“Sofapalooza”: a glória do Queens e o mico do Pearl Jam
31/03/13 23:18Como já havia antecipado aqui, acompanhei o Lollapalooza da “Pista Premium” aqui de casa, mais conhecida por “sofá”. Desisti de festival grande há uns quatro ou cinco anos, e o prego no caixão foi aquele show do Radiohead no estábulo.
Tenho de dizer que o Sofapalooza foi muito bom: as atrações eram muito melhores que as do ano passado, e me diverti pacas.
Quer dizer, me diverti até a noite de domingo, quando o Multishow anunciou que o Pearl Jam não havia autorizado a transmissão de seu show.
Sinceramente, essa história está muito mal explicada. Acho que banda e emissora deveriam se pronunciar oficialmente sobre o assunto.
O Multishow passou semanas divulgando que transmitiria o show do Pearl Jam. Ora, se havia risco de a banda não aceitar, isso deveria ter sido avisado antecipadamente.
Imagine a situação de um fã do Pearl Jam que não tem os 300 ou 400 reais para ir ao Lollapalooza e que confiou na publicidade do Multishow?
Bem que Eddie Vedder, sempre tão rebelde e iconoclasta, poderia pensar um pouco mais nos fãs. Afinal, o ingresso era caríssimo, a banda certamente ganhou uma fortuna para tocar, e muita gente gostaria de ver o show pela TV. Achei uma falta de consideração do grupo com seus fãs.
Essa presepada pegou muito mal, especialmente para uma banda que diz prezar sua independência e que chegou a acusar a Ticketmaster, gigante do ramo de venda de ingressos para shows nos Estados Unidos, de inflacionar preços de ingressos. Muito feio. No mínimo, a banda deveria ter divulgado sua versão dos fatos.
O que funcionou:
Queens of the Stone Age – Tinha visto 45 minutos do show, que estava sensacional (curti ver o novo baterista, Jon Theodore, ex-Mars Volta e Royal Trux), quando a Ampla, nossa valorosa prestadora de serviços de iluminação, conhecida aqui na região pelo carinhoso apelido de “Trevas”, desligou a luz do bairro todo durante os últimos 30 minutos do show da banda. Detalhe: estávamos com luz em meia-fase desde 8 da manhã, e o SAC da Ampla havia prometido uma solução até meio-dia. A luz só voltou às 8 da noite, quando o Perfect Circle assassinava “Imagine”, de John Lennon. Verei o QOTSA inteiro na reprise.
Flaming Lips – Todo festival que se preza deve misturar bandas “de festival”- aquelas que tocam hits, que fazem de tudo para agradar ao público e levantar a galera – e artistas mais ousados e experimentais, que não têm medo de arriscar e de mostrar músicas desconhecidas.
O Flaming Lips havia tocado no Brasil em 2005, e aquele show agradou por dois motivos: porque a banda fez covers de Black Sabbath e Queen e porque Wayne Coyne entrou numa bolha de plástico e se jogou na galera. Mas a verdade é que a banda é pouco conhecida no Brasil.
Assim, quando uma banda que não tem hits resolve tocar músicas lentas e “estranhas” de um disco que ainda não saiu, acho óbvio que o resultado não seria dos mais agradáveis para a maior parte do público.
Foi o show “ame ou odeie” do festival. Quem conhece e gosta da banda estava louco para ouvir as músicas novas. Achei todas lindas e não posso esperar pelo disco. Mas acho que o grupo poderia ter sido escalado num palco menor, talvez simultaneamente a alguma grande atração mais pop. Ajudaria muito.
Lembrando que a banda, há pelo menos quatro anos, entrou numa fase de experimentações sonoras bem mais melancólicas e lentas do que os hinos alegres e festivos da época dos discos “Soft Bulletin” e “At War With the Mystics”. Quem fica parado é poste.
Tomahawk – Muita gente talentosa junta: Mike Patton, o baterista John Stainer (Helmet, Battles), o guitarrista Duane Denison (Jesus Lizard) e o baixista Trevor Dunn (Mr. Bungle, Melvins Lite). Barulheira sensacional. Mais um ótimo projeto de Patton, o Robin Hood do som alternativo, que rouba dinheiro dos grandes festivais com o Faith no More e usa a grana para alavancar sua gravadora, a Ipecac, e seus vários projetos paralelos. Grande sujeito.
