser algum assessor do Malafaia ou do Marco Feliciano
que escreveu isso.Ou um dos filhos do “titio” Bolsonaro.kkkkk
Pois é, moro do lado do Jockey e não vou no Lollapalooza pq me recuso a fazer carteirinha falsa (já me ofereceram, claro). Pelo preço da meia eu iria sem dúvida, mas não vou pagar mais de R$ 1000 pra ir num festival.
Já que o Franz Ferdinand vai cantar no festival,deveriam
trazer todas aquelas mulheres que aparecem junto com
eles no clipe “No You Girls”.Ia parar SP com certeza.Seria
puro êxtase.Se trouxessem,deveria ser de graça,pra eu
e as torcidas do Corinthians,Santos,São Paulo,Palmeiras,
Portuguesa e Juventus verem.I love UK!
De onde você tomou esse ácido, tem mais?
Não tomo ácido.Você que é fã do Michel Teló,deve tomar.
As questões de fila de banheiro, de bar e etc são perfeitamente contornáveis, basta um pouco de organização do Festival. O Planeta Terra do ano passado foi realizado no mesmo espaço e não tinha esses problemas que foram vistos no Lolla. Quanto ao Taxi, também é contornável pois do Joquei dá para ir caminhando até a Av. Cidade Jardim (uns 20 minutos) e pegar um taxi a preço de tabela.
Quanto ao preço abusivo, aí já não tem como fazer nada mesmo. Uma conseqüencia interessante desse crescimento dos festivais nos últimos dois, três anos é que shows individuais de bandas internacionais com maior apelo em lugares tipo o Credicard Hall, Via Funchal praticamente sumiram. Lembro de até 2008 e 2009 ter visto shows de bandas como o REM e o New Order nesses lugares.
Os preços estão inflados porque toda economia está inflacionada. Agora é hora de pagar a conta. Viu os resultados do PDG ontem? Então, a crise está vindo. Ninguem fala dela na tv mas chegamos ao ponto que não podemos mais pagar o preço dos ingressos. Antes a inflação não estava tão ruim, o “crescimento” era alto, os salarios subiam, “teremos dinheiro” pensava o brasileiro enquanto se endividava, e dava pra pagar, pra ir nos shows. Agora, lembra dos anos 80? Vamos ter um revival hahahah. Olhas os fiscais da Dilma aí gente!!
Barça, vou conseguir ver pelo menos dois dias de evento por menos de 200 reais, acabou compensando, embora o stress já esteja martelando na minha cabeça. Mas só de saber que o valor caiu pra menos de 1/3 do total já dá uma animada, é chegar, ver os dois, três shows que queria e ir embora.
Fui aos festivais do SWU e foram um pesadelo,fila,fome,lama lamentável um evento tão grande e tão mal estruturado. Agora vou assistir em casa uma pena pq queria muitooo ver várias bandas
O problema da meia-entrada é complicado.
Mas tenho certeza de uma coisa: se as carteirinhas não existissem, os preços seriam os mesmos. Ou estariam MUITO próximos.
Tudo que tem “valor” no Brasil está muito acima da realidade. Artes, imóveis, comida, futebol…
André, a matéria está completa no link que você colocou? Fiquei com a sensação de aquele não era o pé dela.
Só para corrobar: o GP de Fórmula 1 de SP e as apresentações do Cirque du Soleil no Brasil têm os ingressos mais caros do mundo. Ah, o show do Dylan no Via Funchal também foi o mais caro de toda a turnê mundial dele. Essas aberrações dizem um pouco sobre o brasileiro.
Além do Wilco, tivemos o genial Grandaddy tocando para ninguém no Free Jazz Festival de 2001. Uma pena…
A crise é ruim, claro. É bom ter opções e ver quem gostamos no próprio país.
Mas que é bom assistir a punição pela prática destes preços irreais dos ingressos, isso é bom.
André, só pra saber: o que vc acha do Killers?
Achei o primeiro disco legal, mas não tenho saco pro que virou depois, uma banda de rock de arena.
André,
Por curiosidade, fui cotar os preços para ir ao Rock in Rio.
Serão cerca de 2000 reais para 3 dias, sem luxo nenhum. Um absurdo.
Vou fazer igual a você, ver na minha casa.
No RiR eu só veria o Bruce Springsteen. Slayer sem Dave Lombardo não dá.
To pensando em encarar o RiR pelo Bruce apenas. Já viu algum show dele, André?
Nunca, só em DVD. Sinceramente, não sou dos maiores fãs do cara, mas veria o show, que costuma ser muito bom.
Pois é, Slayer sem Lombardo e Hanneman é bem estranho. Pelo que li, depois do Bill Ward ser sacado do Sabbath por grana, foi a vez do Lombardo. Quanto a Bruce Springsteen, tem todos os predicados, e deve fazer um show bacana, mas algo no som do cara não ‘clica’ pra mim.
900,00R$ pelo Lolla e 600,00 pelo Cure, de jeito nenhum. São ótimas atrações, mas eu acho
um absurdo o pagamento desse serviço levando em conta o que é “dado” em troca.
No caso do Cure, o Anhembi eu considero um “quebra galho” para shows. No meio do nada e eu que moro próximo do ABC, após o show teria que pagar uns 200,00R$ de táxi, já que ir de carro é pesadelo.
Sobre o Lolla, custava fazer dois palcos igual fizeram no SWU? Assim ninguém precisava perder um show bacana enquanto outro ocorre.
Bom, o legal é que haverá o “Lollapalooza HC” semana que vem (Bad Brains sexta e Dead Fish sábado e domingo). Bem mais em conta e provavelmente mais divertido pra quem gosta do som.
Mas tem dois palcos principais no Lollapalooza onde os shows vão revezando. O problema do caso que o Barça levantou é que o Alabama Shakes toca num palco alternativo.
Verdade. Falei besteira. Mas os shows pelo jeito começarão “colados”, quando um acabar
outro começa na sequência, sem um intervalo que nem houve no SWU de 15 minutos.
Se um palco for longe do outro, prejudica.
No ano passado tinha entre 5 a 10 minutos entre um show e outro. Dava para ir até o outro palco mas, no caso dos shows mais concorridos, vc ficava no fundão.
Lembro no show da Joan Jett que, depois que ela tocou “I love rock and roll”, mais da metade do público saiu para pegar um lugar pro show do Foo Fighters. Foi meio constrangedor.
Pior foi depois que ela foi fazer uma “canja” no show do Foo Fighters e tocou…
Uma nota maestro!!!
Qual é a música?
No mundo inteiro tá insano. Minha namorada está trabalhando no Bluesfest, da Austrália, que começou hoje. Robert Plant e Iggy and the Stooges estão entre os headliners, ainda tem o Wilco e tal. Mas 90% das bandas eu não conheço. Não sei de onde os caras tiram uma banda chamada “Soja”. Ingresso para 5 dias de festival: 585 dólares. Rola de fazer uns pacotes tipo pra família, 1400 dólares (4 pessoas). Claro que o poder aquisitivo da população australiana é muito maior que o da brasileira e que a distribuição de renda é mais igualitária, mas ainda é caro pra diabo. Barcinski, uma coisa que eu não vejo ninguém comentar é como são mimados os artistas. Minha namorada contou hoje que o tour manager do mala do Ben Harper ficou puto porque tinha alguém fumando próximo às toalhas que o cara usaria para se enxugar após o show. Juro que não acreditei num negócio desses.
Cara, no Brasil festival nunca foi bem organizado e o absurdo aconteceu exatamente como você colocou. Mas que exemplos você tem de bons festivais de décadas passadas, no Brasil e no mundo? Sei que tem o “All Tomorrow’s Parties”, onde bandas e artistas são os curadores. Já teve festival escolhido pelo Shellac, Mudhoney, Sonic Youth, Melvins, Dinosaur Jr. e até pelo Matt Groening.
Hahaha essa da toalha foi fueda.
E o ATP, que é o festival mais legal da Inglaterra, quase foi à falência. Tavam devendo pra todo mundo (nem o cache do Portishead, que curou o festival em 2011, conseguiram pagar) Mas as propostas são realmente legais e o preço é justo.
O festival de curadoria do TV on the Radio que vai rolar agora em maio custa 180 libras por pessoa por 3 dias de festival, com estadia em apartamento incluída. Apartamento mesmo, não é tenda. Só espero que consigam sobreviver nessa selva.