Black Keys – O show foi bom, o público adorou, mas eu realmente não consigo entender tanta devoção ao Black Keys. Acho uma banda competente de blues/rock, mas sem nenhum atrativo especial. O White Stripes fez o mesmo, antes e melhor. Mas é fato que o Dan Auerbach tem ótimas influências, e só por ter produzido o último discaço do Dr. John, merece respeito demais.
Alabama Shakes – Tenho um certo preconceito com cantoras que parecem estar morrendo quando cantam. Nunca consegui gostar de Janis Joplin ou de nenhuma de suas imitadoras. Mas não dá para negar que a tal da Britanny Howard tem uma voz privilegiada. A banda faz um country rock de bar, divertido e totalmente genérico. Mas o show foi muito bom e o público adorou.
Kaiser Chiefs e The Hives – Duas bandas cheias de hits, que fazem rock adolescente com muita energia e que fizeram shows empolgantes. Não vão mudar o mundo, mas sabem disso.
Planet Hemp – Confesso que não é a minha praia, mas são excelentes no que fazem e que mostraram um ótimo show. Muito legal ver uma banda brasileira no topo da programação de um festival e que o público respondeu tão bem.
O que não funcionou
The Killers – Não dá. O Killers joga no time de Snow Patrol e Coldplay, todos filhotes do U2. É pop de arena ultraproduzido. Bem feito e tal, mas tão limpinho e politicamente correto que dá vontade de subir no palco e despentear o gel na cabeça do tal Brandon Flowers.
Two Door Cinema Club – Todo festival tem seu representante indie-hipster-dance: bandas com o groove de uma orquestra de gaita de foles. Duvido que alguém consiga diferenciar TDCC de Friendly Fires, Bombay Biclycle Club, We Are Scientists, ou de qualquer outras dessas bandas de branquelos universitários que sonham em ser o Chic.
Deadmau5 – Se eu tivesse 17 anos e estivesse cercado de meninas pulando enlouquecidamente, teria adorado o Deadmau5. Mas ver show de música eletrônica pela TV, tirando espetáculos audiovisuais como Chemical Brothers e Daft Punk, é muito chato.
Som da transmissão da TV – Que mixagem ruim, não? Acho que o pior show foi do Killers, em que só se ouvia a voz do Brandon Flowers.
Jornalismo do Multishow – Impressionante como a produção consegue ferrar a vida dos repórteres. Por que deixar Didi Wagner, que conhece as bandas e tem experiência de entrevistá-las, jogada no fundo do palco, onde a maioria dos grupos se recusa a dar entrevistas antes do show? Por que não gravar entrevistas com os grupos antes e exibir trechos do papo? Ou fazer pequenos clipes sobre a história dos grupos? Foi triste ver a Didi se limitando a mostrar por onde Brandon Flowers iria passar.
Os comentaristas, Guilherme Guedes e Rodrigo Pinto, não parecem ter se preparado muito bem para o evento. Pinto disse que o Queens of the Stone Age não tocava no Brasil desde o Rock in Rio, em 2001 (o grupo tocou em 2010) e cometeu a heresia de dizer que “Jimmy Page e Eric Clapton devem ter ‘inveja branca’ de Dan Auerbach (do Black Keys)”. Tenho certeza que o próprio Auerbach ficaria envergonhado se ouvisse.
Ah, coitadinhos dos fãs. Será que não percebem que é uma filosofia da banda???
Tem coisa mais brochante que assistir pela TV um evento desses?
Tem coisa mais rock and roll do que fazer o contrário do que todo mundo apregoa? O PJ tá certo se foram eles quem decidiram. Eu fui, e curti pacas, quem não foi, só lamento!
Me parece exagero dizer que o “Soft Bulletin” é um álbum com “hinos alegres e festivos”. O tom do disco é outro, majoritariamente melancólico, apesar de, sim, ter também uma mensagem otimista. Sugiro que seja visto esse (http://www.youtube.com/watch?v=widmy3lqT_w) documentário da Pitchfork a respeito dessa obra-prima, algumas histórias bem interessantes são contadas.