SOJA – Soldiers of Jah Army, eles se apresentaram no Planeta Atlântida (RS) esse ano!!!!
Única banda que eu quero muito ver nesse Lollapalooza é o Hives, que vai tocar por 1 mera horinha… e ainda não sei se vale pagar ingresso e aguentar perrengues e galerinha u-hu de festival pra ver a banda por tão pouco tempo.
Para ver o Hives nos EUA eu aguentei o show da Pink que vinha no pacote.
So o show deles ja vale o festival.
O último festival que fui foi o Planeta Terra que tinha J&MC e Breeders, naquele dia fiz a promessa que não iria mais a um festival a não ser que ressucitassem o Joe Strummer, John Lennon e George Harrison para tocarem nas suas respectivas bandas.
Para molecada festivais ainda prestam mas para os tiozinhos é um pusta porre.
Muito bom texto!
Alguns dos fatores eu conhecia, mas alguns foram novidades, como o cachê inflacionado dos artistas.
Também me recuso a ir ao Lollapalooza! Tem todas essas questões que encaressem o evento, mas, como você falou, os preços dos ingressos são abusivos. Isso ocorre, também, porque eles sabem que mexem com a emoção de fãs e tudo mais, dispostos a pagar qualquer preço pra ver seu artista favorito. E dá-lhe áreas vips, pista premium plus plus plus que o povo aqui adora dizer que foi (ok, no Lollapalooza não tem essa). Infelizmente, acho que nunca verei o Wilco ao vivo. Isso dói!
Só uma coisa me chateia, perder as músicas novas do Queens of The Stone Age. E como já estão aqui, não devem voltar para um show próprio.
Isso que mata……um show só deles num lugar menor e fechado seria sensacional.
O QOTSA só vem ao Brasil em festival: RiR, SWU, Lollapalooza… Eu veria com prazer numa casa de shows fechada, mas festival, tô fora. Em tempo: o Kyuss, com John Garcia e Nick Oliveri, fez um show monstro para 300 pessoas no Carioca Club. Vai ser difícil o QOTSA, nesse cenário asséptico de festival, superar isso.
Foi demais o show do kyuss, sonzera!
André e amigos do blog,
Além dos fatos que citou, não seria também um problema de “mais do mesmo”?
Pega o exemplo do próprio Lolla: as principais atrações – Pearl Jam, Killers, Queens, Franz – tocaram aqui ou no ano passado ou no anterior. Não é mais novidade! O próprio Franz está para o Brasil como o Pato Banton e o Jimmy Cliff estiveram nos anos 1990s, ou seja, quem gosta acabou trombando com um show deles em qualquer lugar.
Não sei no Rio, mas vi o Strokes em 2005 aqui em SP e o show estava lotado!!! Já o Beastie “pulou” do Rio para Curitiba e não veio para SP. E o Kanye tinha ingresso 1/4 mais barato na mão de cambistas mas isso foi em 2008…
Sim, claro que a falta de shows inéditos também atrapalha. Mas artistas legais e que nunca tocaram no Brasil estão cada vez mais raros: Portishead, Leonard Cohen, são poucos…
Sim André, concordo com você. Mas veja o PT de 2011: com os Strokes (que tinham se apresentado em 2005) e o Beady Eye (tá era inédito, mas o Oasis veio em 98, 06 e 09) e os ingressos se esgotaram em 1 dia!!!
O Planeta Terra de 2011 foi um dos que deu menos dor de cabeça no dia. Distribuíram água na fila e depois de passar a tarde toda longe do palco consegui ver os últimos quatro shows bem de perto.
Jean, não sei se os ingressos se esgotaram tão rapidamente assim no PT 2011. Na semana que antecedeu ao festival, surgiu uma porrada de promoções. Eu ganhei 4 ingressos! Meus amigos ganharam tantos também.
André Yamagami,
Pode não ter sido em um dia, mas se esgotou rápido sim! Eu trabalhava na Paulista, vi a fila e resolvi deixar para comprar “mais tarde”… me ferrei.. pena eu não ser seu amigo…
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/06/ingressos-do-festival-planeta-terra-estao-esgotados.html
Barça, engraçado que já li aqui que tu não gostava (muito? nada?) de Faith No More e aqui escrevestes que gostaria de ver o Tomahawk. O próprio Mike Patton disse que é o projeto mais próximo da banda que o deixou famoso mundialmente. Acho o Tomahawk “não tão mais legal” que Fantômas e o sensacional Mr. Bungle.
Festivais bem… são fodas de aturar mesmo! Depois do SWU passado, 24 horas em pé pois não tinha como sentar naquele lugar cheio de lama, eu estava pedindo arrego!
Desculpe fazer propaganda, mais adoro quando tem coisa boa no Via Funchal… ar condicionado… lugar pequeno. O show que vi do Living Colour foi o melhor de minha vida! O do Buzzcocks no Espaço das Américas também foi muito bom!
Falando em Buzzcocks, não conhece alguém que poderia trazer os caras pra cá? Eu lembro que tava cheio o show! Os caras são gente finas demais! Fiquei trocando idéias com eles antes do show.
Um abraço a todos! E feliz picanha!
(Isso mesmo picanha, é mais barato que chocolate em forma de ovo e “diverte” muito mais).
🙂
Todos os projetos paralelos do Mike Patton são ótimos. Mas nem ele aguenta Faith no More.
Ahh eu “aguento” FNM é foda!
O Mike Patton vai voltar ao Brasil esse ano com o Moonchild, projeto que tem um line-up estelar: John Zorn, Joey Baron e Trevor Dunn. Tenho certeza que o Tomahawk vai fazer um showzaço no Lollapalooza, mas boa sorte a quem se aventurar. Em tempo: o show do FNM no SWU foi antológico. Tenho certeza que o Patton se divertiu muito ali, mas também entendo que é coisa com prazo de validade. Para um cara inquieto como o Patton, é claro que é mais motivante fazer música nova do que ficar preso ao trem da nostalgia.
O Mike nunca escondeu que continua o FNM pra ganhar grana e poder manter seus projetos solo e sua gravadora. Tá certo ele.
O Buzzcocks se apresentou há uns 2 anos no Clash… acho que o Adolecents abriu para eles…
Eu sei! Mas já está na hora de voltar… rs
Grande banda, gostaria de ter ido ver…
Eu não gosto de festivais, mas gosto de música. Fui ao Primavera Sound ano passado e foi a melhor coisa que eu já fiz. A vida é muito mais legal sem mimimi.
E outra, também estive no Tim Festival que contou com o Arcade Fire e o Wilco e é brincadeira dizer que 90% da plateia saiu depois do AF. Pode ficar muito mais bonito no seu texto, mas é mentira.
Não é mesmo. Não havia 400 pessoas vendo o Wilco. Vi o show encostado no palco, de tão pouca gente que havia. Até comentei isso com a banda no dia seguinte, e eles estavam chateados porque não iriam tocar em SP e haviam tocado para pouca gente no Rio.
Esse show do Wilco na Marina da Glória tinham testemunhas sim. Um conhecido chegou atrasado e não viu o AF, também viu apoiado no palco, fez amizade com o pessoal da banda e até ganhou uma carona para o hotel.
Felipe, André e Jean, eu tb estava no show do AF e Wilco, e se me lembro bem o show do Wilco até que começou com uma boa lotação mas foi esvaziando aos poucos e como o show foi bem longo, do meio pro fim ficou vazio mesmo, eu obviamente fiquei até o fim mas se dependesse da minha esposa e do casal de amigos que nos acompanhava, teria ido embora tb quando começou a esvaziar, mas valeu ter ficado foi um show excelente e com conforto.
Cara, eu escrevi sobre o show e tenho certeza absoluta: assim que acabou o Arcade Fire, que era “a” banda hypada do momento, a grande maioria ao público foi embora. Claro que o número diminuiu ainda mais ao longo do show do Wilco, já que pouquíssima gente conhecia a banda. Minha mulher e eu adoramos, porque pudemos ver encostados no palco.
Foi uma pena, pq o Mini Tim aqui não teve Wilco…
É verdade que esvaziou depois do AF, mas não ficou apenas 10% do público. Mesmo porque a lotação do Tim Lab era de 2000 pessoas.
E fico feliz que fosse. Melhor ver uma banda querida ali do que no Rock in Rio.
Graças a Deus, eu erar uma das poucas testemunhas. Baita show!