Quanto ao comentário sobre o Guilherme Guedes, discordo. Já o vi certas vezes no Multishow e também li algumas coisas que ele escreve por aí, o cara se interessa muito por música e não é de falar qualquer besteira como muitos rostinhos bonitos da tv fazem. Esse vídeo (http://multishow.globo.com/Lollapalooza-2013/Videos/_2489629.shtml) exemplifica um pouco o que eu disse, não dá pra dizer que esse comentário foi de alguém despreparado.
Curto muito o teu blog, os temas que você comenta costumam ser bem interessantes. Abraço e tudo de bom pra você e sua família.
Com certeza o Srº Andre Barcinski é uma pessoa competente no que faz, pois esta em um cargo tão respeitado, na Grandessísima Folha. Mas “opinião” é igual ao reto, cada um tem o seu.
Primeiramente, comentar sem ao menos conferir o evento, é escroto. Com certeza alguns de seus comentários é válido, agora tanto demérito só serve para causar indignação nas pessoas a ponto delas se sentirem obrigadas a gastarem alguns minutos aqui comentando.
Se este foi seu objetivo, parabéns, pois você “causou”.
Acho que uma crítica tão pretenciosa não condiz com o evento, de qualquer forma, continuarei escutando as bandas que gosto, assim como você continuará escrevendo as coisas que acham que vai “vender bem”.
como havia dito, é igual a reto, cada um com o seu.
Sério que vc ficou “indignado’? Com o quê? Falei mal de alguma banda que vc gosta? Confessa, qual? E qual o problema em comentar a transmissão do show, tendo informado que o comentário não foi feito in loco? Muito mais gente viu os shows pela TV que ao vivo. Isso é papinho de fãzoca melindrado, que quer desqualificar o texto sem julgá-lo.
E aí, Barça, viu isso? http://multishow.globo.com/musica/noticias/multishow-vai-exibir-show-do-pearl-jam-no-lollapalooza-com-exclusividade-no-dia-6-de-abril/
Vi, claro. O que derruba a tese de que a banda “nunca” libera transmissão.
Eu fuí no dia 31, fuí especificamente pra ver o show do Pearl Jam. Sobre o pessoal que reclama do cheiro de esterco: frescura. Qualquer um que tenha ido a uma fazenda alguma vez na vida iria levar numa boa. Sobre a lama: haviam locais específicos de lama, em função da chuva no outro dia, era bem visível, qualquer pessoa poderia desviar, só se sujou quem quis. Sobre a postura do Pearl Jam: Eles não transmitem há algum tempo seus shows em festivais por questão de censura, mas, para alegria dos fãs, haverá uma transmissão gravada no dia 06/04 no Multishow. Achei ridícula a postura do canal fazer marketing sobre a transmissão ao vivo o tempo todo sabendo que a banda tem o direito de não autorizar, o que eles geralmente fazem, e utilizando-se da alienação do povo, virou o pessoal do sofapalooza contra a banda “cancelando” a transmissão nos 45 do segundo tempo. O show (Pearl Jam) atendeu a expectativa, nada mais, nada menos, apenas achei um absurdo a falta de ação dos bombeiros com relação ao atendimento das pessoas que passavam mal. Eu estava na frente, a esquerda do palco Cidade Jardim, e à noite fizeram a palhaçada de fechar e cercar as grades próximas ao palco, deixando espaço nenhum pras pessoas circularem, quem passava mal tinha de ser carregado ou empurrado pra fora. Sobre o som, achei que estava regular, deu pra curtir mas poderiam ter aumentado o volume.
Mas Paulo, vc foi a um show ou a uma corrida de cavalos? Que eu saiba, show não precisa ter cheiro de esterco, ou estou errado?
Cara, sinceramente, pode ser que bem cedo com o sol batendo mais forte o cheiro poderia estar mais forte, mas eu cheguei nos fins de tarde e não senti quase nada. No Domingo então … Achei que quem reclamou foi playboyzinho e patricinha.
Andre, acontece que todo mundo sabe (ou deveria saber) que o Jockey tem disso. Foi um local que, bem ou mal, abrigou o evento, coube todo mundo, não foi o melhor evento que eu já fui mas eu curti bastante. ^^
Acompanhei o máximo que deu os dois primeiros dias pela TV e tomei coragem de ir no terceiro, atraído meio que exclusivamente pelo Hives. Acho que o saldo foi positivo. Claro que teve todos os perrengues de festival, incluindo filas, preços ridículos, correria de um palco pro outro, galera u-huu filmando o telão com o celular, lama, falta de segurança e o inédito cheiro de bosta de cavalo. Mas, depois disso tudo virar quase que lugar comum em festivais por aqui, a localização, próxima do metrô, a transmissão num bom HD e a série de shows incrivelmente decentes equilibrou a equação. Dos shows, The Hives e QOTSA foram os melhores, de longe. A animação do vocalista do Kaiser Chiefs surpreendeu, mas não me fez virar fã. Concordo com o Barcinski sobre o Black Keys: White Stripes tudo isso fez antes e bem melhor. Franz Ferdinand e A Perfect Circle fizeram o esperado. O restante do sábado e domingo foram ok. Já o primeiro dia eu ignoro, porque não entendo Flaming Lips, Cake não sabe fazer show, The Killers é banda de igreja evangélica de esquina e o restante foi lá bater cartão. Pior que nem nem dá pra reclamar tanto da programação, já que a marca registrada do festival original é justamente a mistureba generalizada. Então só resta torcer praquele reforço na organização, torcendo pro ano que vem a coisa ser mais redondinha. Quem sabe estamos a algumas edições de ter um festival de prima aqui na terrinha…
Valeu a pena todo o sacrifício: juntar grana, viajar km de distância, segurar a vontade de urinar, sede, aturar os hipsters cantarolando as músicas do Two Door Seiláoquê, cansaço, dor nas pernas, empurrões, etc… para ver o Queens of the Stone Age! Depois do Queens, eu fui embora. Ninguém mais iria superar Josh e sua gangue naquela noite.
Espero que Pixies e Vista Chino (Kyuss Lives) venham em 2014. Senão é melhor assistir pela TV mesmo tomando uma breja.
Estive no Sábado e no Domingo, e posso relatar o seguinte:
– Transporte público péssimo. A CPTM resolveu fechar a linha Morumbi/Pinheiros na Sexta e Domingo. A vantagem sobre o Rock in Rio que os táxis estavam circulando na frente do portão.
– Cheiro de esterco? Meu nariz devia estar entupido. Quem nunca foi a um curral de uma fazenda é que achou insuportável.
-Ir ao festival X Ver pela TV é uma opção de cada um. Não vale quem foi chamar os que ficaram em casa de preguiçosos, nem os sofapaloozas acharem os que foram uns otários. Que discussão ridícula!
– Não peguei fila nenhuma. Sou muito sortudo.
– Ótima idéia a da área de sombra, mas deviam criar uma “arquibancada” para mais gente conseguir um espaço.
– O Jockey Club é muito grande, ficou difícil a locomoção entre palcos.
– A maioria dos shows que eu assisti foram no mínimo bons, o melhor, para minha surpresa foi o QOTSA mesmo. O Pearl Jam cumpriu aquilo que prometeu, e isso já mais que suficiente. O som do Black Keys estava baixo mesmo. Mas a banda é boa. Só vi o final do Hives mas gostei.
Se volto ano que vem? No one knows!
NAo era soh na TV q a mixagem tava ruim, Andre.. o Show odo PearJam parecia um karaoke de tao alto q a voz tava… o resto dos instrumentos viram um embolado atras da voz.. horrivel
Fui ao Lolla no sábado e domingo completamente cético quanto ao hype+undergroud+hippie+ anvant garde das origens do festival criado pelo Farrel, e a minha conclusão é: a melhor atração do final de semana foi o novo espisódio de Game of Thrones.