Uai! Será que eles sabem que em SP teriam uma recepção maior…? Será que os gringos têm conhecimento dessa dicotomia entre SP e Rio quando se trata de show de rock…? Mas acho que hoje em dia não tem mais isso, né…
O Rio sempre foi o túmulo do rock, com públicos bem menores que shows em SP. Claro que as bandas sabem disso, não é segredo.
Em 2010 o Social Distortion fez turnê pelo Brasil. Fui em três shows seguidos, sexta no Rio, sábado em São Paulo e domingo em Curitiba.
No Rio, o Circo Voador não encheu. Eu passei o show inteiro encostado na grade, e se quisesse sair dali pra comprar uma água e voltar, era fácil. Um cara ali resolveu que ia ver o show de todos os ângulos possíveis e ficou perambulando pelo “pit”.
Em São Paulo, em compensação, tinha 4000 pessoas no Via Funchal e em Curitiba o Master Hall, lugar médio para 2000 pessoas, estava lotado.
Fiz o Sisters of Mercy em SP: 4700 ingressos. No Rio, 330.
As carteirinhas de estudante generalizadas são uma piada (de mau gosto) mesmo. O revoltante é que, quem é justo tem que pagar o dobro no valor do ingresso, uma vez que o valor real dos ingressos é o da meia-entrada, tal a generalização das carteirinhas. Este é o maldito Brasil do jeitinho…..
Teríamos que fazer festivais com bandas brasileiras e convidar um ou outro internacional apenas.
Não sei se entendi errado após a leitura do texto, mas os principais pontos negativos são: desconforto, som e infra precários. Além de shows simultâneos.
E isto tudo em FESTIVAIS. Logo fazer um festival com bandas brasileiras talvez não ajude tanto…
… isto em minha humilde opinião.
Festival com apenas bandas brasileiras aqui em SP não resolve. Fui em um com Charlie Brow, Pitty e Bad Religion. O povo chega apenas para o show gringo.
isso dá certo se for os Rolling Stones, por exemplo.
André, também me recusei a ir ao Lollapalooza. E é muito bom ter lembrado do Tim Festival. Foram 90 reais bem gastos na edição de 2005, no Anhembi, e na de 2006, quando os shows foram transferidos para o Tom Brasil e pouquíssimas pessoas ficaram até o final para ver o Daft Punk.
a questão da carteirinha estudantil é menor. o preço dos shows está nos mesmos patamares dos gringos. as empresas fazem o show com a intenção de ganhar o maior volume de dinheiro possível, gastando o menos possível – é a lógica comercial. as empresas trabalham sobre as regras estabelecidas e cenários – a carteirinha entra no mimimi da especulação sobre o porquê dos valores dos ingressos e blá. qual empresário lançou até hoje uma promoção qualquer no preço dos ingressos? a questão é que se as pessoas pagam eles continuam cobrando. basta entrevistar qualquer pessoa dessas empresas de entretenimento que não sejam os patrões. é óbvio que se tentar levar vantagem no preço de qualquer coisa que vc queira adquirir no espaço do evento. eles vão oferecer o pior pedaço de pizza, o pior sanduíche, shows de gente que deveria ter passado por aqui 30 anos atrás, essas coisas para sair barato pra eles e caro pra quem consome, e gerar lucro. a carteirinha sempre ajudou a ter a casa lotada na época das vacas magras. agora que voltou esse período é hora de repensar o orçamento, a parafernalha, os artistas escolhidos, o fato de todo mundo tocar um instrumento, etc.
Não é menor a questão da carteirinha não, ela é fundamental.
Mas André,
Podemos dizer que é um círculo viciante? A esses preços que cobram nos shows, se não fosse as carteirinhas, não iria muita gente. E se não tivessem tantas carteirinhas, os shows seriam mais baratos?
Teoricamente poderia ser isso, mas eu não acredito muito não. Não acho que os ingressos são caros devido apenas as carteirinhas…
Lembro do TV on The Radio. Em um ano, para vê-los no SESC (tudo bem é SESC e cancelaram) estava menos de R$ 10. No ano seguinte, no Via Funchal estava R$ 180!!!!
É muita diferença. E o Via é muito maior que a choperia do Sesc.