O festival foi caríssimo, a qualidade de som e potência (principalmente no show do Black Keys) fortaleceram aquela diária sensação de que sou um trouxa. Ignorei todos os outros percalços citados acima pois afinal saí de casa para ver e ouvir música ao vivo.
P.S Sou brasileiro e uso peruca
André, concordo integralmente com sua opinião do Black Keys. Não vejo todo esse brilho que muita gente ve.
Sobre o Pearl Jam, fico na dúvida se os caras da banda sequer ficaram sabendo desse impasse. Justamente por ser mega banda. minha impressão é que esse tipo de coisa nem chega até eles. No meu trabalho lido com uma certa frequência com representantes de bandas. Quem está próximo da banda delega funções pra outra pessoa, que por sua vez delega pra outra e assim vai. E a orientação pra esse pessoal é sempre ” tem que ser feito custe o que custar, resolva os problemas, nem eu nem a banda queremos saber como”. E a banda ou se resigna disso tudo deliberadamente ou é tão protegida pela equipe que fica alheia.
Agora concordo que, sabendo do ocorrido, a banda deve sim uma explicação.
Bom, eu fui sábado e domingo. E percebi que tá cada dia mais complicado de participar disso…tô quebrado (e nem sou tão véio assim).
Quanto à estrutura do show, acho estranho as pessoas reclamarem da lama. O cheiro de estrume, vá lá…mas da lama? Bom, por sorte nem choveu. Mas não seria a lama o problema. Quem vai num evento desses e conhece o local, sabe que isso pode/poderia acontecer.
O que realmente pegou:
– banheiros, sempre insuficientes;
– aquela besteira de não poder trocar as fichas de um dia pro outro, e que depois, no último dia, avisaram que poderiam ser trocadas (mas aí todo mundo já tinha trocado ou jogado fora no dia anterior);
– filas pra comer, beber e acabar a bebida no último dia (claro que fizeram isso pra não sobrar nada);
– o esquema dos palcos longe um do outro…era uma caminhada honrosa e que várias vezes no dia destruíam as pernas. Acho que o melhor esquema de palco foi o do SWU de Itu com os dois lado a lado.
– essa coisa de reclamar de ambulante vendendo fora do esquema é culpa de quem compra dessa forma, os malandrões.
– não tem nada a ver com a organização do show em si, mas incrível como a cidade de São Paulo ainda não sabe como tratar deslocamentos em massa. O esquema que montaram no metrô foi cretino e muito perigoso.
– Muita palhaça esse quiprocó da transmissão do show do Pearl Jam. Canalhice de todas as partes. Que mesquinharia, minha nossa.
Dos shows valeu pra conhecer Tomahawk, Alabama Shake (também não gosto de cantoras filhotinhas de Janes Joplin, mas foi um alento naquele momento), ver um bom show do Hives (apesar de muito blá blá blá) e tinha uma bandinha brasileira tocando num palco terciário que fez um som bem honesto: Name the Band…não é nada revolucionário, mas perto do que é feito por aqui já é algo.
O show do Pearl Jam foi ótimo como todos os outros, mas padrão.
O show do The Black Keys foi bom também, repertório bacana, mas, convenhamos, como fazer alguma coisa melhor depois de QOTSA? Sério, tinha muita gente reclamando do volume do som, baixo; mas honestamente, depois do rolo compressor que o Queens passou por ali, o “Dan Afroxa” podia berrar até estourar as cordas vocais e a produção colocar o som “no último”…não ia adiantar nada.
Aliás, alguém me explica porque os caras do Queens fazem só shows de 1h15? Deve ser de dó das outras bandas, só pode.
Apesar de divertido e torcer pro festival se manter, acho que o próximo é do sofá também. Foi pauleira hoje de manhã com dor em tudo.
E, André, fico impressionado com as pessoas que reclamam dos seus comentários e pedem pra você sair do sofá. Os caras não conhecem NADA de você mesmo. Incrível.
Boa critica também não vou a festivais, sei lá acho que é a velhice é a skol gelada no meu lado.
Troquei de canal e quando voltei para o multishow vi o Criolo (reprise) e não entendi nada (a reprise é o Criolo).