SESC não é parâmetro, ele se sustenta com dinheiro de imposto compulsório e o preço dos ingressos é irreal. Eu acho que os ingressos cairiam se não houvesse a meia-entrada, claro.
ok. retire a carteirinha, e duvido que algum empresário vá baixar o preço o qual muita gente pagou sem pestanejar. olhe a situação da redução do IPI que só aumentou a margem de lucro dos empresários.
Vamos lá, bem de-va-gar-zi-nho… Na hora de calcular a renda do show, os promotores quase não levam em conta o ingresso de inteira, de tão pouca gente que paga. Portanto, se não houvesse meia entrada, é óbvio que os preços tenderiam a cair.
Falar que o valor esta no mesmo patamar “dos gringos” é’porque nunca foi a um show lá fora. Os ingressos para três dias de show no Coachella custam quase $300,00 e nem se compara com versão brasileira de Lollapalooza, em nada. Show de artistas mais famosos lá foram custam no máximo $70,00, foi o que paguei por exemplo para ver o Bob Dylan, que aliás foi muito chato. Mas as bandas não tão conhecidas o valor varia entre $35,00 e $45,00. Falo isso porque morei em Los Angeles por 6 anos e fui a mais de 100 shows lá. Sem contar 4x no Coachella e em alguns festivais menores. Aqui não tenho a mínima vontade de ir a um festival. Desde que voltei o unico show que fui foi no do Morrissey porque sou muito fã.
Para comparação, um ticket médio em lugar de boa visualização do “Old Ideas” do Leonard Cohen no Madison Square Garden saiu por 260 dólares a cabeça. Com taxa de conveniência para retirada na bilheteria também. Mas que puta show!
Eu paguei 100 dólares pelo ingresso do Cohen, na 12a fila. Em Madri.
Em Dublin paguei mais ou menos isso. 85 euros, que me lembre.
Na verdade, a primeira vez que fui a Europa – Lisboa/2008 -, fiquei espantado. O meu retorno estava marcado para a quinta-feira. Vi cartazes promocionais de um show do Cat Power que aconteceria no dia seguinte. Não sou lá muito fã da banda, muito pelo contrário, mas caramba! O bilhete para um bom lugar estava sendo vendido a 20 euros! Cheguei a me perguntar como era possível! Ainda mais quando um amigo português me disse que o Radiohead estivera em Lisboa alguns meses antes e o lugar mais caro não passava de 80 euros. Poxa no Brasil a gente paga muito caro pelas coisas!
Desculpe insistir, mas veja o preço para assistir ao Paul McCartney em BH e outras cidades… há ingressos a 600 reais!
Ok, estamos de acordo que é caro demais, não?
Ano passado fui a um festival em Lisboa e paguei 100 euros pelos três dias de shows, com headliners de peso como Radiohead.
André, o link do “leia aqui” não está abrindo…
Estarei por lá sábado e domingo. Vamos encarar o inferno de frente.
O primeiro SWU, em Itu, eu fui no último dia. Dentro do fazendão estava tudo OK…..mas a entrada foi um parto…chegamos as 14:00 e só entramos as 17:00…..e isso que nem tinha tanta gente assim ainda.
Mas beleza, dá pra se divertir com os amigos…
E será que encontrarei algum filhinho de papai com seu “personal headbanger”?
Os shows do SWU foram o que salvaram o evento. A idéia de 2 palcos achei show de bola.
Agoram os perrengues da organização foram “momoráveis”. Filas gigantes, poucos banheiros (inclusive os que tinham, pareciam pântanos), aquela besteira de pegar ficha para comprar algo e lógico o barro que fez gente até perder seu carro.
Np planeta Terra só fui pra ver os Strokes, portanto não passei por perrengue nenhum.
OS banheiros estavam nojentos mesmo…….minha nossa……..mas aí eu já acho que é bem mais falta de educação do que qualquer outra coisa.
E no último dia eu não tive problemas de comprar cerveja….tinha uns ambulantes espalhados pelo meio da galera que aceitavam dinheiro na boa…e o problema nesse dia na hora de ir embora não foi a lama, foi o pó…..secou tudo e o fluxo de carros levantou uma névoa que sem iluminação todo mundo corria risco de bater ou sair da trilha.
A vantagem do Lolla é que será em SP mesmo. Ou seja, bem mais cômodo