Barça,
Sou fã do PJ, vi os caras nas 2 vezes anteriores que tocaram em SP e vou em defesa deles. A banda não é obrigada a liberar a transmissão pela TV. Pelo que apurei, isso foi acertado desde o começo. Errado está o Multishow que divulgou um show que não ia transmitir. A banda não desrespeitou os fãs. Ela fez um show de qualidade para os fãs que lá estavam. Daqui a pouco todo mundo que toca no Brasil vai ter que liberar pra passar na TV. Show de verdade é pra quem está lá! Se passar na TV ok, se não passar, paciência.
Desrespeitou sim. Sabia que milhares de fãs estavam esperando a transmissão e não tiveram a decência de avisar antecipadamente que não iam liberar. Tudo isso poderia ter sido evitado com UM recado no Twitter oficial da banda. Não se pronunciar é uma sacanagem.
Barcinski, pelo que eu li, eles não avisaram especificamente sobre esse show porque nunca liberam a transmissão dos shows em festivais em qualquer parte do mundo desde que uma emisora censurou as criticas da banda ao então presidente George Bush vários anos atrás. Então, tanto o Multishow quanto o Lollapalooza já sabiam disso desde que a banda foi escalada. Dar uma explicação aos fãs pelo Twitter poderia ter sido legal, mas desrespeito mesmo foi o canal anunciar a tranmissão sabendo que não aconteceria.
Tanto “não liberam” que o show será transmitido no sábado. Sem essa, por favor…
Ontem à noite, pesquisei sobre o assunto. Realmente, o Pearl Jam não tem liberado as transmissões nas apresentações que tem feito mundo afora. Então, não tinham que dar aviso nenhum mesmo. Os interessados que soubessem disso, e o canal que não fosse mentiroso ao anunciar algo que eles não poderiam cumprir. A banda ter que avisar sobre um negócio que eles fazem há anos é ridículo. Seria como eles terem que avisar que, sei lá, não vão tocar nenhuma polka no show.
Eu não sabia da restrição que eles impunham às transmissões, mas os envolvidos tinham a obrigação de saber.
Claro que tinham. Sabiam que o Multishow estava anunciando e que todos os shows do evento seriam televisionados. Tanto sabiam que liberaram a transmissão pro sábado agora.
A transmissão iria rolar, mas vista a péssima qualidade do áudio transmitido nos dias anteriores, eles cancelaram nos 45 do segundo tempo. A transmissão da gravação do show só foi autorizada depois que a própria banda assistiu o show. Foi isso que rolou.
O PJ não libera transmissão ao vivo. Agora, admitindo que a banda tenha culpa, André, você não acha que as Organizações Globo não são as principais responsáveis pelo “mico”, tendo divulgado durante um mês a transmissão ao vivo de um show que eles não sabiam se poderiam passar?
Juro que eu tento ouvir uma coisa ou outra dessas bandas novas, até começo a curtir uma ou outra música, mas aí é só eu ouvir um único acorde do Angus pra acabar com tudo. Podem me chamar de saudosista e tal, mas na boa, eu cresci ouvindo Rock de verdade. Eu sei, é bem piegas isso que eu disse, mas…foda-se.
Bom, se foi mesmo uma decisao do PJ, em nao autorizar a transmissao, penso que Mr. Vedder decidiu que para lamber os labios apos 69 bandas, só se sentindo o cheiro de esterco, com as meias encharcadas de lama e ter de pular muito, para nao sentir os joelhos explodirem.
Se foi isso, acho legal sua decisao.
Jesus….. eu nunca ouvi qualquer dessas bandas que você mencionou, André! : )
Estou parado no tempo! : )
Tb não conheço nenhuma delas. E o pior é que não faço muita questão de conhecer… hehe.
Senhores,
recomendo o The Vaccines.
Cara, se tem um lugar na pra se divertir na internet, esse lugar é aqui !! Eu racho o bico com alguns comentários que a galera faz !!! Concordo com 90% do que vc escreveu… Pra mim tá ótimo. É exatamente esses 10% que faltam que me fazem voltar aqui todos os dias… rsrsrsrs. Abraço !!
Ouvi duas versões sobre a não-transmissão do show do PJ: primeiro que eles não transmitem vídeos ao vivo de shows deles (desde que foram censurados numa rede de TV dos EUA). Neste caso, fica claro que a posição do Multishow desde o começo era jogar o público contra os caras para que eles liberassem o show (e, bem… Funcionou. Basta ver no Facebook a reação da galera.) A outra versão foi que o Multishow não paga direitos de imagens e o PJ não queria tocar de graça pra eles. Oras, se a Globo pode cobrar 300 a 400 reais das pessoas que foram ver os shows, mais dezenas ou centenas de reais das pessoas que assinam o Multishow… Pq justo eles não podem pagar?
De qqr jeito, a história tá estranha. Mas o Lolla foi bom, no geral. Só cagou no preço das coisas e nas restrições de comes e bebes.
Barcinski: já pensou em comprar um gerador para sua casa? O benefício é bem superior ao custo de aquisição.
Fui no sábado. Vi Alabama Shakes, Queens of the Stone Age e Black Keys, três ótimos shows. Cheguei 3 da tarde, fui embora 11 e meia, de busão, sem problemas. Havia fila sim nos banheiros (especialmente o feminino, claro) e nos bares, mas tudo andava e bastava ter paciência e, no caso das bebidas, esperteza de comprar todos os tiquetes logo de uma vez.
Em resumo: achei o festival bem organizado e os shows valeram a pena. Por 160 reais, três shows de ponta, tá valendo. O único porém foi a lama que tomou conta de partes do joquei, mas nada que atrapalhasse meu dia.
Vamos ver como será no Rock in Rio (cogito ir no dia do Metallica)…
Eu estava bem na frente no Black Keys e achei o som bom, curti o show pra caramba mas meus amigos que ficaram mais pra trás acharam uma merda. Então, são 3 visões diferentes da mesma história. Pra mim que estava naquele pelotão frontal, foi empolgante, na tv o som estava bom (deixei gravando) mas não passou o clima do show (talvez eu que não tinha bebido tanto…) e pra quem tava no fundo, deve ter sido realmente uma bosta.
Curto muito Black Keys, mas seria mais acertado colocar o QoTSA para fechar o festival, tem mais peso, se bobear até mais fãs que o Black Keys no país, isso prejudicou. Se o Black Keys fosse o “Underdog” seria melhor julgado, assim com o Hives que entrou pra aquecer e arregaçou no domingo, deu aula de como dar um show.
“A luz só voltou às 8 da noite, quando o Perfect Circle assassinava “Imagine”, de John Lennon”
A credibilidade do seu post foi pro espaço para mim com esse comentário…
Só um adendo. A previsão do post anterior de que haveria pouca gente no festival não se confirmou. Principalmente nos dois últimos dias.
Não disse que “haveria pouca gente”, mas que não iria esgotar. E foi o próprio organizador que disse isso.
Vi só os últimos 30 min do Planet Hemp ontem e fiquei com a impressão que o D2 tá meio Tim Maia, pois nesses 30 min quem cantou foi o público, fora que nenhuma destas era hardcore.
E D2 ainda erra letra da música de Chico Science. Irritante.
Será que tô muito chato?
O Lamapaloser desse ano foi tosco d+ por varios motivos:
O cheiro de esterco inssuportavél, filas enormes para o banheiro que logo virou putaria, pois tinha nego mijanto em todo lugar mesmo, as fichas para comprar bebidas que vc era obrigado a usar todas no mesmo dia, e que depois mudaram isso, mas muitas pessoas perderam as fichas que compraram no primeiro dia, a equipe de segurança super treinada, um deles disse para mim que se eu estivesse atrás de pó ou maconha ele estava vendendo, e a quantidade de pessoas que tiveram o seu celular ou carteira robados só deu a entender que falta muito para o Brasil fazer um festival descente.
Na verdade ja tivemos festivais descentes no Brasil, é que para a molecada de hoje tudo é festa, nego fica 2h na fila para retirar o seu ingresso que comprou pela internet justamente por praticidade, e faz isso na maior alegria como se estivesse tudo certo.
É complicado gostar de shows no Brasil
A infra é realmente uma bosta, mas até que eu não tenho muito o que reclamar, acho que a gente está acostumado com essas palhaçadas:
– Acabar o chopp no dia do Pearl Jam. Segundo a menina que tava servindo, tinha a metade do chopp do dia do Black Keys. Qual a lógica? Aí começaram a vender cerveja de latinha, quente, claro.
– Um monte de gente trabalhando e querendo ser corrompido. É segurança vendendo droga, ou cara que tá servindo cerveja te oferecer um “esquema” em que não é necessário PILLAS para beber, e até vodka pode pintar. Meio varzeado.
– 8 reais por um copinho de churros chega a ser engraçado. A pizza estava boa, mas por R$8 tava caro também. Nem vou falar nada do HOT DOG por R$12. Na minha época o DOGÃO COMPLETO saia por R$2 e não era essa mixaria. Na alimentação os preços estavam bizarros.
– Podiam ter passado um tratorzinho antes da montagem do festival, dar uma nivelada com areia se fosse necessário pra evitar aquele lamaçal absurdo. Tinha uma “poça” de lama bem densa alí perto do palco alternativo.
1: “nego mijando em todo lugar mesmo”
O banheiro esta ali, e se as pessoas nao sabem usar, algo que usam varias vezes ao dia, isso é problema da organizacao do festival?
2: “muitas pessoas perderam as fichas que compraram no primeiro dia”
Vacilada mesmo, mas ainda estou com 4 fichas de 4 pillas aqui.
3: ” um deles disse para mim que se eu estivesse atrás de pó ou maconha ele estava vendendo”
Escolhas, escolha, escolhas.
O que é um festival “descente”? Porque festival decente é raridade, mesmo em outros continentes.
Agora esperar que as pessoas botem fogo no jockey, ou incendeiem onibus, por se melar de lama ou pegar uma fila longa, é demais.
E como o Andre diz “Festival é quem gosta de festival”.
E eu fui, relaxei e gozei.
Justamente por isso que a preocupação por parte da organização é zero, enquanto tiver gente para passar por tudo isso numa boa, e achando que é normal ficará facíl aumentar o valor do ingresso todo ano.
O finado Free Jazz foi feito no jockey club, quem foi sabe que é possivel fazer um festival descente.
Peraí…em nenhum Free Jazz troxeram algo tão popular quanto um Foo Fighters ou Pearl Jam. Repito: Popular e não melhor. Muita gente…estamos num país que sabemos ter uma educação precária. Um banheiro imundo logo às 14:00 da sexta não é culpa da organização, concordam? Mijar no chão também. Na boa? O festival foi bom. A maioria que reclama dos preços dos produtos é a mesma que está padando 10 numa long neck em qualquer clubinho meia boca da Augusta.
Pera aí, Cesar, Free Jazz era em local fechado, pra no máximo 4 mil pessoas.
Acho que o Queens poderia ter sido o headliner do dia 30, pois seria mais visceral. Tive a oportunidade de assistir o White Stripes no credicard hall em 2005 e lembro que foi um show arrebatador, por isso também não entendo esse culto ao Black Keys, o Dan toca muito fato, mas está longe de ser um frontman que é Jack White. Tomahawk foi pesado, muito bom mesmo. Quanto aos comentaristas e a atitude do Pearl Jam (ou da Multishow) só me restam as reticências…
Outra gafe dos apresentadores foi falar que o Puscifer misturava um som meio “Motown” com rock mais pesado. Dá para acreditar nisso?
Marcelo Rubens Paiva em seu blog: “vocalista, Eddie Vedder, do Pearl Jam, mostrou que os americanos continuam ruins de geografia. Citou o casamento gay: “Obrigado São Paulo por aceitar casamentos entre pessoas do mesmo sexo”, disse ele em português, antes de tocar Better Man.”
Ótimo, chamem o Marcelo Rubens Paiva para cobrir o próprio Lollapalooza.
Uma coisa é não saber. Outra é não saber e ainda fazer pouco com quem sabe:
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/03/comeca-valer-em-sp-norma-que-regulamenta-casamento-civil-de-gays.html